Fanfic: Uma divida de amor {DyU} [terminada]
Capítulo 3
Com um afogado grito de susto, Dulce se girou, o coração lhe pulsando tanto que não podia respirar.
As luzes baixas dos armários se acenderam, iluminando a Christopher, descalço com o torso nu e só um par de jeans, observando-a com total desprezo.
- Só queria comer algo - murmurou Dulce trêmula. - Não pensei que despertaria a ninguém.
- Quando vou à cama, aciono o sistema de alarme. Se algo se mover por aqui, em seguida me inteiro.
Dulce o estudou com seus enormes olhos cor violeta. Vestido, intimidava, mas semidesnudo era... Era... Impressionante. No instante em que esse pensamento lhe ocorreu, ruborizou-se de mortificação e olhou para o outro lado, aterrorizada de que ele pudesse lhe ler na cara o que pensava, mas mentalmente o seguia vendo. Largos ombros morenos, magros músculos flexionando-se sob a suave pele, um magnífico torso com pêlo encaracolado lhe sombreando apenas os peitorais e um estômago duro e plano como uma tabela. Uma onda de estranho calor se iniciou no estômago de Dulce e desceu para um lugar imensamente mais íntimo. A boca ficou seca e não sabia o que lhe passava. Assustada por sua aparição e morta de vergonha porque a tinha pilhado, Dulce abriu a boca para explicar-se, mas um soluço afogado escapou de seus lábios.
- Porca miséria! Não pode ser que tenha tanta fome.
Dulce se levantou do chão e se endireitou, disposta a ir-se, e tentando dominar suas emoções. Não soube interpretar o silêncio que seguiu, só imaginou contendo a língua para não fazê-la chorar. Nunca tinha sido uma chorona, mas ele sempre a fazia sentir-se estranha, inútil e boba.
- Mãe de Deus! - pronunciou Christopher Uckermann com incredulidade- Tem um corpo digno das páginas centrais de uma revista para homens!
Dulce ficou tão surpreendida, que se girou a olhá-lo e conectou com os atônitos olhos escuros, ocupados em uma valorização íntima de seu corpo semi vestido. Ao dar-se conta de que só levava um ajustado pijama de calça curta, Dulce avermelhou ante o escrutínio tão atrevido e cruzou os braços.
- Não! - exclamou Christopher, hipnotizado pela orgulhosa curva dos generosos peitos que a camiseta de algodão revelava claramente.
Seu olhar se deteve na muito pequena cintura, e pareceu lhe resultar impossível manter a distância, porque deu dois passos e se aproximou, fazendo-a dar-se volta com uma mão impaciente. Como alguém a quem lhe resulta impossível acreditar no que vê, observou a feminina curva de seus quadris e a surpreendente longitude de suas torneadas pernas.
- Supunha que fosse gorda. Pensei que escondia multidão de pecados sob essas roupas disforme. Nem sabia que tinha cintura! E Deus, todo o tempo, todo o tempo. - repetiu Christopher com voz afogada- o que cobriam era umas curvas das que fazem fantasiar aos adolescentes de noite.
- Não sei do que está falando! - soltou-se Dulce e se tampou com os braços, convencida de que lhe estava tirando o sarro. Mas era evidente pela expressão de seus olhos que não a considerava tão gorda como tinha acreditado no princípio.
- É evidente que não sabe. - respondeu Christopher, a expressão de seus olhos indecifrável enquanto a seguia mirando. - E, como obviamente não tem nem idéia de como lhe tirar proveito, eu sim. Iremos a Espanha dentro de uns dias.
- Uns dias? - repetiu Dulce como um papagaio. - Mas isso não me dá tempo para...
- Não necessita tempo. O único que precisa é a roupa adequada e que lhe arrumem essa juba descuidada que tem.
Christopher caminhou com sua habitual graça para a geladeira, abriu a porta de par em par e jogou ao Dulce um olhar satírico.
- Come o que queira! E diminua com o exercício. Conserva seu potencial. Tirarei-lhe proveito de cada delicioso centímetro de seu corpo.
Christopher se foi fazer o convite, exsudando as ondas de satisfação que reservava para fechar um bom contrato.
Cada delicioso centímetro? Incapaz de acreditar-lhe Dulce se olhou o abundante busto, que tanta mortificação lhe tinha causado na adolescência. Muriel, sua madrasta, e Maite eram magras e de busto pequeno. Ambas a tinham convencido de que tinha que esconder suas generosas curvas.
E no colégio, os comentários cruéis das garotas e grosseiros dos moços tinham devastado a confiança em seu próprio corpo. Sua silhueta de relógio de areia, cheia de curvas, tinha sido ridicularizada até fartá-la, fazendo-a chegar em casa chorando muitíssimas vezes.
Muriel lhe tinha comprado uma blusa enorme que lhe chegava até os quadris e dissimulava o tamanho de seus peitos. Após isso, Dulce se vestia dessa maneira.
E entretanto, Christopher Uckermann a tinha cuidadoso com mal dissimulada avaliação. Não, não é que fosse algo pessoal, corrigiu-se, mas sim havia dito que tinha o tipo de curvas que gostam aos adolescentes, o qual não era nenhuma novidade. Seu julgamento tinha sido objetivo. Mas o que ela sempre tinha considerado uma grande desvantagem, por algum motivo Christopher pensava que era um mérito.
E, de repente, dizia-lhe que não precisava fazer dieta e tampouco muito exercício. Realmente se tinha ficado aí lhe permitindo que a observasse quando estava quase nua? Ao dar-se conta disso, uma onda de vergonha a percorreu, fazendo-a sentir-se doente e lhe tirando as vontades de comer. Fechou a porta da geladeira e voltou para sua habitação.
Assim Christopher Uckermann não a considerava tão feia como ao princípio. olhou-se por cima do ombro a pronunciada curva dos quadris no espelho, sem poder acreditar-se que mudasse tanto de atitude.
Uckermann entrou no ginásio com a Gilda na manhã seguinte e se deteve em seco. Lhe caíram os óculos de sol da mão. Vestida com uma ajustada malha verde escura, Dulce fazia seus exercícios de pré aquecimento.
Resistindo o desejo de cobrir-se como uma colegial, Dulce se disse que a malha era mais discreta que um traje de banho, mas apanhada no penetrante olhar escuro, começou a sentir-se enjoada e pouco a pouco se deteve.
Pela primeira vez era consciente de seu próprio corpo da forma mais extraordinariamente inquietante. Uma onda de calor a envolveu da cabeça aos pés. As pupilas lhe dilataram e sentia a pele quente e muito pequena para seu próprio corpo. Os peitos se voltaram pesados e tensos e sua respiração entrecortada fazia que, apertados pela malha de algodão, os mamilos lhe doessem de tão sensíveis que estavam.
- Levantei-me muito cedo esta manhã - pestanejou rapidamente enquanto Gilda alargava os óculos ao Christopher, que ficou olhando como se não fossem delas. Cruzou os braços por cima da cintura com a cara ardendo, enquanto se esforçava por elucidar o que lhe tinha passado durante esses segundos. Esperava que não se repetisse, porque se havia sentido realmente estranha.
Christopher caminhou por volta de uma das janelas e o seguiu com o olhar, observando a tensão de seus amplos ombros talhados com a camisa de seda. Não pôde evitar perguntar-se o que o preocuparia. Os negócios, seguro. Ou possivelmente a irritação de tê-la em sua casa lhe alterando sua metódica existência.
Dois dias mais tarde, Dulce se olhava ao espelho, apreciando seu novo corte de cabelo. O famoso estilista lhe tinha domado os cachos. Agora, capas ligeiras como plumas emolduravam seu rosto e acentuavam os delicados ângulos de suas feições. Em outra parte do salão de beleza a esperava a perita em maquiagem. Com seu conselho para escolher as sombras apropriadas, Dulce ficou encantada com o efeito que uns poucos cosméticos podiam obter.
Finalmente saiu, levando uma bolsa cheia de produtos, como Christopher lhe tinha indicado, e se dirigiu à sala de espera. Ali estava ele falando por seu celular e olhando o relógio com expressão séria.
Quando se achava a uns dois metros dele, Christopher girou a cabeça e a viu. Deteve-se, olhando-a com uma expressão indecifrável nos olhos negros como a noite. A Dulce lhe secou a garganta, o coração lhe acelerou enquanto esperava sua reação.
- Considerável melhora - comentou Christopher. Guardou o telefone e se dirigiu à saída sem lhe outorgar mais que um rápido olhar crítica.
A Dulce lhe apagou o sorriso da cara enquanto caminhava a seu lado.
- Nota-se, não?
- O que?
- A melhora - recordou-lhe iludida. - Não me posso acreditar que tenha mudado tanto.
- Só do pescoço para cima. Seu guarda-roupa segue sendo um desastre - apontou, enquanto lhe deixava passo para que se metesse na limusine que esperava com o chofer ao volante.
- Não, passa você primeiro - disse-lhe incômoda, ainda consciente de que ele era o chefe.
- Te mova, Dulce - gritou-lhe.
Autor(a): theangelanni
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Dulce se meteu pressurosa no carro. - Não pensei que tomaria a moléstia de vir ao salão - disse Dulce, sentando-se. - Eu tampouco. - Estava em meio de uma reunião de diretores quando de repente me ocorreu que não te podia deixar sozinha em um lugar assim. - Podia aparecer tot ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 466
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stellabarcelos Postado em 03/08/2016 - 03:26:24
Muito muito lindos! Amei
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larivondy Postado em 26/06/2013 - 21:13:24
amei a web! li toda em um dia *-* fiquei até de madrugada e dormi na aula depois, mas valeu muuuito a pena!
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mayn Postado em 14/05/2009 - 10:18:44
Adoreiii o fimmm
lindo
bjsss -
dullinylarebeldevondy Postado em 13/05/2009 - 14:26:54
qnd vai começar a outra?!
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bazynhaads Postado em 10/05/2009 - 01:17:58
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bazynhaads Postado em 10/05/2009 - 01:17:57
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bazynhaads Postado em 10/05/2009 - 01:17:57
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bazynhaads Postado em 10/05/2009 - 01:17:56
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bazynhaads Postado em 10/05/2009 - 01:17:55
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bazynhaads Postado em 10/05/2009 - 01:17:42
Nos braços do inimigo - Michelle Reid: