Fanfics Brasil - Uma divida de amor {DyU} [terminada]

Fanfic: Uma divida de amor {DyU} [terminada]


Capítulo: 11? Capítulo

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Dulce se meteu pressurosa no carro.


      - Não pensei que tomaria a moléstia de vir ao salão - disse Dulce, sentando-se.


      - Eu tampouco. - Estava em meio de uma reunião de diretores quando de repente me ocorreu que não te podia deixar sozinha em um lugar assim. - Podia aparecer totalmente desconhecida...


      - Sempre quis ser morena - comentou Dulce. - Minha irmã é morena.


      - ... ou ficar sentada aí lhes permitindo que fizessem o que lhes viesse em vontade contigo. - Era um risco muito grande.


      - Estou segura de que tudo isto foi um inconveniente para ti - murmurou com tristeza.


      - Eu que o diga! - Mas hoje liquidaremos a questão da roupa também. - Vamos a Espanha depois de amanhã.


      - Tão cedo? Spike sentirá saudades muitíssimo.


      - O cão? Não o vi desde a noite em que te mudou - comentou Christopher dando-se conta com atraso desse fato surpreendente.


      - Sim, só que não te deste conta. Esconde-se quando vê gente. Seu dono anterior o tratou muito mal. Terá que ficar em sua casa enquanto não estou.


      - Não poderia ficar com o... Alfonso?


      - Spike tem terror aos homens. Além disso Alfonso trabalha todo o dia e às vezes sai de noite. Ele vai sentir saudades também... Crê que estarei na Espanha muito tempo? - perguntou sentindo-se culpada.


      - A que se dedica Alfonso? - perguntou Christopher, sem lhe responder.


      - É agente de bolsa em uma companhia que se chama Lyne é só o que sei eu.


      - É lógico.


      - O que?


      - Que o descarado que te usa como sua empregada pessoal seja um agente de bolsa. Os agentes de bolsa são muito rápidos para detectar negócios. Viu-te um bom negócio.


      - Não sabe o que diz! Alfonso não é um descarado! - disse Dulce, o olhar fixo no tráfego. - Como se inteirou de que o ajudava com a casa? - precisou saber.


       - Ouvi as secretárias comentar quão idiota foi faz duas semanas. Parece que não conhece nenhum dos truques que as mulheres nascem sabendo. Lhe fazer caso a um tipo não leva muito longe que digamos.


       - Odeio-te! Sabe? - olhou-o Dulce com os violetas olhos como dois lagos negros de recriminação.


       - Por te dizer a verdade? Se tivesse verdadeiros amigos, já lhe teriam avisado e aconselhado faz tempo.


Durante um segundo, seus fabulosos olhos escuros a fizeram perder a concentração. As pestanas bateram as asas confusas e a cabeça lhe deu voltas. Respirou e olhou para fora novamente, o coração martelando lhe o esterno.


      - Pensa que estou perdendo o tempo, entretanto nem me conhece nem ao Alfonso. - Que tipo de conselhos acha que necessito?


       - Deus... não sou um conselheiro sentimental - declarou Uckermann totalmente aborrecido.


      - Jasper te criou terrivelmente mal... - o desgosto por seu rechaço a fez atacá-lo. - Por isso o preocupa tanto. Sente-se responsável por como saíste.


Fez-se um silêncio mortal, o que indicou a Dulce que tinha sido muito direta com um tema delicado. Olhou-o atemorizada.


Um par de olhos ofendidos cheios de incredulidade se fixavam nos dela.


       - Lamento ter sido tão sincera, mas é que pode resultar muito grosseiro e não se preocupa ferir os sentimentos da gente - concluiu Dulce trêmula.


       - De maneira que é assim, né? - disse Christopher com um sorriso sardônico que descartava totalmente suas afirmações.


Mas Dulce se deu conta de que tinha metido o dedo na ferida. Por outro lado, sentiu-se envergonhada. Como tinha podido trair a confidência que Jasper lhe tinha feito? E embora não os mostrasse muito, Christopher seguro que tinha sentimentos. E, é obvio, ela os tinha ferido ao lhe contar que Jasper se sentia culpado dos enganos que tinha cometido quando era seu tutor.


Jasper lhe tinha contado que Christopher sempre se havia sentido superior às pessoas que o rodeava. Seu brilhantismo intelectual o tinha separado deles a muito jovem idade e o tinha feito intolerante daqueles menos dotados.


       - Não teria que haver dito essas coisas - sussurrou Dulce corajosamente, tentando arrumar o dano, - Jasper só o disse aquela vez que teve tanta publicidade por abandonar à atriz, recorda? A que tiveram que levar a hospital por overdose.


      - Não foi por overdose, mas sim por alcoolismo. Deixei-a porque não estava nunca sóbria - respondeu Christopher friamente.


      - Jasper não... não o seja... sabia e se incomodou muita por tudo o que publicou a imprensa.


      - Accidenti! - Saí com ela umas poucas semanas e tinha o problema muito antes de me conhecer, mas a persuadi para que ficasse nas mãos de peritos - os escuros olhos a desafiaram. - Inclusive me ocupei de que estivesse em uma unidade especial que lhe propiciasse todo o apoio que necessitava.


      - Jasper teria estado tão aliviado se soubesse - disse Dulce descendo atrás dele do carro e apoiando uma ansiosa mão em seu braço.


Ele a olhou desde sua altura com tal arrogância, que ela retirou a mão como se tivesse queimado.


       - Não era minha intenção ferir seus sentimentos  - olhou-o com sincera preocupação.


       - Ferir meus sentimentos? De onde tiraste a idéia de...?


       - Não aceita bem as desculpas, não é verdade? - disse Dulce, sobressaltada ante a amarga raiva que relampejou em seus brilhantes olhos escuros. - Cada vez que abro a boca, coloco mais a pata.


       - Viria bem que fizesse voto de silêncio - resmungou Christopher.


Punha-o nervoso, disse-se Dulce consternada e encurvou os ombros.


       - Não te encurve - uma magra mão lhe empurrou as costas para que se endireitasse.


De repente, ao Dulce lhe veio o mundo abaixo. Era tão frio, cruel e crítico que sempre tinha encontrado impossível concentrar-se quando estava com ele.


Christopher olhou a trêmula linha de seus lábios.


       - Não vou chorar! Não! - jurou Dulce.


       - Não te acredito.


Seus enormes olhos negros se encheram de lágrimas.


      - Deus. - Tem uns olhos preciosos - assegurou Christopher com um tom abrupto e áspero, olhando a à cara como se fosse a única mulher do universo.


Completamente aniquilada, Dulce o olhou contendo a respiração. Sua voz profunda e sensual lhe percorreu a coluna como uma onda, lhe causando um calafrio. Paralisada por esses incríveis olhos insondáveis, acreditou que o mundo se deteve. Entretanto, em outro nível, reconheceu o desejo desesperado que surgia de suas vísceras como uma besta faminta e aterradora. A sensação a assustou enormemente, mas embora quisesse não poderia haver-se movido, nem falado, nem quebrado o feitiço que a encadeava.


Foi Christopher quem o fez. As negras pestanas descenderam, liberando a da prisão de suas emoções.  Enquanto o olhava, desorientada pelo que lhe acontecia, viu-o respirar lenta e profundamente, como um homem que se recupera de um longo sonho e começar a caminhar.


       - Acabo de ter uma sensação muito estranha - confiou-lhe Dulce, correndo a seu lado e chocando-se com uns turistas.


       - Uma sensação estranha? - formulou Christopher com voz inexpressiva, atirando de sua mão para tirá-la de entre as pessoas.


       - Não me sinto muito bem - declarou. Sentia o primeiro corpo frio e logo quente, a cabeça lhe dava voltas, as pernas as sentia fracos como gelatina e os peitos lhe pulsavam da forma mais incômoda. Enfocou os olhos assombrados na gravata de seda. – espero que não seja a gripe. Possivelmente estou triste porque não verei o Alfonso durante um tempo.


Olhou-o nos olhos, surpreendida pela intensidade de seu olhar penetrante.


      - Por que disse isso de meus olhos? - perguntou.


      - Estava tratando de te distrair para que não chorasse. E funcionou - disse, com olhos tão gelados e remotos como o Himalaia.


Christopher a fez atravessar as portas douradas da impressionante loja frente à qual se detiveram, mas uma vez dentro, abandonou-a para ir-se conversar com uma esbelta mulher maior que parecia esperá-lo.


      - Mariah te escolherá a roupa - disse voltando para momento. - Não questione sua escolha. - Sabe o que quero.


E com fria segurança partiu. Dulce o viu ir perplexa. O que tinha feito para merecer esse tratamento tão frio? Ser Dulce Maria, decidiu tristemente. Torpe, indiscreta e vergonhosamente emocional. Três sentenças que Christopher nunca poderia aceitar.


A tarde seguinte, Dulce jogou um olhar de dúvida no espelho do dormitório. Não se reconhecia. O traje de jaqueta azul mostrava muito mais do que ela estava acostumada a mostrar. A camiseta de seda que levava debaixo deixava ver o nascimento de seus seios, e os sapatos de muito fino salto e elegantes tiras tinham uma altura perigosa que lhe dificultava um pouco o caminhar.


O telefone junto a sua cama soou.


      - Quero ver-te no salão dentro de dez minutos - pronunciou Christopher secamente.


      - Caramba! Quase não me encontra. Ia a casa do Alfonso - confiou-lhe alegremente.


Pendurou o telefone e saiu da habitação.


      - Me vai custar um pouco dominar estes saltos - anunciou ao entrar no salão e tropeçar na entrada, por isso teve que agarrar ao pomo da porta para recuperar o equilíbrio.


Christopher, que levava uma taça de brandy aos lábios, ficou petrificado. Dulce também. Ele usava uma jaqueta branca que ficava como uma luva. A cor clara lhe acentuando a exótica combinação de pele dourada, olhos escuros e cabelo negro. Resultava tão devastadoramente atrativo que Dulce ficou boquiaberta.


E por algum motivo Christopher também ficou olhando. De repente, sentiu-se incômoda e mortificada por havê-lo cuidadoso desse modo.


      - Demoraremos muito? Não quero que Alfonso se vá.


      - Meu Deus. Duvido que se vá se te vê - os brilhantes olhos lhe percorreram a silhueta, da camiseta de seda até as torneadas pernas, que pela primeira vez mostrava fora do ginásio.


      - Essa imbecil! - exclamou abruptamente - Tem aspecto de prostituta de luxo! O decote é muito pronunciado! A saia é muito curta!


Surpreendida e mortificada, Dulce o olhou.


      - A saia me chega quase ao joelho...


      - Totalmente inapropriado para o Jasper, e menos ainda para lhe fazer a visita ao Alfonso - concluiu Christopher, resmungando.


      - Queria que visse meu novo aspecto - disse Dulce, desiludida como um menino ao que lhe cravaram o globo.


Christopher elevou uma sobrancelha azeviche, obtendo que se sentisse envergonhada de desejar que Alfonso lhe jogasse um olhar e se desse conta de que ela era a mulher para ele.


De repente se sentiu agradecida de que Christopher o houvesse dito. Não queria que Alfonso acreditasse que estava tentando conquistá-lo. Isso poderia arruinar sua amizade para sempre e fazer que fugisse dela. Vestiria sua roupa antiga e tiraria a maquiagem.


       - Virá um joalheiro a nos trazer uma seleção de anéis de compromisso. - Poderá ficar com o que escolher.


       - Não. - Quando receber um verdadeiro anel de compromisso quero que seja o primeiro. Considerarei a este um empréstimo.


Quando o joalheiro chegou, Dulce estava encolhida no sofá, desejando poder ter ido trocar se. Se Uckermann dizia que estava muito insinuante, seguro que teria razão. Envergonhava-se de não haver se dado conta. Entretanto, tinha visto montões de garotas perfeitamente respeitáveis com roupa parecida.


        - Escolhe - disse Uckermann no tenso silêncio.


        - Os diamantes são muito frios - suspirou Dulce. - As pérolas e as opalas trazem má sorte. Há gente que diz que o verde tampouco é muito afortunado. - Não sei nada dos rubis, mas...


       - Então, escolhe um rubi.


      - Os rubis representam amor apaixonado - disse em tom de desculpa. - Acredito que melhor será escolher um diamante.


Christopher respirou profundo e escolheu o anel de diamantes mais opulenta.


      - Ficamos com este.


Era tão grande, que parecia tirada de uma bolsinha de quinquilharias de aniversário. Dulce se sentiu aliviada de que não gostasse do anel. Assim podiam manter tudo a um nível impessoal.


Assim que o joalheiro lhe mediu o dedo, Dulce ficou de pé.


      - Posso-me ir agora?


      - Quando quiser - disse Christopher acidamente.


Trinta minutos mais tarde, Dulce batia na porta do Alfonso. Um desconhecido lhe abriu a porta.


      - Procura o Alfonso? - perguntou amável.


Dulce assentiu.


      - Trabalhamos juntos. Disse-me que usasse seu piso enquanto ele está em Nova Iorque.


       - Nova Iorque? - disse Dulce em tom tremente, segura de ter ouvido mau.


       - Uma mudança temporária. Lhe ofereceram ontem. Uma oportunidade como essa não se pode desperdiçar, assim que se foi esta manhã.


       - Quanto tempo acha que estará fora? - perguntou Dulce, sobressaltada.


       - Acredito que um par de meses.



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Autor(a): theangelanni

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Capítulo 4         - O senhor Uckermann a espera - informou Fisher com urgência contida. Dulce acomodou ao Spike em sua cesta com os olhos cheios de lágrimas.       - A cozinheira  levará ao Spike à cozinha todos os dias. Não lhe tem medo - disse-lhe o mordomo amavelmen ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 466



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  • stellabarcelos Postado em 03/08/2016 - 03:26:24

    Muito muito lindos! Amei

  • larivondy Postado em 26/06/2013 - 21:13:24

    amei a web! li toda em um dia *-* fiquei até de madrugada e dormi na aula depois, mas valeu muuuito a pena!

  • mayn Postado em 14/05/2009 - 10:18:44

    Adoreiii o fimmm
    lindo
    bjsss

  • dullinylarebeldevondy Postado em 13/05/2009 - 14:26:54

    qnd vai começar a outra?!

  • bazynhaads Postado em 10/05/2009 - 01:17:58

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  • bazynhaads Postado em 10/05/2009 - 01:17:57

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  • bazynhaads Postado em 10/05/2009 - 01:17:57

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  • bazynhaads Postado em 10/05/2009 - 01:17:56

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  • bazynhaads Postado em 10/05/2009 - 01:17:55

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  • bazynhaads Postado em 10/05/2009 - 01:17:42

    Nos braços do inimigo - Michelle Reid:


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