Fanfic: Amor Por Acaso... | Tema: Romance, Rebelde, Vondy

Por Dulce

Estavamos em um domingo ensolarado, nem o ar condicionado estava resolvendo a situação, então resolvi ir dar um mergulho na piscina da nossa casa. Coloquei um dos méis biquínis favoritos, peguei uma toalha e fui em direção à piscina. Estavamos apenas eu e o insuportável do meu padrasto em casa, já que mamãe havia viajado à negócios, deste então eu evitava ficar em casa quando ele estava. Mesmo depois de tantos anos não consigo confiar nele...

Depois de um bom tempo na piscina, acabei lembrando que tinha alguns livros da faculdade para ler, acabei me dando por vencida e sai da piscina em direção ao meu quarto, quando encontro no meio do caminho meu padrasto sentado no sofá da sala, olhando fixamente para mim, que tratei de me enrolar logo na toalha..

- Dulce! Como está linda hoje! – Otávio disse com um sorriso que me enojou no rosto – Não devia andar assim pela casa...

- Estúpido! – foi tudo o que eu consegui dizer, queria sair dali o mais rápido possível, dei as costas para ele e fui em direção as escadas quando senti uma mão me segurar fortemente pelo braço – Me larga! – disse entre dentes

- Sabe Dulce.. você não imagina como foi difícil aguentar todos esses anos de convivência com você, vendo você assim linda, mas sem poder te tocar... – ele dizia enquanto seus olhos percorriam meu corpo, quando senti ele puxando minha toalha, soltei um leve grito e então lágrimas começaram a rolar em meu rosto. Eu tentava me soltar, mas era em vão. – Eu te quero Dulce.. – ele disse me abraçando e passando suas mãos pelo meu corpo, pegando mexas de meu cabelo e cheirando-as – Alguem já te disse que você fica linda nesse tom de ruivo?! – eu não conseguia responder nada, apenas soluçava de medo. – Fala comigo Dulce.. – Otávio gritou em seguida, apertando ainda mais minha cintura contra si – FALA COMIGO!

- O que você quer de mim? – indaguei enxugando algumas das insistentes lágrimas

- Não é óbvio? – disse depositando um beijo no canto da minha boca, em seguida desamarrando o laço da peça superior do meu biquíni. Então ouvimos um barulho de algo caindo no chão. Ele rapidamente me soltou, e então vi minha mãe estática, olhando para nós dois, como se estivesse analisando cada detalhe da cena.

- Querida, não é o que você está pensando! Sua filha se atirou para cima de mim, eu não fiz nada! – ele disse aproximando-se de minha mãe, enquanto eu ainda estava estática tentando arrumar minha roupa

- DULCE! Porque Dulce?! – ela disse vindo até mim, desferindo um tapa em meu rosto – Por isso aquela conversa de que eu não deveria estar com Otávio, agora tudo faz sentido! Você sempre o quis! – ela disse puxando meu braço, eu não podia acreditar no que estava acontecendo

- Mamãe, ele está mentindo! – disse quase em um sussurro

- Não acredito em nada que saia dessa sua boca, Dulce! – ela me empurrou, acabei tropeçando no primeiro degrau da escada – Suba já, coloque uma roupa e saia da minha casa! Agora!

- Mas mamãe.. eu.. você não.. – fui interrompida por Otávio

- Você esta certa meu amor, essa é a atitude correta. Lamento sua filha ter te decepcionado desse jeito.. – ele disse abraçando-a

Subi as escadas desolada, troquei-me colocando uma roupa confortável. Fui até meu closet, eu tinha um pequeno cofre lá dentro, onde guardava minhas economias, não era muito mas nesse momento ia ajudar. Arrumei uma pequena mochila com coisas importantes minhas e então desci as escada novamente, dando de cara com minha mãe e seu marido nojento, cada um com um copo de whisky na mão, rindo deliberadamente enquanto conversavam..

- Aonde pensa que vai com essa mochila? – ela disse puxando da minha mão – Está roubando algo? – disse revirando tudo, depois me entregou, ainda bem que não achou meu dinheiro – Ah, está limpa.. – soltou um riso – pode ir embora agora. E esqueça que um dia fui sua mãe...

- Não vai ser difícil. Você nunca foi presente mesmo. – respondi, com um nó na garganta

[...]

Eu já andava há horas, e estava cada vez mais cansada, com fome e sede. Não suportando mais caminhar, sentei no meio fio da rua. Eu não tinha para onde ir, Anahí estava em lua-de-mel com Poncho, eu não tinha contato com meu irmão há meses.. me senti perdida. Comecei a sentir tudo ao meu redor girar, então apoiei a cabeça em minhas mãos, que estavam apoiadas em minhas coxas... depois disso, tudo apagou.

Acordei com uma voz forte me chamando ao fundo, senti uma luz forte em meu rosto e por reflexo coloquei as mãos nos olhos..

- Que luz é essa? Quem é você? -  perguntei me afastando, e procurando minha bolsa, que por sorte ainda estava do meu lado

- Calma, é só o farol da minha moto, está bem escuro por aqui.. – ele disse estendendo a mão me ajudando a levantar – O que faz aqui sozinha? Você parece estar mal..

- Não é nada.. mas obrigada pela preocupação e me ajudar.. – agradeci sincera, pegando minha bolsa, fazendo menção de ir embora dali

- Espera. Me chamo Christopher, e você? – ele disse estendendo a mão

- Sou Dulce.. – respondi retribuindo o gesto

- Aceita uma carona, Dulce? – me perguntou, estendendo um capacete.