Fanfic: Patience ~ | Tema: One Direction, Mia Colucci

O resto do dia passou rápido, saí da última aula mais cedo que era de dança e fui para o quarto terminar de arrumar minhas coisas junto com a Vick. Eram 17:30 quando o Bruno passou no nosso quarto nos chamando. Tomei um banho rápido, passei só um rímel, coloquei uma calça, uma bota de salto, igual do meu uniforme, era mais por costume já que eu usava o dia inteiro de segunda à sexta; e levei uma blusa já que pelo que me lembro Londres costuma ser fria e gelada por natureza. Vick já estava pronta há horas e parecia mais animada do que eu.

Pegamos nossas malas, que não eram nada leves e fomos para o pátio e fomos para o pátio central encontrar o Bruno, o Diego e o Gui.

- Até que enfim! - Diego disse levantando os braços quando nos viu descendo as escadas -

- Eu já ia te deixar, de fé. - Bruno me disse impaciente e com a cara fechada - A gente ainda tem que passar em casa.

- Porque?

- O pai quer que a gente passe lá antes, você sabe, é a primeira vez que você viaja só comigo... Eles estão preocupados...

- Com razão né Bruno, porque você é um irresponsável.

- É o irresponsável aqui que vai te levar pra conhecer teu "querido One Direction" - ele vez uma voz fina nas ultimas palavras - E mais um pouco você fica aqui sozinha enquanto a gente se diverte em Londres.

Odiava as chantagens do Bruno.

- Ele tem razão Mia - Vick disse - É o One Direction! Pare de vacilo aí.

- É o One Direction! - Gui imitou a voz da Vick, debochando -

- Tá, ja chega né. Vamos logo - Diego disse apressado -

...

- Manhê... Mãe! ... Já chega, é só um final de semana - disse enquanto ela me abraçava e me beijava dizendo pra eu me cuidar, tomar meus remédios, obedecer o Bruno e blablabla -

Faziam 4 meses já e meus pais ainda me tratavam como se eu fosse uma criança com medo do monstro do armário. Eles ainda faziam de tudo para que eu me sentisse bem, protegida novamente. 4 meses e as pessoas ainda me olhavam com dó, com pena. 4 meses e apesar de eu dizer que estava tudo bem, ainda podia ouví-los gritar e chorar. 4 meses e todos ainda evitavam falar do assunto, como se isso me fizesse esquecer, como se todos esses remédios e tratamentos fossem apagar da minha mente a cena dos meus 3 amigos, que eu tanto amava, morrendo na minha frente.
E eu me pergunto por que eu? Por que só eu sobrevivi? Porque eles não me mataram também? Por que quando eles estavam de pé na minha frente, só me encaravam com as armas nas mãos? Como se eu fosse valiosa demais para morrer naquela hora.

...

Algumas horas passadas acordei com o Bruno me jogando uma toalha e falando que já tinhamos chegado. Bruno sempre carinhoso comigo. Amor de irmão é uma coisa tão linda, tão saudável, carinhoso, só que não.

Estávamos no táxi indo para o hotel. Frio. Muito frio. Frio além do normal.
Diego percebeu e me abraçou de lado, o que vez Bruno me olhar feio e lançar um olhar para o Diego como se dissesse "Ou você sai de perto dela agora, ou nossa amizade acaba aqui", porém ele não disse nada e virou o rosto. Diego só riu baixo e eu tambem.

Fiquei abraçado com ele enquanto olhava pela janela, todas as luzes passando, essa cidade é realmente linda à noite. Na verdade é linda a qualquer hora do dia, mas eu prefiro à noite. Ah, Londres é tão amável!

Chegamos no hotel, o mesmo hotel que a gente sempre se hospeda quando vem para Londres. The Rubens At The Palace. Meu pai Franco Colucci é amigo dos donos há muito tempo, então todos sempre nos recebem bem. Além do hotel ser lindo. Isso sem falar no Austin, filho de um dos donos que estava sempre aqui. Ele era a tentação em pessoa.

Eu a Vick ficamos em um quarto e Gui, Diego e Bruno em outro. Eles fizeram questão de nos levar na porta do nosso quarto e fechar eles mesmo quando eu e a Vick entramos, como se tivessem medo que alguém viesse e nos sequestrassem, ou coisa pior, o que no fundo eles tinham razão em se preocupar.

Coloquei um pijama e fiquei conversando com a Vick por algum tempo sobre como iria ser amanhã, eu ri quando ela disse que agarraria pelo menos 1 deles. Vick sendo Vick! 

Fui até minha bolsa e peguei dois frascos, um laranja e outro preto, peguei um comprimido de cada e tomei com um gole de uma garrafa de água do frigobar. Vick me olhou com certa tristeza, ela sabia o porque dos remédios.

Não demorou muito e nós adormecemos conversando sobre coisas aleatórias.