Fanfics Brasil - CAPÍTULO 18 CORAÇÕES FERIDOS - AyA - Adaptada - Finalizada

Fanfic: CORAÇÕES FERIDOS - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO 18

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As apresentações já tinham começado, Carrie estava furiosa. Que injustiça! Como aquilo podia ter acontecido? Como um relacionamento tão promissor havia acabado daquele jeito? Anahi Portilla ia pagar caro.
Sentada na primeira fila do auditório, Carrie fingia escutar atentamente. Em alguns minutos, subiria ao palco para apresentar os resultados de sua pesquisa.
Enquanto o apresentador discorria sobre medidas preventivas, ela se concentrava em emitir vibrações positivas para Alfonso, ao mesmo tempo em que visualizava Anahi sendo atropelada por um caminhão.
Ouviu todos no auditório aplaudirem e fez o mesmo. Olhou ao redor, sorrindo, tentando adivinhar quanto tempo ainda tinha. Precisava descobrir o ponto fraco de Anahi. Com algumas informações de Madeline e os serviços de um investigador particular, ela agora sabia o bastante sobre a garota que fora viver em Baltimore e adotara o sobrenome Turner. Rira muito ao descobrir como ela enriquecera. Não era garota de programa, mas talvez fosse até pior que isso. O que teria feito para conseguir ser herdeira daquela mulher?
O pai ainda vivia em Persuasion. Talvez fosse interessante visitá-lo. E havia também o filho bastardo.
Carrie olhou-se no espelho do estojo de maquiagem e suspirou. Achava uma afronta o fato de o garoto chamar-se Aidan. Alfonso devia fazer um teste de paternidade. Fechou os olhos.
Estou aberta para recebê-lo, Alfonso. Digo "sim" para o seu amor! Vou lhe dar o filho que tanto quer, um filho que honrará o nome da família Herrera.
Alguém cutucou seu braço.
— Acorde — sussurrou o homem. — Acabaram de chamar ao palco a dra. Caroline Mathis. É você, não?



CAPÍTULO IV


— Venha, garota.
Loretta pulou do carro, pondo-se a vasculhar os arredores.
Alfonso apanhou a mochila e fechou a porta da caminhonete. Matt caminhou a seu lado.
— Não vinha aqui desde a noite em que trouxe Brendalee Larson para nos divertirmos um pouco. — Matt fez uma careta. — Como me arrependi!
— Todos os jovens da cidade se arrependem de alguma coisa que fizeram aqui.
Matt ficou em silêncio alguns segundos antes de acrescentar:
— Isso foi há três meses.
Alfonso deu uma gargalhada. O irmão sempre tinha sido mais despreocupado que ele. Levava a vida com leveza, otimismo e confiança. Rezava para que ele reagisse bem quando lhe contasse sobre a hipoteca. Respirou fundo.
— Matt...
— Falou com Aidan? Ele está bem? Aconteceu alguma coisa?
— Ele está ótimo, conversamos todos os dias. Estou pensando em ir a Baltimore no fim de semana.
— Quer companhia?
Alfonso olhou para o irmão, curioso com tanto entusiasmo.
— Ainda está interessado na amiga do Anahi?
Matt sorriu.
— Só estou dizendo que eu poderia folgar na sexta-feira e revezar com você na direção.
— Está bem. Acho que Aidan vai gostar de conhecer o tio.
— E, enquanto eu estiver na cidade, posso levar a gracinha da srta. D`Agliano para jantar.
Alfonso riu.
— Já a localizou?
— Ainda não, mas estou trabalhando nisso.
Os únicos sons vinham de Loretta caminhando no mato, de suas botas e do vento nas árvores. Alfonso achou melhor não estragar um momento tão agradável, e deixou para falar sobre a hipoteca mais tarde.
— Anahi sabe que você vai a Baltimore?
— Aidan não está falando com ela, e ela não retorna minhas ligações. Portanto, não acho que esteja sabendo.
— Bela maneira de reunir a família.
— Como assim?
— A mãe não fala com o pai de seu filho, que é você. O filho não fala com a mãe. A mãe não só não fala com seu próprio pai, como não quer que o filho fale com o avô.
— Uma típica família americana.
Matt riu.
— Só espero que vocês não decidam lavar a roupa suja num desses programas de televisão.
Andaram em silêncio. Alfonso adorava aquele lugar. Às vezes se perguntava o que teria acontecido se não tivesse engravidado Anahi a alguns metros de onde estavam.
Naquela noite, estivera cego de paixão. A razão, os sonhos e as advertências do pai tinham deixado de existir. E, durante os meses seguintes, conforme exploravam as sensações que tinham descoberto juntos, a vontade de estar ao lado dela apenas aumentara.
Era compreensível que nunca tivesse se esquecido daquelas primeiras experiências sexuais. Porém, era impressionante que, após uma noite com Anahi algumas semanas atrás, o tempo parecesse ter congelado. Ele a desejava mais do que nunca. Era como se ela tivesse marcado seu corpo e sua alma para sempre. Não importava onde tivesse estado ou o que tivesse feito, estivera apenas esperando que ela voltasse.
— Preciso tê-la de volta, Matt.
O irmão parou, abrindo a boca para responder.
— Espere, deixe que eu termine de falar. É sério, acho que ainda a amo. Admito que ela me ferrou, mas, de certa forma, fiz o mesmo com ela.
— Espere aí, você não fez nada.
— No dia em que foi embora, Anahi tinha me pedido para encontrá-la bem aqui, neste lugar, para me contar que estava grávida. Terminei com ela antes que pudesse falar qualquer coisa.
— Há quanto tempo sabe disso?
— Ela me contou quando esteve aqui.
— E você acreditou?
— Por que não? Ela acreditou em mim quando disse que tinha ido à procura dela e de Aidan assim que soube da verdade.
Matt arrastava a ponta da bota no chão.
— Você dormiu com ela em Cherry Hill, não foi? Por que fez isso?
— Não consegui me controlar.
Matt riu.
— Anahi volta, fica um dia, e você não consegue se controlar? Com tantas mulheres na cidade interessadas em você, não precisa se envolver com malucas, como Carrie e Anahi.
Alfonso voltou a andar, sem conseguir esconder o desagrado com o comentário. O irmão o alcançou.
— Desculpe, acho que falei besteira.
— Está desculpado.
— Não consigo entender essa sua obsessão por Anahi.
— Um dia vai entender, irmãozinho. — Deu um tapa amigável em suas costas. — Ainda vai conhecer uma mulher que vai deixá-lo aos seus pés. Vai querer dar a ela tudo que tem e tudo que é.
Matt olhou-o com ceticismo.
— Isso aconteceu cedo demais para mim. Soube que ela era a mulher da minha vida quando tinha doze anos.
— Ora, Alfonso!
— É a pura verdade. Lembra-se do enterro de nossa mãe?
— Claro que me lembro.
— Lembra-se de Anahi lendo um poema naquele dia?
Ele negou.
— Só me lembro de papai me dizendo para parar com a choradeira.
— Anahi leu um poema lindo, que falava de como os mortos permanecem em nossas lembranças. Todos na igreja ficaram em silêncio enquanto ela lia. Quando acabou de ler, olhou diretamente nos meus olhos. Senti muito orgulho dela. Naquela hora, eu soube que era a garota com quem eu gostaria de dividir minha vida, com quem sempre me sentiria em paz. Não tive dúvida nenhuma disso.
— Certo.
— Temos um elo desde crianças, mesmo tendo passado mais tempo separados do que juntos. E ela não é louca, só tem alguns problemas que precisa resolver.
Matt reprimiu o riso.
— Mas você está certo quanto a Carrie. Ela voltou a aparecer sem ser convidada.
— Quando?
— No consultório, quando você me contou que tinha encontrado Anahi, e em casa, na mesma noite.
— Por que não me contou antes?
— Havia coisas mais importantes acontecendo.
— O que ela queria? Alfonso deu de ombros.
— Dizer que a clínica poderia voltar a receber financiamento público, o que não é verdade. Depois, apresentou mais uma de suas atuações dignas de um Oscar, implorando por mais uma chance. Ela já passou da conta.
— Posso conseguir um mandado de proteção em vinte e quatro horas.
— Obrigado, delegado. Carrie não representa uma ameaça física, está apenas vivendo num mundo de fantasia, acreditando que, depois de todo esse tempo e de tudo que fez, ainda podemos ficar juntos.
— Que coisa ridícula.
— Inacreditável.
— E é exatamente isso que você quer com Anahi.
Alfonso começava a se arrepender de tê-lo convidado para caminhar.
— Só sei que o último ano foi difícil para você. — Matt colocou a mão no ombro do irmão. — Espero que saiba o que está fazendo.
Alfonso não sabia o que dizer, ou fazer, ou sentir. Estava prestes a conhecer seu filho.
Era uma noite agradável, e o porto estava cheio de turistas e pessoas em busca de diversão. Não estava acostumado a cidades grandes. Desviava da multidão, espremia-se e cumprimentava quem chegava perto dele.
Riu consigo mesmo. Como sou caipira! O barulho de música, buzinas e vozes era quase insuportável. Parou em frente ao restaurante City Lights, que Aidan havia escolhido para o encontro.
Checou o relógio. Tinha saído do hotel muito antes da hora marcada e, mesmo andando sem pressa, chegara meia hora mais cedo. Sentou-se num banco ao lado do restaurante e cumprimentou o senhor idoso sentado na outra ponta.
— Bela noite — disse o homem.
— De fato.
— Está visitando a cidade?
— Sim, senhor. Moro em West Virgínia.
— Um Estado de lindas paisagens — disse ele com entusiasmo.
— É verdade.
— O que o traz aqui? Negócios? Alfonso sorriu.
— Vim para ver meu filho. Ele estuda Biologia na Universidade Johns Hopkins.
— Uma das melhores universidades do mundo. Deve ter muito orgulho dele.
— Tenho, sim.
— Estou com oitenta e dois anos e posso dizer, sem pestanejar, que ser pai é a melhor coisa do mundo para um homem. — Levantou-se devagar, sorrindo. — Tenha uma ótima noite com seu filho.
Alfonso continuou sentado, esperando. Subitamente, uma silhueta chamou sua atenção. O formato do queixo, os olhos azul-escuros... Era Aidan, com toda a certeza.
Ele estava parado na frente do restaurante. Era alto e forte, e parecia nervoso. Alfonso levantou-se, com o coração acelerado, e começou a caminhar com passos rápidos. Aidan também andava apressadamente na sua direção, e parou diante dele. Alfonso sentia vontade de gritar, chorar e abraçar o filho, mas não quis assustá-lo. Estendeu a mão.
— Aidan.
O filho apertou-lhe a mão.
— Chegou cedo.
Alfonso riu.
— Na verdade, estou vinte anos atrasado.
Aidan não se conteve e jogou-se sobre o pai, abraçando-o fortemente.
— Deus, estou feliz que tenha chegado.
Anahi observava o operário que removia os ladrilhos cor-de-rosa do banheiro. Lembrou-se das horas passadas ali, enfrentando os enjôos diários. Phyllis ficava na porta, perguntando se queria um chá ou uma toalha limpa. Era um anjo que cozinhava para ela, comprava-lhe roupas e a fazia descansar durante a gravidez.
Cliff as visitava quando passava pela cidade e sempre levava presentes. Ele a chamava de Raio de Sol, por causa de seus cabelos dourados. Anahi o idolatrava.
Tinha passado a usar o nome Anahiharine Turner da primeira vez que fora ao médico, por sugestão de Phyllis. Lembrou-se de uma conversa que haviam tido nos últimos meses de gravidez, quando costumava sentir muita fome:
— Posso tomar mais suco ? — Tinha na frente um prato cheio de espaguete com almôndegas.
— Claro, meu bem. Sirva-se à vontade.
Alguma coisa no rosto de Phyllis era familiar e transmitia segurança.
— Não consigo entender como pode ser tão boa comigo se nem me conhece.
Phyllis deu uma tragada no cigarro e soltou a fumaça antes de responder;
— Vou lhe explicar uma coisa: seres humanos têm cérebros muito pequenos, talvez até menores que os dos papagaios.
Anahi mastigava, prestando atenção.
— Embora a maioria das pessoas não reconheça, estamos todos conectados, como peças de um quebra-cabeça. Andamos por aí, perdidos, sem conseguir nos encaixar para completar a figura. Entende?
— Não faço a mínima idéia do que você quer dizer com isso. — Limpou a boca com o guardanapo.
— Srta. Turner, preciso lhe falar sobre o piso da cozinha antes de ir embora. Srta. Turner?
Anahi virou-se.
— Desculpe se incomodo.
Anahi sorriu, perguntando-se como conseguia divagar em meio àquela bagunça.
— Tudo bem, só estava pensando.
— Quando arrancamos o piso da cozinha vimos que o contra piso está podre e precisará ser trocado também.
Anahi deu de ombros.
— Podem trocar.
— Isso vai alterar o custo final.
— Está bem.
— Só quando arrancamos a camada principal é que vemos o que está estragado embaixo.
Ela sorriu.
— Tem toda a razão.



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • traumadarbd Postado em 23/09/2013 - 15:00:39

    amei essa web do começo ao fim, parabéns

  • traumadarbd Postado em 22/09/2013 - 14:13:28

    deixou um gostinho de quero mais...poderia fazer uma outra temporada ein??

  • traumadarbd Postado em 22/09/2013 - 14:12:13

    ayaremember que web fantástica, arrasou, adorei demais....que lindos os Los As nessa web...a cumplicidade, o amor verdadeiro apesar dos anos afastados...a volta deles, enfim...foi mais do que perfeita...só lamento que tenha acabado, adorei a história, os segredos, as revelações, tudo perfeito!!!

  • raya_ponchito Postado em 23/08/2013 - 20:01:38

    Noooossa quanta coisa 'o' A web é muuito linda mesmo, adorei acompanha-la! Valeu a pena :) Pena que acabou :( Sentirei saudades Ç.Ç

  • lyu Postado em 28/07/2013 - 01:42:12

    CHORANDO COM O FIM, PERFEITA! PENA Q ACABOU

  • lyu Postado em 27/07/2013 - 22:10:05

    TO PASSADA

  • isajuje Postado em 26/07/2013 - 08:39:55

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' filantropia colocar o namorado da amiga como venda Anahí? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' Sei u_u isso se chama ''sacanagem com a amiga'', filantropia é outra coisa. Mas tudo bem. Até a Madeline dar uma de Carrie o.O e até a Carrie dar uma de vingativa pro lado do Matt...

  • lyu Postado em 26/07/2013 - 02:57:38

    maais

  • raya_ponchito Postado em 26/07/2013 - 01:13:03

    Lindaa demais a reconciliação de AyA *-* Mesmo a briga me tirando do sério ( por culpa da Any ) essa volta deles valeu a pena, enfim se perdoaram de verdade!

  • raya_ponchito Postado em 26/07/2013 - 01:10:55

    Coitada da Nola! Mais quem disse que era fácil ter homem bonito?! KKKK' Ah, achei tanta graça no drama dela.


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