Fanfics Brasil - CAPÍTULO 19 CORAÇÕES FERIDOS - AyA - Adaptada - Finalizada

Fanfic: CORAÇÕES FERIDOS - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO 19

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Alfonso não ria tanto desde criança. A energia entre os três era mágica. Os laços de sangue eram mais fortes do que podia imaginar. Aidan era um verdadeiro Herrera.
Pelo olhar de Matt, via que ele também tinha chegado à mesma conclusão.
Estavam num bar no porto, assistindo a um jogo de beisebol em um telão.
Matt e ele haviam apanhado Aidan às nove horas da manhã em seu apartamento, num lugar cercado por casas velhas, repleto de estudantes e trabalhadores, com alguns mendigos e vestígios de drogas pelo chão.
Quando tinham se aproximado do prédio de Aidan, Matt instintivamente levara a mão ao coldre, que tinha deixado em casa.
— Aidan não devia morar aqui — ele disse. — Não me parece seguro.
Alfonso riu, e os dois subiram as escadas do prédio.
— Ele deveria ir para Persuasion.
— Tente não se comportar feito um caipira, sim?
— Eu sou do interior e me orgulho disso.
Aidan abriu a porta, com um sorriso no rosto.
— Meu Deus! — Matt sussurrou.
— Nossa! — Aidan exclamou. — Você deve ser o meu tio.
— Eu mesmo.
Embora os três tivessem passado o dia juntos, Alfonso sabia que mal tinha começado a conhecer o filho. Havia vinte anos de convivência para recuperar e queria saber de tudo.
Aidan já tinha lhe contado que seu prato preferido era torta de siri e que adorava milho verde cozido. Falara de seu time de futebol, da paixão pela bioquímica e de uma garota chamada Rachel. E da fortuna que sua mãe havia herdado recentemente. Um pequeno detalhe que não tinha sido mencionado por Anahi ao passar por Persuasion.
— Não acredito! É brincadeira, não é? — Matt perguntou. Alfonso recostou-se à cadeira, ouvindo a continuação da história.
— Não. Phyllis investiu trinta anos de prêmios no bingo em ações e títulos. Quando ela morreu, minha mãe herdou cerca de dois terços do dinheiro e todos os papagaios.
Matt tinha os olhos arregalados.
— Trata-se de quantos milhões exatamente... E de quantos papagaios...?
Aidan riu.
— Bom, tio, mais de três milhões de dólares e exatamente trinta e seis papagaios,
Matt assobiou.
Alfonso esforçava-se para não perguntar de Anahi. Sentia-se inquieto, curioso e cheio de dúvidas, mas resolveu esperar.
Ainda bem que Matt não era obrigado a agir com tanto tato.
— E sua mãe? Casou-se? Namorou bastante?
Aidan bebeu um gole de refrigerante.
— Nunca se casou e nem namorou muito. Costumava dizer: "o ar é raro". Phyllis me explicou que isso significava que a maioria dos homens não presta.
Matt assentiu.
— Gosto dessa Phyllis.
Aidan sorriu com tristeza.
— Eu também.
Alfonso não conseguiu mais se controlar. Inclinou-se na direção do filho e perguntou:
— Onde está sua mãe este fim de semana?
— Ela deixou uma mensagem dizendo que tinha voltado de viagem. Deve estar em casa.
Alfonso procurou não demonstrar seu alívio. Sabia onde Anahi morava e era para lá que iria assim que deixasse o filho no apartamento. Precisava vê-la, saber por que tinha ido embora daquele jeito. Era sua vez de fazer uma visita surpresa.
— Então — Matt disse, mudando de assunto —, seu pai lhe contou sobre nossa viagem pelo país?
— Está falando da viagem que fizeram ontem para chegar até aqui?
— Não, estou falando das viagens do ano passado, quando soubemos de você. Antes de falecer, Betty, sua avó materna, disse ao seu pai que você e sua mãe estavam vivendo em Patterson, na Califórnia. Pelo menos, foi isso que seu pai achou que ela tinha dito. Então, fomos até lá procurar por vocês.
Aidan inclinou a cabeça e riu ao perceber o mal-entendido.
— A casa de Phyllis fica na intersecção da Patterson com a Califórnia.
— Exatamente. Não fosse esse pequeno detalhe, teríamos achado você bem antes.
— Então, foram para o Oeste atrás de nós? — Dirigiu a pergunta a Alfonso, mas foi Matt quem respondeu.
— Isso mesmo. Fiz pesquisas em todos os arquivos públicos, dei vários telefonemas, mas não consegui achar nenhuma pista de você ou de sua mãe na Califórnia, ou em qualquer outro lugar. Nem mesmo o investigador particular que contratamos conseguiu.
— Contrataram um investigador?
— Sim. Decidimos, então investigar por nossa conta. Seu pai pediu uma licença no trabalho para poder viajar. Eu voava para encontrá-lo nos fins de semana, quando conseguia uma folga. Não tivemos sorte, mas pode ter certeza de que conhecemos uma grande parte do país.
Aidan ficou sério e voltou-se para o pai.
— Não fazia idéia de que tinha feito tudo isso. Obrigado.
— Pena que não tenha sido um trabalho melhor.
— Não escute o que ele diz — Matt interrompeu. — Ele seguiu todas as pistas, que não foram poucas. Quantos Estados visitamos, Alfonso?
Ele jamais se esqueceria.
— Dezessete.
Aidan ficou surpreso.
— Tudo isso? Nossa!
Depois de um longo silêncio, Aidan começou a rir. Matt fez o mesmo.
— E você estava por ai, sem saber que tinha um pai que o procurava e se hospedava em motéis fedidos. Como aquele de Montana, lembra-se, Alfonso? Qual era a cidade?
— Helena — respondeu, analisando a expressão do filho.
— Sim — Matt continuou. — Rodamos mais de vinte mil quilômetros numa caminhonete velha.
Alfonso precisava interromper o irmão, antes que começasse a contar o que costumavam comer em cada cidade.
—Tudo isso significa que tentamos encontrá-lo de todas as maneiras possíveis, e era frustrante voltar para casa de mãos vazias.
Aidan assentiu.
— Faria tudo de novo se fosse preciso.
— Sim. — Aidan empurrou a cadeira. — Preciso ir ao banheiro, já volto.
Observou o filho se afastando. Aquilo tudo devia ser muito para um garoto absorver de uma vez só.
— Será que ele está bem? Sua cabeça deve estar fervendo — Matt comentou.
— Assim como as nossas.
— Não faça isso. Não vá atrás dela. Alfonso deu de ombros.
— Não tenho escolha.
— Claro que tem.
— Então, eu escolho ir falar com ela.
O irmão revirou os olhos.
—Temos muita coisa para esclarecer, assuntos que precisamos terminar de discutir. Não vou embora antes de falar com ela!
Matt meneou a cabeça.
— Lembra aquele dia em que eu disse que você era fechado e precisava compartilhar suas aflições?
— Lembro.
— Gostava mais de você daquele jeito.
Ficaram em silêncio até Aidan voltar. Ele parecia calmo e sorriu.
— Que dia incrível. Parece um sonho, mas, olhando para vocês, me dou conta de que é mesmo verdade o que está acontecendo. Acho que vou precisar de um tempo para me acostumar.
Alfonso sorriu.
— O importante é que o primeiro passo já foi dado.
O rapaz assentiu. Tirou uma caneta do bolso e apanhou um guardanapo de papel, escrevendo alguma coisa.
— Tome, é o endereço e o telefone da minha mãe.
— Obrigado, já os tenho. O filho sorriu.
— Legal.
— Antes de guardar essa caneta, você poderia me dar o número do telefone de Nola D`Agliano? — pediu Matt.
Aidan deu uma gargalhada, que pareceu a Alfonso o eco da gargalhada de seu pai.
— É D`Agostino.
— Ah, está explicado porque não consegui encontrá-la.
— Nossa... — Aidan balançou a cabeça.
— O que foi? — Matt perguntou, endireitando-se na cadeira. — Não achou uma boa idéia? Só queria convidá-la para jantar.
Aidan apanhou outro guardanapo e começou a escrever.
— Sem problemas. É que me ocorreu que você é exatamente o tipo de Nola — Entregou o papel ao tio, sorrindo.
— Verdade? — Matt esperou por mais informações, mas ele parecia se divertir ao provocá-lo. — Vamos lá, garoto, não vai ajudar seu velho tio aqui? Por que faço o tipo dela? É a minha aparência? Minha personalidade?
— Não. É que você não é italiano e tem um emprego.
Matt parecia confuso.
— Ela sempre diz que desistiu dos homens, especialmente dos italianos. Todos os maridos dela foram italianos e desempregados. Nola é assistente jurídica e ganha muito bem.
— Quantos maridos ela teve?
— Três.
Matt assobiou.
— Nenhum deles durou muito tempo — ele acrescentou, como se fosse tranqüilizador.
Matt sorriu.
— Por quê? Morreram?
Pai e filho riram.
— Não que eu saiba.
Alfonso bateu no braço do irmão.
— Você sempre soube escolher bem, Matt.
— Olhe só quem fala — retrucou.



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Autor(a): ayaremember

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Anahi estava sentada sobre as pernas, com uma caneca de chocolate nas mãos, observando o anoitecer pela janela. Tinha ficado a maior parte do dia absorvida na leitura de um livro de psicologia que versava sobre lembranças reprimidas.Esperava que a leitura a ajudasse a recordar o que tinha acontecido no ateliê na noite em que deixara Persuasion. Parecia im ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • traumadarbd Postado em 23/09/2013 - 15:00:39

    amei essa web do começo ao fim, parabéns

  • traumadarbd Postado em 22/09/2013 - 14:13:28

    deixou um gostinho de quero mais...poderia fazer uma outra temporada ein??

  • traumadarbd Postado em 22/09/2013 - 14:12:13

    ayaremember que web fantástica, arrasou, adorei demais....que lindos os Los As nessa web...a cumplicidade, o amor verdadeiro apesar dos anos afastados...a volta deles, enfim...foi mais do que perfeita...só lamento que tenha acabado, adorei a história, os segredos, as revelações, tudo perfeito!!!

  • raya_ponchito Postado em 23/08/2013 - 20:01:38

    Noooossa quanta coisa 'o' A web é muuito linda mesmo, adorei acompanha-la! Valeu a pena :) Pena que acabou :( Sentirei saudades Ç.Ç

  • lyu Postado em 28/07/2013 - 01:42:12

    CHORANDO COM O FIM, PERFEITA! PENA Q ACABOU

  • lyu Postado em 27/07/2013 - 22:10:05

    TO PASSADA

  • isajuje Postado em 26/07/2013 - 08:39:55

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' filantropia colocar o namorado da amiga como venda Anahí? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' Sei u_u isso se chama ''sacanagem com a amiga'', filantropia é outra coisa. Mas tudo bem. Até a Madeline dar uma de Carrie o.O e até a Carrie dar uma de vingativa pro lado do Matt...

  • lyu Postado em 26/07/2013 - 02:57:38

    maais

  • raya_ponchito Postado em 26/07/2013 - 01:13:03

    Lindaa demais a reconciliação de AyA *-* Mesmo a briga me tirando do sério ( por culpa da Any ) essa volta deles valeu a pena, enfim se perdoaram de verdade!

  • raya_ponchito Postado em 26/07/2013 - 01:10:55

    Coitada da Nola! Mais quem disse que era fácil ter homem bonito?! KKKK' Ah, achei tanta graça no drama dela.


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