Fanfics Brasil - 21 CORAÇÕES FERIDOS - AyA - Adaptada - Finalizada

Fanfic: CORAÇÕES FERIDOS - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: 21

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Anahi tentou fechar a porta, mas seu pé a impediu.
— Por favor, Alfonso.
— Passei o dia todo com nosso filho, Anahi.
Ela cedeu.
— Está bem, — Fez um gesto para que ele entrasse. — Sente-se. Quer um chocolate quente ou um chá?
— Não, obrigado.
Alfonso andava pela sala, analisando a mobília. Parou diante da estante, passando os dedos sobre as lombadas dos livros.
— Filosofia oriental, arqueologia, astronomia, tragédias gregas. — Ele riu baixinho. — Continua sendo amante da leitura.
Aproximou-se do aparador da lareira, onde havia vários porta-retratos de Aidan desde bebê. Pegou um deles, com a imagem do filho num zoológico.
— Ele é incrível — sussurrou, devolvendo a foto ao lugar.
— Podemos mandar fazer cópias — Anahi disse da cozinha.
— Seria ótimo. — Pegou o livro jogado na poltrona. — Lembranças reprimidas? — Alfonso franziu a testa. Um papel caiu de dentro do livro, e ele se abaixou para pegá-lo. — Jeff é seu namorado?
— Não, só um amigo. — Anahi decidiu deixar o chá e a conversa fiada de lado. Saiu da cozinha e sentou-se.
— Você não deveria ter vindo aqui. Sabe disso, não?
Alfonso guardou o cartão de visita de Jeff dentro do livro e leu o título de outro que estava na mesa ao lado da poltrona:
— A Verdade Completa: Como Melhorar sua Vida através da Honestidade, — Sentou-se. — Está pensando em estudar Psicologia?
— Estou tentando entender minha vida. — Olhou-o rapidamente. Ele estava maravilhoso, vestindo jeans e camisa branca. Tinha que evitar fitá-lo. Não queria se lembrar das horas maravilhosas que tinham passado na cama da pousada.
— Como vai Aidan? Ele ainda não está falando comigo.
Alfonso sorriu.
— Ele é um rapaz extraordinário, Anahi. Não devia tê-lo afastado de mim, mas você foi ótima mãe. Agradeço por isso.
Havia sinceridade em sua voz. Era bom saber que tinha reconhecimento pela boa formação que dera ao filho.
— Obrigada.
— Agora, vamos ao que interessa. Por que você acha que eu não deveria ter vindo? Foi você quem começou, Anahi. Chegou a Persuasion inesperadamente, fez amor comigo uma noite inteira, me fez lembrar de como é estar vivo e desapareceu.
Anahi irritou-se. Ele estava noivo. Que cafajeste!
— Regressa a Baltimore e me esnoba. Não retorna minhas ligações. Não pode fazer isso, eu não mereço.
Ela não acreditava no que ouvia.
— Não mesmo? — Sorriu. — E quanto à sua noiva? Desculpe, não sei o nome dela.
Alfonso pareceu surpreso. Anahi imaginou que, finalmente, o tinha colocado contra a parede.
— Minha o quê?
— A mulher com quem vai se casar na véspera do Natal.
Ele ficou estático.
— Vamos, Alfonso, você é tão inteligente, formado em Medicina. Se pensar bem vai conseguir lembrar o nome da sua amada.
Ele se recostou à poltrona, cruzando as pernas, com uma expressão enojada.
— Quem lhe disse isso?
— O que importa? — Ficava cada vez mais irritada. Por que ele negava o óbvio?
— Claro que importa, nem tem idéia de quanto. Você conheceu Carne?
— Não conheço nenhuma Carrie. Foi Madeline quem me contou sobre seu casamento na manhã seguinte, depois de... Dormirmos juntos.
— Madeline?
— Sim, ela jogou essa bomba em cima de mim durante o café da manhã e... Ora, isso é ridículo. — Levantou-se e foi para a porta. — Afinal, o que eu esperava? Não soube de você por vinte anos, tinha direito de viver sua vida. Parabéns, sua noiva deve ser um amor. Você não me deve nada. Ponto final. Até logo.
Abriu a fechadura e escancarou a porta.
— Mais uma coisa: você não teve o mínimo respeito por sua noiva ou por mim naquela noite. Tudo que queria era dormir comigo. Meu Deus, como fui boba! Foi só isso o que sempre quis de mim. É a única coisa que interessa aos homens. Cansei de vocês!
Sem dizer nada, Alfonso se levantou e fechou a porta.
— Onde fica seu quarto? — ele perguntou.
Anahi não conseguia respirar, a cabeça girava. Aquele homem a excitava tanto que suas pernas tremiam. Como ele conseguia deixá-la daquele jeito, mole como um pudim?
— Mas...
Alfonso agarrou seus cabelos, silenciando-a com um beijo e fazendo-a se esquecer completamente do que pretendia dizer. Ele a beijava como se possuísse sua boca e a abraçava como se fosse o único a ter aquele direito.
Ele se afastou e sorriu. Anahi sentia-se tonta, mas não a ponto de não conseguir fazer o que era certo. Ao contrário dele, tinha uma consciência. Abriu a porta de novo.
— Adeus, Alfonso. Seja feliz.
— Não estou comprometido. Não existe noiva nenhuma.
Anahi sentiu que perdia o equilíbrio. Queria se deitar. Na sua cama. Com ele.
— Não? — murmurou.
— Estava noivo de Carrie Mathis até saber sobre você e Aidan. — Passou os dedos suavemente pelo rosto de Anahi. — Cancelei o casamento, e ela ficou desequilibrada, então rompi o relacionamento de vez. Ela deve ter usado Madeline para confundir você.
Anahi sentiu a esperança retornando.
— Verdade mesmo?
— É a pura verdade, Anahi. Acho que agora estamos livres para viver nossa vida, não é?
— Última porta do corredor, à direita.


Carrie estacionou em frente da casa e olhou em volta. O lugar parecia abandonado. Decerto recolher as folhas secas do chão não era uma das prioridades do sr. Portilla. Deveria contratar alguém para cuidar da casa, caso conseguisse. Madeline havia comentado que ninguém agüentava Virgil, exceto a irmã. Subindo os degraus da varanda, pensou que não teria problema algum para lidar com um velho recluso e mal-humorado. Tocou a campainha duas vezes. Parecia não haver ninguém.
Apertou a campainha sem soltá-la. O relatório do hospital informava que ele tinha recebido alta havia cinco dias. E se estivesse caído no chão da cozinha, vitimado por outro ataque? Tinha decidido ligai` para o hospital quando ouviu um leve ruído atrás da porta.
— Sr. Portilla? Posso conversar com o senhor? Sou a dra. Caroline Mathis, colega do dr. Herrera.
— Não atendo visitas — disse uma voz que parecia vir do além.
Ela riu.
— É mais que uma visita social, sr. Portilla. Por favor, abra.
— Também não atendo esse tipo de visita.
Carrie suspirou e cruzou os braços. Ele estava começando a irritá-la.
— Serão só alguns minutos.
A porta de madeira se abriu, e ele olhou-a através da tela.
— Fale logo.
— Boa noite. É uma honra conhecê-lo.
O homem esboçou um sorriso.
— Deve ser mesmo, sou muito charmoso. Diga logo o que quer.
Carrie concluiu que não era à toa que não gostavam dele.
— Posso entrar?
— Não. Apenas diga o que quer e vá embora.
— Bem... — Carrie olhou ao redor. — E um assunto bastante delicado. Tem certeza de que quer conversar aqui, em público?
Virgil olhou para a rua.
— Que público? O que você quer afinal?
— É a respeito de sua filha.
Carrie notou uma mudança na postura dele.
— Dê a volta na casa.


Alfonso arrancou a camiseta de Anahi, afundando o rosto em seus seios.
— Posso dizer o quanto me agrada que não esteja usando sutiã?
— Fico feliz por você estar feliz. — Ela ajudou-o a se despir.
— Sempre fica sem sutiã em casa?
Anahi riu, passando os dedos por seus cabelos e trazendo-o mais perto.
— Acho que estou prestes a destruir algum tipo de fantasia masculina, mas a resposta é "não". Quase sempre uso sutiã. Estava muito deprimida hoje para me vestir direito.
— Que honestidade mais cruel.
— Daqui em diante, é isso que vai ter de mim: honestidade.
Alfonso gemeu e sentiu os pêlos da nuca se eriçarem. Roçou o rosto em seus seios, inspirando aquele perfume, beijando seu corpo. Tirou-lhe a calcinha e afastou-se para apreciar sua nudez, para se perder na imagem maravilhosa da pele rosada e do rosto que expressava felicidade ao vê-lo ali, Ajoelhou-se ao lado da cama.
— Quero ficar um pouco adorando você, posso? Anahi riu.
— É sério.
Ela deixou de sorrir, tocando-o nos cabelos, enquanto um pequeno sorriso brincava em seus lábios.
— Eu não sei como isso seria. A observação o surpreendeu.
— Não pode ser. Ela deu de ombros.
— Acho que nunca encontrei o homem certo. E você? Como nenhuma mulher conseguiu fisgá-lo?
Alfonso entreabriu um pouco as pernas dela, apenas o suficiente para ver o suave triângulo de pêlos, que guardava a reentrância úmida de excitação. Ergueu o olhar, e sentiu o coração partido ao perceber que o calor que irradiava deles estava enevoado pela dúvida. Gostaria de dizer algo profundo, que apagasse a dor, a solidão, os erros e os anseios dos últimos vinte anos. Como não tinha idéia de como fazer aquilo com palavras, decidiu confiar no toque.
Beijou os pés dela antes de, lentamente, acariciar um dos tornozelos com a língua. Ergueu, então, sua perna e tocou a pele suave atrás do joelho. Anahi gemeu baixinho, apoiou-se sobre as mãos e inclinou a cabeça para trás.
Alfonso percebeu que ela afastava as pernas instintivamente conforme sua boca subia pelas coxas.
— É sério... Não namorou mais ninguém depois de Carrie?
— Hum... Não me lembro de ter saído com mais ninguém. — Continuou deslizando a língua até tocá-la na região mais íntima. — Na verdade, nesse momento, não consigo me lembrar direito de nada — murmurou.
Ela riu, e Alfonso não soube ao certo se por causa da vibração de sua voz de encontro ao corpo ou se porque tinha achado algo engraçado. De qualquer forma, aquilo indicava que ele não estava atingindo seu objetivo com as carícias.
— Por que não namorou mais ninguém depois dela?
Ele parou e se ergueu para responder de forma mais apropriada. Os olhos dela brilhavam de interesse.
— Só conseguia pensar em você. Não enxergava outras mulheres. Era como se estivesse cego, e minha vida em suspenso até que encontrasse vocês dois.
— Ah, Alfonso... — Anahi beijou-o na testa, no rosto e na boca. Alfonso fechou os olhos, saboreando o beijo suave da mulher de seus sonhos.
Abriu os olhos, e viu-a sorrir. De repente, odiou-se por tê-la deixado ir embora acreditando que não era amada.
— E você, minha doce Anahity? Por que nunca se casou? — Alfonso a abraçou.
— Não sei.
— Vamos lá, fale. Por que não está num relacionamento agora? Você deve receber centenas de propostas.
Anahi tentou desviar os olhos, mas Alfonso forçou-a a erguer o rosto.
— Conte para mim, Anahity.
— Não encontrei alguém com quem quisesse dividir minha vida.
— Por quê?
— Acho que porque sempre procurei por... você. Procurava alguém que fosse como você.
Ele sorriu.
— Acho que você não entendeu. Ele é um rapaz do interior e Nola... Bem, digamos que Nola é uma mulher experiente.
— Já disse que Matt vai sobreviver.
— Veremos.
Alfonso a beijou suavemente.
— Percebeu o que estamos fazendo, Alfonso?
— Hum... É uma pegadinha? Ela riu.
— Corremos para o quarto, arrancamos nossas roupas como dois selvagens e o que acabamos fazendo?
— Conversando.
— Conversando aninhados assim.
— O que acha que isso significa?
— Significa que voltamos ao passado: que há muita coisa para ser removida, muito a saber um do outro e muito o que perdoar antes de termos outra noite como a da pousada.
— Embora querendo muito uma noite como aquela neste exato momento, tenho que concordar com você.
— Ainda bem, pois nunca mais quero que me deixe sozinha pela manhã como naquele dia. Fiquei sentada na cama, segurando uma meia, sem saber se era uma completa idiota ou a mulher mais sortuda do mundo.
Alfonso riu e começou a lutar com ela.
— Então, foi você quem roubou minha meia! Admita, vamos! Admita!
Rolaram na cama rindo e aos beijos até caírem no chão de madeira, com estrondo, o que os fez rir ainda mais.
Ele ergueu a cabeça de repente, ouvindo um barulho de fortes batidas que pareciam vir do teto.
— Que diabos é isso? Está ouvindo? — As batidas começaram novamente.
— É a sra. Brownstein. — Anahi deu uma gargalhada. — Ela só está com inveja.
— Talvez já seja hora de você se mudar para um lugar com um pouco mais de privacidade.
— Estou reformando a casa de Phyllis. — Ergueu-se, oferecendo a mão para ajudá-lo. —Ainda vai demorar alguns meses para ficar pronta.
— Volte para Persuasion. — As palavras escaparam de sua boca sem querer, mas a idéia lhe pareceu excelente. — Volte, Anahi. Aidan pode nos visitar sempre que quiser. Fique lá por uns tempos. Avalie como se sente comigo em sua vida, jogue em cima de mim seus medos e dúvidas, volte a me conhecer. O que acha?
Ela arregalou os olhos.
— Prometo que lhe darei todo tempo e espaço de que precisar. Estarei perto de você, poderemos nos ver com mais freqüência, jantar, passear. Nada de noites como a de Cherry Hill até estarmos certos do que queremos.
— Não sei. — Anahi balançou a cabeça e deu um passo para trás.
— Por que não? É por causa de Virgil?
— Aquele maldito homem não me assusta mais. Aliás, um dia ainda vou dizer a ele tudo de que me lembro da minha infância, do que ele fez comigo e com minha mãe. Acho que vai ser terapêutico.
— Você poderia se inscrever em um curso na universidade.
Os olhos de Anahi brilharam.
— Poderíamos nos conhecer como dois verdadeiros adultos, tendo uma relação séria e madura.
Um sorriso iluminou o rosto de Anahi.
— Eu gostaria de ter um lugar meu.
— Sempre há casas para alugar perto do campus.
Alfonso ficou encantado com seu entusiasmo. Ela estava radiante. Ele nunca mais se esqueceria daquela imagem. Fitou-a.
— Podemos tentar — ela disse. Mas vai ter que me prometer algumas coisas.
— Pode falar.
— Quero honestidade.
— Pode deixar.
— Quero que jure que, quando e se quiser me dispensar, vai fazê-lo de uma maneira mais digna que da última vez.
A facada atingiu-o no coração.
— Prometo. E quero que você me prometa uma coisa também.
— Claro.
— Não fuja mais, como fez há vinte anos e também duas semanas atrás, porque, não me envergonho de admitir, fico apavorado ao pensar que a mulher que amo pode desaparecer de novo de repente.
— Eu achava que você estava noivo.
— Está bem. Mas, por favor, não faça mais isso.
— Prometo.
— E prometa que vai me contar se engravidar de novo.
Com um sorriso maroto, ela envolveu o pescoço de Alfonso e deu-lhe um beijo longo e apaixonado.
Tinham um acordo. Já era um bom começo.



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • traumadarbd Postado em 23/09/2013 - 15:00:39

    amei essa web do começo ao fim, parabéns

  • traumadarbd Postado em 22/09/2013 - 14:13:28

    deixou um gostinho de quero mais...poderia fazer uma outra temporada ein??

  • traumadarbd Postado em 22/09/2013 - 14:12:13

    ayaremember que web fantástica, arrasou, adorei demais....que lindos os Los As nessa web...a cumplicidade, o amor verdadeiro apesar dos anos afastados...a volta deles, enfim...foi mais do que perfeita...só lamento que tenha acabado, adorei a história, os segredos, as revelações, tudo perfeito!!!

  • raya_ponchito Postado em 23/08/2013 - 20:01:38

    Noooossa quanta coisa 'o' A web é muuito linda mesmo, adorei acompanha-la! Valeu a pena :) Pena que acabou :( Sentirei saudades Ç.Ç

  • lyu Postado em 28/07/2013 - 01:42:12

    CHORANDO COM O FIM, PERFEITA! PENA Q ACABOU

  • lyu Postado em 27/07/2013 - 22:10:05

    TO PASSADA

  • isajuje Postado em 26/07/2013 - 08:39:55

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' filantropia colocar o namorado da amiga como venda Anahí? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' Sei u_u isso se chama ''sacanagem com a amiga'', filantropia é outra coisa. Mas tudo bem. Até a Madeline dar uma de Carrie o.O e até a Carrie dar uma de vingativa pro lado do Matt...

  • lyu Postado em 26/07/2013 - 02:57:38

    maais

  • raya_ponchito Postado em 26/07/2013 - 01:13:03

    Lindaa demais a reconciliação de AyA *-* Mesmo a briga me tirando do sério ( por culpa da Any ) essa volta deles valeu a pena, enfim se perdoaram de verdade!

  • raya_ponchito Postado em 26/07/2013 - 01:10:55

    Coitada da Nola! Mais quem disse que era fácil ter homem bonito?! KKKK' Ah, achei tanta graça no drama dela.


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