Fanfics Brasil - CAPÍTULO 26 CORAÇÕES FERIDOS - AyA - Adaptada - Finalizada

Fanfic: CORAÇÕES FERIDOS - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA


Capítulo: CAPÍTULO 26

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— Você está louca — disse Carrie. — Estou preocupada com sua sanidade mental.
Vindo de quem vinha, as frases soaram como uma piada para Madeline, que se pôs a rir.
— Carrie, você me manipulou, mentiu e me fez passar por idiota perante os Herrera. Está em dívida comigo.
— Não posso falar agora. Estou saindo para minha aula de tai chi e depois vou para a terapia.
— Ótimo! Então, o que me diz?
— Sobre o quê?
— Sobre quitar sua dívida comigo. Carrie suspirou.
— Já disse que preciso sair, não tenho tempo para bobagens. Sua atitude é infantil, deveria fazer terapia também. Vou desligar. Passe bem.
— Não se atreva! — Madeline não ia aceitar uma desfeita. — Estou pensando seriamente em entrar em contato com o Conselho de Medicina. Vou denunciar seu segredo para perder peso.
Silêncio.
— Conheço seu problema, Carrie. Era eu quem limpava o lixo da suíte quando se hospedava aqui. Não sou idiota, sei muito bem do que estou falando.
Carrie não respondeu.
— Se os figurões souberem que têm uma médica bulímica e viciada em laxantes em seu quadro de associados, vão caçar sua licença. Sua imagem está ligada à saúde pública, Carrie! Imagine o impacto dessa informação.
— É uma ameaça?
— É só fazer o que vou pedir. Agora é a sua vez de fazer um trabalho sujo.
— Você está me chantageando!
— Imagine! Seria chantagem contar que é esquizofrênica e que recebeu uma ordem judicial para parar de perseguir seu ex-noivo.
— Como soube disso?
— Eu sei de tudo que acontece nesta cidade.
— O que você quer afinal?
— Quero que use todo o seu talento para fazer com que a nova namorada de Matt desapareça da vida dele.


Anahi sentia-se inquieta no carro de Rita Portilla.
—Você ficou em Baltimore todos esses anos? — Rita perguntou.
— Como sabia que eu ia visitá-la hoje?
— Você devia ter vindo me visitar naquela noite, vinte anos atrás — respondeu, sorrindo. — Não foi isso que sua mãe mandou que fizesse?
— Eu não quis. Você tinha acabado de me expulsar do colégio.
Rita meneou a cabeça.
— Ah, Anahiharine, você continua a mesma, só escuta o que lhe interessa.
Anahi sentiu vontade de gritar.
— O que eu disse naquele dia era que poderia freqüentar a escola até que sua barriga aparecesse. Não a expulsei. São coisas muito diferentes.
— Está certo. Então, me enganei.
Rita continuou dirigindo em silêncio, e Anahi tomou coragem para fazer o que tinha planejado.
— O que me disse naquele dia foi muito cruel, Rita.
A tia a fitou, irritada.
— Eu era apenas uma criança. Estava morrendo de medo, e você se importou apenas com a forma como minha gravidez a afetaria.
— A família inteira, Anahiharine. Eu me preocupei com a maneira como toda a família seria afetada, principalmente seus pais.
— Estamos em Persuasion. Mesmo que eu nunca mais aparecesse na escola, todos saberiam que eu estava grávida.
— Vou dizer qual é a verdadeira tragédia, Anahiharine. É o fato de que uma garota inteligente como você não tenha conseguido manter as calças abotoadas por mais tempo.
Aquilo era demais.
— Pare. Vou descer.
— Ora, por favor! — Rita impacientou-se — Vai ser bem rápido, só quero lhe entregar umas caixas com as coisas que sua mãe deixou para você.
Anahi perguntava-se que coisas seriam aquelas.
— Falou com seu pai?
— Apenas algumas palavras, no hospital.
— Acho que ele iria gostar muito de conversar com você.
— Não seja ridícula. Ele nunca gostou de nada que eu tenha feito.
— Vírgil está doente. Quando ele morrer, será tarde demais para se arrepender.
Rita estacionou diante de casa.
— Venha pegar as caixas.
Ao entrar, Anahi sentiu-se enjoada e assustada. Pegou as duas caixas e as colocou no porta-malas do carro, procurando se acalmar.
Já dentro do carro, Rita perguntou:
— Não está se sentindo bem?
— Não é nada.
— Lembra-se de Joanna Loveless? Creio que estava uma série adiante de você.
— Acho que sim.
— Ela é editora do nosso jornal e parece que está interessada em uma entrevista com você para a edição do feriado. Seria como um registro de boas-vindas.
— Eca!
— Achei mesmo que não ia querer. — Rita parou o carro diante da casa de Anahi.
— Não me lembro de ter dito onde estava morando.
— Não seria preciso.
Rita permaneceu no carro enquanto Anahi levava as caixas para dentro. Uma forte sensação de frio se espalhava por seu corpo.
Quando a tia foi embora, ela entrou em seu pequeno paraíso particular. E foi então que começou a sentir... Era um sabor do qual se lembrava, que surgia das profundezas de sua infância para se instalar em sua língua.
Anahi sentia-se fraca. Quando a porta se abriu, não teve energia para se virar e ver quem tinha entrado.
— Você gastou tanto com móveis novos e fica sentada no chão? — Nola fechou a porta. — Achei que tínhamos terminado de desempacotar tudo. Encontrou mais caixas?
Anahi voltou à realidade. Estava sentada no meio da sala, ainda de casaco. Olhou para Nola.
— Meu Deus! O que aconteceu? — Nola ajoelhou-se. — Querida, você está chorando. Vou chamar Alfonso.
— Não. Estou bem.
Nola tirou-lhe o casaco, fez com que se levantasse e deitasse no sofá.
— Vou fazer um chá. Fique aí. Não se mexa.
Sua comoção se devia a um simples sorvete de pêssego. A lembrança a fizera entender por que sempre tinha detestado aquela fruta.
Nola voltou, sentando-se a seu lado.
— Alfonso está a caminho.
— Não precisava chamá-lo.
— O que está acontecendo, querida? Você foi ver Virgil?
— Não, a irmã dele.
— A bruxa.
Anahi sorriu.
— Obrigada pelo apoio.
— Sempre.
— Então, como foi a entrevista? — Anahi perguntou. Nola tinha se candidatado a uma vaga num escritório de advocacia.
— Ótima, consegui o emprego. Não poderiam encontrar alguém melhor que eu nesta cidade — Um sorriso iluminou seu rosto. — Matt vai ficar muito contente.
Anahi sentou-se, sentindo-se um pouco melhor.
— Que bom, Nola.
— Então, o que aconteceu?
— Estou me sentindo ridícula. Tudo o que faço é jogar toda a sujeira do meu passado em cima de você e de Alfonso. Já devem estar cansados.
— Não, não estamos. É natural que o retorno para cá tenha chicoteado sua memória.
— Obrigada. — Anahi sorriu. Como sempre, a amiga tinha usado a palavra errada, mas exprimido bem a idéia. De fato, seu cérebro vinha sendo chicoteado pelas lembranças.
— Diga logo. Do que mais se lembrou? Da escultura? De sua mãe?
— Eu devia ter uns sete anos e estava na casa de minha tia Rita, numa festa. Havia um balde de sorvete de pêssego, e meu pai não me deixava tomar. Dizia que eu tinha que esperar até que ele me autorizasse. Eu continuei insistindo.
— Acho que me lembro disso.
Anahi assustou-se com a voz de Alfonso.
— Você se lembra?
— De algumas partes. Era aniversário de sua mãe, e a minha mãe estava encarregada do sorvete. Meu pai e Matt também estavam lá. — Sentou-se ao lado dela e segurou uma de suas mãos.
Nola segurou a outra, e Anahi riu.
— Calma, meus queridos. Não é nada de mais, estou bem.
— Continue — disse Alfonso carinhosamente.
— Você já deve saber.
— Não importa. Ela suspirou.
— Minha mãe disse a ele para não ser tão severo comigo, pois as outras crianças já estavam tomando sorvete. Virgil estava bêbado e começou a gritar com ela. Senti muita vergonha. Não me lembro do que meu pai dizia, apenas de que fiquei chocada com o modo de ele falar diante de tantas pessoas. Eu achava que só em casa ele podia falar daquele jeito.
— Eu sei o que ele disse. — Alfonso passou o braço pelos ombros de Anahi, que parecia um pouco mais abalada. — Que ela era idiota e não tinha direito de questionar a maneira como ele a criava.
— Foi isso mesmo.
— Que estúpido — Nola comentou, acariciando a mão da amiga. — E depois?
— Nesse ponto, tudo fica meio nebuloso. Vejo-me no colo de meu pai, com a cabeça erguida, sentindo uma tremenda dor na garganta. Queria gritar, mas não conseguia porque... — Anahi começou a soluçar.
—Vamos, amor, vá até o fim — Alfonso sussurrou, abraçando-a. — Ele não pode mais machucá-la.
— O maldito enfiou uma colher enorme em minha garganta, dizendo que eu aproveitasse, pois seria a última vez que tomaria sorvete. Doía tanto! Era tão gelado, eu não conseguia respirar! Deus, por que ele tinha que ser tão mau?
Tremendo, encostou a cabeça no peito de Alfonso e deixou as lágrimas fluírem. Quando se acalmou, conseguiu escutá-lo dizendo que estava protegida e que era amada. Nola desfiava uma série de palavrões. Matt tinha chegado e também tentava confortá-la. Endireitou-se no sofá e percebeu a preocupação dos três.
— Vou ficar bem.
Nem Virgil, nem Rita poderiam feri-la mais. Era adulta e não estava sozinha.
— Meu pai arrancou você do colo dele — Alfonso disse, acariciando as costas de Anahi. — Arrastou-o pelo colarinho até o carro. Os dois saíram e não voltaram mais para a festa. Até hoje me pergunto o que pode ter acontecido.
Matt riu.
— Não é muito difícil de imaginar.
— Anahi? — Nola tinha os olhos cheios de lágrimas.
— Estou bem. Mesmo. — Afagou a mão da amiga.
— Eu sei, não é isso. Quero me desculpar por ter questionado os motivos de sua fuga. Esse homem é um criminoso. Fez muito bem em ter ido embora, salvou a própria vida e a do bebê. Você é uma heroína.
Anahi sorriu. Talvez Nola tivesse razão.
— Vou desempacotar estas últimas caixas para você — disse Matt, tirando um canivete do bolso.


 



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Autor(a): ayaremember

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 77



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  • traumadarbd Postado em 23/09/2013 - 15:00:39

    amei essa web do começo ao fim, parabéns

  • traumadarbd Postado em 22/09/2013 - 14:13:28

    deixou um gostinho de quero mais...poderia fazer uma outra temporada ein??

  • traumadarbd Postado em 22/09/2013 - 14:12:13

    ayaremember que web fantástica, arrasou, adorei demais....que lindos os Los As nessa web...a cumplicidade, o amor verdadeiro apesar dos anos afastados...a volta deles, enfim...foi mais do que perfeita...só lamento que tenha acabado, adorei a história, os segredos, as revelações, tudo perfeito!!!

  • raya_ponchito Postado em 23/08/2013 - 20:01:38

    Noooossa quanta coisa 'o' A web é muuito linda mesmo, adorei acompanha-la! Valeu a pena :) Pena que acabou :( Sentirei saudades Ç.Ç

  • lyu Postado em 28/07/2013 - 01:42:12

    CHORANDO COM O FIM, PERFEITA! PENA Q ACABOU

  • lyu Postado em 27/07/2013 - 22:10:05

    TO PASSADA

  • isajuje Postado em 26/07/2013 - 08:39:55

    KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' filantropia colocar o namorado da amiga como venda Anahí? KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK' Sei u_u isso se chama ''sacanagem com a amiga'', filantropia é outra coisa. Mas tudo bem. Até a Madeline dar uma de Carrie o.O e até a Carrie dar uma de vingativa pro lado do Matt...

  • lyu Postado em 26/07/2013 - 02:57:38

    maais

  • raya_ponchito Postado em 26/07/2013 - 01:13:03

    Lindaa demais a reconciliação de AyA *-* Mesmo a briga me tirando do sério ( por culpa da Any ) essa volta deles valeu a pena, enfim se perdoaram de verdade!

  • raya_ponchito Postado em 26/07/2013 - 01:10:55

    Coitada da Nola! Mais quem disse que era fácil ter homem bonito?! KKKK' Ah, achei tanta graça no drama dela.


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