Fanfic: CORAÇÕES FERIDOS - AyA - Adaptada - Finalizada | Tema: AyA

Anahi fechou a porta e foi ao banheiro para aplicar a infinidade de produtos de beleza que tinha comprado no spa. Lembrou-se de ter pensado que nada seria extravagante demais se o resultado fosse ver Alfonso de joelhos diante de sua beleza radiante. Não conseguia se conformar com a frieza dele. Será que não tinha sentido nem um pouco a sua falta? Não se importava com o que tinha acontecido com ela naqueles anos? Por que não a abraçara?
Escovou os dentes e saiu do banheiro. Foi para o quarto, incomodada com o vazio que sentia. Talvez devesse começar a fazer terapia, uma vez que tempo e dinheiro não lhe faltavam.
Vestiu as calças do pijama e uma regata e desligou a lareira a gás. Até que a suíte não seria tão ruim para uma lua-de-mel. Além de bonita e confortável, tinha uma cama bastante romântica.
Não que o ambiente fizesse diferença para um casal apaixonado. Um cobertor velho tinha sido o mesmo que um tapete mágico para ela e Alfonso.
Anahi enxugou a última lágrima do dia, jogou-se naquele enorme monumento ao amor e fechou os olhos. Logo, porém, teve a impressão de ouvir uma leve batida na porta. Desceu da cama e foi para a sala. Havia mesmo alguém batendo.
— Anahi — uma voz masculina sussurrou. — Sou eu, Alfonso. Deixe-me entrar.

— Eu sei, eu sei — Carrie falou ao celular, impaciente. — Eu o segui e não estou acreditando no que acabei de ver. Você o deixou entrar! Como pôde fazer isso comigo?
— E o que eu poderia fazer? — Madeline respondeu, magoada. — Deixá-lo na varanda, batendo na porta e perturbando todo mundo?
Carrie mordeu o último bolinho do pacote.
— Não permita que ele fique muito tempo.
Madeline suspirou.
— Carrie, não posso me intrometer na privacidade de meus clientes.
— Não acha que é um pouco tarde para um hóspede receber visitas, Maddie?
— Só estou dizendo...
— Tire-o daí!
— E como vou fazer isso?
— Não sei. Vire-se, droga! — Tirou um frasco da bolsa e engoliu uma pílula. — Não se esqueça de deixar a porta dos fundos aberta, para que eu possa usar o banheiro.
Carrie desligou. Viu que a luz da suíte de lua-de-mel estava acesa. Sabia qual era a janela, pois já havia se hospedado ali várias vezes, como na ocasião do funeral de Aidan Herrera, da cerimônia de posse de Matt e do início das obras da clínica. Tinha sido nesse dia que Alfonso lhe contara que tinha engravidado uma garota nos tempos do colégio e que era pai de um adolescente. Fora preciso um ano para que ela conseguisse fazê-lo pôr a cabeça no lugar, e nada, nem ninguém, iria impedi-la de ser feliz.
Respirou profundamente, tentando encontrar seu equilíbrio interior. Fechou os olhos para que a energia positiva percorresse seu corpo. Visualizou o buquê de rosas vermelhas e os arranjos de mesa esculpidos em gelo sobre as toalhas de veludo. Sentiu o tecido sedoso do vestido branco.
Aquele momento chegaria em setenta e quatro dias, nem que fosse o último de sua vida.
Pegou o celular e ligou para o número do pager de Alfonso. Seis vezes. Sem resposta. Tentou, então, o celular, também sem sucesso. Ligou para o hospital e exigiu que o chamassem, alegando uma emergência. Foi informada de que ele tinha passado seus pacientes para outro plantonista, e que o dr. Bowden a atenderia.
Carrie desligou. Não queria nenhum dr. Bowden. Queria era o maldito dr. Alfonso Herrera! E iria tê-lo.

Meninas me desculpem a demora nos postes, estou trabalhando e ta meio puxado mais dia dez já volto a posta normalmente.
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