Fanfics Brasil - Capitulo 28 Meu Maldito Amor (Adaptada)

Fanfic: Meu Maldito Amor (Adaptada) | Tema: Portiñón


Capítulo: Capitulo 28

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Any


 


Eu não sabia dizer se estava louca ou bêbada. Talvez os dois. Por que fiz aquilo? Eu estava, sei lá porque, me jogando para cima de Dul. Meu Deus! Quando me dei conta, eu queria fugir, me esconder, mas não consegui sair correndo. Aproveitei-me do abraço para passar meu rosto bem próximo ao seu, sentir sua respiração, o calor da sua pele em contato com a minha. Eu estava fria, pela água, mas por dentro me sentia queimando. Resolvi me afastar antes que piorasse as coisas. A solução que encontrei? Beber mais! Fui me trocar, porque estava sentindo muito frio. Peguei duas latinhas e me sentei na borda da piscina.


 


– Dul, vem! Saideira!


 


Ela evitou ficar muito perto de mim, tomou a sua latinha andando pelo quintal, enquanto eu praticamente tomei a minha de uma vez. Estava nervosa, confusa. Será que o que me abalava tanto era o fato de Dulce ser lésbica? Eu nunca tive curiosidade. Sempre que ia para festas com ela, várias meninas vinham falar comigo. Da primeira vez, Dul ficou longe, observando. Depois eu disse a ela que isso me deixava um pouco sem graça. Então, todas as vezes que alguma menina vinha falar comigo, a Dul passava seu braço pela minha cintura e dava uma de namorada ciumenta. Nos divertíamos muito.


 


Fomos para o quarto em silêncio, mas eu sabia que a Dul estava desconfortável com a situação. E já veio me mandando ir para o outro quarto. Eu não queria, queria dormir ali, com ela. Eu já estava na cama e a puxei para deitar comigo.


 


Era para ser como sempre, eu iria abraçá-la, deitar em seu ombro e dormir. Cerveja dava sono, não dava? É, não foi o que aconteceu. Eu queria sentir todo o seu corpo bem perto do meu. Sentir seu calor, seu cheiro. Eu estava louca. Mesmo. Queria sair correndo, de novo. Encostei mais meu rosto ao dela e foi inevitável... encostei meus lábios devagar em seu queixo, e dei um beijo suave. Ela acariciava todo o meu rosto. E a cada centímetro de contato, minha pele ardia, e eu parecia me sentir mais viva. Não consegui mais me conter. Eu precisava sentir o gosto de seus lábios. Precisava. Nunca mais teria coragem. E nem sei por que eu precisava tanto disso. Mas naquela hora, parecia uma coisa extremamente vital para mim. Encostei delicadamente meus lábios nos dela. Eu não teria coragem de beijá-la. Se ela recuasse, acho que eu sairia correndo. Mas não. Ela abriu um pouco os lábios e retribuiu meu beijo. Acho que soltei um gemido involuntário nesse momento. Parecia que eu esperava esse beijo por anos. Quem sabe oito anos. Entreguei-me completamente. Um beijo tão doce, tão calmo, e ao mesmo tempo tão ardente. Era uma loucura. Era a minha loucura se tornando real e envolvendo a Dul. Era isso, eu queria envolvê-la. Era um sonho e eu não queria que acabasse. Não consegui tirar minhas mãos de seu rosto, com medo que eu, ou ela, acordássemos daquele sonho tão perfeito e tudo acabasse. Não poderia acabar. Eu não suportaria. As mãos de Dul percorriam todo meu corpo, quentes, exigentes. Aos poucos, acabamos sentadas na cama. Eu estava sobre a Dul, com minhas pernas em volta da sua cintura. Só desgrudávamos nossos lábios quando ela descia os seus pelo meu pescoço, me causando arrepios indescritíveis. Mas eu precisava daquele beijo. Precisava decorar cada pedacinho da sua boca, decorar seu gosto. Perdi-me em seus lábios, perdi a noção do tempo, do juízo, do risco que estávamos correndo, na casa dos pais de Dul, com a porta do quarto destrancada. Eu poderia ficar ali para sempre. Foi o beijo mais perfeito, mais desejado e com mais amor contido sendo extravasado que eu já tive. Desejado? Amor contido? Louca! Acho que daqui vou direto pra um hospício.


 


Despertei daquele sonho com meu celular tocando insistentemente. Levei um tempo para entender o que era aquele barulho, mas quando entendi eu realmente acordei e pulei do colo de Dul, sai do contato da sua pele quente e macia, para ir atender. Era o Poncho. Eu estava sem ar, sem chão. Perdida. Tinha acabado de trair meu noivo, com a minha melhor amiga.


 


E por que ele tinha que me ligar àquela hora?


 


– Alô! – disse mecanicamente. Acho que o que ele entendeu foi “eu tava aqui beijando a Dulce e você me atrapalhou”.


 


– Any, tá tudo bem? Eu tive um sonho ruim. Não deu pra ver muito bem o que acontecia, mas você e a Dul estavam em perigo. Fiquei tão preocupado que não consegui esperar até amanhã para te ligar. Senti-me tão mal.


 


É, em perigo mesmo, Poncho. Droga. Que loucura. Como eu vou olhar para Dulce agora? Por que isso aconteceu, caramba?


 


– Tá tudo bem sim, Poncho. A gente já tava.. é... a Dul tá dormindo no quarto dela, e eu em outro quarto. Acho que tá tudo bem com a gente. – respondi mecanicamente, de novo. Eu estava assustada e sem reação.


 


– Então tá bom. Divirtam-se. Qualquer coisa me liga tá? Pode ser a hora que for.


 


Óbvio. Porque só eu estava aqui beijando minha melhor amiga. O Poncho estava em sua cama dormindo e sonhando comigo.


 


Eu queria morrer. Queria um buraco pra me colocar dentro e não sair nunca mais. Queria poder fugir, para sempre. Só depois que desliguei o telefone percebi que a Dul havia saído do quarto.


 


Ela devia ter ido dormir no quarto ao lado. No quarto que eu deveria dormir. Eu deveria ter deitado lá quietinha quando ela falou. Ia nos poupar de tudo isso. Agora, a gente ia ter que conversar. E, foi uma loucura, pura carência das duas. Espero, de verdade, que isso não atrapalhe nossa amizade. Nem meu casamento.


 


Deitei na sua cama mesmo. Chorei, chorei muito mesmo. Minhas lágrimas molharam todo o seu travesseiro. Mas era tudo o que eu podia fazer. Não consegui dormir nem por um segundo. Pensava em tudo o que aconteceu. Pensava no Poncho, mas minha mente se fixava naquele beijo. Tão carinhoso, tão doce, tão sincero. Tão insano! Eu com certeza ia enlouquecer, ou já estava louca.


 


Quando dei por mim, os primeiros raios de sol começaram a iluminar o quarto. E eu ainda estava lá, chorando, abraçada ao travesseiro de Dulce. Engraçado que, mesmo ela freqüentando tão pouco a casa dos pais, seu cheiro estava no travesseiro e nos lençóis. Comecei a pensar em como seria quando nos encontrássemos pela manhã. E concluí que eu devia ir falar com ela, antes que todos acordassem e a situação ficasse insustentável.


Sem me importar com a minha aparência, com os olhos vermelhos e o rosto todo inchado, levantei e fui para o quarto ao lado, onde com certeza a Isa estaria. Dormindo, ou tão assustada quanto eu. Eu não sabia, mas precisava falar com ela. Precisávamos esclarecer tudo antes que nossos pais acordassem.


 


A porta do quarto estava aberta, mas a Dul não estava ali. Desesperei-me. Ela estava meio bêbada também. Será que havia saído de casa no meio da madrugada? Como eu explicaria isso quando todos acordassem? Saí procurando ela em cada canto da casa. E nada. Ela não estava em lugar nenhum.


 


Quando cheguei no quintal, ela estava lá. Deitada, abraçada em seu próprio corpo. No chão frio na beira da piscina. Senti-me culpada por aquilo, e fiquei ainda pior quando vi que ela estava molhada. Sem dúvidas ela havia adormecido ali depois de nadar um pouco. Ela ia adoecer desse jeito. Enchi-me de carinho e culpa, e a chamei delicadamente.


 


– Dul, Dulce, acorda! Você vai ficar doente desse jeito. Vem, vamos entrar.


 


Ela abriu os olhos, confusa e assustada. Eu acariciei seus cabelos e a levantei devagar. Com carinho. A levei até o banheiro e ordenei que tomasse um banho quente. Depois conversaríamos.


 


Esperei no quarto ao lado do dela. Não estava pronta para ver Dul se trocar. Não sabia bem quais as reações do meu corpo se isso acontecesse na minha frente. Depois de um tempo, ela entrou no quarto, com um pijama lindo de ursinhos, e sentou-se ao meu lado na cama.


 


– Dul, você é louca! Onde já se viu, dormir molhada, no chão, com aquele vento?


 


Ela começou a chorar e eu me desesperei. Queria mesmo me entender com ela. A abracei. Foi algo involuntário. Senti meu corpo todo se arrepiar, mas só por um breve instante, porque logo depois percebi que ela ardia em febre. Deitei ela na cama, procurei um paracetamol na minha bolsa e fiz com que ela tomasse. Fiquei ali, afagando seus cabelos, até ela adormecer.


 


Estava preocupada, e não consegui fazer nada além de ficar velando seu sono por horas, até que ela acordou novamente. Eram quase 10 da manhã e logo minha mãe ou a dela apareceriam para nos acordar. Ela estava sem febre, mas visivelmente começando a ficar gripada. Sentou-se na cama e soltou um gemido de dor.


 


– O que foi, Dul?


 


– Minha cabeça. Não é nada. Eu estou bem.


 


– Está ficando gripada, e de ressaca. Sua sem juízo. Onde já se viu dormir molhada daquele jeito?


 


– Você já falou isso, Any – se levantou emburrada, visivelmente tentando fugir de mim.


 


– Dul, sobre ontem à noite. Sabe, foi um erro. Estávamos bêbadas, carentes sem dúvida, e eu vou me casar, em seis semanas. Eu amo o Poncho, e você é minha melhor amiga. Foi um erro, mas não quero que isso prejudique nossa amizade. E também não quero que ninguém fique sabendo, tá bom?


 


Vi seus olhos se encherem de lágrimas, os meus também, claro, mas ela se virou rapidamente.


 


– É Any, um erro. Não vou me esquecer, pode deixar.


 


E saiu do quarto. Eu fiquei ali, chorando por mais alguns minutos, até me lembrar que precisava sair do quarto, tomar um banho e fingir que meu mau humor e minha cara horrível eram culpas da ressaca, que nesse momento, era o que eu menos sentia.


 


Porraaa, se eu fosse a Dul eu arranjava outra mulher né não meninas?? Comentem >.< kkkk



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Autor(a): dulcedoce

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 173



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  • Tita Postado em 28/04/2015 - 19:46:31

    também super apoio, posta mais

  • juhdul7 Postado em 18/04/2015 - 22:32:52

    Apoio a ideia da nova fic!!

  • lunaticas Postado em 11/04/2015 - 20:34:49

    Apoio totalmente amo fics Portinon ;)

  • ka_oliveira Postado em 13/03/2015 - 09:20:27

    Olha, super apoio a ideia nova da Fic. E como a coleguinha aqui de baixo disse, sempre a Dul se apaixona e a Any pisa em cima até se tocar, seria muito massa se fosse o contrário. Anyzita se apaixonar pela amiga e Dul sem perceber que já está apaixonada, afinal sempre tem a negação, né? Já terá uma leitora garantida.

  • pekenna Postado em 03/03/2015 - 23:17:52

    Se fizer a fic ja tem uma leitora garantida!rsrs dificil essa pergunta em.mais acho que a any se apaixonando vai ser interessante.geralmente eh a dul que se apaixona iria deferenciar rsrs

  • flavianaperroni Postado em 03/03/2015 - 19:18:13

    aaaah que tudo hahahah enquanto a outra web A Anahi se apaixona pela Dulce e sofre muito hahaha hahaha é que a maioria das webs Portinon é a Dulce que sofre jahha

  • pekenna Postado em 26/02/2015 - 21:41:00

    consegui cadastrar uhuul.continuaaa ta otima!!!

  • portinon19 Postado em 23/02/2015 - 12:23:40

    Posta posta posta posta hahaha parei. Comecei a ler ontem e nao resisti, terminei ontem mesmo e já estou esperando por mais! Abandona mesmo não girl :(

  • Vondyreis Postado em 22/02/2015 - 22:51:39

    MDS ....que bom q voltou

  • tortinhas Postado em 22/02/2015 - 21:11:44

    Desculpo só se nao parar mais! rs


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