Fanfic: Pequena Cupido

1°

Abri meu olhos ao poucos ouvindo um cantarolar de uma voz feminina e doce e ás vezes alguns “buuh” da liloca, cocei meus olhos e esperei que eles desembaçasem e então me lembrei da noite passada, sorri para o teto, Dulce ficava mais doce a cada descoberta, seu beijo era doce e eu necessitava de mais, e dane-se se ela esta comprometida ou não, eu nunca gostei do Pablo mesmo.Eu amo a Dulce, eu amo tudo nela, desde os defeitos até as qualidades porem ela nunca percebeu que eu sinto algo á mais por ela, ou talvez ela sempre fingiu não perceber, dane-se, eu a amo e o fato de ter correspondido ao meu beijo ontem me fala que ela também sente algo por mim, e se não sentir, dane-se, eu vou fazer com que ela sinta, vou arriscar, vou viver, casei de ser apenas o melhor amigo dela,meus pensamento me levaram á um projeto novo, projeto esse que se chamará : me ame Dulce, algo patético isso não? Mas eu simplesmente já não agüento mais, eu vou conquistá-la eu preciso dela.

Levantei-me da cama me espreguiçando e bocejando fui até o meu quarto onde não tinha ninguém tomei um banho e vesti uma roupa e então fui até a cozinha onde encontrei Dulce dançando em passos leves e serenos enquanto Lilly repousava a cabeça em seu ombro com a boca meio aberta olhava sem piscar para o chão enquanto ouvia o cantarolar doce de Dulce.

-Bom dia mulheres da minha vida! – falei animadamente indo a direção de Dulce beijei sua testa e depois a bochecha da liloca.

-Bom dia ucker, esta de bom humor?

-como não poderia estar?

-por favor, não me lembre da noite passada. – ela entregou Lilly para mim e ligou o fogão.

-eu não falei nada, você que lembrou sozinha.

-seu cretino cachorro. – ela falou entre dentes.

-o que eu fiz?

-o que você fez? Você me beijou ucker, na boca – ela apontou para a própria boca e eu sorri de canto – ta achando graça no que? Como eu vou falar isso pro Pablo?

-é engraçado você bravinha, e aposto que o Pablo ta comendo uma vadia seja lá onde ele estiver. – dei de ombros

-você realmente não conhece o Pablo, implica tanto com o coitado que não vê as qualidades dele, ele não teria coragem de trair nem uma mosca.

-já falou com ele hoje? Ele já te ligou? – levantei as sobrancelhas.

-eu... Bem, eu tentei falar com ele mais ele não atendeu... Deve estar no meio de uma reunião.

Eu ri alto.

-larga de ser ingênua Dulce, não entende que ele só esta com você por causa da herança que ganhou do seu pai?

-a herança? Eu nem me lembrava mais dela, esta á tanto tempo no banco que deve estar com teia de aranha, prometi á mim mesma que usaria aquele dinheiro para algo muito importante.

-e ele espera que ele seja essa coisa importante.

Ela parou um pouco firmou a vista no chão e depois bufou e voltou a mexer as tiras de bacon na frigideira.

-se ele estiver comigo por causa disso, ele pode tirar o cavalinho dele da chuva, aquele dinheiro não ira sair nem tão cedo do banco.

-vamos esquecer o Pablo sim? – ela assentiu respirando fundo – hoje é domingo e eu estava pensando em fazer algo diferente.

-diferente tipo o que?

-que tal irmos à cidade vizinha?

-na tia Alexandra?

-sim, o que ela iria falar sobre a Lilly?

-não sei, mas me dá medo só de pensar.

-medo?

-sim, sua mãe é louca ucker, eu tenho medo da tia Alexandra, se quiser ir vá sozinho.

-minha mãe só é um pouco extrovertida, e vocês se conhece desde o colegial, pensei que já havia se acostumado com ela.

-sim me acostumei, mas já faz tempo que não a vejo, imagina eu chegar a casa dela com uma criança no colo e o filho dela do meu lado.

-vai achar que você botou juízo na minha cabeça – ela me olhou de canto do olho e colocou as tiras de bacon junto com os ovos desligando o fogo – vamos Dulce, será só um “oi” de “eu não me esqueci de você” para ela.

Ela bufou e se virou para mim.

-tudo bem, vamos, mas eu quero voltar ainda hoje entendeu?