Fanfic: Pequena Cupido

2°

Estávamos prontos para sair, carregávamos uma mala um tanto grande com coisas só da Lilly e para nós nem uma peça de roupa á mais, assim seria apenas uma visita á dona Alexandra e teríamos a desculpa no final da tarde de que não trouxemos roupa para dormir lá.

Como mágica, quando Lilly entrou no carro ela fechou os olhos e dormiu a viagem toda e não acordou nem quando Dulce ligou o som do carro, a casa da minha mãe ficava na cidade vizinha que dava menos de duas horas de viajem, então em pouco tempo chegamos á cidade vizinha, pequena, pacata e tinha poucas ruas asfaltadas, as casinhas antigas contrastavam com o ambiente semi urbano a casa da minha mãe ficava no começo da cidade e logo eu pude ver a casa toda azul turquesa com a pintura descascada as janelas de madeira e a grande varanda contornando toda a casa, em frente o jardim com metade das flores murchas e minha mãe no meio delas agachada com um chapéu na cabeça parecia conversar com as plantas, parei meu carro em frente á sua casa e ela parecia não ter percebido minha chegada ali e continuava conversando com as plantas, Dulce respirou fundo quando desceu do carro eu abri a porta de trás e peguei Lilly sem tira-la do bebê-conforto, caminhamos até minha mãe e ai sim ele olhou para mim começando do pés e subindo até meus olhos sorri ao vê-la me encarando séria e a boca meio aberta,depois ela olhou para Dulce fiz o mesmo e ela tinha um sorriso tímido no rosto sem mostrar os dentes, minha mãe se levantou tirando as luvas sujas de terra, e então já de pé pos as mãos na cintura e olhou para Lilly que dormia no bebê-conforto.

-Uma netinha – ela juntou as mãos em frente do rosto e seus olhos brilharam, ela esticou uma Mao até Lilly e então antes de tocá-la olhou para Dulce. – posso?

-Claro tia Ale. – Minha mãe sorriu para Dulce em agradecimento e então tocou uma das mãos de Lilly, ela voltou a junta as mãos perto do rosto agora com a boca aberta.

 -pele macia – ela falou terna – ela é linda. – eu e Dulce nos olhamos e então sorrimos um para o outro voltamos o olhar para minha mãe e a mesma me olhou séria.

-por que não me avisou que já era papai?

-é uma longa historia mãe, irei te explicar.

-quero mesmo explicações mocinho – sua voz saiu rouca, ela abriu um sorriso logo depois – Vamos entrar, estou preparando um bolo de cenoura – ela de novo mudou o semblante para brava – a ultima vez que te vi você tinha 15 anos garoto, por que sumiu?

Minha mãe tem uma mudança de humor incrível, mas não ouse chamá-la de bipolar, e pelo que parece seu problema com a memória estava piorando.

-na verdade tem dois meses que eu vim aqui e eu tenho 28 anos.

-oh sim, é verdade você me trouxe aquele vestido horrível.

-você disse que havia adorado.

-oh sim é verdade, mais a verdade é que eu só falei aquilo para te agradar, o queimei assim que você saiu. – ela deu com os ombros. – vamos entrar sim.

Caminhamos casa á dentro e após abrir a porta o cheiro de bolo invadiu minhas narinas, minha mãe pelo jeito não havia perdido o dom de fazer maravilhosos bolos.

-Dulce quanto tempo não te vejo, minha ultima lembrança sua era quando peguei você e o Ucker brincando de médico dentro do banheiro – ela balançou a cabeça negativamente rindo – eram tão pequenos, tinham entre 10 e 13 anos, lembro-me que seus peitinhos estavam grandinhos e Ucker se aproveitou da sua inocência para medir seus batimentos cardíacos – ela riu mais e eu fiz o mesmo, Dulce me fuzilou com os olhos e corou – Ucker era terrível e você muito bobinha, se eu demoro mais um pouco para abrir a porta daquele banheiro Ucker estaria trabalhando de ginecologista.

-tudo bem tia Ale, eu me lembro desse dia – Dulce tentou cortar o assunto.

-ainda brincam de médico? Com que freqüência? – ela perguntou para Dulce.

-não tia, não brincamos de médico.

-não? E como essa criança veio ao mundo? – ela apontou para Lilly.

-provavelmente a mãe dele deveria estar brincando de médico quando a fez. – Falei enquanto me sentava no sofá, coloquei o bebê-conforto no chão e comecei a tirar as faixas de segurança envolta da liloca.

-não estou entendendo nada. – minha mãe levantou uma sobrancelha eu tirei Lilly do bebe conforto e a repulsei no meu colo de barriga para baixo enquanto minha mãe babava na cena de me ver ninando a liloca eu contei toda a historia que ouviu atentar.