Fanfic: Pequena Cupido

Abri os olhos lentamente, o resmungo de Lilly em meu ouvido foi ficando mais nítido, senti o aroma de bacon e ovos vindo da cozinha e me lembrei de que Dulce tinha a copia das chaves, olhei para o lado Lilly mordia os pés como costumava fazer.
-Bom dia! – disse á ela que quando ouviu minha voz me olhou e resmungou com um bico indiciando um choro.
-eu sei, esse cheiro também esta me matando de fome.
me levantei e peguei Lilly a deixei no berço onde era mais seguro e lhe entreguei um brinquedo no qual ela ficou interessada em descobrir o que era aquilo, fui ate o banheiro onde fiz minha higiene e voltei ate o berço, o brinquedo estava ignorado e Lilly mordia as mãos, peguei a pequena no colo e caminhei ate a cozinha, enquanto me aproximava ouvia o cantarolar de Dulce, a voz doce cantava baixo um nananana que se eu não me engano seria royals da Lorde.
-Bom dia. – proferi quando cheguei na cozinha, ela despejou três tira de fritas de bacon em um prato e me encarou sorrindo.
-bom dia! Dormiu bem? – ela perguntou logo após desligar o fogo.
-sim muito bem. Em perfeita companhia.
-eu notei, parece que a Lilly dormiu sem dueto numa boa.
-por milagre – confirmei.
Dulce me entregou um prato com ovos e bacon e acrescentou meu café da manha com um copo com suco de laranja e um pratinho com torradas e geleia de morango, tomou Lilly dos meus braços e a alimentou com o costumeiro leite enquanto eu me deliciava com meu café da manha.
Enquanto comia, notei que Dulce me encarava, desviava o olhar poucas vezes apenas para ver se Lilly fazia corretamente o processo de sugar o leite da mamadeira, permaneci em silencio fingindo de que havia notado seus olhos sobre mim, eu gostaria de saber o que ela estava pensando naquele momento em que me olhava tanto, quem sabe ela estaria pensando duas vezes antes de seguir com esse casamento e facilitasse tudo, mas que bobagem, isso não passaria de um lindo sonho para mim.
-vi você saindo da igreja com a Maite ontem. – disse ela por fim, olhando para Lilly, se recusando de manter contato visual comigo, no fundo de mim eu suspeitava que ali era indicio de um leve ciúmes.
-ah sim, ela me pediu para leva-la em casa. – abocanhei uma torrada, me mostrando indiferente com sua mascarada manifestação de ciúmes.

-ah sim. – ela concluiu sem manter contato visual comigo, tirou a mamadeira já vazia da boca de Lilly e limpou a canto da boca da pequena onde geralmente se alojava leite.- eu vim aqui ontem após o ensaio e você não estava e eu liguei pro Christian e ele disse que você não estava lá, que não havia chegado na verdade, então estava com Maite.
-sim, na verdade ficamos conversando por um tempo.
-claro, a Maite é legal né. Digo, ela é bonita, tem um corpão, é inteligente, solteira, eu sabia que você gostaria dela. – Dulce deu um sorriso amarelo e eu me segurei para não rir.
-Dulce, não é isso que você esta pensando e...
-não que isso Ucker! Você tem todo o direito e...

-foi apenas uma conversa – a interrompi falando cada palavra pausadamente para que ela entendesse.

-ah sim, apenas uma conversa. Então... Você não está afim dela? Digo, tem todo o direito, eu gosto muito dela e acho que vocês combinam, sabe formam um casal lindo.

-Dulce! Para de falar besteiras, eu já disse foi apenas uma conversa. – ri debochando de sua cara de alivio e eu sabia que ali tinha um fundo de ciúmes.
talvez fosse o momento perfeito para dizer tudo o que Maite havia me dito, o que me faltava era coragem para lhe dizer, eu gostaria muito de resolver isso sozinho sem que ela soubesse de nada, mas era impossível isso acontecer, ela precisava saber e eu precisava ter coragem para dizer.
-olha eu tenho que sair, preciso ir na loja, volto de noite ok?

-eu preciso falar algo muito sério com você.

-sobre o que?
-sobre o que conversei com Maite ontem.
-oh! – Dulce puxou um tanto de ar e então o soltou levemente – ok! Ok! Podemos falar sobre isso mais tarde não é mesmo?

-claro.
-tá, então eu estarei aqui ás seis em ponto. – ela me entregou Lilly e deixou um de seus beijo em minha bochecha e sem delongas saiu até a sala, e logo ouvi o barulho da porta bater, só então eu me lembrei que havia algo para fazer, me direcionei com Lilly até a porta da sala, a abri e me direcionei até a casa dos novos vizinhos, toquei a campainha e após algum tempo a porta se abriu, uma garota loira de olhos incrivelmente azuis apareceu na porta, seu rosto era angelical e seus cabelos longos me fazia lembrar de contos de fadas, aparentava ter no máximo dezesseis anos, ela me encarou sem falar nada, trocando olhares entre eu e Lilly.
-oi, eu sou Christopher o vizinho de vocês, gostaria de falar com sua mãe ou seu pai será que tem como?

A garota não precisou responder e uma mulher também loira e de olhos incrivelmente azuis apareceu atrás da garota, a menina olhou para a mulher com olhos esbugalhados, ela fez sinal para que a garota entrasse para dentro da casa, ela o fez e então eu voltei minha atenção para a mulher, ela olhava para Lilly com olhos encantados e uma feição terna, assim como todos a olhavam quando a viam.

-posso ajuda-lo? – ela perguntou por fim.
-ah sim, bom eu sou Christopher o novo vizinho de vocês – nos cumprimentamos com um aperto de mãos.

-olá Christopher, ei sou Katerine e é um prazer conhece-lo.
-o prazer é todo meu, mas gostaria de pedir com toda educação que cuide um pouco com seus filhos por que ontem eu cheguei em casa e já era tarde e um deles estavam brincando ou não sei o que espionando o meu quintal, e eu gostaria que tome cuidado por que é perigoso deixar as crianças soltas assim e também pela minha privacidade.

-oh! Claro! Eu conversarei com os rapazes, caso um deles tenha admitido ter ido tarde da noite na sua casa vou puni-lo, por favor, me desculpe, ontem eu sai com meu esposo e as crianças ficaram em casa com a irmã mais velha e ela não me contou nada sobre isso, mas prometo que irei averiguar a situação.
-muito obrigado – disse aliviado por Katerine ter entendido numa boa, o que eu quis dizer, mostrava que era uma mulher madura.

-não precisa agradecer, sei que como um ótimo pai que você deve ser você busca o melhor para seus filhos não é mesmo.
-sim, mas eu só tenho ela.
-ah filha única! – os olhos azuis me fitaram alegres e fez um gesto com as mãos para que eu a deixasse pegar Lilly, a pequena foi nos braços de Katerine sem murmurar como se já conhecesse aquele colo, os olhos azuis se fitaram por alguns segundo e Lilly me encarou por um tempo, logo voltou a por as mãos na boca coçando a gengiva.
-ela e adorável! – Katerine conclui dando um beijo estalado nas bochechas de Lilly e me entregou a mesma.

-é sim, um amor de bebe.
-aposto que a ama muito – ela deduziu com um sorriso terno nos lábios
-sim, amo muito. – Lilly deitou a cabeça em meu ombro e resmungou algo enquanto mordia as mãos. – bom eu vou indo, acho que alguém precisa trocar a fralda, muito obrigado pela atenção Katerine, foi um prazer conhece-la.
-imagina! O prazer foi todo meu, volte mais vezes para tomar um café.
-voltei assim que possível, obrigado.

Voltei para casa me sentindo aliviado por ter me livrado de um peso que era pequenos espiões em minha casa, não que eu teria algo para esconder, mas que eu tenho uma privacidade á zelar.

-CONTINUA-

Meninas muito obrigada pelos comentários, adorei muito!
fiquei tao feliz que fiz um cap bem grande para voces :D
mas quero mais comentario em!
beijos!
ps: essa semana eu tenho prova e tenho que estudar para ir bem, entao nao poderei vim aqui, voltarei o mais rápido possivel, o que sugiro ser no sabado.