Fanfic: Pequena Cupido

Dulce eu sentamo-nos à mesa após Lilly ter adormecido, colocamo-la no berço e então agora estávamos nós dois comendo os sanduiches que eu havia feito enquanto Dulce me contava como havia sido seu dia.

-resumidamente, o dia foi ótimo.
-tirando as mercadorias atrasada, a cólica insuportável e dois funcionários que faltaram fora o Pablo que não parava de te ligar? – perguntei irônico.

-exatamente, e também a minha curiosidade para saber sobre sua conversa com Maite.

Minha cabeça parou de trabalhar naquele momento, meus movimentos de beber um gole de suco foram involuntários porque eu simplesmente parei por dentro por um curto período de tempo e logo processei que teria que contar e seria agora.
-bom, é algo que envolve nós dois, e é muito delicado e difícil dizer isso. – fitei minhas mãos que se entrelaçavam de nervosismo.

-como assim nós dois? – Dulce franziu o cenho.
-antes de tudo, eu gostaria de dizer que eu gostaria de concertar tudo sem que você precisasse saber para te poupar de tristezas, mas é impossível eu conseguir resolver isso sozinho.
-aonde você quer chegar? – Dulce me olhava nos olhos curiosa.

-lembra-se quando Lilly apareceu na minha porta, e decidimos que cuidaríamos dela juntos? – Dulce assentiu – bom, estamos conseguindo fazer isso, Lilly esta crescendo bem e feliz.
-e...? – Dulce fez um gesto com as mãos para que eu continuasse.
-lembra-se quando Lilly ficou com febre e não sabíamos o que fazer e a levamos no hospital? – Dulce assentiu, seu semblante agora era mais fechado, carregava um pouco de preocupação.
-tem algo acontecendo com a Lilly? Ela esta doente e você não me contou?

-não! Não é isso.

Dulce ficou calada, esperando que eu continuasse.
-naquele hospital conhecemos a louca da Maite, e ela notou que também somos loucos afinal, tínhamos uma criança sem documentação e não éramos os pais biológicos dela.

Dulce assentiu seus olhos pareciam vagar no tempo, voltando para aquele dia.
-Maite foi amiga e nos ajudou com Lilly e sua febre, mais também prometeu que nos ajudaria com os documentos dela, após um tempo ela nos entregara certidão de nascimento de Lilly onde constava que éramos os pais biológicos dela, mas não somos.

-ok, agora estou com medo – Dulce fixou os solhos em mim – Maite apareceu com os documentos da Lilly e não nos contou como havia acontecido, foi rápido demais e ficamos nos perguntando como ela havia conseguido aquilo tão rápido e com tanta facilidade.
-isso mesmo – concordei e prossegui – ontem Maite pediu para que eu a levasse pra casa e durante o caminho ela pediu que eu parasse em um lugar por que queria falar comigo, e então ela me contou algo que me deixou muito assustado.
-o que ela disse?

Respirei fundo antes de dizer.

-Dulce, você não pode e casar com Pablo.

-e por que não?
-porque esta casada comigo.

Dulce parou de respirar por um tempo e logo soltou o ar que ficara preso, ela deu uma risada nervosa e negou com a cabeça.
-está ficando louco?
-acredite, eu tive a mesma reação que a sua quando Maite me disse.
-explica isso direito!
-Quando Maite foi fazer a certidão da Lilly, ela se lembrou de que não éramos casados que éramos apenas amigos, mas sabemos que não pode colocar numa certidão que a criança é de amigos, então Maite falsificou uma certidão de casamento nosso e assim fez a certidão da Lilly.

-Maite não é tão louca, deve ser brincadeira, diz que é brincadeira Ucker – Dulce se levantou da cadeira e começou a andar de um lado pro outro rindo nervosa.