Fanfics Brasil - 3 Atras da linha do Amor (Adaptada)

Fanfic: Atras da linha do Amor (Adaptada) | Tema: AyA


Capítulo: 3

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Sem exageros
(Any)




_Desculpe, mas não tenho um quarto próprio para você. Foi tudo muito rápido. _ começou a rir, sem graça. Arrastei-me até ela e entendi do que falava. Não era um quarto, mas um closet com sapatos e roupas. _Eu prometo que vamos reformar. Mas, tem um colchão... _ coçou a cabeça. _ Eu não tive tempo, entenda...
Eu ficaria entre as fileiras dos seus sapatos como mais um objeto em sua vida? Por favor, não fala mais nada. Eu só quero ficar sozinha com o monstro do armário. É ele que aprontou tudo isso e vem me pegar de noite?
Consenti com a cabeça que tinha entendido e sai com o meu celular e fones de ouvido. Parei no meio da sala e olhei pelos vidros da varanda a lua. Empurrei a porta e sentei-me em um sofá de palha com estofado verde de flores brancas. Fechei os olhos e segurei a respiração no peito por alguns segundos, depois soltei-a vagarosamente, precisando sentir que ainda controlava meus próprios sentidos. No fundo da voz do Creed cantando Higher nos meus ouvidos, ela avisou que estaria em sua mesa trabalhando, para caso precisasse. Quis lembrá-la de que nunca precisei, mas continuei em meu estado de morta, olhos cerrados.
Aproveitando a escuridão reclusa, me imaginei sentada no sofá de casa, vi meu corpo imaterial ir até a varanda deitar na rede, enquanto a mata lá fora gemia sons já não mais assustadores. Eu me balançava com o pé roçando o chão quente. Um ventilador na janela empurrando meu cabelo para trás. Suspirei, queria sentir os aromas, mas não era fácil ter essa percepção. A hora que eu quisesse poderia ir para o meu quarto e deitar na minha cama, sentir o cheiro do travesseiro, ver meu pai colocar a cabeça na porta para o “boa noite” rotineiro. Franzi o rosto em uma careta de enjôo e acordei para a realidade. A lua e as ondas arrebentando espumantes lá. Atravessei a sala e senti um olhar observador sobre meus ombros. Cai de joelhos no colchão e deitei com o rosto afundado no travesseiro do sofa. “Nunca entre em pânico, querida”. Ouvi a voz do meu pai sussurrando dentro de mim, se originava de uma das suas lições de como fugir de uma casa em chamas. Engatinhar abaixo da fumaça, manter um pano molhado no rosto... “Procure não entrar em pânico, querida”.  “Controle sua circulação, Any. Acalme-se. Relaxe. Relaxe.” Conversei comigo mesma. Aconcheguei-me entre as almofadas e adormeci tranqüila, respirando perfeitamente.


 Quando acordei a luz do sol iluminava toda a sala. Apertei os olhos e senti meu corpo um pouco dolorido. Passei a mão na testa um pouco suada. Que noite dos horrores! A porta da sala abriu e ela entrou vestida com um macacão segunda pele vermelho sangue selvagem e meias até o joelho. Estava suada como se voltasse de uma meia maratona.
_Fiz barulho? _ perguntou, jogando o jornal que apanhara na porta em cima da mesa de centro. _Desculpe. _ perguntou enquanto desamarrava o tênis de molas, lia a primeira página.


 Como se pode ser filha de uma mulher que, sete da manhã, já correu e lia os jornais? Onde estava aquela versão da mãe gorducha que fica na cozinha fazendo biscoitos?


 Hei! Eu estou aqui no sofá! Olha pra cá! Não percebeu nada demais. Repare bem a cena, veja o jogo dos sete erros. Não sente falta de nada? Que tal o colchão em baixo de mim? Não vai perguntar nada sobre minha noite? Isso é o que se espera sobre as mães! Larga essa porcaria de papel e enxergue as notícias que meu rosto está dando!


 _Anahi, suas aulas começam hoje. Mas, vou te dar esse dia para descansar. _ virou a página freneticamente, irritada com algo que lera. _ Só hoje, ãnh? Não pode perder tempo se quiser acompanhar os outros. É um curso muitíssimo puxado, o melhor e... mais caro daqui. _pronunciou o “caro” baixinho, arrependida. 


 Ainda lhe daria muitas provas de que não estava “pagando” por nenhum milagre. Eu poderia perfeitamente acompanhar o ritmo dos estudantes daqui. Eu crescera lendo muito e desbravando verdadeiros debates com meu pai sobre qualquer assunto.


 



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Autor(a): bruubuna

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Busquei café e pão na cozinha, quando voltei para a sala, encontrei-a maquiada e perfeitamente arrumada em um terninho bege. Um homem de terno e gravata a esperava na porta de saída aberta._O controle remoto da televisão está ali, tem som ali, o microondas é ali, o DVD é ali... _começou a apontar, mas meus olhos se conc ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • bruubuna Postado em 01/07/2013 - 01:33:39

    eu acabei de ler hoje esse livro, e ainda vai acontecer tanta tanta coisa, tristes, bonitas. chorei em algumas partes kkkk

  • any_kelly Postado em 30/06/2013 - 23:03:36

    Oi primeira leitora Amei a história. Parece q vai ser bem interessante e linda. Não vai dar p comentar sempre, pq eu leio pelo celular e nele não consigo comentar. Mas sempre q puder vou deixar um recadinho aq. Posta maisssssssssssssssssssssssssssssssssssssss


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