Fanfic: Ponny Fora de Série | Tema: Ponny (RBD)

• Capítulo 16

  “Mas como você mesma acabou de dizer”, minha mãe argumentou, “você já se interessou por alguns garotos lá no México, e vários deles quiseram ser mais que amigos, e – pelo o que eu me lembro – você fugia de todos eles! Você parecia muito empolgada, mas bastava que eles começassem a corresponder, que você tomava um chá de sumiço. Estou errada?”

  Eu neguei com a cabeça. Ela estava certa! Mas eu não tinha sido apaixonada por nenhum daqueles meninos... era mais uma brincadeira. Eu não queria “gastar” o meu primeiro beijo com alguém que eu não gostasse de verdade. Mas agora eu sabia que esse garoto era o Tonny. Ele era tudo o que eu havia sonhado! Eu tremia só de imaginá-lo chegando perto de mim.

  Quando eu disse isso pra minha mãe, ela disse que não gostava de imaginar um menino mais velho beijando a filhinha dela, e que eu deveria escolher um garoto da minha própria idade. Eu respondi que o Tonny só tinha 18 anos, e que a idade não importava, e sim o fato que nós éramos almas gêmeas! Ela abafou uma risada, disse que ia deixar que a vida me ensinasse  uma coisa ou duas sobre “almas gêmeas” e, por fim, prometeu que iria me ajudar, mas com a condição de que ela seria a primeira a saber caso eu ficasse com ele.

  Eu aceitei na hora! Ela então sorriu e começou a me contar com ela tinha conquistado o meu pai.

  “Sabe, Any, seu pai também era muito concorrido... eu já te falei que nós estudávamos na mesma faculdade, não é? Ele fazia publicidade e eu jornalismo. Mas, logo no primeiro dia de aula, quando eu o vi, notei que ele estava acostumado a ter várias garotas suplicando por sua atenção. Então eu percebi que teria que me destacar de alguma forma, ser diferente das outras, para que ele pudesse me enxergar...”

  Eu olhei pra ela completamente ansiosa para saber como ela tinha feito aquilo.

  “Eu pensei e cheguei a conclusão de que, pra ser notada, eu teria que fazer exatamente o que ele não esperava que eu fizesse...”, ela falou e me olhou, para ver se eu estava acompanhando. Eu não estava nem piscando, de tanta atenção que estava prestando. Ela continuou: “Ele estava habituado a ter várias mulheres ao redor dele o tempo todo. Então eu decidi que não seria mais uma daquelas...”

  Pela primeira vez eu imaginei meus pais com 18 anos,  e, à medida que ela ia me contando, imagem dos dois iam se formando na minha mente.