Fanfic: Ponny Fora de Série | Tema: Ponny (RBD)

• Capítulo 22 

  Eu já estava pronta, muito antes da Victória ligar pedindo para que eu esperasse ela na portaria. Minha ansiedade era tante, que minha mãe tentou me dar água com açúcar, pra ver se eu conseguia me acalmar. Eu já tinha me olhado umas quinhentas vezes no espelho, apenas pra constatar que eu estava impecável, e tinha passado tanto perfume, que depois tive que tirar um pouco com água, pois já estava dando dor de cabeça.

  Eu tinha convencido a minha mãe a me deixar comprar um vestidinho preto, por mais que ela dissesse que eu deveria usar roupas mais claras, condizentes com a minha idade. Mas o que eu menos queria era parecer ter 13 anos naquela noite, por isso também caprichei na maquiagem. Por último, implorei pra que a minha mãe emprestasse uma sandália de salto alto, que combinava perfeitamente com o vestido. Se tinha uma coisa que eu amava era o fato de eu vestir e calçar o mesmo número da minha mãe. Ela só tinha roupas e sapatos lindos, que me emprestava eventualmente, quando eu a convencia que apenas queria ficar tão bonita quanto ela. Ela acabava me emprestando.

  Quando chegou a hora da festa, fui correndo para o elevador. Porém, antes que eu passasse pela porta, minha mãe me puxou e falou: "Filha... você está linda, acredite em mim. E eu tenho certeza de que esse Tonny e todos os outros garotos da festa, vão achar a mesma coisa. Mas tome cuidado... Não deixe que nenhum deles parta seu coração."

  Eu já ia responder que não tinha perigo daquilo acontecer, mas ela continuou: "Você passa para as pessoas essa imagem de menina extrovertida, moderna, mas eu sei que no fundo você é muito romântica e sensível... Não faça nada só porque as pessoas esperam que você faça. Aja de acordo com a sua própria intuição e não tenha pressa... Se o garoto certo não for esse, saiba que tem muitos outros por ai. O seu menino ideal está te esperando em algum lugar". E, dizendo isso, segurou meu rosto com as duas mãos e me deu um beijo na testa.

  Eu dei um abraço nela, louca pra descer rápido, mas, quando o elevador chegou, ela ainda me puxou e falou com o dedo em frente ao meu rosto: "Anahi, agora, deixando de lado minha versão "amiga" e encarando o papel de mãe, lembre-se do que eu sempre lhe digo: Nunca beba nada do que não tenha sido você que tenha servido ou comprado. Nem água! Lembre-se de que existe pessoas más no mundo! E não saia de lá pra dar voltinha de carro com ninguém, aliás, não saia de lá em hipótese alguma, apenas para vir pra casa. E me ligue imediatamente se tiver algum problema. Entendido?"

  Eu só afirmei com a cabeça e fechei depressa a porta do elevador.