Fanfic: One More Day | Tema: One Direction

Chegamos em Londres de tarde e estava com o clima totalmente diferente do Brasil, aqui estava frio, Logan me deixou em casa e depois levou o Harry até a dele. Passei o resto do dia desfazendo minhas malas. A noite a Dani chegou, ela tinha saído com o Liam, e botamos o papo em dia. Estava muito frio então eu tomei um banho e coloquei moletom, era terça-feira e minhas aulas começariam só na próxima segunda. Deitei na minha cama e fiquei fazendo minhas unhas. No dia seguinte acordei mais fiquei deitada na cama até que o meu celular toca. Era o Harry, ele pediu para me trocar porque passaria para me pegar daqui meia hora. Coloquei uma calça jeans, uma blusa de frio rosinha e por cima mais duas grossas e botas. Logo ele passou em casa de carro.
– Onde vamos?
– Em um dos meus lugares preferidos – ele sorriu sem tirar a atenção do transito
Ele pegou a estrada para sair de Londres e entrou em uma curva que eu não sabia para onde ia. A estrada estava deserta e logo mais a frente ele estacionou no acostamento.
– Eu não to entendendo – disse ainda dentro do carro.
– Vem, quero te mostrar uma coisa – ele disse saindo do carro e abrindo a minha porta, eu fiquei meio receosa mas então ele pegou na minha mão e me tirou de lá.

{Música: http://www.youtube.com/watch?v=27nHtyAeiUU}
Fomos andando por uma trilha que estava quase escondida no meio das árvores, quase ninguém passava por ali porque ela não estava marcada corretamente, a mata quase apagava o caminho. Logo chegamos em um campo verde, estava um pouco branco por causa da umidade mas mesmo assim era lindo. Era a paisagem mais maravilhosa que eu já tinha visto. Era enorme, se perdia de vista o fim dele. 
– Nossa é lindo – eu disse suspirando.
– É meu lugar preferido – ele disse olhando o horizonte. Ficamos parados olhando a paisagem e senti alguma coisa gelada cair sobre o meu nariz, eu passei a mão e não tinha nada, logo sinto de novo, só que aumentou a quantidade.
– Harry, o que é isso? – disse esfregando os dedos.
– Olha – ele apontou com a cabeça para a frente.
Estava nevando. Eu nunca tinha visto neve antes, desde que me mudei para Londres só fazia calor e as vezes um frio mas nada de neve. Meus olhos brilharam e eu estendi minha mão para que alguns flocos de neve caíssem sobre ela.
– Uau, como você sabia que ia nevar? – eu perguntei.
– Eu não sabia, mas imaginava. Aqui é bem mais alto do que a cidade então o frio é mais intenso, mas logo a neve chega lá em baixo – ele falou e depois me olhou.
– Isso é de mais – eu sorri que nem criança – cara, é de mais – eu não conseguia nem falar.
– Vem – ele me puxou para baixo de uma árvore porque a neve caia muito rápido. Em minutos o campo estava branco e a neve caia mais lentamente. Eu agachei e fiz uma bola e taquei no Harry.
– Era meu sonho fazer isso – eu disse rindo.
– A é? – ele também fez uma e tacou em mim. Começamos uma guerra e ele correu para o meio do campo e parou um pouco para respirar e eu pulei em cima dele, fazendo com que nós dois caíssemos no chão. Eu comecei a rir incontrolavelmente e comecei a fazer o movimento com os braços e as pernas para formar um anjo de neve. 
– Eu nem me lembro qual foi a ultima vez que fiz um – o Harry disse também fazendo e depois se levantou para ver o resultado – é fico bonzinho.
– Esse e o problema, eles nunca ficam perfeitos – disse parando de movimentar os braços e as pernas.
– É, não sei porque .
– Por que na hora de levantar usamos nossas mãos e o pés para nos apoiar, e os anjos não precisam disso. Eles tem asas.
– Então deixa eu te ajudar a criar asas – ele pegou nas minhas mãos e me levantou. Eu limpei minha roupa e olhei para o meu anjo de neve.
– Perfeito – sorri e dei um beijo na bochecha do Harry e ele me abraçou pela cintura.

 Voltamos pelo mesmo caminho e só ai que percebi que estávamos em uma montanha, porque para descer o terreno era bem mais inclinado do que parecia. Voltamos para Londres e fomos para a minha casa. Em Londres estava começando a nevar, mas a neve caia como se estivesse com preguiça de tão lenta. Fiz um lanche para nós e nos deitamos no sofá. A Dani desceu as escadas e depois se sentou no outro sofá.

- Onde vocês estavam? – ela perguntou.
- Andando por ai – o Harry falou.
- É – eu concordei. Entendi que não era para comentar sobre aquele lugar com ninguém
Ele ficou até a noite em casa, ainda tínhamos alguns dias de férias então nada de trabalho. Ele foi para a sua casa e depois eu fui dormir.
Na quinta-feira eu fiquei a tarde inteira na internet atualizando minhas redes sociais e entrei no MSN, logo uma janelinha subiu e era a do Austin.
#Austin: Oi
#Luiza: Oi
#Austin: Já voltou do Brasil?
#Luiza: Cheguei anteontem 
#Austin: Ah sim, tenho tanta coisa para te contar
#Luiza: Pode começar então kkkk
#Austin: To namorando 
#Luiza: Sério ? quem é ?
#Austin: Eu queria te apresentar ela. Você é a minha melhor amiga e eu quero que você conheça a minha namorada. A gente podia combinar de sair em casal
#Luiza: Perfeito 
#Austin: Pode ser hoje a noite?
#Luiza: Ta bom, vou ligar para o Harry, as 8 ?
#Austin: Pode ser, lá no Criterion?
#Luiza: Ok, vou sair, bjo
Liguei para o Harry e ele concordou. A noite me arrumei e coloquei um vestido preto básico e por cima um casaco rosa claro com renda, calcei minhas botas e deixei os cabelos soltos. Logo o Harry me chamou, eu peguei minha bolsa e desci as escadas. Ele estava com uma calça jeans preta e uma blusa de frio azul marinho, lindo. Fomos com o seu carro até o Criterion Restaurant. Estacionamos e fomos entrando, o Harry pediu informação para saber qual mesa era a reservada e eles nos levaram até ela. O Austin ainda não tinha chegado então esperamos um pouco.
- Esse Austin, já deu em cima de você ? – o Harry perguntou. Ele ainda não conhecia o Austin.
- Não – disse naturalmente.
- O que a Amanda ta fazendo aqui? – ele perguntou e eu me virei para olhar.
- Ah não, droga – eu disse baixinho.
- Olá – o Austin falou.
- Oi – eu disse ainda surpresa – Mandy?
- Luiza? Estamos sempre nos esbarrando – ela disse naturalmente – Harry! – ela sorriu
“Que vadia” pensei comigo.
- Amanda – ele falou oi com a cabeça.
- Vocês se conhecem? – o Austin perguntou.
- Sim amor, o Harry é meu amigo desde criança – ela falou bem de vagar a palavra amigo – e a Luiza eu conheci na fazenda.
- Ah que bom que já se conhece então – ele sorriu.
- É – eu disse e me sentei direito à mesa. Durante o jantar inteiro tivemos que ficar escutando a Mandy falar de como ela a o Austin se conheceram e como se apaixonaram a primeira vista. Eu e o Harry ouvíamos tudo calados e de vez em quando dávamos um sorriso concordando.
- Foi ótimo jantar com vocês mas nós temos que ir, temos que acordar cedo amanhã – Harry disse se levantando da mesa.
- É – também me levantei – foi um prazer jantar com vocês, felicidades no namoro – sorri para a Mandy – até mais.
Harry deixou metade da conta paga e nós fomos para o carro, quando entramos começamos a falar.
- Eu não acredito nisso – disse desabotoando alguns botões do meu casaco.
- Nem eu – ele disse segurando o volante.
- Justo ela? O Austin é um cara tão bacana, ele poderia ter escolhido qualquer uma, menos ela!
- Eu também não concordo com isso mas do jeito que você fala parece até que está com ciúmes.
- Quer saber? Eu to com ciúmes! – disse brava – ela já teve você e agora também quer meu melhor amigo?
- Ela não me teve .
- Teve sim, ela é sua ex-namorada, você viu a cara dela quando falou “Luiza? Estamos sempre nos esbarrando” – disse imitando a voz dela – que falsa! Pior ainda foi depois quando ela falou “Harry” – imitei de novo a voz – te cobiçando como se fosse um diamante.
- Lu calma, ela faz isso pra te provocar e está dando certo.
- Calma? Você viu o jeito que ela falou que vocês eram “amigos de infância” – fiz aspas com os dedos.
- Então, ela faz isso porque sabe que nós estamos juntos e não vamos nos separar. Ela tem inveja de você! – ele disse e eu encostei minha cabeça no banco do carro – não precisa ficar brava, você sabe que eu não dou moral. Fiquei tão impressionado quanto você – eu fiz que sim com a cabeça e sorri de lado.
Fomos embora e ele me deixou em casa, me despedi e desci, tirei toda aquela roupa e coloquei meu pijama e dormi.
Na sexta-feira a Jack e o Niall chegaram de viajem e a noite combinamos de ir a uma boate. Coloquei um vestido azul com preto e um sapato meia pata, preto de camurça, peguei minha bolsa preta e coloquei dinheiro e maquiagem dentro dela. Eu fui com a Dani e encontraríamos os meninos lá. Chegamos na boate e estava super lotada mas os meninos deram um jeito e nos passaram na frente. Fomos para o bar e eu como sempre peguei só uma batida, não estava muito afim de beber. Eu me sentei no balcão e fiquei vendo as meninas dançarem, logo fui dançar com elas. Já estava ficando tarde e pedi para o Harry me levar embora, a Nadine e o Gabbe também estavam indo então saímos juntos. Estava mexendo na minha bolsa para pegar o celular e ver as horas e vi que esqueci dele.
- Droga, esqueci meu celular em casa – disse fechando a bolsa.
- Não tem problema, já estamos indo embora – o Harry colocou o braço por cima do meus pescoço.
Os carros estavam estacionados pertos e a rua estava deserta e escura, dois homens pararam em uma moto e um deles veio até nós com uma arma. Eu paralisei e o Harry me puxou para junto dele.
- Passa as bolsas – eu fiquei parada – agora! – ele gritou.
Eu tirei minha bolsa e entreguei pra ele, a Dine fez o mesmo.
- Me dá os relógios também – o Harry e o Gabbe tiraram os relógios e entregaram para ele
- O anel – ele fez sinal para a minha mão, era o meu anel de compromisso, oheio para o Harry e ele fez sinal que sim e eu entreguei.
- Agora a corrente – ele apontou para a minha correntinha de ouro.
- Ah não, minha correntinha não, minha mãe que me deu quando eu tinha sete anos – eu falei.
- O bonitinha, cala a boca e me da logo – ele deu um passo para a frente e o Harry me empurrou para trás dele, o homem olhou bem pra ele e depois subiu na moto e foi embora com o que já tinha pego.
- Você, ta bem? – o Harry perguntou segurando meu rosto e eu só fiz que sim com a cabeça – você deu sorte, da próxima vez, entrega a corrente por favor!
- Tá – eu o abracei.
- Você vai denunciar? – o Gabbe perguntou.
- Queria mas eu não vi o rosto dele – o Harry respondeu.
- Nem eu – eu e a Dine falamos juntas.
- Mesmo assim, vamos dar a queixa – o Gabbe falou.
- Tá, vamos lá – eu e o Harry entramos no carro e fomos para a delegacia, lá encontramos o Gabbe e a Dine. Demos a queixa e depois fomos para casa.
- Dorme aqui – eu ped e ele franziu o cenho - por favor.
- Ta – ele estacionou e desceu comigo, nós fomos até meu quarto e eu fui até o banheiro e tirei a maquiagem e coloquei meu pijama, o Harry tirou a roupa e ficou só de cueca.
- Ele sabe quem é a gente? – eu perguntei deitada ao lado do Harry.
- Não sei, acho que sim – ele disse fazendo carinho no meu cabelo.
- Vocês vão espalhar isso para a imprensa?
- Acho melhor não, ninguém viu e já que ninguém saiu ferido...
- É – eu disse e depois dormi nos seus braços.
Sábado eu acordei e ele já tinha ido embora, me arrumei e desci para preparar o almoço. Depois eu e a Dani fomos ao shopping. Estávamos andando pelos corredores olhando as vitrines e comprando algumas coisas e encontramos a Mandy.
- Eu já disse que a gente vive se esbarrando? – ela perguntou pra mim.
- Acho que já – eu respondi.
- E então? Procurando uma loja barata para poder gastar suas economias?
- Não – sorri – procurando a loja onde você comprou essa tua cara de pau.
A Dani riu e eu olhei pra ela rindo por dentro. A Mandy só deu um sorrisinho e saiu esbarrando em nós.
- Lu, essa foi de mais – a Dani bateu na minha mão e eu ri.
Continuamos fazendo compras e depois comemos algo, depois fomos para a casa. A noite ninguém tinha nenhum compromisso então os meninos foram lá pra casa pra gente comer pizza. Estávamos sentados no sofá esperando a pizza, o Harry estava do sentado ao meu lado com o braço por cima do meu pescoço e minha cabeça estava deitada no seu ombro.
- Encontrei a sua amiga hoje – falei baixo só pra ele escutar.
- Amiga? – ele perguntou.
- A Mandy. Dei um jeito nela – sorri.
- Imagino – logo as pizzas chegaram e nós fomos comer. No domingo a tarde estava apenas eu e a Dani em casa e tocaram a capainha.
- Deixa que eu atendo – gritei.
- Oi – disse.
- Oi – era o Austin, ele estava com uma cara péssima.
- Entra – dei espaço para ele passar – o que aconteceu?
- Eu e a Mandy – deu uma pausa – acho que vamos terminar.
- Porque?
- Você acredita que ela tem ciúmes de mim com você?
- Não acredito – disse mas no fundo tinha certeza que era porque ela não gostava de mim
- Nós brigamos ontem a noite, e ela disse para escolher entre você e ela e eu disse que você era minha melhor amiga.
- Brigaram por minha causa?
- Não se sinta culpada.
- Oi – a Dani desceu as escadas – nossa Austin, o que aconteceu? – ele contou pra ela o que tinha me falado.
- Sinto muito – ela me olhou e se levantou do sofá e foi até a cortina da sala.
- Lu, que carro é aquele? – eu fui até ela e tinha um carro vermelho parado em frente a minha casa com quatro homens dentro.
- Eu não sei – o Austin também veio ver, os quatro homens desceram do carro com algumas barras de ferro e bolsas – Ai Deus, o que eles vão fazer? – eles vieram ate a porta e mexeram no trinco, viram que estava trancada e começaram a chutar – corre Dani, corre!
Nós subimos as escadas e nos escondemos dentro do Box do banheiro do quarto da Dani, o Austin colocou a cômoda em frente a porta do quarto para ninguém entrar mas logo ouvimos baterem com força na porta até conseguirem fazer um buraco. Nos encolhemos dentro do banheiro e a Dani ligou do seu celular para a policia.
- E ai? – eu perguntei sobre o telefonema.
- Eles estão vindo, mais vão demorar pelo menos uns 20 min.
Eu suspirei chorando.
- Calma – o Austin disse.
Conseguiram entrar no quarto e escutamos eles revirarem tudo, mexeram nos guarda-roupas e armários. Começaram a tentar abrir a porta do banheiro e o Austin foi até ela tentar impedir a entrada, eles empurravam e o Austin sozinho não estava conseguindo segurar. Eu e a Dani fomos ajudar mas eles empurraram com mais força e eu voei longe quando conseguiram abrir.
- Olha o que temos aqui – um dos caras disse pegando a Dani pelo cabelo.
- Ai – ela gritou.
- Solta ela! – o Austin gritou e foi pra cima dele.
- Fica quieto ai o machão – o outro cara falou colocando a mão no peito dele.
Eu estava deitada no chão com a mão na perna, na queda tinha batido o joelho no chão.
- Olha só quem está aqui – um terceiro homem veio até mim e me levantou pelo pescoço – olha se não é a bonitinha – “ a bonitinha” me lembrei do homem que nos assaltou na sexta-feira.
- Você? – falei com dificuldade porque ele apertava meu pescoço – porque você ta me seguindo?
- Não estou – eu sorriu sínico – é que sem querer sempre acabo me encontrando com você .
- Solta ela agora! – o Austin gritou e veio pra cima do cara mas o outro homem o pegou enquanto o que estava com a Dani a soltou e foi bater nele, eu chorava e escutava o quarto homem revirar a casa pegando tudo o que queria.
- O que você quer? – gritei chorando e ele não respondeu nada,  passou os dedos pelo meu rosto e peito, quando estava chegando nos meus seios escutamos o barulho da viatura
- Vocês chamaram a policia? – ele perguntou nervoso e me jogou com tudo contra a parede e eu fiquei caída no chão, ele veio até mim e apertou o meu rosto, não disse nada porém puxou a minha correntinha de ouro que queria ter roubado aquele dia fazendo meu pescoço arder, depois disso os quatro saíram correndo.
- Você ta bem? – o Austin perguntou vindo até mim.
- To, Dani? – perguntei e fui me rastejando até ela.
- To bem Lu, calma – ela disse também sentada no chão me abraçando.
Os policiais chegaram e nos tiraram de lá, quando ia passando pelos cômodos da casa me dava vontade de chorar, a casa estava toda quebrada e virada de ponta cabeça. Fomos para a delegacia e lá demos depoimento, perguntaram sobre os homens eu dessa vez eu consegui descrever ele, moreno, alto, cabelo bem cortado, olhos castanhos e uma voz grossa, tinha uma falha na sobrancelha direita e vi uma ponta de tatuagem no seu pulso por baixo da manga longa preta. A Dani ligou para os meninos e eu fiquei sentada em umas cadeiras junto com o Austin, ele não queria me deixar sozinha, meu joelho doía por causa da queda no banheiro,  quando o Harry chegou veio ao meu encontro e me abraçou apertado, eu deitei minha cabeça no seu ombro e chorei.
- Eu já vou indo – o Austin disse se levantando.
- Obrigada – disse dando um abraço nele.
- Não tem de que – ele disse.
- Obrigado – o Harry apertou a sua mão – obrigado mesmo.
Ele saiu e o Harry me levou para a casa dele.
- Acho melhor você ficar aqui, além de não ser seguro ficar na sua casa, ela deve estar de pernas para o ar – ele disse abrindo a porta da sua casa e eu concordei com a cabeça – vai tomar um banho, eu vou até a sua casa buscar algumas roupas, depois temos que ir no hospital tirar um raio-x do seu joelho.
- Tá, Harry... e a Dani?
- Ela vai ficar na casa do Liam junto com os pais dele.
- Ah sim.
Eu fui tomar um banho e ele buscou minhas roupas, ainda no chuveiro podia sentir meu joelho latejando e o pescoço ardente, após sair coloquei um moletom porque estava muito frio, e fui até o espelho pentear meus cabelos. Eu passei a mão pelo meu pescoço e ele estava todo marcado, tinha a marca dos dedos do homem e a marca da corretinha. Passei os dedos levemente porque ardia quando tocava e o Harry entrou no quarto.
- Eu juro que mato esse cara se encontrar ele – disse olhando meu pescoço.
- Era o mesmo daquele dia na boate – disse ainda com a mão no pescoço.
- Tem certeza?
- Tenho, ele me chamou de bonitinha e eu perguntei porque ele estava me seguindo e ele disse que a gente sempre se esbarrava por ai. Se a policia não tivesse chegado eu não sei o que teria acontecido – lembrei dele me acariciando, sentia nojo.
- Lu, ele tocou em você? – ele perguntou ficando de frente pra mim e eu não respondi – ele te tocou? – repetiu a pergunta.
- Não exatamente, ele começou a acariciar meu rosto e quando estava chegando nos seios fugiu porque a policia chegou – disse meio enrolada.
- Eu juro que mato ele! – ele gritou .
- Não – eu gritei – ai você ficaria igual a ele, e você não é assim  - disse o abraçando.
- Desculpa, é que eu to nervoso, eu não estava lá para te proteger – disse passando as mãos pelas minhas costas.
- Você esta aqui agora – disse baixinho.
- Estou, sempre vou estar.
Depois fomos para o hospital tirar o raio-x do meu joelho e nenhum tipo de lesão foi indentificada.