Fanfics Brasil - **2ª TEMPORADA** 17º - Barreiras foram feitas para serem ultrapassadas One More Day

Fanfic: One More Day | Tema: One Direction


Capítulo: **2ª TEMPORADA** 17º - Barreiras foram feitas para serem ultrapassadas

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Eu não comia, não dormia, não estudava, não conseguia fazer nada direito. Estava esgotada, tanto emocionalmente quanto fisicamente, meu corpo todo doía e a imprensa ficava na minha cabeça sem falar da culpa que eu estava sentindo por ter sido a única que saiu do acidente sem consequências maiores. O Austin também estava desolado, acho que a única coisa que me fazia lutar todos os dias era saber que ele precisava da minha ajuda tanto quanto eu precisava da dele.
Depois do acidente comecei a rezar todas as noites pedindo a Deus que tirasse ele daquela situação, a Mandy estava se recuperando mas os médicos preferiram deixar ela no coma ainda. No entanto Harry melhorava uma quantidade insignificante a cada dia. A Jack levava a matéria da faculdade na minha casa para que eu não perdesse o ano e minha mãe ficaria em Londres comigo por um tempo, hospedada em um hotel porque disse que não queria me atrapalhar. Meu pai e a Laura voltaram para o Brasil pois trabalhavam e estudavam.
O Steven e a Hellen passavam quase o dia inteiro no hospital junto do Harry, os pais da Mandy desistiram da separação depois do acidente. O Austin se tornou meu ponto seguro, acho que porque ele estava passando pela mesma situação que eu e me entedia, quase todo dia ia em casa para conversamos. 
- As vezes eu acho que devia estar no lugar deles – disse deitada na minha cama mexendo fazendo carinho no Blue.
- Sei como se sente, me sinto culpado só pelo fato de ter pedido para vocês irem ao shopping – ele estava sentado na cadeira do meu computador.
- Eu fico pensando, e se ele não sair do coma? Como vai ser a vida sem ele, a banda... 
- Ele vai sair, Deus não faria uma coisa dessas com uma pessoa tão boa – ele disse e uma lágrima escorreu pelo meu rosto – vamos no hospital?
- Tá, só preciso me trocar – peguei um vestido rosinha claro – Austin, você pode fechar pra mim – pedi quase morrendo de vergonha – meu braço ta engessado – ele veio até mim e eu virei de costas. Ele colocou meu cabelo para o lado e deslizou as mãos pelas minhas costas até chegar no zíper e subiu ele, senti meu rosto corar, ninguém tinha tocado em mim sem ser o Harry. 
- Pronto – ele disse, e saiu de perto de mim rápido como se eu tivesse dado um choque nele. Eu sorri sem graça e nos fomos para o hospital. Fui direto pro quarto do Harry e as enfermeiras me falaram que a Hellen tinha acabado de sair de lá. Me sentei na poltrona ao seu lado e segurei na sua mão. Queria tanto que acontecesse aquele momento da pessoa que esta em coma apertar a sua mão igual acontece nos filmes de romance, mas ali era vida real. 
- Oi, eu sinto sua falta – lágrimas começaram a escorrer de vagar – saber que não vou receber ligações suas durante o dia, não vou te encontrar a noite e nem vou dormir sentindo seu coração bater dói sabia? – lágrimas embaçavam meus olhos e eu senti que alguém nos olhava pela janela, o médico entrou no quarto e limpou a garganta um pouco emocionado. 
- Tenho boas noticias, a Amanda esta se recuperando cada vez mais e o Haroldo esta tendo progresso, não como esperávamos, um pouco menos, mas esta tendo.
- Que bom – disse limpando minha garganta.
Passei mais uma hora com ele e depois fui para a casa. Passou-se dois dias e a Mandy já tinha saído do coma, mais ainda estava mal então estava internada e sedada.
Eu estava com a Jack e o Austin no meu quarto, a Jack tinha levado matéria da faculdade pra copiar pela última vez, no dia seguinte já voltaria a frequentar a faculdade.
- Lu, amanhã você leva meu caderno? O Niall me ligou e ta precisando de mim – a Jack perguntou se levantando.
- Tá, eu levo – sorri de lado, ela foi embora deixando eu e o Austin a sós – nossa tenho que fazer um monte de trabalhos da faculdade – disse preocupada.
- Hm – ele falou enquanto mexia na almofada em cima da minha cama – a gente podia sair néh? Tipo, se você quiser, porque ficou semanas dentro de casa e precisa sair... se você quiser claro – ele disse todo atrapalhado.
Será que seria errado eu sair com ele sendo que meu namorado estava em coma? Fazia semanas que eu não saia de casa, estava praticamente sem vida social e além disso ele era meu melhor amigo. A namorada dele também estava no hospital, ele sabia pelo que eu estava passando e não teria nenhum mal nisso. Porém seria justo com o Harry e com a Mandy? Mas eu também tinha uma vida e não estaria fazendo nada de mais, não é?
- Tá – sorri de lado – pode ser no final de semana? É que agora tenho muita coisa pra fazer.
- Ótimo, eu tenho que ir – disse se levantando da minha cama – tchau Lu – ele veio me dar um beijo mas acho que nós dois ficamos com vergonha e nos atrapalhamos no abraço, me deu um beijo sem jeito na bochecha e depois saiu rápido. Era impressão minha ou alguma coisa estava mudando entre nós? Preferi fazer disso uma ilusão porque eu estava passando por um momento difícil e ele era só meu amigo, aliás também tinha namorada. Não que eu quisesse que ele fosse algo a mais, estava contente com a nossa amizade e não passaria disso.
Fui obrigada a sair das aulas de dança por causa do gesso e fora isso minha semana passou basicamente em trabalhos da faculdade. Era sexta-feira de manhã e eu estava na minha carteira com a Jack, por causa do braço quebrado eu não podia escrever então eu ia na faculdade para assistir as aulas e ajudar nos trabalhos, depois tirava Xerox do caderno da Jack.
- Você viu as lideres de torcida? – ela falou em um suspiro.
- Vi, e daí?
- Sempre foi meu sonho ser uma, mas nunca levei jeito com ginástica, duvido que sei virar uma cambalhota – ela riu da própria piada.
- No Brasil o sonho da maioria das meninas é ser uma, lá isso não é tão valorizado. Mas eu não tenho tempo pra isso, já tenho a faculdade e o trabalho.
- Ah, mas você é boa pra essas coisas, acho que devia fazer o teste.
- Não daria certo e eu também estou com o braço quebrado.
- Você tira o gesso segunda-feira, os testes são na quinta, além disso eles aumentam sua nota.
- Não preciso que aumentem minha nota.
- Para Luiza Valentin, você vai fazer o teste por bem ou por mal – ela disse rindo.
A noite eu ia sair com o Austin, iríamos jantar, preferi um  lugar mais calmo. Coloquei um vestido preto soltinho, mais longo atrás, com um sinto dourado e sapatos cor da pele. Soltei o cabelo e passei uma maquiagem não muito pesada. 
- A onde vamos? – eu perguntei já dento do carro dele.
- Durante muito tempo escutei uns amigos falarem de um restaurante na área oeste, falam que lá é muito bom e só da gente da nossa idade.
- Austin eu falei que não quero nada muito animado.
- Ai é que está, só tem jovens mas é um lugar calmo. É o que dizem – ele disse e continuou dirigindo.


Chegamos no restaurante, ele era bonito por fora, a fachada era toda de pedra e tinha uma janela branca com uns vasos na frente, um toldo vermelho cobria a porta verde escuro de vidro. Pela janela se via lá dentro, um lugar bem iluminado, as mesas eram de madeira envernizadas com toalhas verdes e brancas. Estava meio lotado.
Entramos e pedimos uma mesa, nos sentamos e olhamos no cardápio e enquanto esperávamos a comida eu fiquei observando o lugar. Comecei a rir.
- O que foi? – o Austin perguntou.
- Todas as pessoas que estão aqui são casais, nós viemos em um restaurante pra casais – disse morrendo de rir e ele também riu.
- Eu juro que não sabia, sinto muito.
- Tudo bem – parei de rir – quase todos estão olhando pra gente – sussurrei.
- Não é pra menos, nós dois estamos jantando enquanto a minha e o seu namorado estão no hospital.
- É, deixa eu esquecer isso um pouco – disse tomando o vinho que tinha na minha taça. Tomei um gole e percebi que era vinho branco e suave. A comida chegou, comemos de vagar e ficamos conversando, durante aquela noite esqueci dos problemas que pairavam sobre a minha cabeça.
- Obrigada – disse quando ele me deixou em frente a minha casa.
- Não tem de que – eu sorri de lado e dei um abraço nele, demorei um pouco para soltar não sei porque, mas depois fiquei sem jeito.
- Tchau – disse abrindo a porta e saindo.
- Tchau – ele disse e esperou eu entrar em casa, depois foi embora.
Tinha chegado em casa cedo, ainda eram 22:00h e quando abri a porta encontrei um monte de gente na minha sala. Estavam lá, a Dani e as meninas, os meninos da banda, a Hellen e o Steven, e a minha mãe.
- Oi – eu disse e o clima ficou tão silencioso que eu senti vontade de abrir a porta e sair de novo.
- Oi – a Dani disse e deu um sorriso tímido.
- O que ta acontecendo? – perguntei trancando a porta.
- Estamos conversando sobre o Harry – o Gabbe disse – se ele não melhorar logo o que vamos fazer com a banda?
- Ele vai melhorar, não precisa tirar ele da banda  - a Hellen respondeu rápido.
- Nós não queremos tirar ele da banda Hellen – o Taylor respondeu calmo – nós não vamos tirar ele.
- Ele é 1/5 dela, se sair não vai mais existir One Dream – o Niall falou.
- Ele está apresentando sinais de melhora – eu disse.
- É mais se você estivesse mais preocupada com ele do que em sair com o seu amiguinho seria melhor não acha? – o Gabbe falou e eu fiquei assustada.
- Ei, calma ai – o Liam se levantou de frente pro Gabbe.
- O que? Você esta dizendo que eu não ligo se ele esta naquele hospital ou não? Como você pode dizer isso? – perguntei indignada. Será que ele não vê o quanto estou sofrendo com tudo isso?
- Calma, não é isso que ele quer dizer. É que enquanto todos nós estávamos aqui tentando resolver a situação você saiu para jantar com o Austin – o Taylor tentou explicar.
- E só porque eu quis sair um pouco de casa significa que eu não dou a mínima? Vocês não sabem o que eu passei nessas ultimas semanas, não sabem a culpa que eu carrego, não tem nem noção do quanto eu me sinto mal por ele estar lá e eu não! – disse indo em direção a escada- vocês não tem ideia de quantas noite eu passei em claro rezando pra Deus tirar ele de lá e fazendo promessas! Se eu pudesse trocaria de lugar com ele, tomaria a sua dor. E ainda ter que escutar falarem que eu não ligo pra ele? – disse subindo o primeiro degrau – a única coisa que eu fiz nas últimas semanas foi viver por ele – gritei subi por meu quarto.
Quando cheguei no topo da escada um silencio gigantesco reinava na sala.

                                                                        ~*~

Chegou segunda-feira e assim que sai da faculdade passei no hospital para retirar o gesso. Só estava sentindo umas dores mas o médico disse que era normal. Eu só não podia forçar muito ele durante os próximos dois dias. Nos dias seguintes minha vida era faculdade-hospital-casa, quarta-feira eu fui com o Austin no parque.
- E a Mandy? Já está acordada? – perguntei andando ao seu lado.
- Já, fui ver ela ontem. Esta louca pra sair de lá, mas se sente culpada pelos pais. Ela acha que eles estão juntos só por causa dela – ele disse.
- Mas é verdade não é?
- É, mas acho que ela não precisava saber – disse colocando as mãos nos bolsos da frente de sua calça jeans.
- Amanhã a Jack quer que eu faça um teste para lideres de torcida – disse me sentando na grama verde e ele se sentou ao meu lado.
- E você vai fazer?
- Não sei se consigo, eu tenho medo, sou boa par dançar mas tenho medo dos saltos, e também tem meu braço.
- Seu braço está ótimo, acho que você esta arrumando desculpas para não fazer o teste – ele me deu um empurrãozinho e eu retribui.
- Sei lá, to com a cabeça cheia. Logo agora que eu e a Mandy tínhamos conseguido nos entender acontece isso.
- Fiquei sabendo que ela já namorou o Harry – ele disse arrancando mato do chão e eu fiquei sem mais o que dizer – eu acho que você devia fazer o teste, se quiser eu vou com você.
- Sério? Me sentiria mais segura, é amanha a tarde.
- vou estar lá – ele sorriu.
Naquela noite tentei dormir mas a ansiedade não deixava. Acordei de manhã e fui para a faculdade, era tão bom conseguir escrever. A tarde coloquei uma blusa regata branca e um shorts de malha que deixava eu me mover perfeitamente. Calcei os tênis e fiz um rabo de cavalo, fui para o ginásio da faculdade onde seriam os testes e encontrei o Austin sentado na arquibancada.
 - Você veio – o abracei.
- Eu disse que viria, agora vai lá – ele me deu um empurrãozinho e eu desci as arquibancadas e fui me inscrever. Depois voltei pra arquibancada – modalidade liga esportiva?
- É, serão selecionados 6 entre meninas e meninos.
- São vinte e quatro na equipe de liga pra escolher só seis?
- Só estão precisando de seis, os outros já tem.
- Você sabe os movimentos néh?
- Tenho noção do que é saltos, pirâmides e acrobacias. Fiz aulas de ginásticas até os 11 anos.
- Ah sim, acho melhor você ir lá – ele apontou para a quadra onde o restante dos candidatos estavam.
Comecei a me alongar e começaram os primeiros testes, alguns eu tinha certeza que sabia fazer melhor já outros eu ficava na duvida se queria mesmo tentar.
- Número 14 – me chamaram.
Tentei começar com o básico, fiz a tomada carpada e depois alguns saltos mortais para trás, meu braço começou a doer mas eu sabia que era coisa da minha cabeça, tive que colocar minhas aulas de dança em prática para ir no ritmo da música, finalizei com um salto e logo depois parada de mãos. Sai do tablado e o Austin me deu uma garrafa de água.
- Agora é só esperar pra ver se vai pra segunda fase – ele disse eu concordei, eu estava vermelha quase roxa, suando quem nem louca e descabelada – você foi ótima.
- Valeu – bati na mão dele, fiquei sentada esperando os outros testes acabarem.
- Selecionados para a segunda fase, número: 3, 4, 6, 9, 14, 16, 21, 26, 28 e 31 – a coordenadora anunciou.
- É isso ai – eu dei um tapa no ombro do Austin.
Dessa vez a avaliação não era individual, foram selecionados dez candidatos para a próxima fase, sendo cinco meninas e cinco meninos. Apenas seis seriam escolhidos, tivemos que formar pares e eu acabei ficando com um garoto moreno, alto e que tinha força no braço, isso era ótimo.  Acho que fui melhor do que pensei e isso era bom. Muito bom.
Os resultados seriam colocados no quadro de avisos da faculdade amanhã de manhã e eu mal podia esperar para ver o resultado. Não achei que ia me empolgar tanto com o teste.
Sexta-feira de manhã cheguei na faculdade atrasada, não deu tempo de passar no quadro então passaria lá na hora da saída. A Mandy tinha saído do hospital e estava se recuperando em casa. Fiquei mais do que feliz quando recebi uma ligação da Hellen dizendo que o Harry começou a dar os primeiros sinais de que estava saindo do coma. Na saída a Jack foi comigo ver o resultado, ela ficou olhando enquanto eu deslizava meu dedo pela lista de aprovados.
- E então? – ela perguntou.
- Jackeline Collins, eu passei – disse gritando e pulei no pescoço dela.
- Que bom! Temos que sair para comemorar isso .
- Antes tenho que passar na secretária e pegar os uniformes, depois tenho outra coisa muito importante para fazer – dei um beijo na bochecha dela e fui até a secretária. A técnica estava lá e me passou os horários dos treinos e me deu o uniforme. Saindo da faculdade fui direto pro hospital, não estava no horário de visitas mais quase chorei para a enfermeira deixar eu ver o Harry e ela me deu uns minutos com ele.
Entrei no quarto e as cortinas estavam todas abertas, uma janela estava meia aberta e tinham flores no vaso ao lado da sua cama.
- Oi amor – disse me sentando na beirada da cama – ta melhorando néh? A sua mãe me ligou falando. Você não sabe o que aconteceu hoje, ontem eu fiz o teste para lideres de torcida e adivinha? Eu passei – era tão triste falar e saber que não ia ouvir uma resposta – eu trouxe uma coisa pra você, acho que tenho o direito de te dar o presente – abri minha bolsa e tirei um porta retrato – é uma foto nossa, quando a gente tava no Brasil – sorri e coloquei a foto em cima da mesa ao lado do vaso de flores, pelo canto do olho imaginei ter visto ele mexer a boca e quando virei para olhar direito estava do mesmo jeito de antes – queria tanto que você pudesse sair com a gente hoje pra comemorar.
- Querida, você em que ir – a enfermeira abriu a porta e falou.
- Já to saindo – ela concordou e saiu – tenho que ir lindo, tchau – dei um selinho nele e sai
A noite combinamos de ir a uma pizzaria, só as meninas. Depois do que aconteceu na sala da minha casa não falei mais com os meninos da banda. Estava quase pronta, vestia um vestido bege, com desenhos pretos e babados, coloquei um salto preto discreto, e estava passando perfume quando recebi uma ligação desesperada da minha mãe:
- Filha o Harry acordou – ela disse gritando.
- O que? – coloquei o perfume sobre a penteadeira.
- Ele acordou, ele abriu os olhos. Não esta falando muito mas já acordou.
- To indo pro hospital.
Nem dei tchau, falei pra Dani desmarcar com as meninas o jantar porque eu estava indo no hospital ver ele. Fui voando e quando cheguei lá estava somente os pais dele e eu. A Hellen e o Steven já tinham falado com ele então eu entrei sozinha. O encosto da cama estava levantado deixando ele quase sentado, ele estava com os olhos abertos que percorriam todo o quarto e assim que me viram se fixaram em mim. Eu perdi a voz e uma vontade enorme de chorar me tomou.
- Oi – eu disse já chorando e fui até o lado da sua cama e peguei em sua mão e sorri – que bom que acordou – as lágrimas desciam sem freio, eram tão bom poder ver aqueles olhos verdes e me traziam paz. Eu sei que éramos namorados, mas no momento eu não sabia o que fazer, minhas irmãos estava geladas e suadas e minha barriga formigava.
- Luiza – ele falou bem baixinho.
- É – sorri feito boba – eu to aqui – apertei a sua mão e ele moveu os dedos apertando a minha levemente. O médico entrou no quarto  e junto também entraram a Hellen e o Steven. Ele  disse que se continuasse assim logo ele poderia sair do hospital e se recuperar em casa, pedi para eles deixarem eu passar a noite com ele. Me acomodei em uma poltrona e as enfermeiras me emprestaram um travesseiro, passei a noite em claro e as vezes via que o Harry girava a cabeça e me encarava por um tempo mas sem falar nada. De manhã faltei do colégio mas tive que ir embora pois tinha o meu primeiro treino de cheerleaders. Passei em casa e coloquei o uniforme e fui para o ginásio. 


Realmente o treino é muito pesado, mas tínhamos que nos empenhar porque estava chegando os jogos regionais e nossa faculdade tinha um dos melhores times de futebol de Londres. 
Sai do treino, passei em casa, tomei um banho e fui para o hospital.  Minha mãe voltaria para o Brasil no dia seguinte então ela foi comigo para ver o Harry. Chegamos e a Hellen estava com ele, ela me pediu para ficar ali porque ela precisava tomar banho e dormir um pouco. Minha mãe ficou no máximo meia hora com a gente e depois voltou pro hotel para arrumar as malas.
- Lu – ele me chamou baixinho, eu estava sentada na poltrona fazendo o dever da faculdade.
- Oi? – coloquei os livros do lado e fui até ele.
- Eu quero ir pra casa – ele falou virando a cabeça.
- E nós também queremos que você vá, só depende do tempo que vai levar para você recuperar os movimentos.
- Eu já to bem – ele virou de novo a cabeça pra mim e eu sorri.
- Logo você ta em casa.
- Você passou no teste de cheerleaders, parabéns .
- como você sabe?
- Você me falou – a única vez que eu tinha tocado no assunto foi a vez que vim trazer a foto, mas ele ainda estava no coma.
- Você estava me ouvindo ? – sorri.
- Eu sempre escutei, só não sei o que é verdadeiro e o que é coisa da minha imaginação.
A enfermeira chegou com a sua janta e eu ajudei ele a comer e depois fui para casa. Cheguei em casa e a Dani e o Liam estavam na sala.
- Oi – falei e me virei para trancar a porta.
- Oi – os dois falaram juntos.
- Lu, sobre aquele dia... o Gabbe ta arrependido de ter falado aquilo e acho que todos nós te devemos desculpas.
- Tudo bem – sorri de lado.
- É sério, os meninos tão super mal pelo jeito que falaram com você.
- Eu já esqueci aquilo, ta tudo bem – eu disse e ele concordou com a cabeça.
Fui para o meu quarto e terminei as coisas da faculdade e depois fui dormir. No dia seguinte acordei com meu celular despertando, tomei um banho para tirar o cansaço e coloquei o uniforme das lideres na minha bolsa. A Jack passou em casa e eu fui de carro com ela, paramos no caminho para tomar café e depois fomos para a faculdade. No último período teria treino, fui até o vestiário e me troquei, fiquei até a hora da saída ensaiando e depois almocei com a Nadine e a Petra. Minha mãe iria embora hoje então eu ia com ela até o aeroporto. As meninas me deixaram em casa e eu fui de carro até o hotel buscar minha mãe e depois deixa-la no aeroporto. Passei na agencia para ver a minha agenda, teria trabalho a semana toda.
Passou-se mais uma semana e o Harry teve alta, ele iria para a casa e a Hellen ficaria com ele por um tempo. Era sexta-feira a noite e eu estava na casa dele quando os meninos chegaram. Desde quando o Harry sofreu acidente eles não fizeram grandes shows, apenas algumas entrevistas.
Estávamos na sala eu, o Harry, a Hellen e o Steven quando os garotos chegaram e vieram cumprimentar o Harry, depois se sentaram e antes de falar alguma coisa o Liam deu uma cotovelada no Gabbe.
- Lu, eu queria te pedir desculpas pelo que te falei aquele dia na sua casa. Tanto eu quanto os meninos estávamos nervosos, desculpa – o Gabbe falou calmamente.
- Tudo bem, já faz tempo e eu já esqueci aquilo.
- Não, é que nós fomos muito grossos com você. Eu sei que você estava tão sufocada quanto a gente e... desculpa – o Taylor tomou a frente.
- Estão desculpados, ta tudo bem – falei estalando os dedos.
Depois eles começaram a falar sobre assuntos da banda e quando ficou tarde foram embora. Ajudei o Harry subir até o seu quarto e quando estávamos sozinhos no quarto ele começou o interrogatório.
- Porque eles te pediram desculpas?
- Porque teve uma noite que eu sai para jantar com o Austin e quando cheguei em casa eles estavam conversando sobre você, então eles começaram a  falar que eu não estava tão preocupada com você como eles, que eu preferia sair com o Austin do que cuidar de você.
- Porque você saiu com ele? – ele perguntou enciumado.
- Harry, durante esse mês ele foi o meu melhor amigo, ele me entendia porque estava passando pela mesma situação que eu. Era bom conversar com ele e fazia semanas que eu não saia de casa, ele só foi gentil e me levou para jantar.
- Só foi gentil? Ele deve estar caidinho por você .
- Oi? Ele tem namorada.
- Isso não é nenhum problema – ele disse se ajeitando na cama.
- Ah não Harry, para de ciúmes – disse me deitando do lado dele.
Estávamos deitados na cama assistindo televisão e eu estava quase pegando no sono, acendi o monitor do meu celular e eram 22h30min.
- Harry, ta tarde. Vou indo – disse me sentando na cama e ajeitando a blusa.
- Ah não, fica comigo – ele disse se sentando.
- Ta tarde, amanhã eu volto.
- Dorme aqui - ele fez uma cara de cachorro sem dono que eu não aguentei
- sua mãe ta aqui, é feio – ri da expressão – o que ela vai pensar de mim?
- Nada. Minha mãe sabe como você é, por favor?! – ele se sentou na cama e eu suspirei. Como negar?
- Tá – disse e me deitei do seu lado de novo.
Ficamos deitados assistindo um filme que passava na TV, eu estava deitada sobre o braço dele virada de lado, ele colocou a mão livre sobre o meu quadril e levantou um pouco a minha blusa, quando sua pele entrou em contato com a minha uma descarga elétrica percorreu meu corpo fazendo minha nuca gelar. Eu levantei um pouco o rosto para poder olhar para ele que só virou o olho para mim, ergue as sobrancelhas e deu um sorriso safado. Eu mordi o lábio inferior discretamente e voltei a fingir que olhava para a TV mas na verdade estava de olho na mão dele. Ela começou a deslizar pelas minhas costas contornando a linha da coluna e voltando para o quadril. Eu coloquei minha mão sobre a sua barriga e mesmo por cima da blusa pude sentir seu peitoral definido, coloquei minha perna entre as dele e cheguei mais perto do seu corpo. Senti que ele cheirou o meu cabelo e depois desceu mais a sua mão chegando até a minha coxa. Eu me levantei o suficiente para alcançar a sua boca e começar um beijo violento de tantas saudades. 
Me sentei com cuidado por cima dele, tentando segurar o peso nos joelhos, e coloquei minhas duas mãos na sua nuca. Ele enrolou meu cabelo e colocou todo para trás e pousou uma mão no meu quadril e a outra nas minhas costas. Me virou ficando por cima e colocou minha perna na sua cintura, eu prendi ela envolta da sua e ele tirou a minha blusa. Segurei no seu cabelo e nos beijávamos como loucos, eu desabotoei os primeiros botões da sua camisa e ele desabotoou o resto rápido e arrancou a camisa, eu me ajoelhei na cama e ele se ergueu um pouco. Grudei nossos corpos e continuamos a nos beijar. Ele se virou e colocou a mão nas minhas costas e me deitou na cama delicadamente, tiramos as calças e ficamos com as roupas intimas. Ele estava de cueca Box branca e eu mordi o lábio novamente vendo ele. Com a boca ele desceu uma alça do meu sutiã e depois subiu pelo meu pescoço dando uma mordida de leve na orelha e indo para a minha boca.
Depois de tirar as peças intimas ele se encaixou em mim e começamos a nos amar maravilhosamente, ele deslizava a mão pelas minhas costas e parava na cintura segurando firmemente. Quando chegamos no limite eu me deitei ao seu lado e ele colocou o queixo sobre a minha cabeça.
Acordei sábado de manhã e estava coberta apenas pelo lençol, ele ainda estava lá e olhando ele dormindo agradeci a Deus mais uma vez por saber que ele iria acordar. Me virei de lado na cama, ficando de frente pra ele, e depois de ajeitar minha cabeça no travesseiro percebi que ele abriu os olhos e depois esfregou a mão contra eles, parecia uma criança com o cabelo bagunçado, esfregando os olhos e fazendo careta. Depois que tirou as mãos dos olhos olhou pra mim.
- O que foi? – ele perguntou enquanto eu não parava de olhar para ele.
- Você é fofo quando acorda, muito fofo – disse e dei um tapinha na sua bochecha.
- E você é engraçadinha – ele deu um sorrisinho cínico.
- Ah amor – fiz cara de dó e ele mordeu minha bochecha – deixa eu me trocar e ir embora antes que sua mãe saiba que eu dormi aqui – disse me sentando na cama.
- Não vai precisar se preocupar por muito tempo, se tudo der certo ainda hoje ela e meu pai voltam para a casa – ele beijou meu ombro .
- De qualquer jeito, não é certo eu ficar dormindo aqui.
- Porque? – ele se sentou ao meu lado.
- Porque... – eu segurei firme o lençol que cobria meu peito – não é certo. Não fui criada assim, se meus pais soubessem que eu passei a noite na casa do meu namorado acho que me mandariam voltar para o Brasil sem nem terminar a faculdade.
- Nossa – ele franziu o cenho .
- Tá, exagerei um  pouco – ri da cara dele -  mas mesmo assim não é certo. Melhor eu me arrumar porque eu tenho que... – peguei meu celular para olhar a hora e eram 13:00h – meu Deus! Estou super atrasada – puxei o lençol junto comigo e recolhi minhas roupas pelo chão, me tranquei no banheiro e coloquei a lingerie e a calça de qualquer jeito, taquei uma água no rosto e enxaguei a boca – onde tá minha blusa? – perguntei saindo do banheiro e abotoei minha calça.
- Aqui – ele respondeu ainda sentado na cama. Peguei a blusa e coloquei correndo, prendi meu cabelo em um rabo de cavalo e calcei os sapatos.
- Tchau – disse dando um selinho nele.
- Você quer que eu te leve?
- Não precisa, vou de táxi – disse e sai correndo, estava super atrasada para o treino das cheerleaders.


 



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  Sai do treino e fui para casa tomar um banho, estava toda suada. A tarde, quase noite, fui no escritório do Charlie, tinha um desfile marcado para a semana que vem. Eu tinha me preparado durante semanas para ele, foi ai que surgiu a suspeita de bulimia. O desfile seria em Nova York e eu teria que viajar na quarta-feira, não remarquei minhas aulas de dan ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • wilsonmf Postado em 23/07/2013 - 00:39:28

    Pelo que eu vi na história, parece uma fanfic boa, vou acompanhar! :D


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