Fanfic: One More Day | Tema: One Direction

Passou-se um mês, as semanas passaram corridas, todos os dias eu tive coisas do trabalho para fazer e ensaios das cheerleaders. A Jose sempre me chamava para almoçar com ela.
As férias de julho estavam se aproximando e eu tinha que terminar os trabalhos da faculdade e fechar as matérias. Não tinha mais encontrado a Mandy e achei melhor assim, acho que ela tinha voltado a morar com os pais, o Austin continuava sendo meu melhor amigo mesmo eu sabendo que o sentimento dele por mim ia além. Eu e o Harry estávamos perfeitos, logo completaríamos 1 ano de namoro. As meninas e os garotos da banda continuavam namorando, um amor que só. A One Dream estava fazendo um sucesso surreal, tinha vezes que eles saiam para viajar e voltavam só depois de uma semana.
Eu temia que em alguma dessas viagens ele ficasse tempo de mais longe e nosso relacionamento começasse a enfraquecer, mas pelo contrário, parecia que quanto mais tempo ele passava fora, mais isso nos unia. Depois daquela viajem de quatro meses que ele fez nós nunca mais ficamos tanto tempo separados.
Era quinta-feira e eu estava deitada no sofá de casa, o único momento da semana em que eu consegui descansar pelo menos 15min sem ter um compromisso. Mas não durou por muito tempo o Harry tocou a campainha e assim que abri a porta de casa fiquei surpresa.
- E ai gata – ele falou e deu uma piscada brincando.
- O que é isso? – perguntei sorrindo.
- O que parece? É uma moto! – ele falou descendo.
- Oh tonto, eu sei que é uma moto néh. Quando comprou? – perguntei indo até ele.
- Hoje de manhã – ele me deu um selinho.
- Uau, ela é linda – falei passando a mão pelo tanque.
- Pois é, vamos dar uma volta? – ele apoiou o capacete no banco.
- Agora? Não sei. Não gosto muito de motos – cruzei os braços.
- Sério? – ele soltou uma risadinha – melhor ainda, vamos?
- Tá, só vou colocar outra roupa.
Entrei correndo em casa e fui pro meu quarto. Coloquei uma calça jeans de cós alto, uma blusa preta colada e uma jaquetinha de couro por cima, uma sapatilha rosa Pink e soltei o cabelo. Assim que cheguei lá em baixo ele ligou a moto e me entregou um capacete preto. Coloquei e arrumei meu cabelo, subi na moto e segurei firme na sua cintura, minhas coxas apertavam sua cintura e isso me deixava envergonhada, mesmo ele sendo meu namorado.
Demos uma volta por Londres, passamos em frente a torre do Big Ben, e por fim ele estacionou em frente ao escritório do Spencer.
- O que estamos fazendo aqui? – perguntei descendo da moto e tirando o capacete.
- Só preciso resolver uma coisa, ele me ligou pedindo para vir. Espera só um minutinho – ele entrou e eu fiquei na sala de espera esperando já que seria rápido, o Josh estava lá e nós ficamos conversando.
O Harry saiu da sala e me chamou para ir embora, dei tchau para o Josh. Começou a chover e eu fiquei toda molhada, ele levou a moto até a minha garagem e depois entramos em casa, a Dani estava descendo a escada.
- Onde vocês estavam? – ela perguntou colocando o gorro da blusa de frio.
- Andando de moto –o Harry falou e deu um sorriso de lado,
- Ok. O Liam esta me esperando, vou chegar lá pelas 23:00h tá? – ela fechou a blusa e saiu de casa, pela janela vi o carro do Liam parado e ela entrando.
- Acho que merecemos um banho, néh? – o Harry falou tirando a camisa.
- É – eu disse e tirei minha jaqueta e as sapatilhas.
o Harry me encostou no corrimão da escada e me beijou. Colocou sua mão quente por baixo da minha roupa molhada e sobre a minha pele gelada me fazendo arrepiar, a outra se fixou no começo da minha coluna. Eu passei meus braços em volta do seu pescoço e fiquei na ponta dos pés.
- Acho melhor você tirar essa roupa molhada antes que pegue uma hipotermia – ele abraçou minha cintura e juntos subimos as escadas em direção ao meu quarto. Ele tirou minha blusa e fomos esbarrando em tudo até chegar no banheiro. Abri o Box e liguei o chuveiro na água quente, terminamos de tirar a roupa e logo estávamos nos amando enquanto a água caia sobre nós levando o cansaço do dia a dia embora pelo ralo. Assim que saímos eu coloquei uma calça moletom e uma blusa regata branca. Como o Harry não tinha roupas secas colocou a roupa molhada mesmo e eu o levei de carro até a sua casa, depois ele pegava a moto na minha casa. Voltei pra casa e terminei uns trabalhos da faculdade, fiz alguma coisa para comer e depois fui dormir.
Na sexta-feira depois da faculdade eu tive treino das cheerleaders e depois passei no centro da cidade para comprar algumas coisas. Estava chovendo, como sempre estava frio, e minhas botas já estavam encharcadas, sentia meu casaco pesado de tanta água, fui até meu carro e assim que entrei tive que ligar o desembaçador. Esperei esquentar um pouco e assim que ia sair meu celular tocou. Era a minha mãe:
- Luiza?
- Oi mãe – falei passando a mão pelo vidro do carro para poder enxergar melhor.
- Filha, é seu pai, ele ta internado – ela disse com voz de choro.
- Como assim? – quase deixei o celular cair.
- Não sei, você sabe que ele tem taquicardia e ontem ele passou mal – ela falou já chorando.
- Você quer que eu vá pra ai? – perguntei.
- Não sei, você não pode deixar tudo ai. Eu liguei mais pra avisar.
- Mãe por favor, se acontecer qualquer coisa, até mesmo quando o médico disser alguma coisa, me liga! Tá bom? – falei devagar.
- Tá.
- Promete?
- Prometo, vou desligar porque a Laura vai me levar no hospital.
- Tá bom, manda um beijo pra ela e pro pai.
Desde jovem meu pai tem taquicardia, é os batimentos desordenados do coração. Liguei o carro e fui para casa, quando cheguei na garagem estava apenas o carro da Dani então o Harry já tinha passado lá para pegar a moto. Fui direto pro meu quarto e pendurei a roupa molhada no Box, liguei o chuveiro na água mais quente que podia e me sentei no chão, deixando a água cair sobre as minhas costas.
Sai do banho e coloquei meu pijama, me deitei na cama no meio dos meus travesseiros e edredom, ainda eram 17h30min mas eu pretendia ficar ali até o sol do dia seguinte raiar. Estava lendo meu livro e a Dani chegou no meu quarto, usando moletom e pantufas, e se deitou na minha cama com o seu travesseiro.
- Oi – ela falou se cobrindo com meu edredom.
- Oi – sorri.
- Faz tempo que a gente não conversa néh? – ela perguntou .
- Faz mesmo, ultimamente estou sem tempo pra nada, to quase ficando louca – ri.
- Sai do programa de TV – ela falou mexendo na ponta da coberta.
- Você já tinha me falado que estava pensando em sair, mas não achei que era sério.
- Ah, a faculdade é corrida e eu não estava mais tendo tempo pra mim.
- Entendo, as vezes acho que vou pirar com o trabalho, faculdade e treinos. To começando a achar que não vou aguentar a barra e largar.
- Como assim largar? Você quer ir embora? – ela fez uma cara séria.
- Não boba – ri – sair da torcida – mexi no meu cabelo.
 - Ata – ela bateu a mão na testa.
Acabou que nós duas dormimos na minha cama. Acordei 01:00h da manhã e ainda estava ali e eu com muita preguiça acabei dormindo de novo. Acordei sábado e olhei pela janela do quarto, o céu estava claro, azul como nunca, mas ainda estava frio. A Dani também acordou e a Nadine ligou em casa nos convidando para almoçar na casa dela.  Coloquei uma calça jeans cinza clara, uma blusinha branca com um colete azul marinho por cima e tênis Nike branco. Prendi o cabelo em um rabo de cavalo alto, peguei meu Ray Ban wayfarer e fiquei esperando a Dani na sala, ela desceu com uma calça jeans escura, blusa preta decotada e uma jaqueta jeans por cima e sapatilhas amarelas. Fomos com o meu carro e eu estacionei atrás do carro do Liam em frente a casa da Dine.
Entramos e a turma toda estava lá, só faltava o Harry e o Niall que já estavam a caminho. Me sentei na poltrona no balcão da área de fora da casa dela, junto com a Jack, e a Dani se sentou em uma das cadeiras que tinha.
O Harry chegou e ele estava usando uma calça skinny preta, sneaker branco, camiseta verde escura e um boné da New York azul marinho de aba reta. Cheguei a perder um pouco do ar e só recuperei quando percebi que ele vinha até mim.
- Oi – ele ficou entre as minhas pernas, virou o boné para trás e me deu um selinho.
- Oi – respondi dando outro – combinamos a roupa? -  Perguntei em referindo as cores branca e azul.
- Pelo que parece sim – ele sorriu.
- Se ninguém for me ajudar com o almoço ninguém vai comer! – a Nadine gritou da cozinha e nós rimos.
- Acho melhor ir lá ajudar ela – a Jack desceu do balcão e foi para a cozinha, a Dani foi atrás.
- Acho melhor eu ir também – disse e o Harry segurou na minha cintura me ajudando a descer do balcão.
- Vai lá – ele me deu um cheiro no pescoço e eu arrepiei.
- To indo – me desfiz do abraço e fui para a cozinha. Fizemos tacos, no Brasil eu nunca tinha comido mas desde que cheguei em Londres não parava mais. Almoçamos e depois o Gabbe fez a enorme gentileza de ajudar a Dine na cozinha enquanto os outros meninos zoavam com ele.
- Oh você não pode falar nada – olhei pro Harry - nenhum de vocês pode. Homem que é homem não deixa a namorada fazer tudo sozinha, agora se vocês não vão ajudar pelo menos colaborem ficando com o bico fechado! – falei em pé na porta da sala.
- Ui, ela é brava – o Taylor disse e eu vacilei um pouco e ri.
- Perdeu a moral hein? – o Liam deu um cutucão no Harry.
- Já que o Gabbe não ta aqui eu vou falar isso por ele: Essa é das minhas! – o Niall gritou e todos nós rimos.
Depois fomos embora e mais tarde o Harry me chamou para jantar. Tomei um banho quente e demorado, escolhi um vestido Preto, de mangas longas básico e um sapato rosa com muito brilho. As 20:00h ele passou na minha casa, entrei no carro.

- Onde vamos jantar? -  perguntei me olhando no espelho retrovisor.
- Em um lugar que você não imagina – ele sorriu e voltou a presta atenção no transito.
Ele me levou até a praça central, a noite era um dos pontos mais bonitos de Londres. Lanternas eram colocadas entre as árvores e ajudavam os postes de metal a iluminar, mesas de jardim eram distribuídas por todo o calçadão, uma banda de cantores amadores tocava no centro da praça musicas clássicas e românticas e algumas pessoas dançavam, alguns restaurantes ficavam alinhados de frente para as mesas e tudo estava sempre lotado. Nos sentamos em uma mesa que tinha uma visão privilegiada de onde vinha a música, eu via as pessoas apontando para nós e batendo fotos, aquele era para ser um momento de paz, meu e dele. Comemos um pouco e depois ficamos só nos drinques, começou a tocar uma música que eu adoro e eu comecei a cantar.
- A música fica bem mais bonita quando você canta – ele sorriu charmosamente – ainda mais com o sotaque brasileiro – eu corei e mordi o lábio inferior demonstrando vergonha. Ele suspirou animado e se levantou.
- Onde você vai? – perguntei.
- Levar a minha namorada para dançar – ele estendeu a mão pra mim e eu a peguei, fomos até os outros casais e ele colocou a mão na minha cintura e eu coloquei meus braços em volta do seu pescoço e apoiei minha cabeça no seu ombro.
- Viu como você aprendeu a dançar música lenta? – ele falou e eu senti um arrepio pela proximidade da sua boca com a pele das minhas costas.
- É – falei baixinho.
De soslaio eu vi cinco meninas sentadas em uma mesa do outro lado da praça, em um restaurante italiano, olhando para o Harry e dando altas risadas depois de comentarem alguma coisa. Uns casais que estavam sentados também se levantaram para dançar mas sempre olhando o que nós estávamos fazendo. Um homem com uma câmera proficional chegou perto, provavelmente um repórter ou paparazzi, e bateu uma foto nossa, o fleche da câmera iluminou o ambiente meio escuro e fez meus olhos arderem. Como reflexo virei meu rosto e sem querer sai do ritmo da música e pisei no pé do Harry.
- Ei – o Harry falou para o cara que virou as costas e saiu andando. Eu ainda estava com as mãos nos olhos tentando recuperar a visão – Lu, você ta bem? – ele colou as mão nos meus ombros.
- To, só assustei – disse tirando as mão dos olhos e piscando algumas vezes para poder enxergar com clareza – desculpa pisar no seu pé.
- Não foi nada, você quer ir embora? – ele perguntou e eu fiz que sim com a cabeça.
As pessoas pararam para nos olhar e eu fiquei perdida no meio de tantos olhos em nós, queria fechar os olhos e desejar sair da li e ir direto para a casa dos meus pais, mas isso não adiantaria. Fomos para o carro e ele estacionou de frente para a garagem da minha casa.
- Desculpe pela noite fracassada – ele falou baixo e eu senti a tristeza nos seus olhos.
- Não tem que pedir desculpa. Da sua parte foi tudo perfeito, não tenho do que reclamar – passei a mão pelo seu rosto e sorri.
- Ta vendo como é? Lembra aquele dia em que nos vimos na festa em que eu te falei de como era não ter privacidade? – eu concordei – as vezes eu só queria desistir de tudo e ser só o Haroldo. Só mais um Harry que mora em Londres – ele apoiou a cabeça no volante .
- Ei, pense pelo lado positivo. Se você não fosse o Harry da One Dream, você não teria entrado no estúdio aquela tarde para conversar com o Liam sobre a banda e eu não teria te conhecido – passei a mão pelas costas dele – tudo tem seu motivo, tudo o que fazemos tem uma consequência e um destino – ele se levantou e suspirou vagarosamente olhando pela janela do carro.
- É, não posso negar que isso foi uma das melhores coisas que aconteceu na minha vida –  eu sorri de lado. Começou a chuviscar e em segundos a rua parecia mal assombrada de tão vazia.
- Vou entrar, já está tarde – fui da um selinho nele e ele me segurou por mais tempo transformando um selinho em um beijo quente, me inclinei mais no banco e coloquei minhas duas mão na sua cabeça e dava leves puxadas no cabelo dele, ele desceu sua mão até chegar na minha cintura e me puxava cada vez mais pra si. Eu tirei os sapatos e pulei o freio de mão e me sentei de frente no seu colo. A rua estava meio escura e deserta e o carro na entrada da garagem de casa então ninguém nos veria ali. Ele colocou as mãos sobre a minha coxa e eu desabotoei os três primeiros botões da sua camisa, ele subiu as mãos fazendo o meu vestido subir também, colocou meus cabelos para o lado e beijou meu pescoço. Eu puxei a alavanca que afastava o seu banco e nós ficamos com mais espaço. Meu vestido ficou amontoado na cintura e eu terminei desabotoar sua camisa, ele tirou o casaco que vestia eu fiz um coque rápido no cabelo,  abaixou um lado do meu vestido e beijou meu ombro, era incrível a sensação dos lábios dele sob a minha pele quente. Eu passei as minhas mãos pelo seu cabelo e a chuva batia contra a janela freneticamente. Começamos a nos amar ali, dentro do carro. O lugar era diferente mas a química era sempre a mesma, até melhor.
 A semana passou rápida. Era terça-feira e os meninos iriam embarcar para um show, eu estava com a Jack na faculdade, trabalhando em uma pasta para modelos de praia e recebi um SMS:

“Já embarquei. Vou passar o resto do dia e da noite trabalhando.
Beijos, se cuida... te amo!

                                                                     H.
Ps: Só vou estar livre de madrugada mas você já vai ta dormindo então eu te mando uma mensagem”

“Me cuidar?” pensei, “queria que você cuidasse de mim”. Desliguei o celular e voltei a prestar atenção no trabalho. Sai da faculdade e depois tive o treino onde comuniquei que estava saindo da torcida, teria que acertar algumas coisas pois eu tinha um compromisso com o grupo e estava desistindo dele, eu não considerava como “desistir”, estava apenas tentando me dedicar ao que vim fazer em Londres, mesmo tendo conquistado mais do que esperava aqui. Passei no escritório do Charlie.
                                                                               ~*~
Era sexta-feira e eu tinha acabado de sair da faculdade, a vida estava corrida e eu só via o Harry nos finais de semana, as vezes. Dificilmente nos encontrávamos no meio de semana. Eu estava com a agenda lotada, estava fazendo um editorial de fotos para uma revista. 
Saindo da faculdade passei em casa e coloquei um biquíni, peguei uma bolsa, saída de banho, protetor e óculos de sol. Fui com a Dani para a casa da Pe. Em Londres raramente fazia muito calor, sempre saia o sol mas o clima era menos quente que o do Brasil.
Almoçamos na casa dela e depois ficamos na piscina tomando sol. Enquanto a Pe e a Dani falavam sobre a faculdade, eu, a Jack e a Nadine estávamos conversando sobre as férias.
- Você vai para o Brasil? – a Nadine me perguntou.
- Provavelmente, eu quero passar um tempo com minha família – dei um gole no meu suco natural de laranja.
- O Gabbe me falou que provavelmente eles vão ter duas semanas de folga nessas férias – no Reino Unido as férias eram ao contrário do Brasil, as férias de Julho eram grandes e as de Dezembro pequenas – estava querendo ir para algum lugar com sol, sol e sol – ela colocou os óculos.
- O Niall nem tocou no assunto de férias – a Jack disse e fez cara de triste – se você for pro Brasil o Harry vai junto?
- Eu queria que sim .
Depois entramos um pouco na piscina e quando começou a escurecer fui para a casa. Não tinha ficado com “marquinha”, típico de brasileira, mas sentia minha pele ardendo.
A noite combinamos de sair os dez, em casal. Coloquei um shorts dourado de paetê e uma blusa preta aberta nas costas, prendi o cabelo em um rabo de cavalo alto e calcei um sapato de salto preto.
Combinamos de ir em uma boate, eu iria com a Dani de carro e o Liam ia com o Harry assim daria certo na hora de ir embora. Fui com a Dani e chegando lá já entramos pela área vip, lá dentro encontramos a Jack, a Nadine, a Pe, o Gabbe, o Niall e o Taylor. Como sempre o Harry era o último a chegar. A Pe estava sentada no colo do Taylor e eles cochichavam algumas coisas e riam. A Nadine, o Gabbe, a Jack e o Niall estavam sentados em uma mesa alta bebendo e eu e a Dani nos encostamos no corrimão do segundo andar para ver as pessoas do primeiro. Cansei de esperar e nós duas fomos até o bar , do primeiro andar, pegar bebidas, escolhi Vodka com energético e a Dani pediu o mesmo. Nos sentamos nos dois últimos bancos vazios ali e os rapazes não paravam de nos olhar.
- Lu, o cara de camisa verde não para de te olhar – a Dani disse pra mim, eu estava de costas para o cara e não estava afim de virar para ver quem era, era melhor ignorar assim ele ia perceber que eu não tava afim – até que ele não é feio – ela riu.
- Aposto que não tem só ele e que não estão olhando só pra mim – disse rindo.
- Sou comprometida, obrigada – ela fez cara de sabia e deu um gole na sua bebida.
- Eu também, e comigo não cola essa de trair – me virei de frente para o balcão e de soslaio confirmei que o cara não parava de me olhar – será que ele não sabe quem somos? Ou pelo menos quem são nossos namorados? – perguntei meio irritada.
- Acho que ele ta bêbado de mais pra reconhecer – ela também se sentou de frente.
- E o Harry que não chega – peguei meu celular e não tinha nenhuma mensagem nem ligação perdida .
- Falando nele – a Dani disse e eu me virei para olhar na mesma direção que ela, eles haviam acabado de entrar e estavam conversando com uns caras na porta – vamos lá – ela desceu do banco e pegou seu copo, eu fiz o mesmo.
A Dani saiu na minha frente e eu colei atrás dela, assim que ela passou o cara de camisa verde fechou a passagem em impedindo de passar.
- Com licença? – perguntei sem olhar pra ele.
- Calma, senta aqui – ele bateu a palma no assento do banco – vamos conversar .
- Eu tenho namorado – tentei forçar a passagem e olhei pra Dani com sinal de “tá esperando o que pra chamar o Harry?”, ela saiu atrás dele.
- Mas ele não ta aqui – ele falou com um sorriso malicioso e eu gelei.
- Já deve estar chegando, agora me da licença.
- Nossa, você é insistente hein? .
- Eu? Por favor néh?! Agora da licença – ele passou a mão no meu rosto – já perdi a paciência. Sai da frente! – gritei e ele ergueu as mãos pra cima da cabeça, tentei sair dali e assim que passei por ele, ele me deu um beijo de leve na bochecha. De relance só vi um empurrão e eu me encostei no pilar para tentar não ficar no meio da briga.
O Harry havia pegado o cara pela gola da camisa e encostou ele no balcão perto do canto escuro, era praticamente impossível reconhecer ele e isso era bom, se alguém visse a briga poderia causar um transtorno enorme na sua carreira. Fui até eles mas mantive uma distancia segura, já que o Harry não estava batendo nele não teria o porque de tentar impedir que ele fizesse seu papel de namorado.
- Presta atenção – o Harry disse apertando mais a sua mão em volta do pescoço do cara – rela mais um dedo nela que você vai saber do que sou capaz. Ela falou que não queria, então não insisti! – o cara da camiseta verde não se movia, acho que já estava meio tonto pela bebida e ficou pior com o empurrão – você ta entendendo? – ele perguntou e o cara não respondeu – você ta entendendo? – dessa vez o cara olhou para ele com uma cara de interrogação, o Harry levantou a mão e fechou o punho, quando ia acertar nele eu segurei seu braço.
- Harry não, alguém pode ver – eu disse, ele abaixou a mão e empurrou o cara com tudo na parede. Ele pegou na minha mão e me tirou de lá me levando para a área vip novamente, nós nos sentamos em um dos bancos, mais parecia um sofá, e ele passou o braço por cima do meu pescoço.
- Será que não posso deixar você um minuto sozinha? – perguntou sério.
- Isso foi uma piada irônica ou uma advertência de problema?
- Acho que uma piada irônica .
- Af, aquele cara é um mala – cruzei os braços.
- Você é durona hein – ele falou ainda meio sério.
- Ã? – perguntei.
- Já perdi a paciência. Sai da frente!- ele meio que imitou minha voz e eu gargalhei
Ficamos conversando e dançando e quando deu 02:00h da madrugada fomos embora, eu dormiria na casa do Harry então fui com a Dani até o carro dela e peguei minha bolsa com as minhas coisas, depois fui em borá com o Harry.

(Pe narrando) :

Estava de madrugada e só a Lu e o Harry já tinham ido embora, eu e o Taylor estávamos sentados em um sofá preto de camurça no canto do boate, um canto escuro. Todas as luzes se concentravam na pista e ali onde estávamos era iluminado somente pela luz do sinalizador indicando a saída de emergência que estava ao nosso lado.
- Então para onde você quer ir nas férias? – ele perguntou passando a mão pela minha perna.
- Não sei, quero um lugar fora da cidade, campo – me sentei no seu colo .
- Campo? Meus tios que moram em New York tem uma fazenda perto de Washington, acho que não se importariam se passássemos uma semana por lá – ele me deu um beijo na bochecha, outro meia lua e depois um selinho. O beijo rápido virou um beijo quente e cheio desejo, estávamos completando quase um ano de namoro e eu nunca tinha feito amor com ele. Acho que ele percebia minha insegurança e não forçava.
- Taylor, tenho que te conta uma coisa – falei interrompendo o beijo e me levantando, abaixei minha saia e coloquei o cabelo atrás da orelha.
- Fala? Ta me deixando preocupado – ele também se levantou.
- Vamos fazer um ano de namoro daqui uns meses e nunca rolou... – eu falei que uma forma que ele entendeu do que eu estava falando.
- Olha Pe, não tem problema. Eu não to com você por isso – ele colocou as mãos nos meus braços.
- Eu sei, mas é que... eu não to sendo sincera com você – falei e me apoiei em um pé só, depois voltei com os dois – eu não sou... virgem – falei e olhei pro lado.
- Hm, tudo bem – ele colocou as mãos no bolso da frente da calça e suspirou – não tem importância...
- É que foi um erro, eu nunca devia ter feito aquilo – abaixei a cabeça e uma lágrima saiu pelo meu rosto.
- Petra! Olha pra mim – ele ergueu meu queixo – esquece isso – ele me chamou de Petra, raramente me chamam assim. Ele encostou seus lábios nos meus e dessa vez eu não tive medo nem receio de me entregar a ele. Ele segurou firme minha cintura e por um momento tive a impressão de sair do chão, me encostou perto da porta de saída onde era mais escuro ainda pois a luz no sinalizador não iluminava ali, coloquei minha perna na sua cintura e ele colocou uma mão em baixo da minha blusa nas costas e a outra na minha nuca. Eu entrelacei meus braços em seu pescoço e ele ergueu sua mão enroscando seus dedos no meu cabelo e puxando levemente, me prendeu mais na parede de uma forma que eu fiquei presa entre os dois e poderia tirar os pés do chão que não cairia. Ele afastou meu cabelo do pescoço e o beijou me fazendo arrepiar.
- Acho melhor sairmos daqui – falei ofegante.
- É – ele se afastou um pouco e nós voltamos para o meio do povo, nos despedimos do pessoal e fomos para a casa dele, liguei para minha mãe e disse que dormiria na casa da Jack e pedi pra ela confirmar qualquer coisa. Eu odiava ter que mentir pra minha mãe mas se eu não fizesse isso ela me prenderia para sempre. Acho que por ela, ela me trancava no eu quarto e não me deixava sair de lá depois dos 30 anos. Para aceitar meu namoro foi horrível e até hoje ela não aceita muito bem, mas eu deixei claro que é ele quem eu amo e que assim como ela já amou uma vez eu também tenho o direito. Meu pai morreu quando eu tinha 9 anos e me lembro até hoje das noites que eu passava em claro escutando ela chorar no quarto. Tento entender o lado dela e por mais que eu tentasse não consiguia aceitar o jeito como ela me fechava do mundo.
Fui de carro com o Taylor até a casa dele, onde ele morava sozinho, e assim que ele abriu a porta da sala já grudou nossos corpos e logo em seguida os lábios.