Fanfic: One More Day | Tema: One Direction

(Luiza narrando) :

O Harry pegou a avenida que ia para a sua casa, ou como eu prefiro dizer “castelo” de tão grande que é. Estacionou e eu peguei minha bolsa e o esperei na porta, ele abriu e entramos, ainda não tinha me acostumado com aquele casão,a escada era a coisa mais bonita dentro da casa, ela era em espiral e toda de vidro. Subimos até o quarto e eu coloquei minha bolsa sobre o banco que tinha no pé da cama, ele me abraçou por trás e me deu um beijo no pescoço. Eu me virei de frente para ele e soltei o rabo de cavalo e bati a mão no cabelo para tirar a marca, o Harry colocou uma mecha atrás da minha orelha. Eu mordi o lábio levemente e encarei ele, depois abaixei a cabeça.

{Música: http://www.youtube.com/watch?v=bFsN4qQiFP0 }

- Que foi linda? – ele perguntou levantando meu rosto com o dedo indicador.
- Como seria se um dia eu tivesse que voltar para o Brasil? – perguntei e ele ficou um instante e silêncio.
- Você quer voltar? –  perguntou com a expressão vazia.
- Não, quer dizer não sei. Minha mãe me ligou para falar que meu pai estava internado, teve uma taquicardia e eu senti tanto por não estar ao lado dele, as vezes eu quero voltar e recuperar a Luiza que não tinha responsabilidades mas só de pensar que se eu voltasse nunca mais teria você me faz desistir de toda essa ideia, e as vezes até me xingar por pensar nisso – coloquei minha mão na sua nuca e brinquei com seu cabelo, cheguei mais perto encostando meu nariz na sua boca e eu pude sentir perfeitamente seu hálito de hortelã e menta.
- Respondendo a sua pergunta, como seria se você voltasse para o Brasil – ele fez uma pausa – eu nunca deixaria você partir e se partisse eu iria junto – ele beijou minha testa e eu apertei os olhos para impedir que as lágrimas caíssem, não queria estragar o momento perfeito entre nós, se bem que qualquer momento com ele era perfeito.
Eu me sentia completa agora, como se eu tivesse passado minha vida toda buscando algo para me completar, algo que não é físico, para me fazer enxergar o sentido da vida e poder seguir em frente sem medo de errar porque se eu caísse me salvaria. Acabei encontrando isso em Londres, a outra metade de mim, minha alma.
Naquela noite nós dormimos juntos mas sem segundas intenções, só eu e ele, abraçados, unidos, para sempre.

                                                                       ~*~

Sábado estava em casa e tocaram a campainha, fui atender e pelo olho mágico vi que eram a Jose e o Charlie.
- Oi – disse.
- Oi Lu – a Jose em deu um abraço e um beijo e o Charlie me abraçou.
- Ao que devo a honra? – dei espaço para eles entrarem.
- Sente-se primeiro – a Jose disse sorrindo e eu me sentei no sofá – adivinha? – ela estampou um sorriso grande no rosto.
- O que?
- Eu estou grávida! – ela disse e gritou, eu abri a boca em um O que depois virou um sorriso, levantei do sofá e dei um abraço apertado nela.
- Meu Deus, que ótimo – eu continuei no abraço – não acredito!
- Nem eu.
Eu convidei eles para jantar comigo mas disseram que tinha que ir visitar a mãe dela ainda para contar a noticia, disseram que quiseram em contar primeiro porque me consideram uma segunda filha. Assim que eles saíram eu tomei um banho e me deitei na cama e dormi.
Domingo os garotos foram para Bristol para gravar um programa ao vivo e eu fiquei em casa com a Dani assistindo ao programa.
Segunda feira fui na faculdade de manhã e a tarde passei no estúdio para remarcar minhas aulas de dança. Fiz o mesmo horário de antes, quarta-feira das 13:00h as 15:00h.
Quarta-feira enquanto ainda estava dentro do estúdio vi uma movimentação do lado de fora, meninas gritando e alguns fleches, a maioria das garotas que estavam comigo na aula pararam e foram olhar pela janela. Logo a porta se abriu e pudemos escutar o barulho lá de fora, o Harry entrou e logo atrás o Logan. Ele tirou o Ray-Ban e deu um sorriso pra mim, eu falei oi com a mão e depois a Marrie chamou a atenção das meninas para voltarmos para a aula. As 14h45min ela nos liberou e eu me troquei, tirei a roupa de malha e fui até o Harry.
- Nossa, que movimentação? – ri e dei um selinho nele.
- Ah sabe como é néh? –ele riu.
- Oi Logan –ajeitei a bolsa no ombro.
- Oi Luiza – ele abaixou os óculos para me cumprimentar e depois empurrou eles pra cima do nariz novamente.
- Da aqui – o Harry pegou minha bolsa.
- Não precisa – eu tentei pegar de volta.
- Não – ele empurrou minha mão – vamos?
- Eu vim de carro – falei pra ele.
- Ok, Logan leve o carro – ele entregou as chaves do meu carro para ele.
- Ei! – contrariei o Harry – Logan não precisa se incomodar – disse tentando pegar a chave da mão do Harry e o Logan riu.
- Você vem comigo – ele disse me olhando – Logan se você puder fazer o enorme favor de levar o carro dela até a minha casa? – ele olhou pro Logan.
- Claro – ele pegou as chaves.
- É um Cobalt Chevrolet prata – ele entregou a chave pro Logan.
- Tudo bem – ele disse e nos esperou para sair.
- O que você ta aprontando? - cruzei os braços.
- Nada, sou inocente. Eu juro – ele ergueu as mãos e depois entrelaçou seus dedos nos meus e nós saímos, lá fora o Logan precisou da ajuda de mais um cara, provavelmente outro segurança dos garotos, para afastar as pessoas e nós podermos passar. Mais a frente onde já não estávamos mais aos olhos das pessoas o Logan pegou meu carro e eu fui com o Harry para a casa dele, antes ficou rodando a cidade até escurecer.
Passamos na minha casa e ele fez eu arrumar uma bolsa com pijama e produtos de higiene pessoal. Fomos para a sua casa e já estava de noite, o céu estava esquisito provavelmente estava chegando o frio. Do portão vi que todas as luzes estavam apagadas e uma luz muito fraca aparecia pela janela. Ele desceu e pediu pra mim esperar, logo voltou e me ajudou a chegar na casa.

{Música: http://www.youtube.com/watch?v=3XSS2l2LogA }

- Abre a porta – ele sorriu e eu girei a maçaneta abrindo a porta e vendo o corredor da sala escuro e logo em seguida a sala e as escadas iluminadas com velas de tamanhos diferentes. A mesa de centro tinha virado uma mesa de jantar, foi coberta por um cetim branco e dezenas de almofadas foram colocadas em volta para nos sentarmos, tinha uns pratos cobertos em cima e a escada estava coberta por pétalas.
- Nosso aniversário de namoro – disse e me virei para o Harry.
- Acho que tava na hora que fazer alguma coisa romântica – ele sorriu e colocou as mãos nos bolsos da calça – eu pedi pros seguranças não deixarem ninguém chegar perto da casa, essa noite somos eu e você – ele disse e eu sorri, depois me virei para olhar a sala
Ele tirou os sapatos e apontou pro meus, eu também os tirei e depois nos sentamos na “mesa”.
- Fiz um dos nossos pratos preferidos – ele sorriu e eu fiquei pensando no que ele considerava favorito. Ele retirou o suporte que cobria o prato e eu encontrei um hambúrguer e batatas fritas com molho. Ah sim, nossa comida preferida! Dois copos gigantes de coca-cola estavam na nossa frente.
- Adorei – sorri de orelha à orelha – só acho que você ta tentando me deixar gorda e cheia de celulite – ri – mas acho que só uma vez não tem problema, néh? – perguntei e peguei uma batata.
- Acho que não – ele sorriu.
Começamos a comer e assim que chegou no meio do meu lanche não aguentei mais, era muito.
- Acho que vou explodir – disse limpando a boca com o guardanapo.
- Pra mim também já deu – ele deu um gole na coca-cola e depois limpou a boca.
- Ta começando a esfriar – disse e engatinhei para o lado dele. Ele passou o braço em volta do meu pescoço e nos encostamos nas almofadas. Eu encolhi meus joelhos junto ao peito e encostei mais a minha cabeça contra o Harry. Ele começou a fazer carinho nos meus cabelos e eu fechei os olhos para poder sentir melhor a sensação. O silencio foi interrompido por gotas de chuva batendo contra o vidro e o cheiro de terra molhada, do jardim, entrou por uma fresta da janela aberta.
- I wanna be last yeah
Baby let me be your, let me be your last first Kiss
I wanna be first yeah
Wanna be the first to take it all the way like this
And if you only knew I wanna be last yeah
Baby let me be your last, your last first kiss

(Eu quero ser o último
Baby, deixe-me ser, deixe-me ser seu último Primeiro Beijo
Eu quero ser o primeiro
Ser o primeiro para te ter de todas as maneiras
E se apenas você souber, eu vou ser o último yeah
Baby, deixe-me ser seu último, seu último Primeiro Beijo) – cantarolou o Harry baixinho – Você pode faltar da faculdade amanha?
- Não sei, só um minuto – me sentei e peguei meu celular, liguei pra Jack:
- Alô? – ela disse.
- Jack? Amanhã tem alguma coisa de importante na faculdade?
- Não, acho que não. Porque? Vai faltar?
- Aconteceu um imprevisto, depois te explico. Beijos.
- Imprevisto?- ele sorriu.
Encarei por um tempo seus olhos e depois a sua boca, quando dei por mim já estávamos nos beijando. Eu coloquei minhas mãos na sua nuca. Ele segurou firme nos meus braços e eu me sentei no seu colo de frente pra ele, tirei minha blusa e ajudei ele a retirar a sua.
- Tem certeza que ninguém vai aparecer aqui? – perguntei.
- Tenho – ele respondeu e me beijou de volta.
Nos afastamos da mesa e nos deitamos sobre as almofadas, fiz um coque rápido no cabelo mas logo ele se desfez quando o Harry me virou com brutalidade ficando sobre mim, adorei.
                        
                                                                   ~*~

Quinta-feira acordei deitada de bruços sobre as almofadas e coberta por um lençol branco, minha bolsa estava sobre o sofá e o Harry tinha sumido. Enrolei o lençol no corpo e peguei minha bolsa, subi para o quarto dele e me troquei, escovei os dentes e arrumei o cabelo. Assim que desci e ele estava arrumando as almofadas da sala.
- Onde você estava? – perguntei ajudando ele.
- Conversando com o Spencer...
- Hm – terminamos de arrumar e tomamos o café da manhã – tenho que ir, mais tarde tenho umas coisas pra fazer.
- Sério? Fica aqui comigo – ele me abraçou e beijou meu pescoço, eu quase me rendi e fiquei com ele mas eu tinha compromissos e não podia ignora-los .
- Para, sério. Desse jeito eu vou querer ficar aqui – fiquei mole e ele me segurou mais forte
- É essa a intenção – ele disse irônico.
- Temos toda a eternidade Harry – disse passando as mãos pelas costas dele.
Ele ficou um minuto em silencio e depois me beijou, um beijo inesquecível e doce. Tão perfeito quanto o primeiro, lembrando disso os pensamentos da primeira vez em que nos beijamos invadiram minha cabeça e senti um arrepio.
- Harry tenho que ir amor – disse terminando o beijo com um selinho.
- Tá – ele me abraçou de novo e beijou minha testa.
Ele em acompanhou até a porta e eu tirei meu carro da garagem, onde o Logan tinha deixado na noite passada, e fui embora.
A tarde passei na casa do Charlie para ver a Jose e nós duas resolvemos ir no shopping comprar umas coisinhas para o bebê.
- Bem, não sabemos o sexo então podemos comprar roupinhas brancas – ela disse para a vendedora da loja de roupinhas para recém-nascidos. A moça concordou e foi procurar umas roupinhas para mostrar, a loja ficava de frente para a praça de alimentação e de longe vi o Austin passando.
- Jose, espera só um minutinho? Já volto – disse e sai antes de ouvir a resposta. Sai andando rápido pelo shopping, que estava lotado, isso dificultou a minha chegada, percebi que ele estava saindo do shopping e indo para o estacionamento. Comecei a andar mais rápido e consegui alcançar ele antes de descer a escadaria.
- Quase que não alcanço – segurei em seu braço e me abanei com a outra mão – sumido!
- Eu não estou sumido – ele sorriu de lado.
- Não te vejo desde o dia do jogo – fiquei tensa com a expressão dele.
- É, fiquei sabendo que você saiu da torcida.
- Como?
- Eu sei das coisas Lu... – ele ficou tenso – sei que você quer se afastar de mim.
- Eu não quero – fiquei surpresa.
- Quer sim, você saiu da torcida por isso! Eu te ajudei a entrar lá. Você quer se livrar de tudo que me lembra porque tem medo de gostar de mim tanto quanto gosta do Harry!
- Por favor fala baixo, as pessoas estão olhando – abaixei o rosto.
- Você sabe que é verdade. Você quer se afastar de mim porque eu mecho com você, mas você tem medo.
- Não tenho medo, tenho namorado – falei o encarando ainda assustada.
- Namorado? Você o ama? – ele perguntou me encarando também. Que pergunta mais ridícula! Era claro, óbvio que eu amava o Harry, só ele tinha o poder de me deixar vulnerável em suas mãos. Quando eu estava com ele, quando sentia seus lábios, sua pele, seu cheiro, tudo nele era uma droga, a única em que eu queria me viciar.
- O que? Amo, lógico que amo – falei irritada pela pergunta.
- Então porque veio me procurar?
- Não vim te procurar, vim conversar. Você era meu melhor amigo caramba! Do nada sumiu e quando eu ainda tento conversar você é grosso – franzi o cenho.
- O Harry era seu melhor amigo, hoje é seu namorado – ele falou calmo.
- O que você quer dizer?
- De grandes amizades nascem os melhores amores. Luiza, eu gosto de você. Não tente me afastar – ele segurou em meus braços.
- Se você esta querendo que eu termine com o Harry ta ficando louco, eu o amo. E não estou tentando te bloquear e afastar, você já faz isso por si próprio! -  me soltei e sai pisando fundo, entrei no shopping e voltei na loja onde tinha deixado a Jose, ela não estava mais lá. Voltei a procurar ela por cima dos ombros das pessoas a minha frente. Querendo ou não eu tinha que confessar que gostava um pouco do Austin, ele era legal e divertido, porém nesse momento ele estava demonstrando o contrário. Estava sendo um idiota iludido. Achei a Jose sentada em uma mesa tomando suco e vendo as roupinhas que tinha comprado, fui até lá e me sentei de frente.
- Desculpa Jose, tinha que resolver algumas coisas. Espero que não tenha perdido o dia?! – fiz cara de pidona.
- Não – ela sorriu – vamos em muitas lojas ainda!
Fomos embora de tarde e eu passei na casa da Jack para pegar a matéria da faculdade, depois fui para a casa, tomei um banho e copiei a matéria, acabei dormindo em cima dos cadernos. Acordei na sexta-feira com a mandíbula doendo, tinha dormido de boca aberta por causa dos cadernos a abaixo de mim. Arrumei a bolsa e tomei um banho para disfarçar a noite mal dormida. Me troquei e bebi um copo de leite achocolatado, depois fui para a faculdade.
- Obrigada – disse entregando o caderno pra Jack.
- De nada flor – ela sorriu.
- Hoje a noite os meninos vão fazer show, a gente podia dormir na casa da outra néh?
- Verdade, lá em casa?
- Se você e a Dani não se incomodarem.
- Acha, chama a Nadine e a Pe. Vão lá pelas 19:00h para comermos pizza – sorri. Sabia que não podia comer pizza, estava comendo muitas besteiras e querendo ou não eu dependia do meu corpo para sobreviver, eu era modelo. Mas era tão injusto ver as meninas comendo e eu ter que regular, afinal do que adiantava tanto dinheiro e fama se nem comer o que eu queria podia?
Depois da faculdade fiz uns trabalhos e a noite as meninas chegaram em casa. Ligamos e pedimos duas pizzas, arrumamos o meu quarto para todas dormirem lá e ficamos na sala esperando a pizza. Tocou a campainha e  Dani foi atender, logo ela voltou com duas caixas quadradas que cheiravam muito bem.
 Comi um pedaço só, refleti sobre meus pensamentos de hoje de manhã e cheguei a conclusão que eu não tinha que abrir mão de comer as coisas que gosto, era só comer de tudo um pouco. Então eu poderia comer de tudo só que moderadamente.
Dormimos todas no chão do meu quarto e eu acordei com meu celular tocando:
- Alô? – perguntei.
- Lu? Ainda ta dormindo? – era o Harry.
- Não, porque?
- Ta com voz de sono...
- Só tava deitada, pode falar
- Hoje nós vamos jogar beisebol, pode ser? – ele falou.
- Nós quem? – perguntei me sentando na cama.
- Eu e os garotos, eles iam ligar pras meninas mas eu me adiantei.
- Elas estão aqui, se quiser eu posso perguntar.
- Ta .
- Meninas, os garotos vão jogar beisebol hoje, vamos? – ela fizeram que sim com a cabeça ainda deitadas – elas vão – falei pro Harry.
- Tá, passo ai pra te pegar as 14:00h. Beijos.


O clima estava meio frio e lá fora o céu estava nublado, provavelmente iria chover. As meninas acordaram e nós fizemos um almoço rápido, depois elas foram embora se arrumar porque os garotos passariam lá para pegá-las.
Quando deu 13h10min eu comecei a me trocar. Coloquei um regata branca e por cima uma jaqueta de couro vermelha, shorts jeans e meu All Star de cano longo. O Harry chegou em casa quase ao mesmo tempo que o Liam, a Dani saiu e eu deixei o Blue dentro de casa, se chovesse não teria onde ele ficar. O Harry estava usando uma camiseta preta de mangas longas, um calça Levis azul marinho e Sneakers cinza claro com branco, na cabeça usava um boné de aba reta verde e vermelho com o símbolo da Dodgers.
- Então beisebol? – ele falou assim que me deu um selinho.
- Passatempo dos americanos néh? – perguntei.
- No caso, britânicos – ele esboçou um sorriso largo.
- Engraçadinho.
Seguimos pela estrada que saia de Londres, a mesma estrada que seguia para o nosso esconderijo secreto, o campo florido. Logo a frente vi o carro do Liam e quase colado ao dele o do Taylor. Atrás de nós vinha o Logan e os outros seguranças se intercalavam no meio dos outros carros. O estádio ficava um pouco afastado da cidade, passamos pela entrada do campo em que eu e o Harry nos encontrávamos e fiquei feliz por ver que nenhum carro estava parado ali, sinal de que aquele lugar era só meu e dele. Mas a frente o Harry espremeu o carro em uma vaga do estacionamento acinzentado do estádio. Havia muitos outros carros, os seguranças, o carro do Spencer, o dos jornalistas e fotógrafos e dos outros meninos da banda.
Hoje não era dia de jogo então as arquibancadas estavam vazias, tínhamos ido ali só por diversão e de alguma forma a imprensa ficou sabendo e apareceu por lá.
Os meninos foram para o campo e eu e as garotas nos sentamos nas arquibancadas com uns jornalistas que não paravam de nos fazer perguntas. E do nada surgiu uma pergunta que deixou o clima tenso.
- Muitos boatos são inventados e nós sabemos que no mundo das celebridades sempre tem um marketing, de acordo com o que algumas fãs falam você só estaria namorando o Harry para poder subir na carreira de modelo, já outras fãs apoiam o namoro e te defendem. O que acha sobre isso? – um repórter falou e todos olharam pra mim, um fleche de uma câmera me assustou e eu pisquei forte.
- Eu não namoro o Harry por interesse, eu não ligo para o dinheiro nem para a fama dele. Se eu estou com ele é porque um sentimento muito forte nos une e algumas pessoas não conhecem isso então têm que inventar essas coisas – falei e depois torci para não ter sido grossa de mais. As meninas me olharam e sorriram e o Spencer fez um sinal de “joia” com o polegar pra mim e eu sorri tímida.
Mais tarde eu e as garotas descemos no campo mas ficamos assistindo eles de fora.
- Jack... meninas, vem jogar! – o Niall gritou e o Harry olhou pra mim.:
- Vem Lu! - gritou.
- Eu não sei jogar – fiz que não com a cabeça.
- A vamos lá Lu, não é difícil – a Pe se levantou.
- No Brasil esse não é um esporte comum, não faço ideia nem de como se segura o taco – falei ainda sentada.
- Bastão – a Nadine me corrigiu e eu fiz um sinal com a cabeça que expressava “Então, não sei nem o nome e vocês querem que eu jogue?” – vamos lá Luiza – ela me puxou – vem
Tirei minha jaqueta de couro e as meninas também tiraram suas blusas de frio e lenços.
Fomos divididas e cada uma ficou com seu namorado. Estava na vez do Harry rebater então ele seria substituído por mim. No Brasil, quando criança, eu joguei duas ou três vezes beisebol com meu pai. O sonho dele era morar em Los Angeles então era fascinado por coisas internacionais, eu estava rezando para me lembrar das regras.
Me entregaram um capacete e eu prendi o cabelo em um rabo de cavalo baixo, coloquei o bastão sobre o ombro querendo transmitir mais segurança do que eu tinha.
- Não tenho muita ideia de como se joga, faz anos que eu não pratico – disse para o Harry.
- Tudo bem, eu te ajudo – ele colocou as mãos nos meus quadris – esse é o mais importante – ele falou baixinho no meu ouvido – o segredo são os quadris, tá? – ele perguntou num sussurro e eu assenti com a cabeça – agora segura aqui – ele colocou uma mão minha no começo do bastão– a outra tem que ficar um pouco afastada para dar força – ele ergueu a outra e colocou mais ou menos a uns cinco dedos de distancia da outra.
- Pode lançar? – o Liam perguntou pela Dani.
- Lembre-se dos quadris Lu, sempre os quadris. Flexione um pouco os joelhos! – o Harry disse e fez um sinal para a Dani lançar. Ela assumiu o ponto do arremessador e esticou a bola, logo depois a lançou.
Esperei a bola chegar mais perto, perdendo a altura , fechei os olhos e bati com toda a minha força o bastão na bola.
- Corra! – o Harry gritou e eu abri os olhos. A bola passou pela mão da Dani e depois seguiu pelas bases, quando chegou na segunda caiu na grama fora do campo e eu joguei o bastão no chão e sai correndo. Passei pela primeira base , segunda e a jogadora da esquerda, Nadine, estava pronta para arremessar a bola para a próxima, Jack, e me tirar do jogo. Prendi a respiração e corri mais rápido. Quando dei por mim pisei na última base e apoiei meus braços no joelhos respirando fundo.
- Strike out – o Harry gritou e os meninos bateram palmas.
- Falei que essas era das minhas! – o Gabbe gritou e soltou um assobio.
Me levantei ereta e o Niall fez um toque de mão comigo me parabenizando.
- Caramba – ele sorriu.
- Essa é a minha garota – o Harry me girou no ar assim que eu terminei de soltar o cabelo. Uma garoa fina começou a cair do céu e em alguns segundos se transformou em gotas grandes – ta até chovendo, só porque você ganhou – ele sorriu.
- Eu sou de mais – disse e ele tirou seu boné e colocou em mim, depois me abraçou pela cintura e me beijou. Beijo na chuva. Típico de filmes de Hollywood.
- Vamos sair daqui antes que molhe a sua blusa e ela fiquei transparente – ele me abraçou para tampar a parte já molhada.
-  Pensei que você gostasse – disse maliciosamente.
- Eu gosto, mas só eu posso gostar – ele me deu a mão e saímos do campo correndo.