Fanfic: One More Day | Tema: One Direction
Subimos a arquibancada e a chuva engrossou, assim que chegamos na parte coberta um trovão ecoou e um relâmpago cortou o céu.
- Nossa – me assustei e o Harry riu.
- Vamos embora – ele balançou os cabelo molhados e me pegou pela mão. Saímos correndo no meio de todo mundo, eu comecei a rir e logo ele também riu. Nos espremíamos no meio da multidão de repórteres e eles sorriam nos vendo correr, acho que pensavam que éramos crianças em corpo de adolescentes, o seu boné quase caiu da minha cabeça e eu o segurei firme para que ele não voasse. Chegamos no portão central por onde tínhamos entrado, o mesmo que iríamos sair, ele parou de correr mas sua respiração continuava acelerada.
- Tá pronta? – ele sorriu.
- To – eu estampei um sorriso travesso.
Contamos até três e logo em seguida saímos em disparada para o estacionamento, descemos um pequeno morro de grama e o Harry escorregou descendo ele sentado e caindo em uma poça d’água. Comecei a rir e ele se levantou correndo vindo atrás de mim, continuei correndo pela grama até chegar na parte acimentada do estacionamento, ele vinha correndo logo atrás de mim e eu não tinha para onde ir. Poderia me trancar dentro de seu carro mas as chaves estavam com ele, mesmo assim corri em direção ao carro e me encostei na porta do passageiro e tentei abrir por reflexo, obviamente ela estava trancada.
- Eu sei que você quer isso – ele balançou as chaves do carro.
- Eu quero sair da chuva – sorri e tirei minha jaqueta de couro colocando ela em cima do capô do carro. Minha regata branca já tinha grudado na pele e meu sutiã estava aparecendo discretamente, o seu boné escorreu tela minha cabeça tampando meus olhos e eu o ergui tirando a água dos olhos.
Ele chegou mais perto e me encostou no carro, sua camiseta preta também já estava colada ao corpo marcando a sua silhueta e os braços fortes, os cachos estavam molhados e caindo sobre os olhos que com o templo nublado ganhava um verde mais escuro.
- Acho que não adianta mais, já se molhou mesmo – ele falou baixinho e me sentou em cima do carro e ficou entre minhas pernas. Eu já estava pirando, morrendo de vontade de agarrar ele ali, discretamente mordi o lábio inferior, ele percebeu e deu um sorrisinho – mas vamos sair da chuva, se não ficamos doentes – ele deu um tapinha no carro e saiu do meio das minhas pernas.
Fiquei indignada com aquilo, mas para não fazer papel de trouxa peguei minha jaqueta e entrei no carro.
Ele ligou o aquecedor e o rádio, voltamos para Londres e ele estacionou em frente ao meu portão. Desligou o motor do carro e depois se virou pra mim com uma cara de “quer mesmo entrar?” eu sorri e cheguei mais perto dele, quando estava quase tocando nossos lábios recuei e tirei seu boné.
- Até mais – coloquei o boné nele tampando seus olhos e destravei as portas, assim que abri a minha ele me segurou pelo braço e jogou o boné no banco de trás. Me puxou e colou nossos lábios num beijo longo e doce – tenho que entrar – dei um selinho nele e peguei minhas chaves e abri a porta, sai correndo na chuva, destranquei o portão e a porta da casa. Assim que entrei o Blue veio brincando.
Sábado de manhã fiz umas fotos para aquela marca de sapatos na qual eu já tinha feito uma edição no começo da carreira. A noite a One Dream tinha um compromisso, os meninos iam concorrer a banda revelação do ano e nós, namoradas, fomos junto.
Seria um evento importante então a minha cabeleira, que arrumava meu cabelo e maquiagem para os eventos relacionados a agencia na qual eu era contratada,alisou meu cabelo e deixou uns poucos cachos nas pontas. O Charlie não iria porque tinha que levar a Jose para comprar as coisas do quarto do bebe, era o único horárioi livre para isso pois a tarde trabalhava. Escolhi um vestido branco de babado, com brilho e um laço preto. Um sapato preto, de camurça e meia-pata.
Assim que dei a última borrifada do meu perfume escutei meu celular tocando, era uma mensagem do Harry falando que estava me esperando.
- Dani? – gritei.
- Oi?
- Abre a porta pro Harry fazendo favor?
- Ta bom, pera ae – ela gritou de volta e eu escutei seu salto batendo no assoalho da escada – ele ta te esperando – ela entrou no meu quarto – como que eu estou? – ela perguntou e deu um voltinha. Usava um vestido rosinha e preto com renda e um salto prateado.
- Maravilhosa - falei e coloquei meu perfume na penteadeira – e ai? – perguntei sobre o meu visual
- Uma deusa – ela falou e nós rimos – o Liam chegou – ela falou olhando a mensagem do celular – até lá – ela mandou beijinhos no ar e saiu correndo.
Peguei minha bolsa de mão e coloquei o celular, dinheiro, maquiagem... dentro e passei um gloss. Estava na hora, ajeitei a barra do vestido e apaguei a luz do meu quarto, do topo da escada vi a luz da sala acesa e vi os pés do Harry parados sobre o último degrau. Desci mais um degrau e pude ver ele direito, ele usava um terno preto e os cachos estavam com mais vida. O terno estava abotoado só um botão e eu tinha certeza que a estilista da banda é quem tinha escolhido a roupa deles, assim como tinha certeza de que os cinco estariam combinando. Desci as escadas e ele se virou assim que escutou meus passos.
- Oi – ele falou rápido e esfregou as mãos na calça.
- Oi – disse envergonhada e olhei pra baixo corando.
- Você ta linda – ele me estendeu a mão e eu peguei, assim que pisei do último degrau fiquei do seu tamanho e ele ia me dar um selinho mas eu virei o rosto e ele deu na bochecha.
- Meu batom – sorri.
- Mulheres – ele suspirou e nós fomos para a premiação.
Estava lotado, fotógrafos cercavam o tapete vermelho por onde os famosos entravam e lá de fora podia se ouvir a música e ver as luzes. Entramos e nos sentamos na 5ª fileira junto com os outros meninos da banda e as meninas. Uma multidão ainda estava em pé e faltava pelo menos uns 20min para começar.
- Dine – chamei ela que estava sentada do meu lado – vamos dar uma volta enquanto não começa, to precisando de um pouco de ar.
- Tá, vamos – ela falou alguma coisa pro Gabbe e eu disse pro Harry que precisava de um pouco de ar. Saímos dos assentos e nos enfiamos no meio da multidão e fomos para uma parte aberta.
- O que o Austin ta fazendo aqui? – a Dine perguntou e eu me virei para ver. Ele estava usado um terno azul escuro e o cabelo estava arrepiado, ele estava com outros três garotos conversando e assim que ele virou o rosto me viu e fez um aceno sem graça com a cabeça. Eu olheio pra ele querendo dizer “O que você ta fazendo aqui?”. Ele pediu licença pros meninos e veio até nós.
- Olá – ele deu um beijo no rosto da Dine.
- Oi Austin – Ela sorriu.
- Oi – ele me deu um abraço também.
-O que você ta fazendo aqui? – perguntei – sem querer ser grossa.
- Meu “tio” – ele fez aspas – conseguiu a entrada mas não pode vir então ele passou pra mim, vim com uns colegas – ele apontou pros outros três garotos e eles falaram oi com a cabeça e a mão.
- Porque, “tio”? – a Dine perguntou.
- Porque ele não é meu tio de sangue, ele é casado com a irmã da minha mãe.
- Ah.
- O que seu tio faz? – perguntei puxando assunto e evitando falar alguma coisa que envolvesse o nome Harry e o clima ficasse tenso.
- Ele é empresário – ele sorriu de lado.
- Em que ramo?
- Moda.
- Seu tio chama-se Charlie? – perguntei irônica
- É – ele sorriu largo. Ele sabia que o Charlie era meu empresário e estava tirando proveito.
- Porque não me falou antes?
- Porque você poderia desistir da carreira – ele deu de ombros. Retornamos ao assunto em que ele dizia que eu estava me afastando dele e de tudo me lembrava ele.
- Porque desistir? – a Dine perguntou.
- Foi uma piada – respondi rápido – vamos entrar porque já vai começar.
- Tchau Austin – a Dine falou.
- Tchau Nadine – ele sorriu - depois terminamos esse assunto – ele falou baixinho pra mim.
- Com certeza – sorri irônica.
Voltamos e nos sentamos nos mesmo lugares de antes, o Harry apertou a minha mão e sorriu, eu sorri de volta. O Harry era carinhoso, ele me entendia. Procurava sempre deixar tudo perfeito e me mantinha segura... tudo o que eu sempre procurei. Ele era o tipo de garoto pop star que toda garota sonha. O Austin era legal mas nunca demonstrava seus sentimentos, podia ser considerado um Bad-Boy, na maioria das vezes usava tons escuros como cinza, preto e azul, ou então roupas com símbolos de marcas famosas. O cabelo era uma regra, sempre arrepiado ou com um boné de aba reta. Resolvia tudo o que lhe incomodava, claro que do jeito dele, e estampava um sorriso de ironia no rosto.
Eu ficava dividida no meio dos dois. Como se um fosse uma carga positiva, Harry, e outro um carga negativa, Austin. Eu era atraída pelas duas cargas mas ficava sempre no meio.
Acho que para falar do Austin eu tinha que usar um explicação cientifica. Toda garota adolescente gostaria de namorar um menino bonito e cheio de personalidade como ele, isso era fato.
Porém, para falar do Harry, não existem palavras. É algo de alma, algo que o ser humano não conseguiu por no papel ou se aperfeiçoar. Só quem sente sabe.
O som de uma voz masculina no microfone interrompeu meus pensamentos e eu voltei a prestar atenção no que falavam. Depois de anunciar as três primeiras categorias e seus vencedores, chegou a vez do prêmio revelação. Os meninos concorriam com outra boy band e uma garota.
Um barulho ensurdecedor tomou conta do ambiente quando falaram o nome do vencedor, não consegui escutar muito bem mas assim que vi os garotos gritando fiquei feliz. O Harry segurou meu rosto e me deu um selinho, logo em seguida correram pro palco. Sabia que o clima ali era social, mas não tinha um lugar em que eles iam que não contagiavam à todos com a energia deles. Depois de falarem algumas palavras saíram pelos fundos do palco e eu e as meninas terminamos de ver as premiações e depois nos encontramos com eles.
- Para comemorar... drinques na minha casa! – o Spencer chegou e colocou os braços sobre os ombros do Niall e do Taylor – vocês também meninas – ele sorriu charmosamente.
- Parabéns – eu disse pro Harry assim que todos começaram a conversar.
- Obrigada – ele sorriu e me beijou. Ah, eu poderia morrer ali e não me importaria – vamos?
- Vamos.
Ele começou a conversar com os outros meninos e eu vi o Austin me encarando. “O que foi?” perguntei em um gesto com a cabeça, ele apontou com o polegar para uma área mais vazia. “Não” eu respondi de novo com um sinal e ele insistiu. Aproveitei que ninguém estava prestando atenção em mim e fui até onde ele pediu, não era um lugar escondido, dali dava para ver o pessoal.
- O que foi? – perguntei apressada.
- Tá brava?
- Não.
- É, porque você deveria estar super feliz, afinal seu namorado ganhou um prêmio – ele sorriu irônico.
- É, meu namorado – fiz questão de enfatizar o “meu namorado” – o que você quer?
- Nossa, a uns dias atrás atravessou o shopping correndo só para conversar comigo e agora vem com patada?
- A uns dias atrás percebi o quanto você é maluco.
- Você sabe porque eu sou maluco – ele olhou nos meus olhos com a expressão séria.
- Não vamos começar com esse assunto de novo, por favor.
- Porque? Você gosta de deixar todas as pontas amarradas e eu sou uma solta néh? Vamos terminar esse assunto de uma vez por todas.
- Esse assunto já está terminado! – falei alto e ele me puxou para um canto vazio que ficava atrás de uns panos que cobriam a entrada.
- Ta bom então. Fala que você não quer mais me ver, fala que você quer que eu vá embora e nunca mais volte, que você não quer mais me encontrar na sua vida! Fala que você me quer longe, bem longe. Ai eu sumo, sumo de verdade! Você nunca mais vai ter que se preocupar comigo, tentando “atrapalhar” seu namorinho! – ele falou e eu senti uma onda de incerteza carregar meu coração, senti a cabeça pesada e quis me sentar, mas não ali.
- Para. Você sabe que eu não quero que você vá embora – meus olhos se encheram de lágrimas mais controlei elas, se alguém me visse chorando ali poderia achar estranho.
- Então me diz porque você não quer que eu vá embora? – ele perguntou calmo
- Porque você é meu melhor amigo – falei baixo, na verdade não era o que eu queria dizer, mas foi o que saiu.
- Só?
- É – apertei a ponta do nariz querendo chorar.
- Tá bom então – ele tirou de dentro no casaco um lenço de pano – há algum tempo eu me controlei, sabia que você estava namorando. Mas então eu percebi que você também sente alguma coisa por mim, e se você quer saber... eu também sinto por você.
- Obrigada – limpei o borro dos olhos e endireitei minha postura, devolvi o lenço e ele o guardou no mesmo lugar de antes – tenho que ir antes que notem minha ausência – ele só deu um suspiro e fez que sim com a cabeça e eu sai de lá.
De longe vi eles no mesmo lugar e assim que o Harry me viu veio até mim.
- Onde você tava?
- Eu... – eu queria poder inventar uma desculpa do tipo “perdi meu brinco e fui procurar” mas eu não mentiria para o Harry. Não por um motivo tão pequeno, não tinha feito nada de mais e também não precisava contar sobre o que eu e o Austin conversamos. O Harry sabia que éramos amigos então não tinha nada de mais... só que alguma coisa me falava para não tocar no nome Austin. Ignorei essa coisa – eu estava conversando com o Austin.
- Austin?
- É, acabei de encontrar ele ali e como fazia tempo que não nos víamos fui falar um oi.
- Hm – ele falou e depois mudamos de assunto.
Fomos para a casa do Spencer, uma mansão. Ficava dois bairros à frente da casa do Harry. A casa era toda branca com as janelas vermelhas vinho. Dois carrões estavam estacionados na garagem, mais o que ele dirigia.
- Ele é casado? – perguntei.
- Não, já foi mais a mulher quis separar.
(Austin narrando) :
Eu não queria ser insistente, muito menos fazer papel de louco. Estava tentando fazer ela enxergar que não existe só o Harry no mundo. Ela vive por ele e isso não faz bem, era como se ele fosse o “ar” dela.
Desde que começamos a andar juntos, quando o Harry e a Mandy estavam no hospital, alguma coisa dentro de mim se ascendeu. Eu percebia como ela ficava sem graça quando estava sozinha comigo, mas ela tem namorado e eu também tinha. Respeitei isso, ela não era uma qualquer que não merecia respeito. Ela era uma das garotas mais doces que eu já conheci.
Depois que o Harry saiu do hospital, parece que fizeram uma lavagem cerebral e ela só pensava nele. De novo.
Começou a se afastar das coisas que se referiam a mim, mesmo que fosse sem perceber. A Mandy pediu para terminar e eu não queria magoa-la, resolvi por um ponto final na história antes que a história ficasse pior.
Não é fácil fazer a Luiza confessar seus sentimentos por mim. Não estou tentando separa-la do Harry, só quero que ela veja o mundo que existe além dele.
(Luiza narrando) :
Depois da comemoração na casa do Spencer o Harry me deixou em casa. Domingo a tarde conversei com a Laura pelo Skype e ela me deu uma das melhores noticias que eu poderia receber. Ela e meus pais iriam se mudar para Londres. Como ela tinha começado a faculdade meio ano atrasada se formaria agora em Julho. Esse meio ano ela fez junto com uma outra turma que entrou atrasada. Então eu iria para a formatura dela e já ajudaria meus pais a embalar os móveis para a mudança. Não era um processo fácil mudar de pais, envolvia muitos documentos e até um tempo meio demorado para regularizar, mas a Laura me disse que eles estavam correndo atrás disso a tempos. Se tudo desse certo em algumas semanas estaria tudo pronto e a mudança seria feita.
Estávamos no final de Junho e eu já tinha fechado as minhas notas. Eu e o Harry estávamos planejando uma viajem mas por conta da formatura da minha irmã tivemos que adiar, de qualquer jeito a One Dream também teria uma sequencia de shows ainda mais no período de férias de escolares.
Segunda-feira fui para a faculdade e a tarde fiz umas compras para a casa. Chegou quarta e depois da faculdade fui para as aulas de dança.
A academia, ou como eu prefiro: o estúdio, sempre fazia apresentações de dança, raramente eu participava. Já havia conversado com a Marrie e eu fazia as aulas apenas para ajudar na saúde e postura. Afinal o único motivo pelo qual que fazia era a minha carreira.
Depois da aula como sempre o Harry passou para me pegar. Eu nem ia mais de carro, aproveitava e andava um pouco, o estúdio era um pouco longe de casa mas era sempre bom se exercitar e já que o Harry sempre me buscava no estúdio não tinha o porque ir de carro.
- Estou pensando em pintar meu cabelo – falei analisando a ponta de um cacho meu.
- Porque? Ele é lindo assim? – estávamos dentro do carro e ele passou a mão pelo meu cabelo.
- Ah sei lá queria mudar. Mas não tenho um motivo forte para isso.
- Um motivo? Desde quando precisa de um motivo para pintar o cabelo?
- Ah, sei lá. Pra mim, uma mudança drástica requer que você queria entrar em uma nova etapa na sua vida. Como se você quisesse se tornar outra pessoa.
- E que cor você estava querendo pintar?
- Não sei, talvez loiro, ou preto. Quem sabe preto com mechas azuis? Ou roxas.
- Uau – ele riu – mudança drástica mesmo.
- É, mas acho que por enquanto vai continuar castanho – fiz uma cara engraçada.
- Então? Quer ir direto para a sua casa ou vamos dar uma volta?
- Eu acho que devo começar a colocar roupas de festas dentro da minha bolsa quando for para as aulas de dança.
- Talvez devesse – ele começou a rir.
- No meio de Julho a Laura vai se formar e eu vou para o Brasil, você vai poder ir?
- Não sei, Julho vai ser um mês corrido.
- Entendo – disse e liguei o rádio. Estava tocando “Diamonds – Rihanna” - adoro essa música.
Ele não disse nada, só sorriu e aumentou o volume do rádio. Eu abri a minha bolsa e peguei meus óculos de sol Ray–Ban. O Harry já estava usando o dele, logo ele pegou a estrada principal e virou na rotatória indo para o caminho do campo.
O sol estava alto mas o clima estava fresco, abri meu vidro e deixei o vento bagunçar meu cabelo. Era assim que eu gostava, assim que eu me sentia bem. O rádio alto, o sol no seu ponto alto, o vento no cabelo. Senti saudade do Brasil, então olhei para o lado e vi que tudo o que eu precisava estava aqui.
Ele estacionou no acostamento, mas dessa vez deixou o carro mais escondido em baixo de umas árvores. Subimos a trilha e apesar do clima fresco uma gota de suor escorreu pelas minhas costas. Chegamos ao topo e nos sentamos em um tronco de árvore caído que estava de baixo da sombra de outra árvore enorme.
- Aqui é tão bonito. Olha o tamanho dessa sombra – falei olhando pra cima.
- Quando tivermos filhos, podemos trazer eles aqui – ele me abraçou de lado e eu encostei minha cabeça no seu ombro.
- As vezes eu penso porque não deu positivo – ele ficou em silêncio – sei lá, eu... eu não estou dizendo que queria ter um filho com essa idade. Mas algo me diz que eu não vou conseguir realizar esse sonho.
- Não diga isso. Nós somos novos, você é nova Lu. Não tinha que estar nos planos uma gravidez na adolescência. Temos todo o tempo do mundo.
- Eu sei, mas ás vezes sinto que... – não consegui terminar, lágrimas invadiram meus olhos e logo transbordaram, encolhi minha cabeça no seu peito e ele me abraçou mais apertado – posso estar parecendo paranoica, afinal nem cheguei a ficar grávida. Mas, sei lá... tenho um pressentimento muito ruim.
- Você não tem que pensar nisso.
- É bom poder falar isso pra você. Estava precisando tirar isso da minha cabeça faz muito tempo.
- Pode falar o quanto quiser – ele beijou o topo da minha cabeça e ficamos um minuto em silêncio, tempo suficiente para secar minhas lágrimas e eliminar de vez aquele pensamento da minha mente.
- Eu acho... que a gente precisa se divertir – coloquei um sorriso sincero no rosto que ainda estava meio inchado pelo choro.
- Como? – ele me olhou e ergueu a sobrancelha.
- RÁ RÁ... não é assim safadinho.
- Ah – ele fez cara de anjo e eu ri.
- to falando sério. É sempre a mesma rotina. To cansada da faculdade e do trabalho.
- Entendi, mas não sei o que podemos fazer.
- Eu sei. Hora de dar uma festa. Vou conversar com a Dani depois.
- Isso não vai prestar – ele riu.
- Espero que não.
Autor(a):
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Depois do Harry me deixar em casa conversei com a Dani sobre dar uma festa, em casa mesmo. Poderia dizer que era para comemorar o inicio das férias. Quinta-feira a tarde o Charlie me chamou no escritório dizendo ter uma ótima noticia pra mim. - Então? – perguntei me jogando na poltrona em frente a sua mesa. - Vou direto ao assunto. A Chanel ...
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