Fanfics Brasil - Presente Inesperado Snow Little Bird - Sansa e Petyr

Fanfic: Snow Little Bird - Sansa e Petyr | Tema: A Guerra dos Tronos - Sansa e Petyr


Capítulo: Presente Inesperado

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A vida no Ninho da Águia era entediante e triste. Não haviam risos ou brincadeiras. Lysa não permitia a presença da sua corte no castelo, tinha um medo constante de todas as pessoas. As canções que faziam Sansa chorar e sonhar não tinham lugar ali. Passou tanto tempo sonhando em conhecer os castelos do Sul, mas todos eles tinham sido uma decepção. Winterfell, que um dia foi sua casa, agora era somente ruínas, um sonho que ficou para trás.


 O Ninho era pintado de somente duas cores: creme e azul, as cores dos Arryn. Com o longo verão chegando ao fim, o lugar ficava a cada dia mais parecido com um castelo de gelo. Nem os bolos de limão, que outrora foram tão amados por Sansa, naquele lugar não tinham sabor especial. Agora ela era Alayne Stone, uma bastarda, e os sonhos de sua outra vida não tinham lugar ali.


            Suas únicas companhias, naquela estadia gelada, eram os criados e o menino enfermiço Lorde Robert Arryn, o senhor do Ninho da Águia. Sua tia Lysa não lhe dirigiu uma única palavra  - somente olhares enojados – desde que Petyr ordenou que seu cavaleiro, Lothor Brune, confinasse o cantor Marillon nas celas do céu. A senhora Lysa lhe tratava como uma parede , sem importância e indigna de atenção.


            No começo a indiferença feriu Alayne, mas após observar atentamente o comportamento da Senhora do Ninho da Águia com as outras pessoas, sentiu-se aliviada de não ser alvo das críticas maldosas e das fúrias constantes da mulher. Para Lysa as únicas pessoas dignas de sua total afeição eram Lorde Robert, seu adorado e mimado filho, e seu marido, e agora Protetor, Lorde Baelish. As outras pessoas só serviam para amolá-la. E as constantes viagens de Petyr só deixavam a tia com um humor ainda pior.


            Quando Petyr chegava de viagem, independente da hora, a primeira pessoa que procurava era a menina do cabelo outrora ruivo. Sempre cumprimentava a garota de maneira calorosa, com um abraço bem apertado, um beijo plantado bem perto do canto de seus lábios e um presente. Alayne sentia-se contente e um pouco estranha na presença do seu protetor. Desde o acontecimento nos Dedos, quando Petyr lhe viu nua, ela ficava reservada na presença dele. Mas parece que o homem tinha um comportamento contrário ao da menina, ficava cada vez mais à vontade na presença de sua “filha”.


            Da sua última viagem lhe trouxe o mais belo, e curioso, presente. Uma camisola de dormir marfim com renda de Myr no busto da mesma cor, que deixaria quem vestisse com os seios ao mesmo tempo à mostra e escondidos. No meio do busto estava plantado um topázio azul do tamanho de um ovo de galinha, o que deixada a camisola ainda mais bela.


            — É linda senhor. Tenho certeza que a senhora Lysa ficará sem ar quando o senhor lhe presentear com algo tão fino. E essa pedra só irá acentuar o azul de seus olhos.


            — Foi com outros olhos que eu sonhei quando comprei essa camisola.


            Ao ouvir isso o coração de Sansa acelerou, e ela, tomada de uma coragem surpreendente, lhe indagou:


            — Com os olhos de que senhora sonhou?


            Percebeu que os olhos de Petyr escureceram, e o que seria aquela expressão dele? Admiração, devoção, desejo?


            — Queria poder vê-la nessa linda camisola, senhora. És tão bela que nem acredito que possa estar na minha frente nesse momento. Penso que és mais bela que a própria Donzela renascida. És como um sonho delicioso que se torna realidade.


            Sansa sentiu seu coração acelerar-se mais uma vez. ­Seu estômago estava esquisito, como se milhares de borboletas flutuassem nele. Seu rosto ficou quente. Sua boca se abriu para dizer algo, mas as palavras ficaram presas em sua garganta. Petyr aproveitou o desconcerto da menina para tocar-lhe a face e sibilou:


            — Você fica linda corada. — Falando isso, desceu sua mão com uma lentidão torturante em direção ao pescoço da menina, deixando um rastro quente por onde passava. Com o polegar da outra mão tocou levemente os lábios carnudos da garota e percebeu que Sansa fechou os olhos e arfou.


            — Por favor Petyr, por favor, não faça isso comigo.


            O homem chegou seu corpo ainda mais perto do da menina. Seu rosto foi chegando lentamente perto do rosto dela. Seus lábios estavam ficando cada vez mais próximos. Sansa tinha certeza que seria beijada pela segunda vez na sua vida, mas no último instante, antes de seus lábios se tocarem, Petyr virou um pouco seu rosto para o lado. Aspirou o perfume dos cabelos dela e sussurrou em seu ouvido:


            — Você cheira a outono, como eu imaginei. O melhor cheiro do mundo.


            — O senhor é muito gentil, mas penso que não é apropriado me dirigir tais palavras.


            — E porque eu não poderia dirigir palavras doces para minha belíssima filha?


            Lançou à menina um sorriso sedutor, mas ao mesmo tempo um pouco malvado. Retirou-se do quarto com um rodopiar de capa, deixando a porta como estava desde sua vinda, escancarada.


            Sansa não sabia o que pensar. Não entendia nada dos homens. Estava sozinha ali. Não tinha com quem conversar sobre seus sentimentos. A única pessoa que confiava ali no Ninho da Águia era a responsável pelas confusões no seu coração. Ficar longe de Petyr a fazia triste. Quando ele estava ao seu lado é como se uma força misteriosa tomasse conta do corpo da menina, a deixava corajosa e quente.


            — O que eu estou pensando? Ele tem idade para ser meu pai. — Falou a menina pra si mesma.


            Pelo espelho do seu quarto ela percebeu a última pessoa que queria ver naquele momento: Lysa. Sua tia estava parada na soleira da porta do seu quarto. Seus olhos azuis pareciam duas fendas de gelo e a expressão no seu rosto era assustadora. A presença da mulher no seu quarto foi tão repentina que a menina não teve tempo de esconder o último presente dado por Petyr. Ao perceber a camisola nas mãos de Sansa, Lysa a puxou com tamanha força que o topázio bordado no colo se espatifou em vários pedaços no chão.


            — Por que está com a minha camisola? — Não dando tempo para a menina responder, pegou Sansa pelos braços e a sacudiu.


            — Por que está com ela? Responda sua ladrazinha fétida.


            A menina sabia que a tia queria uma resposta, mas qual era a certa? Ela não pediu pelo presente, e nunca teria coragem de roubar algo de alguém.


            — Tia Lysa, por favor, não é uma das suas camisolas. Eu nunca seria capaz de roubar a pessoa que me acolheu.


            — Não seria Alayne? E não me chame de tia. Não tenho bastardos imundos como parentes. Responda minha pergunta! — Gritou a mulher — O que mais vai roubar de mim?


            — Eu nunca roubei nada, senhora. — Balbuciou a menina.


            A resposta só serviu para a mulher ficar lívida e apertar com mais força os braços, agora já marcados, da menina.


            — Nunca roubou NADA vadiazinha? És o que então? Uma puta? Recebeu essa camisola como pagamento de um macho?


            — Por favor, por favor senhora Lysa. Eu sou uma donzela e nunca desrespeitaria a senhora embaixo do seu teto. Sou sua hóspede!


            Ao ouvir a resposta de Sansa, Lysa lhe deu um tabefe tão forte que a menina se desequilibrou e caiu no chão. A mulher se atirou em cima dela e lhe puxou os longos cabelos.


            — O seu sangue não nega! Sua mãe era uma vadiazinha como você. E invejosa! Invejava o amor que MEU Petyr tinha por mim. Queria tudo para ela, assim como você. — Puxou ainda mais os cabelos da menina para trás afim de olhá-la nos olhos — Ele é MEU. Sempre foi. Eu dei tudo para ele. Meu amor, uma vida, minha virtude. Esperei por ele todos esses anos e você não vai roubá-lo de mim!


            Sansa só conseguiu ver o brilho prateado da adaga e sentiu o beijo frio do aço em seu pescoço. Preparou-se para gritar por ajuda, misericórdia... Não sabia. Todos os seus parentes estavam mortos, com exceção do seu irmão bastardo Jon. Sua vida era constituída de contínuas desgraças desde sua saída de Winterfell. Porto Real não foi o sonho feliz que ela imaginou, foi um inferno. Joffrey, seu príncipe encantado, foi seu carrasco.


            — Será que sou amaldiçoada? — Pensou a menina. — Será que a minha morte trará menos sofrimento para aqueles que eu amo? Mas quem eu amo? Eu não tenho mais ninguém. E não tenho nenhuma pessoa pra chorar por mim.


            Mas ao pensar isso, a imagem de uma pessoa lhe chegou a mente. Petyr tinha lhe ajudado a fugir de Porto Real. Cuidou dela e a protegeu quando ninguém mais o quis fazer. Se arriscou por ela. — Só queria agradecer a ele — Pensou. Levou um golpe, não sentiu mais nenhuma dor e tudo ficou escuro.



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Autor(a): morteblu

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