Fanfic: You and Me | Tema: - Portiñon | Tema: RBD/Anahí e Dulce/Portiñon/AyD

Acordei como o choro dos gêmeos que ecoava por toda casa...

 Sete horas! Tomei um banho, me arrumei rápido, e fui para produtora.

Droga! Com toda a afobação para pode viajar havia esquecido de ligar para Maitê ,que era o motivo da viagem!

Maitê: Oi Dul – sua voz estava embargada.

Dulce: Bom dia amiga me desculpa por não ter te ligado, eu tô só me organizando pra ir te vê May.

Maitê: NÃO PRECISA DUL! Já disse, por favor, não quero te atrapalhar!

Dulce: Você não tá atrapalhando nada! E pode parar com isso! Quero saber de você tá se alimentando direito? Tudo certinho?

Maitê: Não consigo nem dormir Dul, sequer tenho fome...

Dulce: May para! Olha, eu – eu – eu vou ligar pro Ucker!

Maitê: NÃO OUSE DULCE MARIA!

Dulce: Ele é pai, e você nem precisa me dizer que eu sei! Você não contou pra ele?!

Maitê: NÃO!  E NEM VOU! – disse desligando o telefone.

Ai Senhor! Não entendia porque Maitê fazia aquilo! Ucker era safado isso era fato, mas jamais abandonaria um filho seu, eu o conhecia bem e poderia afirmar isso.

Mais que merda! Não poderia estressa-la daquela forma, estava grávida, iria prejudica-la prejudicar o bebê! Dulce sua idiota! Agora mais do que nunca teria que ir às pressas a Portugal!

Passei a manhã toda estressada, mil coisas se passavam a minha cabeça, Maitê, a produtora, a empresa, a rede hoteleira, minha cabeça estava fervilhando. Precisava de alguém para me acalmar, não pensei duas vezes e liguei para Anahí.

Anahí: BOM DIA MI CARIÑO!  - disse docemente.

Dulce: Bom dia minha linda, tenho um convite.

Anahí: Aceito!

Dulce: Vai aceitar antes mesmo que eu diga o que é?

Anahí: Sim, quando você  diz “tenho um convite” é porque vamos fazer algo juntas,  então aceito.

Dulce: Então está certo, almoça comigo hoje? Posso passar ai as 12h00?

Anahí: Ótimo!  E precisa pedir ?!– disse rindo.

Dulce: Até então linda.

Meio dia em ponto Dulce veio me buscar. Estava linda! Não resisti, entrei no carro e dei uma de namorada, dando-lhe um selinho. Ela assentiu e me deu seu melhor sorriso.

Dulce: Então onde quer almoçar?

Anahí: Que tal comida japonesa?

Dulce: Podia... ser algo um pouquinho mais consistente? – disse meio sem graça.

Ri do jeito que ela falava era tão fofo!

Anahí: Então já sei aonde vou te levar, num restaurante que eu e papai sempre vamos você vai gostar.

Dulce: Ótimo então, vamos que estou faminta!

Dul deu a partida, e eu a guiei, logo chegamos ao restaurante Terraço Gourmet , como era perto da empresa e oferecia um cardápio impecável sempre  eu e papai almoçávamos por lá.

Estava cheio! Mas como era uma cliente assídua não tivemos problemas em conseguir uma mesa.

- Chegamos e Anahí foi logo arrancando suspiros e olhares dos homens por quem passávamos olhares cobiçadores, o que me irritou,  bando de marmanjo parece que nunca viu mulher!

Percebi Dulce estava com o semblante meio irritada, fiquei com receio de que ela não estivesse gostando do local...

Anahí: Dul, tá tudo bem? Você não gostou daqui?

Dulce: Tudo bem sim, só esse bando de urubu que só faltam te comer com os olhos! – disse olhando para os lados encarando cada olhar.

Meu coração deu saltos de alegria, ela estava com ciúmes! Ciúmes de mim!

- Já estava cansada daqueles urubus, ela não era pro bico deles! Por impulso, passei meu braço em volta da sua cintura, a trazendo para perto de mim.

Me arrepiei com aquele toque, era bom demais! Ela me abraçava pela cintura como se fossemos namoradas, como se quisesse mostrar que era sua, estava explodindo de alegria, dei-lhe um beijo no canto da boca, ela sorriu, ficou olhando para minha boca, pensei que fosse me beijar...

Maître: Senhoritas me acompanhem, por favor, vou leva-las a sua mesa. – disse bem cortez.

Dul continuou comigo do mesmo jeito, e eu toda derretida! Só me soltou quando sentamos a mesa. Pedimos o mesmo prato, e para abrir o apetite vinho! Conversamos sobre tudo, menos trabalho! Nosso pedido chegou e almoçamos.

Dulce: Vou viajar para Portugal essa semana. – disse limpando a garganta e olhando para seu prato.

Anahí: E porque? – indaguei bebendo um pouco de água para digerir a notícia.

Dulce: Tenho alguns problemas urgentes para resolver, então vou essa semana. – dizia brincando com a comida em seu prato novamente sem me olhar.

Anahí: Hum... algo grave? Você vai demorar quanto tempo para voltar?

Dulce: Um pouco, mas tudo vai ficar bem, voltou no máximo em uma semana!

Anahí: Você pode me dizer do que se trata? Poderia te ajudar...

Dulce: Ainda não posso falar sobre, mas assim que tudo ficar bem será a primeira à saber. – sorriu me encarando.

Anahí: Tomara que resolva tudo, vou sentir sua falta... – disse de cabeça baixa, não queria dar um de grudenta melosa, mas palavras foram simplesmente saindo de minha boca, e eu não tinha gostado nenhum pouco daquela notícia.

Dulce: Eu também vou sentir a sua, você me faz muito bem sabia? – disse beijando minha mão e sorrindo docemente, deixando-me toda abobalhada.

A semana passou voando! Cada vez menos via Anahí, e consequentemente minha família, mas tinha que me desdobrar para poder ajudar minha amiga. Ligava para Maitê todos os dias, de duas em duas horas, ela já estava querendo me matar com tanta pentelhação, mas estava preocupada com meu futuro sobrinho ou sobrinha, e sei que apesar de Maitê reclamar ela precisava de mim, evitava tocar no nome de Ucker e convencê-la a contar a ele a verdade, pois iria estressá-la. Faria isso quando chegasse em Portugual!

Ucker já havia me ligado inúmeras vezes  falando da mudança de Maitê com ele,  indagou-me se eu sabia de algo, negava com um aperto no coração, afinal ele estava preocupado, e pela primeira vez pude perceber que ele tinha medo de perdê-la. Ficava revezando as ligações entre ambos, a fatura de minha linha no final do mês iria ser gostosa!

Sentia uma imensa falta de Anahí, mal a via, geralmente quando chegava em casa era tarde da noite, e Anny já estava dormindo como o resto da família, eu saía antes de todo mundo, as vezes passava em seu quarto e lhe dava um beijo as escondidas enquanto ela estava adormecida não tinha coragem de acorda-la. Nem tinha mais a oportunidade de leva-la para almoçar, pois minhas reuniões ocupavam até esse horário. Só falava com Anny por telefone, como estava sentindo falta de ficar com ela! Aquela loirinha estava me fazendo ficar dependente dela! E eu me rendia a seu encanto...

No final de semana, avisei a todos que iria viajar, minha mãe chiou, todos ficaram perguntando o porquê da viagem, menos Anahí, apenas ficava calada. Acalmei os ânimos de mamãe, conversei com Franco, e botei os dois a par dos negócios, já tinha adiantado reuniões, já havia designado algumas negociações a empregados de confiança, e o resto resolveria por email ou por telefone. Avisei que não demoraria muito, apenas uma semana no máximo, o que fora inútil quando se tratava de mamãe, ela pensava que iria e não voltaria mais... No fundo acho que Anahí pensava a mesma coisa, estava meio desconfiada da viagem, não tocava no assunto comigo.

Meu voo estava marcado para o sábado pela parte da tarde, acordei cedo, e preparei uma bandeja com café da manhã e levei até o quarto de Anny. Coloquei a bandeja em cima da mesa e sentei a seu lado na cama.

Dulce: Bom dia flor do dia – disse lhe cobrindo de beijos.

Anahí: Bom dia mi cariño – disse bocejando um pouco, depois arregalou aqueles olhos azuis lindos e tapou a boca com as mãos – espera um segundo- disse correndo para o banheiro.

Depois de um tempo voltou.

Dulce: Porque correu para o banheiro? – perguntei rindo.

Anahí: Porque fui escovar os dentes ora! Vai que to com mau hálito.

Dulce: E quem disse que você tem mulher? – disse rindo em seguida me beijando.

- Dulce me deu um beijo digno de cinema, aos poucos Dul foi me deitando na cama, nossos beijos passaram de calmos,  intenso... Ardentes, carregados de desejos...

Dul abriu minhas pernas e foi colocando seu corpo sobre o meu, arrepiei-me, entrelacei meus dedos em seus cabelos, e a puxei, mirei-a, olhos nos olhos... Passei a ponta da língua em seus lábios, ela inclinou a cabeça tentando me beijar segurei seus cabelos com força não deixando, ela em resposta Dul forçou mais ainda seu corpo meio as minhas pernas, fechei os olhos, soltei um gemido baixo, ela sorriu..  Um sorriso indecente... Apertou minha cintura, deslizou suas mãos por dentro de meu baby doll, forcei minhas unhas em seus braços, entrelacei minhas pernas em volta da sua cintura, rebolei sobre seu corpo que estava encaixado ao meu arrancando-lhe um gemido.

 Meu corpo pegava fogo, soltei um pouco seus cabelos deixando-a baixar um pouco a cabeça, quando nossos lábios estavam bem próximos puxei de novo seus cabelos, mordi seu lábios inferior devagar, ela entreabriu a boca dando espaço para minha língua, passei a ponta da língua no céu de sua boca, depois chupei sua língua, ela tentava novamente me beijar, neguei...

Dulce: Te quero... Te desejo...  – sussurrou ao meu ouvido.

A mirei, olhos nos olhos, queria entregar-me a ela, meu corpo pedia, meu coração, minha alma, mas não só pode desejo...

Anahí: Também te quero, também te desejo Dul, eu te... – a beijei delicadamente, chupei sua língua despedindo-me do beijo. – Mas você já sabe...

Dulce: Então namora comigo vai... – disse me colocando em seu colo, sorrindo.

Anahí: Não vamos colocar  a carroça na frente dos burros, e não vou aceitar seu pedido Dona Dulce Maria só com fins de me possuir – disse mordendo seus lábios.

Dulce: Oh mulher assim você acaba me matando! Tem noção de há quanto tempo eu não  – disse fazendo sinal com a cabeça para baixo.

Anahí: Ah então quer dizer que o problema é esse? Simplesmente sexo é só isso que temos? Você quer transar e eu tenho o que deseja?! – Falei nervosa com raiva.

Dulce: Não Anny, para! Você sabe bem que não é isso! Sexo consigo com qualquer uma, eu te desejo, te quero, e a culpa não é minha se meu corpo pega fogo quando encontra o seu! Eu te... Eu gosto de você Anny, estou nutrindo sentimentos por você, sexo é apenas uma consequência! Não quero te magoar, quero ter plena certeza se iniciarmos um relacionamento, porque pra mim isso é coisa séria, não apenas uma troca de saliva ou sexo, é contar com o outro, é doar-se para o outro, é compartilhar com essa pessoa momentos bons, ruins, é estar por inteiro com alguém, eu só te peço tempo Anny, pra ...

Anahí: Pra ter certeza se quer namorar comigo? –disse a interrompendo.

Dulce: Pra saber se estamos realmente prontas! Não vou ser dessas namoradas que só compartilham sexo e datas especiais, não sou disso, se vou para um relacionamento é de cabeça! E não vamos ser hipócritas,  você até outro dia era hétero, me diga se tem certeza de que me quer como namorada?

Anahí: Não sou hipócrita Dulce Maria,  e muito menos estou te pressionando ! Quando digo isso é porque exponho meus motivos de não me entregar para você... E a minha sexualidade não é o mais importante, independentemente de você ser mulher, o que vem em primeiro lugar são meus sentimentos por você! Pela pessoa que você! Você ser mulher é um fato, assim como seria se fosse um homem, não importa o que importa é o que sinto por você! E NÃO SE SOU HÉTERO,LÉSBICA, BI, TRIXESSUAL, isso são apenas rótulos!

- Fiquei sem palavras ao ouvir Anahí, definitivamente era outra mulher, me encantava com suas palavras, sua segurança, sua certeza e a naturalidade de falar do assunto, coisa que jamais aconteceria a anos atrás! Como ela pode ser tão perfeita?  Fiquei apenas a mirando sem falar nada.

Anahí: Dulce!

Dulce: Você se tornou uma mulher e tanto, cheia de caráter , segurança, livre, você consegue me encantar todos os dias sabia?

Anahí: Dul... – disse num tom doce sorrindo meio sem graça, passando uma de suas mechas por detrás da orelha sem me olhar.

Dulce: Linda, linda, linda mil vezes linda... – disse a cobrindo de beijos. – te prometo quietar esse meu fogo, o que vai ser difícil claro, com você assim tão perto de mim...Mas vou tentar prometo – disse beijando os dedos em forma de cruz.

Conversamos, fizemos nossa primeira refeição do dia em seu quarto, de vez em quando alguém batia na porta do quarto o que nos fazia dar pulos da cama assustadas, acabávamos expulsando todos... Não queria desgrudar de Anahí, dali a poucas horas iria viajar, ficaria uma semana sem vê-la sem tocá-la!  Como muita resistência a deixei tomar seu banho, e a esperei, a levei para meu quarto para assistirmos um filme até a hora do almoço. Ela ficou deita em meu peito, me cobria de carinhos e eu fazia o mesmo, Até que ela adormeceu, fiquei a olhando fazendo cafuné, era mais linda ainda dormindo...

Anahí, Anahí estou me rendendo a você...