Fanfic: You and Me | Tema: - Portiñon | Tema: RBD/Anahí e Dulce/Portiñon/AyD

Senti um toque que não era familiar, abri os olhos ainda sonolenta... Ela estava abraçada a mim, com as mãos em volta da minha cintura, tentei não me movimentar, não queria sair daquele abraço, senti uma alegria no coração, ao vê-la ali, a meu lado, me aconchegando com seus braços, com seu calor... Seu corpo a sensação que ele trazia a mim... Me senti protegida,   uma  felicidade me invadia  me trazia paz .

 Naquele momento nada existia,  apenas eu ela,  estava com o rosto mergulado em meus cabelos e meu pescoço, Dulce Dulce... Não queria que ela acordasse, que me tirasse de seus braços e fosse para longe de mim, queria que aquele momento durasse uma eternidade, sei que isso não voltaria a acontecer então queria desfrutar o quanto pudesse... Fechei meus olhos e coloquei minha mão em cima da sua, ela se aconchegou ainda mais a mim, me puxando para mais perto e me enconchando... Naquele momento me arrepiei, não sabia se ela estava acordada como eu, eu se apenas fazia aquilo porque estava dormindo, não me importava, só queria continuar ali com ela. Adormeci em seus braços...

- Anny, Anny, - Ouvi aquela vozinha familiar me chamando, sorri ainda de olhos fechados, sabia bem quem era... Abri meu olhos ainda relutante de acordar daquele sonho bom.

Vicky: Hora de acordar ...

Anny: Bom dia meu amor... o que você faz acordada tão cedo hein?

Vicky: Café da manhã, disse sorrindo e saindo pela porta correndo.

Fiquei ali sorrindo, Dulce ainda estava agarrada a mim, fiquei ali fazendo carinho no seu braço em volta de mim, olhei para o horário, droga! Agora teria que acordar realmente! Já eram  quase oito e tinha que estar nove horas na empresa, tentei me soltar um pouco de Dulce cuidadosamente para não acorda-la, quando levantei seu braço para sair, ela me puxou, apertando-me contra seu corpo.

 Dulce:  Não vai... Fica aqui amor...

Não conseguia conter as batias do meu coração, estava explodindo de alegria  de felicidade ao ouvir aquela palavra que pensei que nunca seria dita a mim por aquela boca...

Anahí: Dul... Disse  quase sussurrando, fazendo cafuné em Dulce.

Dulce: Naty, fica aqui...

Aquelas palavras acabaram comigo, a alegria que sentia a pouco havia dado lugar a uma tristeza que se espalhava dentro de mim, respirei fundo, Anahí sua idiota! Tola! Uma raiva veio tomando conta, raiva de mim, raiva de Dulce  e daquela tal de Naty, que sabe lá Deus de que buraco havia saído! Ela não estava me abraçando,  não era eu quem ela confortara durante a noite em seus braços com carinho, com sua companhia, aquilo não era para mim, era para Naty, ouvi-la proferir aquelas palavras me machucou tanto, tanto, parecia que havia um buraco no meu peito.

Peguei seu braço com toda força que tinha e a empurrei foi o mesmo que nada!  Ela nem se mexeu, dei uma cotovelada com força até que ela me soltou assustada.

Dulce: AÍ ANAHÍ! TA LOUCA!

Anahi: SÁI DE CIMA DE MIM!  SAÍ DE PERTO DE MIM!

Dulce: TÁ NÃO ME TOQUE! JÁ OUVI! SUA MALUCA! VOCÊ ME MACHUCOU!

Anahí: CALA A BOCA! VOCÊ ME MACHUCOU DULCE, VOCÊ!

Sai bufando da cama, pegando meu roupão e me dirigi ao banheiro, segurei o choro.

- Você não vai chorar Anahí não vai! Engole esse choro sua tonta!

Enchi a banheira, coloquei meus sais, e entrei, queria esquecer a noite passada, queria esquecer seu toque, suas palavras,  tudo, e o tudo se resumia a Dulce... Não pude demorar muito ainda tinha que ir trabalhar  ,mas não estava com cabeça pra isso, queria sair daquele quarto, daquela casa, queria fugir da presença dela.

Quando sai do banheiro, Dulce já não estava, mas lá, me vesti e peguei minhas coisas o mais rápido que pude, desci a escadas, e todos estão lá embaixo tomando café. Tentei sair antes que alguém me visse, mas não deu certo!

Alma: Anny querida você não vai nos acompanhar?

Anahí: Não Alma, obrigada vou direito para o trabalho.

Franco: Mas filha, isso não faz bem, venha comer pelo menos uma fruta.

Anahí: Já disse que não pai, obrigada.

Dulce: Essa acordou com a macaca hoje!

Anahí: É verdade! Uma chamada NATY!  - Disse fuzilando-a com o olhar, e saindo de casa batendo a porta.

Congelei naquele instante... Como ela sabia da Naty??? Nunca falei dela com ninguém naquela casa! Muito menos no Anahí, como ela descobriu?! Não que fosse segredo o fato de ser lésbica, mas nunca falei nada de nossa relação para minha família.

Franco: O que deu nessa menina?!

Dulce: Não sei - disse pensativa

Alma: Devem só ser os hormônios meu amor. Sabe como fico estressada quando estou de TPM!

Franco: Como sei!

Alma: Diego filhos volta para mesa vamos!  - Saiu  da sala indo trás de Diego .

Franco: Dulce, agora me diga a verdade você e Anny discutiram?

Dulce: Não, não que eu me lembre...

Franco: Pensei que vocês estavam se entendendo, quando passei no quarto dela hoje de manhã vocês estavam dormindo abraçadas.

Fiquei encabulada e surpresa ouvindo aquilo, primeiro porque não lembrava e nem sabia que havia dormindo com ela desse jeito, segundo ele era o pai dela e eu lésbica e eles nos viu dormindo abraçadas com certeza deve ter pensando que havia rolado algo...

Dulce: Não , não, Franco, eu não me lembro disso, e acordei com Anahí gritando comigo. Deve ter sido por isso então, vai que eu dormi a esmagando, e ela acordou assim estressada.

Franco: Não é o que me parecia, vocês duas estavam...

Minha mãe o interrompeu GRAÇAS A DEUS! Ufa, já estava ficando constrangedor.

Alma: Amor tem uma ligação do escritório para você.

Franco:  Outra hora conversamos Dulce, com licença,  - saiu e me deu um beijo na testa.

Fiquei pensando naquilo, como Anahí sabia de Naty, e “dormiram abraçadas”? Que dia mais maluco!

Dulce: E você princesa porque ta tão quietinha?

Vicky: Anny gosta de você.

Dulce: O que você disse vicky?

Vicky: Que Anny gosta de você.

Dulce: De mim? –Disse pegando - a no colo.

Vicky:  – Aham de você de você de você.

Dulce: De mim não,  - disse sem querer, na verdade as palavras foram saindo da minha boca, mas não queria dizer aquelas coisas para a criança.

Vicky: Sim sim sim sim!

13:00h, não via a hora de sair da empresa, peguei minha bolsa, me certifiquei de que não ficara nada para resolver e saí de minha sala.

Anahí: Helena remaneje minhas reuniões de hoje à tarde para amanhã de manhã por favor, não estou muito bem não vou retornar hoje.

Helena: Como a senhora quiser senhorita Coulluci.

Dei um beijo no rosto de helena como de costume me despedi e fui para a casa de Christian.

Toquei a campainha até doer meu dedo e nada! Onde será que aquele ingrato havia se metido! Ou será que estava acompanhado? Droga! Me virei para ir embora, e no mesmo instante a porta se abriu.

- Onde é o incêndio Anahí Giovanna Colluci???

Estava todo ensopado, com a tolha envolta da cintura. Não me importei e o abracei sem dizer uma palavra, nem precisava, ele já havia entendido me colocou no colo e me levou para dentro de casa, deitou-me  na sua cama.

- Minha rainha, o que houve? Acaba com meu coração te vê assim.

Desabei no choro ali mesmo.

- Chris eu eu...

Não conseguia falar, minha voz se misturava com choro e o  soluço.

Maitê: OI DUL! Que saudades como você ta amiga?

Dulce: Nada bem May, discuti de novo com Anahí, e tô pensando se realmente foi uma boa ideia vir pra cá...

Maitê:  Dul, não sei se você lembra, mas isso não é de hoje, vocês sempre ficaram nesse estica e puxa o que houve dessa vez?

Dulce: É o que queria te contar... Ontem dormir com Anahí

Maitê: Co co Como é ?

Dulce: Não do jeito que você pensa, eu estava com meu quarto inabitável, e era isso  ou quarto da mamãe e do Franco, enfim, o que importa é que hoje de manhã, ela acordou fazendo um escândalo gritando comigo, e depois quando Anahí estava saindo eu disse que ela havia acordado com a macaca, e ela responde; - é com uma chamada Naty! Mas nunca falei pra ninguém daqui da minha relação com Naty, e depois na mesa Franco disse que nos viu dormindo abraçadas. Mas eu nem lembro disso!

Maitê: Mas espera como ela soube a Natasha?

Dulce: Sei lá, não faço ideia May, você comentou algo com ela?

Maitê:  Claro que não né Dulce! Mas essa história toda tá muito sem pé nem cabeça.

Dulce: Tudo está sem pé na cabeça! May sabe, as vezes não consigo entender Anahí, as vezes está tudo bem, as mil maravilhas e de uma hora para outra como hoje ela muda da água para o vinho...

Maitê: Ahh Dulzita você é muita tapada!

Dulce: Tapada porque Maitê diga ! Já estou cansada de ouvir isso e a senhorita não me dizer o porque!

Maitê: Nada Dul,  e me explica direito essa história de vocês duas dormirem abraçadinhas de conchinha – disse rindo.

Dulce:  Também não foi assim né May, nem eu sei também o Franco é que veio com esse papo, mas eu duvido, e também você sabe como me mexo quando durmo então deve ter sido isso...

Maitê: Sei... se mexeu, até dormir agarrada de conchinha com a Anny é? Vou fingir que acredito...

Dulce: Para May! Fala sério!

Maitê: Nunca ouviu falar de linguagem corporal Dulzita? As vezes nosso corpo fala por nós....

Dulce: Tchau May!  - desliguei o telefone na cara dela, fala sério já tava me enchendo essas brincadeira de mim e Anahí, somos como água e óleo, não se misturam como cães e gatos, vivemos brigando, não sei de onde May tirava essas coisas!

Comecei a vê o que estava faltando para finalmente organizar meu quarto, faria o possível para estar pronto até a noite, não queria dormir novamente com Anahí e acordar com mais uma daqueles pitis dela.

Alma: Dul, filha olha você vai ficar no quarto ao lado de Anahí, ele é maior, e eu mandei arrumarem ele as pressas para você.

Dulce:  Não precisa mãe, to bem no outro quarto.

Alma: Não sei se você se lembra mais lá embaixo está seu piano e você não vai ter espaço para ele naquele quarto.

Dulce: Está bem mamãe, está bem me rendo – Disse com as mãos para cima.

Alma:  Muito bem filha,  Norma, você pode chamar alguns empregados por favor para carregarem as coisas de Dulce para o quarto novo, e chama algumas empregadas também para ajudar a organizar por favor querida.

Norma: Posso sim senhora.

Dulce: Isso mãe chama também os vizinhos, a polícia e corpo de bombeiros – disse rindo

Alma:  Está vendo Norma que filha ingrata tenho, estou tentando te ajudar meu amor.

Dulce: Eu sei mãe... tava só brincando... Então Norma mãos a obra!

Norma: Como você quiser menina, deixa eu ir logo chamando os pessoal para trabalhar, que rapadura e doce mas não é mole não.

Apaguei totalmente, quando acordei já eram nove da noite, Chris vinha em minha direção com uma bandeja, estava cansada, não queria me mover, só queria continuar ali na cama.

Christian: Minha deusa, olha o que trouxe para você, comida japonesa!

Anahí: Obrigada bebê, mas não quero, não estou com fome, só quero voltar a dormir.

Christian: Vamos Anny só prova, não pode ficar de estômago vazio.

Anahí: Não quero chris, desculpa.

O telefone tocou, e chris foi atender.

Christian: Alô

Dulce: Oi Christian! É a Dulce, bom é o pai dela quer saber se ela está ai.

Christian: Uau Dulce! Quem é vivo sempre aparece! Ela está sim aqui.

Dulce: Você pode passar para ela por favor?

Acenei para Christian, e disse sussurrando  -  Diz que estou dormindo, que vou dormir aqui...

Christian: Não Dulce, ela está dormindo, disse que ia dormir aqui estava muito cansada, acho que esqueceu de avisar a vocês,

Dulce: OK... Mas está tudo bem com ela né?

Gesticulei para Christian desligar o telefone, sabia que se ele continuasse a falar com Dulce, ia falar o que não devia.

Christian: Sim ela está bem não precisam de preocupar, é, Dulce vou ter que desligar, mas foi bom falar com você!

Dulce: Com você também Christian, obrigada e boa noite.

O que ela disse??? O que ela queria? Fala logo Chris!

Christian: Eu falo sim , logo depois de você me contar o que está acontecendo !

Anahí: Ah Chris... Eu já ia te falar de todo jeito mesmo... Não aguento mais esconder isso, e nem consigo, preciso desabafar com você, preciso que me ajude.

Christian: Estou todo a ouvidos minha princesa, pode começar vai...