Fanfic: O melhor amigo do meu irmão. | Tema: Laliter; Quase Anjos

Capitulo 13

Duas pessoas que se interessam apenas pelo físico, sem nenhum outro interesse além desse. Agora, ele seria usado, jogaria como qualquer outro jogado seu próprio jogo, não que ele fosse se importar verdadeiramente com isso. De novo, homens. Eu não queria ver isso como uma vingança pelo que ele fez com a minha ex-amiga. Eu veria mais como uma forma de saciar um desejo meu. E sempre seria igual para nós dois, isso era quase engraçado.
A noite passou rápido, sem sonhos de que eu pudesse me lembrar, tinha sido um sonho profundo. O outro dia amanheceu lindo. Eu não consegui ficar indiferente à luz, ao sol, às cores.
Meu irmão e eu brincamos na pequena quadra que ficava nos fundos, (a mesma quadra em que um dia eu fiquei com o Pablo), minha mãe fez um almoço diferente, tudo estava perfeito. Foi o nosso dia família, fazia tanto tempo que nós não tínhamos um dia assim. Quando a noite começou a chegar, me lembrei da data especial, era o dia do aniversário da Euge também. Ela já tinha decidido que não ia fazer festa, porque, segundo ela, era muito tímida para ser o centro das atenções, e bom, os pais dela não se opuseram a isso. Então, nós, os amigos mais próximos dela, resolvemos levá-la a uma pizzaria, e é lógico, pagar tudo. Isso foi bom. Primeiro porque eu não ia ter que me preocupar tanto assim com roupa, segundo porque eu tiraria “sair com o Pablo” da minha lista de coisas a fazer e terceiro porque eu não precisaria conseguir convite pra ninguém. Voltando Por volta das 7 horas, comecei a me arrumar. Tomei banho, coloquei uma das minhas calças jeans preferidas, uma blusa preta um pouco decotada e meio aberta atrás, salto alto, deixei o cabelo natural mesmo, fiz uma maquiagem não muito pesada e pá.
Nós já tínhamos combinado tudo, e o pessoal ia passar na minha casa mais ou menos as 9:00, o que ia dar a todos tempo suficiente para ficarem lindos e bem arrumados. Eu estava no quarto da minha mãe, terminando a maquiagem, quando a campainha tocou, e eu não me dei ao trabalho de atender. O Gastón estava no computador, ele podia ir até lá. Quando acabei, me distrai um pouco com a televisão, faltava tempo para as buzinas começarem a tocar na minha porta, eu podia ter esse pequeno luxo.
Minha distração foi interrompida quando percebi que ainda estava sem brinco, sem cordão e sem pulseira, e eu nem tinha escolhido nada. Fui devagar para o meu quarto, e automaticamente parei a porta quando percebi quem tinha tocado a campainha antes. Ele estava lá, mais lindo do que sempre esteve, e, assim como fez no dia anterior, me olhou de cima a baixo.

Ele deu um sorriso de aprovação, que em algum ponto se misturou com o sorriso que eu conhecia tão bem: aquele meio safado, meio de lado, quase convidativo. Não pude deixar de sorrir em resposta.
Entrei no meu quarto, tentando inutilmente parar de olhar pra ele. Estava indo pegar minha caixinha com minhas coisas dentro do guarda roupa quando me deparei com uma mochila em cima da minha cama.
Mariana: Isso é de quem?
Peter: É meu.
Mariana: E o motivo de isso estar aqui é...?
Peter: Eu vou dormir aqui. – ele estava sorrindo. Argh.
Ele ia DORMIR aqui? De novo? Eu me lembrava bem do que tinha acontecido da ultima vez. Tentei não deixar que ele percebesse minha surpresa.
Mariana: Isso é meio obvio não acha? Eu queria dizer – peguei a mochila- o que estava fazendo na minha cama. <

Assim que terminei de falar deixei que ela caísse no chão. Ele olhou pra ela, e logo depois subiu o olhar pra mim, levantando uma sobrancelha. Quando percebeu que minha reação foi não demonstrar nenhuma reação, ele soltou um suspiro pesado e pegou a bolsa.
Terminei de me arrumar no quarto da minha mãe e não muito tempo depois, o pessoal chegou na minha casa. A noite foi absolutamente incrível. As risadas, as brincadeiras, as pessoas, a comida, o lugar, a felicidade da minha melhor amiga, tudo isso me deixou tão bem, tão feliz. Cheguei em casa já depois de meia-noite, e fui direto pro meu quarto. Senti uma pontada de decepção quando não encontrei ninguém no caminho, e isso me fez perguntar se ele ainda estaria na minha casa. Ta, eu precisava parar com isso. Estava se tornando algo doentio, um vicio.
Mas eu não podia esconder de mim mesma a necessidade que eu sentia de ter o corpo dele junto ao meu, isso seria ainda mais doentio. O que eu precisava era ir para uma casa de reabilitação. Para aprender a viver sem ele, sem o toque dele. É, isso era definitivamente uma opção. E também, precisava me convencer de que ele não procuraria por mim depois do que eu fiz com ele na noite passada. Eu tinha...praticamente dado um fora nele. Isso me fez rir. Eu tinha dado um fora no Peter! O que será que as vagabundinhas da escola iriam achar disso ?
Coloquei minha bolsa na mesa do computador, e fiquei encarando meu quarto por um minuto. Lembrando.

Pensando em tudo que já tinha acontecido ali em tão pouco tempo, e em tudo que ainda poderia acontecer, se eu, é claro, soubesse como fazer tudo acontecer. Peguei o pijama no guarda-roupa e segui para o banheiro, para tirar a maquiagem e trocar de roupa. Depois de tudo feito, voltei para o meu quarto e, ainda sem ligar a luz, me sentei na cadeira do computador para tirar os brincos e as pulseiras. Fui colocando tudo devagar na caixinha, quando ouvi um suspiro pesado, que vinha de algum lugar de dentro do cômodo.
Minha reação automática foi ficar de pé.
Mariana: Que-Quem ta aí ? – consegui responder com um pouco de dificuldade e um pouco alto demais.

shelencoa: Seja bem vinda *-*

Se tiver muios comentarios posto outro ainda hoje :))

Beeijos s2