Fanfic: O melhor amigo do meu irmão. | Tema: Laliter; Quase Anjos

Capitulo 18

O feriado inteiro sem minha mãe, sem escola, com minha melhor amiga, e com meus dois melhores amigos super gatos. Essa eu não podia perder. Ah, e é claro, sem Peter. Eu sei, eu sei. Ele era super lindo, com uma suuuuper pegada (6), e tudo mais. Mas ele também era muito irritante. E quando não estava me deixando louca daquele jeito, me deixava de outro. É sério, as vezes, eu tinha muita vontade de matar ele. Era nessas horas que eu agradecia por minha mãe não guardar armas em casa, além das facas da cozinha. Para esclarecer algumas dúvidas: não, depois daquele dia, nós nunca mais transamos. É claro, os beijos ficaram mais quentes, mais envolventes, e eles já tinham novos jeitos de me fazer perder a razão. As tentativas dele para que alguma coisa acontecesse existiam, mas ou eu não queria, ou o universo conspirava contra. Sempre uma das duas coisas. Mesmo assim, eu não me importava. Minha mãe já tinha deixado, eu já tinha ligado pra minha amiga, e já estava tudo pronto. Ao amanhecer, eu iria estar pronta para passar quatro lindos dias longe dele, meu inferno pessoal.

Pra chegar até o hotel fazenda, foram usados dois carros. Eu, Euge, Nico e Pablo fomos com a mãe da minha amiga, e o pai dela foi sozinho em outro carro, com as malas. Toda a viagem de ida foi uma festa. Apesar de eu achar que a palavra bagunça descreve melhor o que foi. Fotos, música, brincadeiras, vídeos e tudo mais que a criatividade mandasse.
Quando já estávamos lá, depois de tudo arrumado, nós quatro fomos pra beira de lago que resultava da queda de uma cachoeira. A água e a grama brilhavam ao sol, que, pelo horário, estava quase no meio do céu. A vegetação e as pedras ao redor da cachoeira, e o barulho da água caindo, deixavam tudo... Perfeito. O impulso de me deitar na grama foi maior do que eu, e, quando eu percebi, já estava deitada.
Nico: É bem bonito, né?
Mariana: Ta brincando? É lindo.

O Pablo se sentou ao meu lado, acompanhado dos outros. Olhei pra ele. Ainda parecia bem entretido com a paisagem. Deveria ter se sentado por puro impulso, assim como eu.
Pablo: Incrível.
Euge: Eu sempre venho pra cá nos feriados. É... Maravilhoso.
Fechei os meus olhos pra tentar me concentrar apenas no barulho e no sol na minha pele. Aquele seria o meu lugar favorito. Não me importava que eu ainda não conhecesse todos os outros lugares do mundo, eu sabia que nunca encontraria aquela paz em outro ambiente.
Falar que o dia foi agitado seria um tipo de eufemismo. Eu nunca achei que seria possível fazer tantas coisas antes das 6 horas da tarde. Nós nadamos, andamos de cavalo, jogamos vôlei, tentamos jogar futebol, brincamos de pingue-pongue, dançamos e tiramos fotos. É, muitas fotos. Mas, mesmo com tanta coisa, foi um dia bem animado. Ninguém ficou cansado antes da hora. Foi uma das vezes que eu mais dei risadas na minha vida. Isso acontece principalmente quando você esta em um lugar repleto de outros adolescentes e todas as pessoas do seu grupo estão solteiras. Os comentários sobre os novos casais que poderiam surgir naquele final de semana foram um dos melhores momentos, com certeza.
Já a noite, no quarto, depois de tomar banho, fiquei esperando a minha amiga terminar o dela, pra gente ir comer alguma coisa. Ter um quarto só nosso facilitou as coisas. Imagina esperar mais umas 2 pessoas tomarem banho? Enquanto eu esperava, peguei minha blusa de frio e liguei a televisão. Não demorou muito pra ficar tudo pronto e nós podermos ir comer. A Euge era bem rápida pra se arrumar. Nós encontramos os meninos no salão da lanchonete/restaurante, e comemos qualquer coisa, o que era um ponto positivo em estar longe dos pais.

Assim que terminamos, percebemos que tudo o que nós tínhamos pra fazer naquele resto de primeiro dia era conversar. E foi aí que eu dei uma sugestão de onde nós podíamos fazer isso.
Mariana: Vamos lá pra cachoeira? – eles riram.
Pablo: Ta louca, Lali? Fazer o que lá?
Mariana: É que... Nós só vamos ficar conversando agora, e pensei que a gente podia ficar um pouco lá antes de ir conversar, sei lá, no quarto.
Nico: Mesmo assim, é estranho ir lá a gora. Ta escuro.
Euge: É Lali, e nem tem iluminação lá.
Mariana: Tem a lua; Ah, vamos? Por favor! Só um pouquinho...
Depois disso, só precisei de mais alguns minutos como uma criança pidona de 5 anos. Pelo menos, eu ia voltar ao meu lugar perfeito.

Era incrível como aquele lugar ficava a luz da lua. A água ficou escura, com alguns reflexos prata, quando aparecia na luz do luar. O barulho que ela fazia quando batia nas pedras parecia ter ficado mais intenso, agora que o silêncio da noite dominava o ambiente. Eu queria sentar na grama de novo, mas deveria estar molhada, ou até suja, e meu short era branco. Droga. Todos os outros se sentaram, com seus lindos shorts jeans que não seriam tão difíceis de limpar depois. O Nico olhou pra mim.
Nico: Não vai sentar não?

Mariana: Short branco, nem rola.
Euge: Amiga, põe sua jaqueta no chão, e senta nela.
Mariana: Mas aí eu vou ficar com frio. Prefiro ficar em pé
Nico: Ai, mas é muito boba. Toma a minha. Aí você usa ela e põe a sua no chão.
O sorriso preencheu meu rosto.
Mariana: Sério ?
Pablo: Pega logo antes que ele desiste hem? - ele riu irônico.
O Nico estendeu a blusa pra mim enquanto respondia o Pablo.
Nico: Eu não ia fazer isso
Mariana: Eu sei que não ia Nicozinho lindo
Euge: Agora fica toda carinhosa – ela riu.
Eu não respondi. Vesti a blusa que tinham me emprestado, coloquei a minha no chão e me sentei. Tudo bem rápido. Precisava aproveitar tudo ali ao máximo.
Mas, como sempre, alguém tinha que interromper meu momento zen, meu momento de meditação.
Euge: Ér, a gente não ia ficar conversando ?
Nico: É, né.
Pablo: Nem comento.
Mariana: Então ta, vamos conversar :D Já que vocês querem tanto!
E... Nós ficamos conversando.
Não faço idéia de quanto tempo se passou antes que o assunto “horas” fosse mencionado. Mas, quando foi, fomos embora o mais rápido possível. Ninguém queria preocupar os pais da Euge. Mas, ir embora não significava que o assunto tinha acabado. Ficamos conversando no nosso quarto, meu e da Euge, até que eu senti falta de alguma coisa.

Mariana: Gente, ér, alguém trouxe a minha blusa?
A resposta negativa de todos eles me sobressaltou. Eu não podia perder aquela blusa por nada. Minha mãe ia me matar, no mínimo, 50 vezes. E eu ia ajudar, já que era minha blusa favorita. Sem precisar pensar muito, decidi ir busca - lá. Ainda não eram nem 09h30min, não tinha motivos pra me preocupar, nem ficar com medo.
Quase suspirei de alivio quando cheguei à cachoeira. Minha blusa estava exatamente onde eu a tinha deixado. Procurei ser bem rápida, afinal, não queria ficar ali por muito tempo. Estava ficando mais frio. Meu plano foi literalmente por água a baixo quando eu peguei a blusa e olhei para a cachoeira a minha frente. Eu nunca conseguiria deixar de me impressionar com a beleza daquele lugar. Era um dos lugares mais lindos que eu já tinha visto na vida, e pensar que sempre esteve a poucas horas da minha casa. Era quase um absurdo que eu nunca tivera tido a chance de aproveitá-lo antes.
Quando finalmente consegui me desligar parcialmente da beleza estonteante, me dei conta de que meus amigos já deviam estar preocupados. Isso me fez voltar totalmente a realidade.
E me fez também perceber que eu não estava sozinha.
Minha primeira reação foi... Não ter reação. Eu não conseguia me mexer, nem falar, nem nada que exigisse que algum músculo do meu corpo se movimentasse. Pela primeira vez naquela noite, eu senti medo. Não sabia quem poderia ser. Que pessoa do bem estaria em um lugar deserto como aquele àquela hora? Ta, eu sei que eu tava lá. Mas no meu caso, era por causa da blusa, e eu não estava vendo nenhuma outra blusa perto de mim.
Agora eu finalmente entendia todos os filmes de terror. Mesmo que o personagem tenha que sair correndo, ele nunca sai. Em horas assim, é impossível fazer seu corpo obedecer ao seu cérebro.
Na minha cabeça, surgiam todas as idéias de quem podia ser aquela pessoa. Ladrão, psicopata, estuprador, traficante, sequestrador. Tudo que vinha com uma boa carga de maldade estava na minha lista. Eu já estava me achando idiota, apenas esperando que algo de ruim finalmente acontecesse. Mas, ao invés disso, eu apenas ouvi. Ouvi uma das vozes mais suaves que já tinha ouvido.

De quem será a voooz? façam suas apostas ;)

aniinhaesposito: *---* 

lalitersiempre: Que louca ela né, tem a chance de estar lá e saaai.. Como assim Lali?? hahahahaha` Será que é isso que vai acontecer na viagem ? kkkkkk` 

tais_grande: Talvez poste outro hoje ta :))

viilaliter: O que aconteceu que a senhorita esta sumiida? EM EM...

Beeijos s2