Fanfic: O melhor amigo do meu irmão. | Tema: Laliter; Quase Anjos

Capitulo 19

Uma voz masculina. E, ao invés de me acalmar, isso só me assustou ainda mais. Parecia mesmo um filme de terror.
XxXxX: É realmente lindo, não?
Eu ainda não conseguia falar nada, e o silêncio voltou a tomar conta do lugar. Enquanto os minutos se arrastavam, eu consegui, aos poucos, me acalmar. Se fosse pra ele fazer alguma coisa, já teria feito. Eu estava ali, parada e de costas pra ele, o que me deixava incapaz de prever seus movimentos. Eu era um alvo fácil, e ele não precisaria esperar tanto se quisesse fazer alguma coisa. Talvez já tivesse até ido embora.
Forcei meu pescoço a movimentar minha cabeça pra trás. Eu precisava checar. E bom, ele ainda estava lá.
Não faço idéia da expressão no meu rosto, mas tenho certeza de que a dele era a que mais importava. Assim que nossos olhos se encontraram, ele abriu um sorriso imenso, que iluminou todo o seu rosto, e talvez até mesmo a paisagem em volta dele.
Ao contrário das minhas suposições, o sorriso não tinha nada de ameaçador. Era quase de alegria, com um pouco de satisfação. Ele falou de novo.
XxXxX: Oi.
Mariana: O-Oi.
XxXxX: Você ficou com medo, não é?
Mariana: É que... – eu não sabia como dizer. Naquele momento parecia realmente ridículo ter tanto medo.
XxXxX: É que...?
Mariana: Não é muito normal ter alguém aqui a essa hora. Você não espera que pessoas... Boas, estejam aqui a essa hora.
Ele riu.
XxXxX: Você esta aqui.
Mariana: É, então talvez eu não seja uma pessoa boa. Você deveria ter medo de mim.
XxXxX: Ou talvez você estava certa ao ter medo de mim.
Nós dois começamos a rir. Mas eu não podia estender o assunto. Precisava voltar para o quarto antes que eles mandassem a policia atrás de mim.
Mariana: Eu preciso ir. Meus amigos devem estar bem preocupados.
Eu comecei a andar, me preparando para correr.
XxXxX: Espera! Qual é o seu nome?
Eu já tinha começado a correr, não ia parar agora. Virei-me de frente pra ele, correndo de costas, para responder.
Mariana: MARIANA, E O SEU?
XxXxX: BENJAMIN!
Mariana: TA!
Eu comecei a rir enquanto me virava pra frente. Não sabia explicar porque, mas, de repente, estava me sentindo muito bem.
A chegada no quarto foi, no mínimo, interessante. Pra dizer a verdade, minha noite estava sendo interessante. Primeiro filme de terror, e naquele momento, filme policial. Eu nunca poderia suspeitar das incríveis habilidades investigativas dos meus amigos.
Foi realmente difícil explicar que eu só me atrasei por causa da beleza da cachoeira e por causa do meu novo coleginha. E... Graças a essa nova revelação, surgiram mais um milhão de perguntas. Será que eles nunca se cansavam?
Por fim, consegui que o interrogatório parasse, para que eu pudesse dormir. Eu tinha certeza de que o dia seguinte seria tão agitado quando aquele. Ou talvez, até mais. Era difícil fazer previsões exatas.
Foi tudo praticamente igual ao primeiro dia. Com a diferença que dessa vez, nós tínhamos algumas horas a mais, o que, na linguagem dos meus amigos, significava novas atividades. Era realmente impressionante tudo que nós podíamos fazer naquele lugar.
A questão é que, mesmo tirando as novas atividades, o dia não foi totalmente igual. E isso aconteceu graças a uma só palavra: Benjamin.
Eu realmente não esperava que ele viesse conversar comigo de novo, especialmente porque estava escuro, e ele não devia nem se lembrar de mim. Mas bom, ele se lembrou.
Quando eu estava saindo da lanchonete com a Euge, ele veio conversar comigo, e pela primeira vez eu realmente reparei nele.
Não, a beleza dele não era como a dos outros meninos. O cabelo dele devia ser liso, castanho escuro, e era penteado de jeito a ficar espetado. O rosto dele podia ser considerado bonito, mas a real beleza estava em seus olhos. A cor não era especial, apenas um castanho intermediário. O que realmente me impressionou é que eles brilhavam. Isso fazia do Benjamin uma pessoa de quem você não podia tirar os olhos. Isso era novo pra mim. Principalmente porque ele nem parecia perceber o impacto que ele tinha sobre as pessoas. Ele era apenas... ele mesmo.
Infelizmente, como tudo que é perfeito demais, meu final de semana teve fim. Eu, o Benja, o Pablo, a Euge e o Nico assistiram o pôr-do-sol na cachoeira, quando a água refletia os tons de alaranjado do céu. Depois disso, eu e o pessoal fomos colocar as malas dentro do carro do pai da Euge, e andamos até o carro da mãe dela.
Deixei a parte mais triste pro fim: me despedir do meu novo amigo. É, amigo. Como eu disse, o Benja não era como os outros meninos. Ele não tentou ficar comigo, não tentou passar a linha da amizade. Isso era bom. Eu já tinha preocupações demais no quesito relacionamentos e precisa muito de uma amizade naquele estilo Benjamin. Não que eu não quisesse ficar com ele, mas eu preferia deixar nossa relação crescer um pouco mais, pelo menos por enquanto.
Nossa despedida foi bem simples. Um abraço, algumas palavras, troca de telefones e endereços...
Benjamin: Então, é isso não é?
Mariana: É...
Nós nos abraçamos por um tempo.

Benjamin: Eu vou sentir saudades.
Mariana: Eu sei. Eu também.
Benjamin: Telefone?
Mariana: Ah, sim.
Cada um passou seu aparelho de celular para as mãos do outro, para que pudéssemos colocar nossos números lá. Fui a primeira a terminar.
Mariana: Aqui.
Ele sorriu e me devolveu meu telefone.
Benjamin: Bom, eu te ligo.
Mariana: Acho bom mesmo. – eu sorri.
Depois, ele me abraçou de novo. Um pouco mais apertado, e talvez um pouco mais demorado, eu não sabia direito. O perfume que vinha da pele dele me deixou um pouco confusa.
Benjamin: Não vai esquecer de mim, hem? – ele disse, ainda me abraçando.
Mariana: Impossível.
Então, ele afastou nossos corpos e me olhou. Depois, em um erro de calculo, proposital ou não, o beijo que seria no meu rosto pousou no canto da minha boca.
Assim que ele me soltou, eu sorri de leve pra ele e entrei no carro, nem um pouco preparada pra voltar pra casa. Nem um pouco preparada para encarar o dono do nome que se formou em minha mente.
A mãe da minha amiga me deixou na porta de casa e depois buzinou, pra avisar que eu tinha chegado, ou algo assim. Ao entrar, percebi que o aviso tinha sido ouvido. Minha mãe e meu irmão me esperavam, e me abraçaram assim que passei pela porta.
Depois de contar sobre o meu final de semana incrível, cortando as partes sobre o Benja, inventei uma desculpa qualquer pra subir.
Eu achei que estaria preparada. Achei que depois de tanto tempo, eu me acostumaria com tamanha perfeição. Bom, eu pensei errado. Assim que eu o vi, sentado na cadeira do meu computador, meu coração se acelerou no meu peito. Ainda era o rosto mais lindo que eu já tinha visto. É, ele ainda não tinha falado nada. Ainda não tinha estragado o momento. E, do jeito que estava entretido, não ia estragar tão cedo.
Coube a mim então, a tarefa de começar uma conversa. Eu não conseguia vê-lo daquela forma por muito tempo. Não conseguia prolongar um momento fofo por muito tempo. Não com ele.

tais_grande: Gosto de quem era a voz? rsrs`

viilaliter: Infelizmente não era o Peter :// Clarooooooooo que eu vooou *-* E só me mandar o link ;))

Acho que é so por hoje ta...

Beeeijos s2