Fanfic: O melhor amigo do meu irmão. | Tema: Laliter; Quase Anjos

Capitulo 58

Benjamin: Oi, amor. – ele falou, já entrando na minha casa por causa da chuva. Estava um pouco molhado. – O que era tão urgente, hem? – ele tentou me dar um selinho, mas eu me virei de costas pra ele e andei para dentro da sala.
Quando me virei para ele, Benjamin estava me encarando com uma expressão que misturava surpresa e espanto. Não havia medo ali. Não parecia que ele tinha nada a esconder. Mas eu sabia. Tinha visto as fotos, visto a certeza nos olhos da Cande enquanto ela me falava que eles estavam juntos. Respirei fundo pela última vez.
Mariana: Eu não estou procurando por uma confirmação. Eu não quero saber se é verdade ou mentira, porque eu sei que é verdade. Eu só vou perguntar uma vez, e acho melhor você me dizer toda a verdade. Só uma vez, Benjamin. Não se faça de bobo. Não finja que não sabe do que eu estou falando. Eu só quero... Não, eu só preciso saber... Quanto tempo?
Ele me encarou por um tempo sem dizer nada. Eu esperei pacientemente, aproveitando o silêncio para me lembrar que eu não iria chorar na frente dele, nem na frente de ninguém.
O barulho da chuva se intensificou do lado de fora, contrastando ainda mais com o silêncio. Nem no andar de cima havia barulho. A casa toda estava quieta, como se esperasse, junto comigo, a resposta que terminaria de me dilacerar.
Benjamin: Não sei direito. Não chegamos a contar pra podermos comemorar ou coisa parecida... Começou quando ela e o Peter terminaram. Não era pra ter sido nada... Era pra ter terminado naquele dia, mas ela não deixou. E... no final eu nem sabia mais se eu queria. – eu me sentei. – Lali, meu amor, eu só amei você, eu juro. Com ela era só... Não sei, curtição. Alguém pra me ajudar a descarregar toda a raiva que eu sentia quando via ele perto demais de você.

Mariana: Por favor, não... Não o coloque nessa história. – nós dois sabíamos de quem estávamos falando. E se o Peter estivesse ouvindo, também sabia que ele era de quem falávamos. E o Gastón também. Ai. - Ele não tem culpa se você resolveu me trair com a Cande.
Benjamin: Tudo só começou porque ele terminou com ela. Ela estava chorando, e eu fui ver se ela estava bem. Quando dei por mim, já tinha acontecido...
Mariana: E você deixou continuar acontecendo. Sem ver problema nenhum. Sem achar nenhum ponto negativo, nenhuma coisa que te fizesse sentir culpa em me trair.
Benjamin: Lali... Por favor, acredita em mim. Nunca senti nada de muito grande por ela. Não significou nada, não foi nada

Mariana: ISSO NÃO MELHORA AS COISAS! Quando você diz isso, eu só consigo pensar que você trocou tudo que a gente tinha por algo que nem ao menos significou alguma coisa pra você. Ouvindo você falar isso, a única coisa que me vem à cabeça é que você pegou todos os nossos olhares, todas as nossas conversas, todas as nossas declarações, todos os nossos momentos e trocou por algo que não significou NADA! Por algo onde não havia nem ao menos sentimento envolvido.
Benjamin: Eu sei que eu estou errado - ele se sentou ao meu lado. – Eu sei que o que eu fiz não foi certo, eu não estou orgulhoso, Lali. Mas tenta me entender... Eu via você e ele rindo e brincando juntos aqui. Ele não saía da sua casa, você estava sempre perto dele onde quer que fosse. Sabe o que isso fazia comigo? Eu... Só precisava de um jeito pra esquecer da raiva que eu sentia dele... E algumas vezes pra esquecer da raiva que eu sentia DE VOCÊ! Eu não queria ficar com raiva de você, meu amor.

Mariana: Isso não justifica nada. Não tem cabimento você me falar que o único modo de não sentir raiva dele era me traindo. E sentir raiva por quê? Por ele ser meu amigo? Por ele ser amigo do meu irmão, e por isso não sair daqui de casa? Seja homem, Benjamin. Assuma sua culpa e para de tentar colocá-lo no meio disso. Ele não tem nada a ver com sua falta de caráter.
Benjamin: Para você de tentar defendê-lo! – ele se levantou e ficou na minha frente. – Você sabe muito bem o quanto ele tem a ver com essa história. Eu não sou burro, Mariana. E ficar com a Cande me fez ter conhecimento de mais coisas do que você pode imaginar. – ele abaixou o volume da voz, quase sussurrando - Vocês entraram em um vestiário juntos, lembra? Nadaram juntos, e provavelmente, até dormiram juntos. Não que eu possa confirmar essa parte, mas você não seria tão cara de pau a ponto de negar, não é?
Mariana: Eu nunca disse que ia negar. E nunca disse que ele estava totalmente fora dessa história. Mas ele ainda não tem culpa de você ter ficado com ela.
Benjamin: Então você assume que também ficou com ele? Que também me traiu? – eu me levantei.

Mariana: São duas situações diferentes, Benjamin. Eu não contei, mas não fiquei com ele mais de três vezes, durante esse tempo todo. E mais do que você, eu posso afirmar que não teve sentimento nenhum além do desejo. E você não imagina o quanto eu me amaldiçoei por ter ficado com ele. O quanto eu fiquei com raiva de mim por isso. O quanto eu quis te contar e implorar pelo seu perdão...
Benjamin: E se você se sentiu assim, como pode pensar que eu não?
Mariana: Quem se arrepende não tira fotos. Quem se arrepende não continua com uma pessoa do jeito que você continuou. Quem se arrepende não dá beijos apaixonados, não mantém um caso paralelo ao namoro. Comigo foi diferente. Eu fiquei com ele três noites isoladamente e foi isso. Nada entre essas noites, nem mesmo um abraço um pouco mais apertado. Nenhuma foto, nenhuma continuidade.

Benjamin: Não importa. Você ficou com ele do mesmo jeito. A traição aconteceu, Mariana.
Mariana: PARA DE TENTAR COLOCAR A CULPA EM MIM. Para de tentar diminuir sua culpa fazendo com que eu me sinta mal comigo mesma. Isso aqui só está acontecendo por sua causa. Você ficou com ela sabendo o que ela queria. Sabendo que ela me contaria tudo depois só pra me destruir. Sabia que ela só queria provocar ciúmes nele. Sabia de tudo isso e mais, e continuou com ela. Atendeu aos caprichos dela quase como se eles fossem os seus. Comigo foi porque aconteceu, Benjamin. Foi porque eu e ele queríamos um ao outro naqueles dias. Não foi porque queríamos fazer a mal a ninguém. Foi porque nós queríamos. Mesmo que depois de cada vez eu tenha quase me matado de tanta culpa, só aconteceu porque nós queríamos.
Benjamin: Eu... Não sei o que dizer. Tudo bem, eu estou errado. Eu fiquei com ela pelos motivos errados e não me arrependi na hora. Mas se quer saber, ninguém se importou com o que você ia sentir, Mariana. Quando eu estava com ela, eu não me importava. Ela... nunca se importou. E o seu protegido sabia de tudo e não se importou com o tanto que você ia sofrer quando descobrisse por ela. Ele não se importou em te contar antes, em te preparar. Ele não foi seu amigo suficiente pra te poupar de tudo isso.
Eu me sentei. Era demais pra mim... E tudo verdade. Mas eu não podia pensar sobre aquilo naquele momento: eu não iria conseguir segurar as lágrimas.
Mariana: Essa conversa é inútil. Estamos discutindo em cima do passado, sobre uma relação que já acabou. Saia da minha casa, e é isso. Acabou.
Apoiei meus cotovelos nos meu joelhos e enterrei meu rosto nas minhas mãos. Tentei controlar minha respiração, até que percebi que o Benjamin não tinha se mexido. Olhei pra ele, que me encarou um pouco.

Benjamin: Você não pode estar falando sério.
Mariana: Eu estou. Vai embora. Você sabe o caminho da porta, não?
Benjamin: Mariana... A gente pode recomeçar.
Mariana: Eu não quero.
Benjamin: E eu não quero que isso acabe. Eu não vou sair. Eu... Eu...
Mariana: Você vai sair da minha casa e vai esquecer que nós já tivemos alguma coisa. Se quiser, vá procurar a Cande. – eu disse me levantando. Ele segurou meu rosto com as duas mãos.
Benjamin: Não pode acabar assim.
Mariana: Já acabou. E você esta me machucando.
Benjamin: MARIANA... – ele apertou com mais força.
Mariana: BENJAMIN! Ta me machucando! – eu estava quase gritando.
Benjamin: Será que você não entende que não pode ser assim? Nós não vamos conseguir ficar longe um do outro... – ele desceu as mãos para os meus braços, apertando com uma força maior do que a que ele aplicava no meu rosto.
Mariana: Nós vamos conseguir. Pelo menos eu vou. – ele fechou mais as mãos ao redor do meu braço. – ME SOLTA! TA ME MACHUCANDO, BENJAMIN!

Benjamin: VOCÊ NÃO PODE TERMINAR ASSIM!
Ele estava realmente me machucando. Nunca tinha usado aquela força comigo. Era estranho que alguém que sempre tinha sido tão delicado comigo pudesse, e estivesse, me tratando daquela forma. Eu fechei meus olhos para não gritar. Suas unhas estavam realmente me machucando. Eu não conseguia me mover.
Depois de alguns intermináveis segundo, senti as mãos se afrouxarem, até por fim me soltarem. Abri os olhos instantaneamente. Meu irmão tinha feito o Benjamin se soltar de mim, e o Peter estava se posicionando na minha frente, de um modo um tanto protetor. Nenhuma palavra foi dita daí pra frente. Peter foi até o onde os outros dois estavam e segurou meu ex-namorado pelo braço, e o deu um soco no rosto, nesse momento meu irmão o pegou pelo braço separando a briga que iria começar, abriu a porta. O vento frio invadiu a sala e ele o colocaram pra fora e depois os dois me olharam. Suas expressões passaram de calma para surpresa e depois para raiva rapidamente. Isso me fez olhar para os meus braços.
Estavam vermelhos. Com as marcas perfeitas dos dedos do meu “agressor”. Gastón veio até mim e examinou cuidadosamente os estragos, antes de fechar a cara para as manchas vermelhas.
Gastón: Vai melhorar em alguns dias, ta? – ele se virou para mim, e seu rosto exibiu uma máscara de calma e de compaixão. Ele beijou minha testa e foi se sentar ao lado do seu amigo, que me olhava de vez em quando. Ele não queria me encarar, e eu estava com tanta raiva dele, que também preferia não olhá-lo. Me sentei na poltrona e fiquei encarando o vazio, tentando me prender mais ao silêncio da sala do que aos fatos recentes. Minha mãe desceu as escadas logo em seguida

Emilia: Tudo bem filha? – ela andou até mim devagar. Queria saber quanto ela tinha ouvido.
Mariana: Vai ficar.
Emilia: O braço eu sei que vai. Quero saber se você vai ficar bem. Se por dentro você vai se recuperar.
Eu não queria ficar ali, não queria ouvir nada daquilo naquele momento. Me levantei e subi para o meu quarto, deixando minha mãe com uma expressão um tanto preocupada. Só queria um pouco de paz. Queria aproveitar minha nova solidão.
Não consegui ficar lá por muito tempo. O quarto começou a parecer pequeno demais, quente demais... Trazia lembranças demais. Fazia o buraco que deixaram ao arrancar meu coração doer demais.
Peguei uma blusa de frio e desci as escadas quase correndo. Os três, que ainda estavam na sala, olharam para mim, um pouco sobressaltados.
Mariana: Não quero ninguém atrás de mim. Não vou voltar tarde, portanto não precisam se preocupar. – eu disse enquanto abria a porta.

Se tiver comentarios posto mais um hoje :))

aniinhaesposito: Suuper vaca :ss

viilaliter: Ninguem é perfeito né, a Cande é uma invejosaaa... Deveria msm :/

tais_grande: Tava sim :s

ceehsilva: Que malvada você rsrs`

maresposito:  Não desconfio ?? uashauhsau

Beeeeijos s2