Fanfic: Proibida . | Tema: Suspense/Drama/Romance

 Terminei meu suco de laranja e fiquei esperando o turno dele acabar. Quando já estava escurecendo, ele pulou o balcão, pegou na minha mão e disse:

 - Vamos.

 Andamos por uns 10 minutos até chegarmos á um riozinho. Então eu não estava errada, havia um rio. Tinha coisa errada aí. Ele olhou pra mim como quem quer dizer: Tem certeza? Eu assenti com a cabeça e fomos entrando. Fiz o possível para não molhar a minha bolsa. O rio parecia calmo, mas quando a água começou a bater na minha cintura, senti a conrrenteza puxar. Entrei em desespero. Olhei para ele e vi que também estava instável. Pisei em falso e mergulhei. Adeus bolsa, adeus dinheiro, adeus celular, adeus maquiagens. Oh, Deus, não gosto nem de lembrar. Fui nandando, andando, lutando contra a correnteza como podia. Ele saiu da água e ficou me chamando. Quando cheguei perto, ele estendeu a mão e me puxou. Eu sorri e falei:

 - Eu não sei seu nome.

 - Felipe. - Ele riu - E o seu ?

 - Isabelly. Mais pode me chamar de Belly.

 Andamos por mais meia hora, até chegarmos á uma casinha simples, bem cuidada. Felipe se aproximou do portão e gritou:

 - Dona Rita!

 Uma senhorinha com seus 60 anos, um vestidinho azul, chinelos de pano e óculos abriu a porta e nos viu encharcados:

 - Oh, meu Deus. O que é isso crianças?

 - Essa moça quer falar com a senhora. - Disse Felipe apontando para mim.

- Oh claro, claro. - Disse ela a Dona Rita abrindo o portão - Entrem crianças.

 Eu e Felipe entramos na casa. Ela pediu que nós sentássemos, e nos enrolou em toalhas brancas. Sentou em sua cadeira de balanço, ajeitou os óculos e perguntou:

- Em que posso ajudar mocinha...

- Belly.

- Isso.

- Eu acho que morei aqui quando era criança. Queria saber o que aconteceu. Eu morava em uma casa grande e branca e...

- Os mello.

- Isso. São meus pais.

- Olha Belly, não posso falar muita coisa, mais seus pais se meteram em grande confusão.

- Como assim.

- Você foi roubada. 

- O que?

- Virou assunto, foi notícia por muito tempo.

 Dona Rita me contou tim-tim por tim-tim do que aconteceu naquela época, e eu ia ficando cada vez mais chocada. Quando o dia já estava amanhecendo, ela terminou a história. Eu agradeci, e fui embora. Tive alguma dificuldade pra passar pelo rio mais consegui. Felipe, que conhecia a D. Rita há anos, ficou por lá.

 Mas não ia ficar assim. Eu estava voltando pra casa. E tinha coisas a acertar...