Fanfics Brasil - Sintomas Um amor pra recordar Portiñon

Fanfic: Um amor pra recordar Portiñon | Tema: RBD Anahi e Dulce Maria


Capítulo: Sintomas

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            Descemos até a recepção e pedi todas as informações necessárias para que fizéssemos um bom passeio. Já tinha dado uma olhada na internet quando ainda estava no Rio vendo os melhores lugares para irmos.


            A primeira coisa que resolvi fazer foi levar Anahi para dar uma volta no Bondinho, onde ele fazia um trajeto passando por três importantes bairros da cidade –Capivari, Jaguaribe e Abernéssia, num percurso de 4 quilômetros –, ou seja, daria para conhecer uma boa parte do município.


– Aonde vamos agora? – perguntou Anahi para mim.


– Vamos a dois lugares muito especiais. – avisei.


– Mas agora, qual vai ser?


– Você vai gostar. – sorri.


– Amor, eu perguntei aonde vamos, e não se eu iria gostar. – disse fazendo uma careta.


– Pois é. Vai adorar. – ri.


– Fica longe? – indagou bufando.


– Meu Deus. Quantas perguntas. – sorri. – Não. É pertinho.


            Seguimos caminhando por uma rua de terra por um curto tempo, de onde se tinha vista para vários tipos de vegetação e paisagens. Passamos por uma pontezinha e nos deparamos com um enorme painel com imagens de várias borboletas, onde se lia escrito com enormes letras “Borboletário Flores que Voam”.


– Chegamos. – avisei.


– Borboletário? – perguntou-me ela.


– Sim. Achei que fosse gostar. É muito massa. Existem muitas espécies de borboletas aqui. – exclamei.


            Entramos no local e havia várias famílias andando em conjuntos, crianças correndo e guias explicando e mostrando tudo que aquele lugar oferecia.


            Um rapaz de aproximadamente trinta anos se aproximou de nós duas e de outro grupo de pessoas nos chamando para assistir a um vídeo. Logo que o mesmo acabou, ele nos dispensou dizendo que poderíamos andar pelo local.


            Ver aquelas borboletas voando em todos os lugares, me lembrava àquelas mais belas pinturas, uma imagem linda e inesquecível. Era de uma simplicidade e beleza que fazia-nos desenhar um sorriso somente por vê-las batendo suas coloridas asas de diversas cores, desenhos e formatos. Muitas vezes me senti dentro daqueles antigos desenhos das Disney, onde a cor reinava. Senti-me em Hakuta Matata.


– Existem mais de trinta e cinco espécies aqui. – comentei.


– Parecem bem mais. – disse ela olhando um conjunto de insetos azuis voando em nossa frente.


– Uhum. Você sabia que depois que elas viram borboletas elas vivem de dez a quinze dias?


– Oh meu Deus. Só isso? – disse encarando-me.


– Só. – sorri com a preocupação em seus olhos. – Elas saem dos casulos, se reproduzem e depois morrem. Nada de complicações. É sempre a mesma estória.


– Isso é tão... tão chato. – ri do que ela disse.


– Pois é. Elas são um dos seres mais lindos que existem. Mas, não tem emoções na vida. Elas nascem, viram lindas e maravilhosas borboletas, mas não tem tempo para fazerem muitas coisas a não ser realizar o clico da vida.


– Eu me sinto assim. – disse ela.


– Como? – indaguei atônita.


– Me sinto sem tempo para realizar tudo que eu quero. – disse com um meio sorriso.


            Estremeci com o seu comentário. Por vezes não me lembrava da doença de Anahi. Na verdade, evitar pensar sobre isso me dava esperanças de que nunca aconteceria.


– Mas você tem. – sorri encorajando-a. – Elas têm em média de dez a quinze dias, esse tempo é realmente curto para fazer algo. Mas, provavelmente existem aquelas que não se importam muito com isso e vão contra o tempo e duram mais. – sorri. – Principalmente quando se tem um ideal a qual lutar.


– Mas...


– Mas nada. O tempo delas é certo e correto. Existem vários estudos há muito anos que comprovam isso. Agora no nosso caso... – enfatizei o ‘nosso’. –... tudo pode acontecer. Tantas e tantas pessoas que diziam ter um único mês e dez anos depois ainda estão em pé para contar a estória. – sorri e puxei-a. – Agora, vamos terminar esse passeio que ainda quero te levar para conhecer outro lugar.


            Ficamos por mais algum tempo andando de mãos dadas, mesmo com os olhares reprovadores, por aquele lugar maravilhoso. Logo mais saímos de lá e começamos a caminhar para o outro ponto turístico que havia escolhido.


            Dessa vez tivemos que andar um pouco mais. Mesmo assim era uma pequena distancia de caminhada.


– Chegamos mais uma vez. – sorri.


– Amantikir? – indagou.


– Amantikir é um termo indígena que originou a palavra Mantiqueira e significa Serra que Chora. – expliquei.


– E o que tem aqui?


– São vários tipos de Jardins. Existem seiscentas e sessenta espécies de plantas, divididos em vinte e dois espaços, onde cada um mostra uma cultura diferente.


– Você está muito entendida. – comentou rindo.


– Estudei antes de vir para cá. – sorri e adentramos.


            Continuamos nosso passeio por aquela infinidade de plantas de labirintos naturais.


– Existe uma lenda sobre Amantikir. – comentei.


– Qual?


– A lenda conta a história da linda Princesa de uma tribo do povo Tupi, que se apaixonou pelo Sol. Encantado pela beleza da moça, o guerreiro de cocar de fogo permanecia com suas luzes sobre ela. E como não se deitava não havia noite e a Lua mal aparecia, provocando um interminável dia. Os pastos se incendiavam, não havia sono e nem sonhos. – contava gesticulando com as mãos. – A Lua sentindo que perdera seu amor, o Sol, para uma mulher, foi contar a Tupã, que com indignação mandou que se levantasse a mais alta montanha. Ali ficaria confinada a princesa, fora do alcance do Sol. Este sangrou tardes vermelhas e tentou afogar-se no mar.


– Que Lua ruim. – disse ela.


– Pois é. Mas o fato originou o mais belo pôr-do-sol. Eu acho lindo quando o céu fica todo alaranjado. – disse. – Mas continuando... – ela assentiu e eu voltei a contar-lhe a estória. –... A princesa chorou rios, minas, nascentes e mananciais de lágrimas. Seu povo então chamou a linda princesa de Amantikir ou Mantiqueira, que significa Serra que Chora.


– Uau. Mesmo sendo triste, é uma estória bonita. – disse ela.


– É triste mesmo. – concordei. – Mas, vamos embora. Já está ficando tarde e friozinho.


– Vamos.


            Andamos de volta para o nosso hotel atravessando alamedas movimentadas. Havia muitas pessoas freqüentando o centro da cidade. O céu começara a alcançar a noite e as penumbras tomavam conta do ambiente.


– Obrigada pelo dia! Eu adorei tudo. – disse ela enlaçando-me pelo pescoço quando entramos no nosso quarto.


– Que bom que gostou. Tive muito trabalho pesquisando esses lugares e decorando as coisas para te falar. – sorri.


– Trabalho em pesquisar? Uhum. Conta outra. – riu. – Sou mais velha, mas ainda sou da era do Google. – gargalhou.


– Boba. – ri e inclinei-me para selar nossos lábios.


– Estou com fome. – avisou ela.


– Que tal irmos naquela pizzaria ao lado do Café? – indaguei.


– Ótima idéia. Vou tomar um banho e nós vamos.


            A pizzaria era muito parecida com o Café. Para ser sincera, se não fosse o cardápio, diria que eram os mesmos lugares.


– Você reparou em alguma coincidência? – perguntei a Anahi.


– Oi amor? – tirou sua atenção de um rapaz tocando violão e fitou-me.


– Está interessante olhar pra ele né? – ironizei.


– Como?


– O rapaz. Aquele ali tocando. – gesticulei para o violonista. – Perguntei se está interessante olhar para ele.


– Está sim. – disse e sorriu. – Ele é muito bonito, não acha? – mordeu o lábio inferior sorrindo.


– Hã?


– Boba! É lógico que não tem nada de interessante nele né. – segurou minha mão por cima da mesa. – Só estava vendo-o tocar. Na verdade, só olhei para o violão.


– Você me assustou. – ri.


– Sim? Mas o que disse antes?


– Perguntei se não notou nenhuma coincidência, como se já estivesse vindo aqui.


– É verdade. Eu nem tinha reparado. Isso parece... parece...


– Parece o Café aqui do lado. – sorri.


– Isso. – confirmou. – Deve ser o mesmo dono.


– É. Deve ser.


            Descobrimos depois perguntando ao garçom, que realmente os estabelecimentos eram do mesmo dono, por isso a semelhança. Deliciamos-nos com a culinária do local, ficamos mais algum tempo conversando e fomos embora.


            Os dias se passaram mais rápidos do que eu esperava. Já estávamos no nosso penúltimo dia e pela primeira vez, desde que chegamos, o sol estava ardente e o dia bem quente. Durante a semana, escapuli de Anahi e corri para o centro da cidade atrás de uma joalheria. Avisei a minha mãe que gastaria o cartão de crédito dela, e em vez de me xingar, ela me incentivou na minha surpresa.


– Any. Acorda amor. Levanta que hoje temos sol. – chamei-a dando pequenos beijinhos em sua nuca.


– Levantar? Mas eu to cansada. – resmungou.


– Amor. Levanta vai. Quero te levar em um último lugar hoje e queria aproveitar que o sol tá bonito.


– Hum. Vamos ficar aqui. – disse se virando para mim e me puxando contra seu corpo enfiando a cara no meu pescoço.


– Não dificulta. – pedi ofegante devido aos beijinhos em minha garganta.


– Mas eu não estou fazendo nada. – riu ainda beijando meu pescoço.


– Não faz isso Anahi. – choraminguei. – Chega! – saltei da cama. – Se você levantar e sair comigo hoje, eu prometo que no final do dia terei uma ótima surpresa pra você.


– Ai. – gritou quando puxei seu edredom.


– Tá sol. Vai. Anda logo tomar um banho e colocar um roupa. – ri e fui colocar um roupão antes de ir para o banho.


– Está bem. Levantei. Pronto. Satisfeita? – perguntou-me ficando de pé e apontando para a ela mesma.


– Oh e como. – gargalhei vendo a figura de minha namorada em pé na minha frente sem nenhum pedaço de pano cobrindo o corpo. – Mas pra você sair, acho melhor colocar uma roupa. Tá calor mais nem tanto. – ironizei.


– Volta aqui. – gritou correndo atrás de mim até o banheiro.


            Dessa vez tivemos que ir de carro por um bom caminho. Anahi ia seguindo pelas ruas e avenidas que eu pedia. Chegamos até o final da estrada e descemos para ir o resto a pé.


– Vamos subir. – avisei.


– O quê? Você está louca? – indagou com os olhos arregalados


– Qual é Anahi? Todos os dias várias pessoas fazem isso.


– Mas... mas... mas essa coisa é alta. – disse apontando para o morro a nossa frente.


– Isso que você chama de ‘coisa’, na verdade é O Complexo Pedra do Baú. É super famoso. Nunca ouviu falar? – perguntei.


– Já, já. Tem certeza que quer ir?


– Tenho sim! Vai valer à pena. Prometo! Agora vamos. – agarrei sua mão e começamos a caminhar. – Já estamos no Bauzinho que é à parte média. Agora só falta andar mais alguns metros e chegaremos ao ponto crucial.


            Andamos por mais aproximadamente vinte minutos a pé. Subimos acompanhadas por mais um grupo de sete pessoas; três mulheres e quatro homens. Quando chegamos ao ápice do morro, a vista era maravilhosa. O sol brilhava fortemente banhando a cidade com seus raios quentes e havia poucas nuvens que cobriam o tapete azulado em nossas cabeças.


– Gostou? – perguntei a Anahi que encarava o horizonte.


– Nossa. É lindo! – disse admirada.


– Eu disse que valeria a pena. – sorri.         


– Eu não sei nem o que dizer. Eu nunca fui tão feliz. – encarou-me sorrindo largamente.


– Talvez você fique um pouco mais feliz. – disse.


– Como assim?


– Espere um minuto. – enfiei a mão no bolso da parte da frente em minha calça e retirei uma pequena caixinha aveludada de dentro dela.


– O... o-o que é i-isso? – indagou apontando para o objeto em minhas mãos.


– Eu não sei como dizer. – ri encabulada. – Mas... você... Anahi Portilla, quer... quer ficar comigo para o resto de nossas vidas? – completei de imediato. – Que eu tenho certeza que serão juntas.


            Em seu semblante havia surpresa. Seus olhos estavam incrivelmente dilatados, sua boca levemente aberta e seu queixo tremia. Comecei a ficar desesperada.


– Pelo amor de Deus Anahi. Diga alguma coisa. – pedi.


– Eu... e-eu...


– Fala. – insisti.


– É claro! – gritou se jogando em meus braços. – E como não poderia aceitar? Você é tudo que eu tenho de mais precioso nesse mundo. – dizia me apertado pelo pescoço.


– Any? – chamei-a.


– Eu te amo muito. – o aperto ficava mais forte.


– Any? – chamei-a outra vez.


– Você é tudo para mim.


– Anahi? – chamei mais alto.


– O que é?


– Você... você está me sufocando. – sussurrei.


– Ai! Perdão meu amor. Eu s-só.. só..


– Tudo bem. – abracei-a e beijei sua face. – Não sabe como isso me deixou feliz. – sorri.


– Sua mãe já sabe? – indagou.


– Uhum. Foi ela que me incentivou a pegar o cartão de crédito e comprar isto para você. – apontei para a caixinha aberta onde havia duas pequenas circunferências douradas com pedrinhas de diamantes.


– Oh meu Deus. Elas... são lindas. – disse.


            Peguei uma das alianças, mostrei-a a parte de dentro onde havia o meu nome e coloquei em seu dedo anular da mão esquerda. Ela fez o mesmo gesto, colocando em meu dedo, mas desta vez havia seu nome na parte interior do objeto.


            Permanecemos olhando o horizonte sentadas no chão por volta de uma hora. O vento chicoteando nossas faces e o oxigênio puro entrando por nossas narinas eram um tranqüilizante. Era uma imagem que acalmava.


– Amor? – chamou.


– Oi?


– Vamos embora? Eu não estou me sentindo muito bem.


– O que você tem Any? – indaguei olhando para ela sentada entre minhas pernas.


– Estou com sono, cansada e com dor no corpo. Acho que foi o esforço de hoje. – disse ela.


– Hum. Vamos então. – levantei e icei-a com as mãos. – Opa. – segurei em seu braço quando ela cambaleou.


– Nossa... Me deu uma tontura de repente. – colocou a mão na cabeça.


– Anahi, você tem certeza que está bem? – afaguei suas bochechas.


– Sim amor. Foi só uma tonturinha. Acho que foi por conta de ficar sentada por muito tempo. – deu-me um meio sorriso.


– Se você diz. Vamos então. – entrelacei nossas mãos e começamos a caminhar de volta para o carro.


            Mais nada foi dito durante o trajeto até o hotel. Chegando lá fui direto para o banho enquanto Anahi se deitou na cama para esperar.


– Você está bem? – perguntei saindo do banheiro.


– Minha cabeça está explodindo. – disse ela cobrindo os olhos com um dos braços.


            Fui em sua direção e apalpei seu rosto para tirar sua temperatura.


– Não está com febre. – avisei.


– Deita aqui comigo. – pediu me puxando de leve.


– Não amor. Vai lá tomar um banho que eu vou pedir para trazerem um remédio para você.


– Tá bom. – concordou e seguiu para o banheiro.


            Esperei para que o barulho do chuveiro começasse soar para ligar na recepção e pedir o medicamento. Minutos depois o Ricardo bateu na porta trazendo o meu pedido junto a um copo com água. Voltei a me sentar na cama e resolvi dar uma ligadinha para a minha mãe.


– Oi mãe. – disse após escutar o barulho do outro lado da linha.


– Filha! Que saudade! – exclamou.


– Eu também mãe. Como você está?


– Eu estou bem meu amor, e você? E a Anahi?


– Estou legal mãe. – suspirei alguns segundos antes de continuar. – A Any está um pouco indisposta.


– Como assim? – indagou.


– Saímos hoje para ir ao Complexo Pedra do Baú, e ela pediu pra voltar dizendo que estava cansada, dor no corpo, essas coisas. Achei que fosse por conta da pequena caminhadinha sabe? Mas depois ela teve uma tortura de leve e agora está tomando banho morrendo de dor de cabeça. Eu estou preocupada mãe. – sussurrei a última frase.


– Não deve ser nada amor. Deve ser só uma gripe. – protestou.


– Eu até vi se ela estava quente, mas nada. Espero que seja só isso mesmo.


– Qualquer coisa você me liga, caso ela piore.


– Na verdade, espero que isso não seja necessário. – ouvi o barulho do chuveiro sendo desligado.


– Eu também filha. Eu também. Mas fora isso, como anda o passeio?


– Não poderia ser melhor. Obrigada de novo mãe.


– Esqueci. E as alianças? O que aconteceu?


– Ela aceitou. – respondi com um brilho nos olhos.


– Eu fico tão feliz meu amor. Vocês são perfeitas. – disse.


– Eu te amo mãe. Mas agora tenho que ir. Nos falamos amanhã.


– Tudo bem. Também te amo. E olha, qualquer coisa me ligue. Hoje faço plantão. Beijo filha. Mande outro para Anahi.


– Tá bom. Beijo. Até amanhã.


            Desliguei o celular e me joguei na cama caindo de costas.


– Só porque não estou deitada, você se deita não é? – ironizou Anahi saindo do banheiro.


– Seu remédio. – estendi para ela o medicamento.


– Estou melhor. – avisou.


– Mesmo assim, tome isto.


– Tudo bem. – ela pegou o copo d’água que eu havia deixado em cima do criado mudo, e tomou o remédio em um gole.


– Tava falando com minha mãe. – disse.


– E o que como ela está? – perguntou-me ela colocando o copo de volta no criado e se deitando de frente para mim.


– Bem. Ela te mandou um beijo. – sorri afagando suas madeixas loiras. – Que horas vamos embora? – indaguei.


– Depois do almoço. Umas três. O que acha?


– Se eu pudesse, nunca mais iria embora. – rimos. – Mas já que temos que ir, esse horário está bom. – me aproximei dela beijando seus lábios.


– Queria que isso durasse para sempre. – disse roçando seus lábios nos meus.


– O quê? O beijo ou a viagem? – ri.


– Ambos. – rimos e voltamos a selar nossos lábios.


            Nossas bocas se encaixavam com perfeição, nossas línguas se envolviam no mesmo ritmo, no mesmo balanço. Nos tocamos e sentimos os nossos gostos. Nossos gemidos foram ouvidos durante boa parte da noite, até nos aconchegarmos uma nos braços da outra e dormir profundamente.


– Oh Dulce. Dulce, não me deixe... – ouvi ao longe a voz de Anahi. – Por favor. Você prometeu ficar comigo. – suas palavras começaram a ficar mais nítidas e começou a soluçar.


– Anahi? – chamei virando para encará-la.


– Por favor. – pediu chorando.


– Anahi? Acorde. O que está havendo? – comecei a chacoalhá-la convulsivamente. – Acorda meu amor.


– Não Dulce! Não vai embora. – gritava com lágrimas escorrendo pela face.


– Meu amor, eu estou aqui. Acorda por favor. – pedi secando seu rosto. – Eu estou aqui. Por favor, abra os olhos.


– Anahi? – sussurrou ela abrindo os olhos.


– Shiu... Eu estou aqui, não precisa chorar. – abracei-a fortemente beijando o topo de sua cabeça.


– V-você não vai e-embora? – indagou soluçando.


– Não meu amor, nunca! – disse. – Foi só um pesadelo.


– E-eu sonhei que você estava i-indo embora. Não vai. P-por fa... – ela desfaleceu em meus braços.


– Anahi? Any? O que houve? – não obtive resposta. – Anahi? Abre o olho! – pedi. – Ai meu Deus.


            Deitei o corpo dela na cama, peguei meu celular e liguei desesperadamente para a minha mãe sentindo meu rosto ser banhado por gotas salgadas. Depois de uns cinco toques ouvi o som do aparelho ser atendido.


– Mãe, mãe. A A-anahi mãe. – chorei falando com minha mãe.


– Dulce?


– A Any mãe. Ela não me responde. – berrei.


– Como assim?


– Acho que ela desmaiou. – choraminguei.


– Meu Deus. – suspirou. – Faça tudo que eu mandar!


– Tá. – concordei.


– Vê se ela está respirando. – ordenou.


– Como eu faço isso? – indaguei.


– Olhe o peito dela, vê se está se movimentando e depois tente sentir a respiração perto do nariz.


            Fiz o que minha mãe pediu. Observei o seu peito e não consegui enxergar nenhum movimento. Extasiada aproximei-me de seu nariz e senti levemente o ar tocando minha face.


– Ela está mãe.


– Anda logo, vire-a de lado. – segurei nos seus ombros e virei o seu corpo para o meu lado.


– Pronto. – avisei.


– Agora levante uma das pernas uns trinta graus e espere. – disse rápida.


            Levantei sua perna direita e esperei por uns dez segundos até ver que suas pálpebras começaram a tremular.


– Ela... e-ela está abrindo os olhos.


– Como aconteceu? – averiguou.


– Ela teve um pesadelo e eu a acordei. Ai quando ela tava me contando o que tinha sonhado, ela desmaiou. – acariciei os cabelos de minha namorava ainda tonta.


–Dulce? – chamou-me e dei-lhe um meio sorriso em resposta.


– Eu vou buscar vocês. – avisou minha mãe. – Vou pegar um ônibus cedo e tento chegar na hora do almoço ok?


– Tá bom. Obrigada mãe. – agradeci.


– Tudo bem amor. Ela está bem agora?


– Vou perguntar. – disse. Any? Você está bem? – indaguei.


– Uhum. – confirmou.


– Sim mãe. Ela está bem. – disse.


– Então me esperam amanhã. – avisou. – Agora me deixe ir que ainda estou em plantão.


– Obrigada de novo mãezinha.


– Qualquer coisa me ligue.


– Tá bom.


– Beijo.


            Desliguei o aparelho e voltei a me deitar de frente para a minha pequena loira.


– Como está?


– Estou bem. O que houve?


– Você desmaiou. – disse.


– Oh meu Deus. Como?


– Você... – hesitei. –... você teve um pesadelo aí em te acordei e você desmaiou.


– O pesadelo. – sussurrou e depois soltou um longo suspiro dolorido.


– Eu sempre vou estar aqui. – disse afagando suas bochechas. – Sempre. – dei-lhe um selinho e puxei seu corpo para que ela deitasse com a cabeça em meu ombro e abracei-a fortemente.



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Autor(a): Miaagron

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • AnBeah_portinon Postado em 02/04/2018 - 18:17:54

    Chorei horrores aqui! DEUS! quase morri por falta de oxigênio pelo meu choro compulsivo, ainda mais porque assisti os últimos capítulos ouvindo only Hope e You re missing It. No epílogo cry. Quase morri kkk. Amei!

    • AnBeah_portinon Postado em 02/04/2018 - 18:18:55

      Quer dizer, li os capítulos kk

  • flavianaperroni Postado em 06/10/2014 - 18:53:57

    Meu Deus eu chorei como um bb..não não eu chorei PIOR que um bb,que susto você me deu cara,Jurei que a Annie tinha morrido mesmo...Mais trando meu choro convulssivo eu AMEI DE PAIXÃO a web..ela é PERFEITA demais..Parabpens

  • brunamachado Postado em 02/09/2013 - 02:59:52

    Muito boa a história,emocionante,chorei igual uma cabrita pq pensei que ela tinha morrido mesmo,mais foi um lindo final feliz.

  • lunaticas Postado em 27/07/2013 - 04:19:25

    Nossa gostei demais ;)

  • Vondyreis Postado em 25/07/2013 - 21:55:03

    Que bom q a Any ñ morreu,vc conseguiu me enganar direitinho não foi?parabéns. pela fic ela é otima,ate a próxima eu espero!!!!

  • Vondyreis Postado em 24/07/2013 - 21:34:01

    Como vc pode matar a minha Any?!!!?!!?brincadeirinha!!serio eu chorei muito...E sua web é muito boa

  • lunaticas Postado em 24/07/2013 - 00:24:35

    amandooooooooo a Fic ;)

  • lunaticas Postado em 19/07/2013 - 03:40:50

    Adorei!!! Posta mais ;)

  • lunaticas Postado em 18/07/2013 - 04:00:09

    Oi adorando sua Fic!!! Espero q haja um milagre :( Ansiosa para os próximos cap.

  • rebecabel19hotmail.com Postado em 16/07/2013 - 10:05:02

    Posta mais...espero que continuem juntas;...


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