Fanfics Brasil - Festa Um amor pra recordar Portiñon

Fanfic: Um amor pra recordar Portiñon | Tema: RBD Anahi e Dulce Maria


Capítulo: Festa

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    Graças a Deus hoje era uma sexta-feira e não haveria aula no sábado. Estou completamente exausta. Abri um dos olhos e olhei para o mesmo relógio de ontem, marcava 6:34 hrs. Dessa vez, levantei me arrastando e fui para o banheiro no meu quarto.


– Dulce! – minha mãe chamou batendo na porta – Não saiu da sua porta sem antes você se levantar.


– Já estou em pé. – falei entre espumas do creme dental. Caminhei até a porta e a abri. – Bom dia! Disse


– Bom dia meu amor. – beijou o topo de minha testa. – Já que você se levantou, eu estou indo trabalhar. Hoje vou ficar até mais tarde. Tenho que fazer plantão, então, talvez eu volte lá pelas três.


Ela já ia se virando quando me lembrei da festa da Jéssica. – Mãe, tipo, a Bia me ligou ontem dizendo que a Jéssica da outra sala vai fazer uma festa, ai eu pensei: Como minha mãe é linda, ela podia me deixar ir né? – estava no banheiro terminando de me arrumar.


– Hum. Não sei se você merece não. – disse apoiada na porta.


– Ah mãezinha, por favor? – pedi passando a escova no meu emaranhado de cabelos.


– Tudo bem. Peça para a Bia vir dormir aqui em casa, fico mais tranqüila. E quando chegarem, vejam se já estou em casa, e se eu estiver vão me avisar.


– Obrigada! – passei meus braços ao seu redor e ela se despediu de mim.


            Hoje me arrumei um pouco mais tranqüila. Mas acho que foi tranqüila demais. Acabei me atrasando para encontrar Bia.


– Putz. Tenho que correr! – disse correndo para o elevador.


            Fui direto para o estacionamento aonde se encontrava minha bicicleta. Era muito fofa. Decorada toda em preto e roxo.


– Bom dia! – cumprimentei Bia chegando à esquina.


– Bom dia! – me deu um beijo na bochecha e se pôs a pedalar.


– Demorei muito? – perguntei enquanto andávamos.


– Só o suficiente para me deixar irritada! – rosnou – Achei que não viria mais, já são... – olhou para o relógio de pulso depois voltando sua atenção para frente – 6:58. Espero que a Letícia nos deixe entrar.


– O portão é aberto até... – ela não me deixou terminar minha frase.


– 7:10! – imitando meu tom de voz – Eu sei disso. Você sempre repete a mesmíssima coisa. – bufou.


– Então. Dá tempo! É só andarmos mais rápido – pedalei mais depressa deixando-a para trás.


            Chegamos ofegantes, nem sentia mais minhas canelas, parecia que meu coração batia descompassado em minha garganta. Deixamos as bicicletas guardadas e corremos para dentro.


– Quase atrasada de novo! – Letícia já estava fechando o portão, mas, abriu uma pequena fissura nos dando espaço para entrar.


– Culpa da Dulce, Lê! – grunhiu Bia – Fiquei uns quinze minutos esperando ela. – Beatriz foi a sua direção e lhe deu um beijo no rosto – Bom dia!


– Bom dia! – repeti seu gesto.


            Nos despedimos de Letícia e fomos até a nossa aula de Biologia antes que a professora chegasse.


– Bom dia Cris, Ju e Landon! – cumprimentei primeiro ela e depois os meninos, Bia fez o mesmo.


            Cristiana era prima de Landon. Ele veio morar no Brasil quando ainda tinha sete anos, antes disso vivia em Los Angeles. Tinha algo em comum entre os dois. Na verdade, eles mais lembravam dois irmãos do que primos. Landon tinha um corte de cabelo super despojado e levemente dourados, sua pele era pouco bronzeada e seu corpo um tanto quanto definido. Seus olhos eram de um jade perfeito. – Essa era uma das únicas coisas que os diferenciava. – Cris tinha os cabelos cacheados também em tom dourado, um pouco mais claro, sua pele era menos bronzeada e, seus olhos eram mel brilhante. – Os dois eram simplesmente LINDOS! – Algumas vezes, talvez ilusão a minha, notava Landon se insinuando ou me dando algum flerte. Mas como disse, era coisa da minha cabeça.


            Além de Cris e Landon, Juliano integrava o último do grupo. Tenho absoluta certeza que ele é super caidinho pela Bia, mas nunca comentei nada com ninguém. Sua preocupação exagerada e carinhos demais acabam o denunciando. Ele além de super fofo também tinha um belo porte. Sua pele era de um moreno claro, os cabelos iam até a altura das orelhas e seu sorriso era um dos mais brancos e bonitos que eu já havia visto. Era bem mais musculoso e definido do que Landon. Media quase 1,90 de altura.


– Bom dia! – os três responderam em uníssono.


– E ai, vão à festa da Jéssica da outra sala? – perguntou Juliano sentando-se ao lado de Cris.


            A sala era dividida em duplas, Landon era o único que não compartilhava com parceiro. Eu me sentava na terceira fileira, segunda cadeira e ao lado direito de Bia. Atrás de nós ficava Cris na direita e Ju ao seu lado esquerdo. Logo atrás do moreno, se encontrava Landon sozinho como sempre. Por mais que a maioria das garotas morresse por um olhar ou sorriso dele, não ficavam pegando no seu pé, pois sabiam que ele odiava qualquer tipo de sentimento de ser posse de alguém. Então nesses casos, preferia ficar só conseguido mesmo. – Eu, eu mesma e Irene.


– Obvio! – sibilou Bia – Falando nisso, sua mãe deixou? – disse me encarando.


– Sim. Mas disse que você vai ter que dormir em casa.


– Claro, vou sim! – disse.


– Enfim, eu vou também. – soltou Cris.


– Tão dizendo ai que vai ser “a festa”. – disse Ju – O pai dela é dono daquela boatezinha nova que abriu mês passado.


– Mas... não ia ser na casa dela? – perguntei. De repente minha ficha caiu. – Bia! – rosnei.


– Calma Dulce. – ela levantou as mãos em desistência – Foi só um pequeno engano.


– Garota. Não creio que mentiu pra mim.


– Ah, qual é Dulce? Se eu falasse que seria em boate você nem iria. – disse ela.


– Agora é que me deu vontade de não ir. – dei as costas.


– Ei, ei, ei. Para com isso. Me desculpe. – cutucando meu ombro.


– Vai Dulce. A Bia tem razão. Você nunca sai com a gente nesses lugares. – disse Cris.


– Só uma vez Dulce? Vamos? Qual é, não vai ser tão ruim! – disse Landon lá de trás.


            Pra mim, esse garoto nem tava prestando atenção na gente, mas ele me surpreendeu.


– Eu... é... q-que ... não... – não sabia o que falar, fiquei balbuciando até Bia me salvar.


– Vai sim! E pronto! – disse convicta.


– Que bom! – completou Landon.


 


            Eu estou ficando louca ou Landon disse que seria bom eu ir? Olhei para trás e vi Cris e Ju com um mega sorriso no rosto e um pequeno e quase invisível nos lábios de Landon.


            A professora entrou na sala e acabou com nossa conversa. Acabamos por fazer um trabalho sobre células. – Como eu odeio Biologia! – Cris e Bia fizeram tudo sozinhas, enquanto eu conversava com Ju e olhava de esquio para Landon.


            O resto das aulas passou incrivelmente tedioso. Entre os alunos dos segundos anos, só se falava na tal festa – Que agora eu sei que é na boate e não na casa dela, COMO ME DISSERAM. – Isso negócio da Bia ter mentido para mim me deixou completamente furiosa, mas se ela dissesse a verdade provavelmente eu não iria. Pelo menos isso serviu para eu ouvir que Landon acha bom eu ir! – Ok garota! Isso não é nada demais! Ele é só um galinha, pegador, fofo, lindo, e que quer que eu vá.


– Sueli, estou indo para o banho. Se a Bia entrar, pede pra me esperar no meu quarto ou sei lá o que.


– Tá bom garota, vai lá!


            Já eram quase 20:40 e eu estava entrando no banho. Bia me disse que a festa iria começar as 21:00, então, provavelmente daqui a pouco ela vai aparecer fazendo o maior fuzuê porque eu ainda não vou estar pronta.


– Você tem relógio na sua casa? – perguntou ela sentada na minha cama.


– Claro que tenho. – tinha acabado de sair do banho, estava enrolada na toalha.


– Não parece! Você sabe que horas são? – levantou e ficou andando de um lado para o outro.


            Reparei em como ela estava. Seus cabelos lisos costumeiros estavam agora com vários cachos pendidos nas gostas, em um perfeito baby lis. Ela também havia renovado as mechas avermelhadas sobre seu castanho escuro e cortado uns três dedos. – Ou o penteado o deixava assim. – Ela usava um vestido de alças finas vinho, com um palmo acima dos joelhos, e um salto não tão alto, fino preto.


– Ah, eu não quero ser a primeira da festa. – disse indo pegar minha roupa. – E pra constar... Você está linda! – dei-lhe um sorriso.


– Obrigada. – disse calma e com suas bochechas coradas, mas logo voltou a se estressar. – Mas também, a última também não! – ainda andando.


– Caramba! Dá pra sentar? Isso tá me irritando! – gesticulei para cama.


– Tá! Anda logo vai. – sentou. – Que roupa vai?


– Essa aqui. – mostrei para ela. – Mas espera eu me arrumar para dizer o que achou. -Ela sorriu e fez um movimento com a mão como que para eu andar rápido.


            Tinha escolhido um vestido tomara que caia azul escuro, um pouco acima dos joelhos, todo franzidinho e com uma cinta branca abaixo dos seios. O salto também era do mesmo tom que o azul do vestido. Deixei meu cabelo liso como sempre, joguei um pouco para trás, e dei pequena bagunçada nas costas com minhas próprias mãos.


– E ai, o que achou? – perguntei insegura.


– Hum... – elevou uma das sobrancelhas e deu uma volta em mim. – Está linda! Como sempre! Mas dessa vez, você se superou gata!


– Obrigada! – sorri.


            Antes de eu terminar de me arrumar, Bia ligou para o táxi vir nos buscar. Consegui ficar pronta antes de ele chegar. Sueli já tinha ido embora, então, tranquei o apartamento e descemos no elevador.


– Você pintou e cortou o cabelo né? – perguntei já dentro do táxi.


– Uhum. O que achou?


– Você está linda amiga! Vão cair matando em cima de você hoje! – soltei uma gargalhada.


– Quem vê pensa! Vou ter que anotar em uma agenda todos os nomes que vão flertar contigo. – gargalhou.


            O carro estacionou em frente a boate as 21:32, ou seja, não estávamos tão atrasadas.


– Vamos indo, que vou ligar para a Cris avisando que já chegamos. – Bia pagou o motorista e já estava saindo.


– Obrigada! – disse ao homem.


– De nada senhorita! – arrancou com o carro nos deixando em pé na calçada.


– Ai meu Deus. Isso é demais! – ela gritou ao meu lado. – Essa boate é perfeita! – puxou meu braço me arrastando para lá.


– Mas você nem entrou ainda. – disse incrédula.


– Mas olha só... – apontou para os grupos de pessoas e para a fila em nossa frente – Com essa quantidade de pessoas, ela só pode ser perfeita.


– A gente vai ter que esperar aqui? Nessa fila? – fiz uma careta.


– Não garota! A Jéssica disse que iria ter a relação dos três segundos anos com os seguranças, era só dizer os nomes e entrar. Somos Vips! – me deu uma piscadela e nos levou até os fortões engravatados.


– Vips. – suspirei.


– Beatriz Nogueira e Dulce Maria Saviñon. – disse ela ao rapaz.


            Ele demorou um pouco até achar nossos nomes, mas pelo menos não foi nada comparado ao tempo que o povinho da fila iria ter que esperar.


– Podem entrar senhoritas. – disse o homem nos dando passagem.


– Obrigada! – agradeci.


            Quando entramos no ressinto, pus-me a reparar em cada detalhe. O local era muito bem iluminado, com as cores verde, vermelha e roxa. Era dividido em dois andares, o DJ ficava suspenso em uma sala de vidros na beirada do segundo andar, a decoração era toda em vermelho, com espelhos espalhados por todas as paredes e teto. Haviam pufes, bancos, e algumas mesas nos cantos e ao lado do bar. Falando em bar, ele era todo decorado com uma variedade de bebidas e complementos, os barmans faziam malabarismos com as garrafas e logo serviam ao cliente. De repente, acabando com minha avaliação, uma garota esbarra em mim e meu corpo todo amolece e ao mesmo tempo arrepia. Como se estivesse levado uma carga elétrica. Reparei que os pêlos de meu braço ficaram eriçados com aquele toque.


– Desculpe. – ouvi uma voz melodiosa sumindo aos poucos.


– Não olha por onde anda não? – perguntei virando para trás, mas, não consegui vê-la.


            Havia tanta gente no local que nunca que iria conseguir achá-la. Até porque, nem ver seu rosto eu consegui ver. Apenas vi um pequeno anel em seu dedo mindinho.


– Vamos até ali, tenho que ligar para a Cris. – Bia apontou para o bar e logo nos arrastou.


– Tá.


– Por favor, dois Ices. – disse ela ao barman.


            O rapaz demorou alguns segundos, enquanto isso Bia pegou seu celular.


– Alô? Cris? – o barman voltou com as bebidas – Obrigada. – disse a ele.


– No bar.


– Não demora.


– Tá bom! Beijo. – desligou o celular.


– Cadê ela? – perguntei.


– Lá em cima, mas já tá descendo.


Minutos depois aparece Cris do lado do Ju.


– Oi meninas! – disse Cris.


– Ei! – Ju nos saudou.


– Oi! – dissemos juntas os cumprimentando com abraços.


– Você veio! – berrou Cris.


– Pois é. – totalmente corada.


– Landon quer te ver. Quando disse que você estava aqui, pediu para que te dissesse isso. – Cris deu-me uma piscadela.


– Ah... c-claro... vou falar com ele mais tar-tarde. – balbuciei.


– Vai sim! – completou Bia.


            Cris nos arrastou lá para cima e acabei encontrando a Letícia sentada em uma mesa.


– Podem ir, vou ali falar com a Lê. Quer ir? – perguntei a Bia.


– Mais tarde falo com ela, vai lá você.


– Tá certo. – dei um gole na bebida e caminhei até ela.


– Dulce. – foi um gritinho suave – Pensei que não viesse. – levantou para me abraçar.


– Normalmente não vou a festas assim. – disse encabulada após receber um demorado beijo em minha bochecha.


– Que bom que veio. – sorriu. – Venha, deixa-me apresentar os meus amigos. Esses são, Toni, Léo, Julia... – foi cumprimentando de um por um respectivamente -...Renata e... – a partir desse momento não ouvi mais nada do que ela disse. Fiquei olhando para a garota em minha frente.


            Nunca havia visto uma garota tão linda, ou nunca tinha reparado em alguma como reparei nela. Seu cabelo era liso e loiro claríssimo até a altura dos ombros, seus olhos eram indecifráveis, não sabia ao certo se eram verdes ou azuis. Disse que nunca havia visto um sorriso tão lindo quanto o do Ju, pois é, o dela era milhões de vezes mais lindo. Não sei se eram as luzes da boate, mas, sua pela me parecia mais pálida do que de costume. – Até mais pálida do que a minha. Não parecíamos cariocas. – Seu vestido era verde claro... – foi à única peça de roupa que deu tempo de reparar, pois, ela mesma me tirou de minha análise.


– Hã... prazer... Anahi. – ela havia levantado para me cumprimentar, foi à única que fez isso.


– Ah sim, c-claro, desculpe. Muito p-prazer. Sou Dulce Maria! – sorri para ela e fui de encontrou ao seu corpo.


            No momento que senti sua pele quente encostada na minha, meu corpo levou o mesmo choque elétrico de pouco antes. Meus pêlos se eriçaram e senti um leve calor entre minhas pernas. Não queria perder aquele contado, mas não podia prendê-la. Logo me soltei de seus braços e, tive sensação de que ela também não queria se soltar de mim.


– Bia veio? – perguntou Lê ao meu lado.


– Ah... Bia? Sim, veio. – disse ainda admirando a garota que agora estava sentada.


– Dulce? – perguntou ela.


– Eu tenho que ir. – disse. – Vamos comigo, ai você aproveita e fala com ela. – sorri para ela.


– Tudo bem. Pessoal, já venho. – disse ao grupo.


– Foi um prazer gente! – sorri para eles.


– A Jéssica também te convidou ou você tá vindo de penetra? – perguntei ao mesmo tempo em que íamos de encontro aos meus amigos.


– Engraçadinha. – gargalhou. – É lógico que vim de penetra! – sorriu. – A maioria dos alunos não gosta muito de mim. – ficou cabisbaixa mais ainda sorria.


– Ah para. Qual é? Você liga para esses pirralhos? Eles não sabem ver além da sua pose autoritária. – parei e cruzei os baixos olhando-a séria.


– Não. Eu não ligo! – continuava sorrindo.


– E por que tá dizendo sobre eles não gostarem? – perguntei incrédula.


– Você que começou com o assunto. – me encarou. – Mas o importante é que você gosta de mim. – sorriu com os olhos dessa vez.


– E quem disse que eu gosto? – voltei a andar com ela me acompanhando.


– Você não gosta? – ficou mais uma vez cabisbaixa mais dessa vez não sorria.


– Ei, é lógico que gosto. – levantei seu rosto com uma das mãos. – Só estava sendo irritante. – ela voltou a sorrir.


– Já ia me esquecendo. – segurou meu rosto com as duas mãos – Você tem a mesma idade que esses “pirralhos” – enfatizou a última palavra.  – Mas eu não ligo para isso. – sorriu maliciosa e se aproximou mais do meu rosto, quando estava fechando os olhos, sinto seus lábios demoradamente em meu rosto.


– Só porque é mais velha acha que pode ficar abusando de mim? – disse encarando sua face sorridente. Ela deu de ombros e me soltou.


            Sorri e a puxei para a mesa em que meu grupo estava.


– Letíííííícia! – gritou Beatriz levantando da mesa.


– Oi Bia! Oi gente! – sorriu e foi de encontro aos braços de Bia.


– Oi inspetora Letícia. – disseram em uníssono. Não pude deixar de rir com a forma como falaram.


– Por favor, aqui somente Letícia ou Lê. Nada de inspetora. – sorriu para a mesa que concordou com o que ela havia dito.


            Dei mais um gole, só que dessa vez muito maior, na minha bebida. Depois fui fazendo as apresentações.


– Por mais que você seja a inspetora... – fiz uma careta e ela riu. – acho que não deve saber o nome de todos.


            Ela concordou com a cabeça e comecei a falar:


– Esses são Cris, Ju e... – só agora reparei no garoto em nossa mesa


– Landon. – completou ele.


– Oi Landon. - disse envergonhada.


– Oi Dulce. - sorriu.


– Muito prazer. – disse Lê.


– Sente-se conosco. – pediu Bia.


– Desculpem, mas não vai dar. Meus amigos devem estar... – ela foi interrompida.


– Aqui está você! Te procurei por todo canto. – disse alguém atrás de mim.


            Olhei para trás num impulso, e encarei surpresa, aqueles olhos indefinidos. Fiquei paralisada. Não sabia o que falar ou se deveria falar. Ela também me encarou de uma forma que foi quase possível ler sua alma.


– Olá Dulce. – disse Giovanna.


–O-oi Anahi. – gaguejei atônita.


– Any! Pode me chamar de Any. – disse sorrindo.


– Ah s-sim, c-claro. – gaguejei de novo e ela sorriu para mim.


– Vim te buscar. – apontou para Letícia agora a meu lado.


– Tá certo. Meninos, nos vemos mais tarde. – despediu-se deles.        


– Tá bom Lê. Até mais. – Bia a abraçou.


– Tchauzinho Bia. Tchau amorzinho. – Letícia me deu um beijo no rosto e agarrou no braço da amiga.


– Até mais Dulce. Nos vemos outro dia. A partir de hoje, você está convidada a sempre sair conosco. – sorriu.


            Estendi a mão para que a cumprimentasse, mas, ela se soltou do aperto de Lê e passou os braços em volta do meu pescoço. Estremeci com seu corpo colado ao meu, e só piorei ou melhorei, quando ela sussurrou em meu ouvido:


– Adorei te conhecer. – se afastou me olhando com um sorriso no rosto. Sorri em resposta.


            O resto da festa passou super entediante. – Eu odeio esses lugares! – As meninas já estavam quase explodindo de tanta raiva por minha causa. Sempre recusava qualquer pedido para dançar, ou simplesmente ignorava as pessoas que se aproximavam de mim. Fiquei lá, parada, sentada, na mesa. Às vezes me via sozinha. E foi em um desses momentos que dei por mim e pelo o que tinha acontecido. – Que garota era aquela? – Era incrível a forma como me sentia quando estava tocando sua pele. Eu que nunca fui de reparar muito em meninas, foi impossível não olhar detalhadamente para ela. Era linda demais. – E por que eu ainda estou pensando nela? Caramba! É só uma garota! – murmurei para mim mesma.


– Atrapalho? – perguntou Landon sentando-se ao meu lado. Ai meu Deus. SURTEI.


– Não. F-fique a vontade. – sorri e olhei para as minhas mãos.


– Você está bem? Aconteceu alguma coisa?


– Não. Na verdade, eu só não sou muito chegada a esse tipo de lugares.


– Quer ir para outro lugar? – me assustei com a pergunta.


– O-onde? – perguntei atônita.


– Ah, sei lá. Qualquer lugar. – sorriu.


– Acho melhor não. – respondi rápido.


– Tudo bem. – olhei de esquio e ele tinha um meio sorriso.


            O silêncio voltou a tomar conta do lugar. Sentia o olhar dele em mim, mas não me atrevi a encará-lo. Estava com medo. – Estava? Mas por quê? – pensamento idiota.


– Dulce? – chamou-me, e não teve como não o encarar.


– Oi?


– Você está linda! – sorriu e se aproximou de mim, pousando uma das mãos em minha cintura e a outra segurava a minha mão.


– O-obrigada! – minha voz desfaleceu aos poucos, deixando a palavra quase inaudível.


            Senti sua respiração e seu hálito quente tocando meu rosto. Estava ofegante. Por impulso fechei meus olhos e segundos depois senti seus lábios tocando os meus. Não sabia o que fazer. Não o respondi, mas também não o parei. Ele aos poucos entreabriu os lábios e sua língua emergiu para minha boca. Nessa hora, abri os olhos e encarei Letícia desesperada, que também me olhava com uma certa repulsa. Não sabia o que fazer. Assustada, levantei a minha mão que estava livre, e fiz movimentos para que ela se aproximasse. Não demorou muito e ela já estava ao meu lado.


– Desculpe, mas Dulce, posso falar com você? – interrompeu ríspida.


– C-claro. – levantei correndo e a puxando para longe da mesa. – O-obrigada. – agradeci com as bochechas coradas.


– Posso saber por que me faz passar essa vergonha? – ainda irritada.


– Eu não queria beijá-lo. – disse rápida.


– O quê?


– Eu... Não... Queria... Beijá-lo. – enfatizei as palavras. – Pelo menos não agora. – disse cabisbaixa.


– Entendi. Não se preocupe quanto a isto. – cruzou os braços. – Já posso ir?


– Sim. Obrigada mais uma vez. – ia saindo quando ela me puxou e olhou em meus olhos.


– Não faça mais isso. – percebi um sentido duplo em suas palavras, mas não comentei. Apenas sorri após vê-la ela fazendo o mesmo.


– Não me deixa sozinha? – supliquei.


– Cadê seus amigos?


– A Cris e a Bia devem tá pegando uns aí, o Ju rondando a Bia, e o Landon... – dissipei as palavras.


– Esquece ele. Vamos lá para a minha mesa. Você fica com a gente até a boba da Bia aparecer. – sorriu e me puxou pelo pulso.


– Voltando gatinha? – perguntou um dos rapazes que Letícia havia me apresentado mais cedo.


– Pois é... – senti o sangue em minhas bochechas.


– Toni, deixou a garota com vergonha. – a mulher ao lado lhe deu dois tapas no ombro.


– Ai Julia. Me deixa! – fuzilou ela.


– Não ligue para eles. – senti Lê sussurrando em meus ouvidos. – Venha, sente aqui.


            Acabei me sentando lá e percebi que Letícia tem um belo circulo de amizades. – Literalmente. – Além de pessoas super sociais e simpáticas, tanto os homens – e que homens – quando as mulheres eram pessoas lindas. Falando em pessoa linda. – Cadê a tal Anahi? – Achei que tinha apenas pensado, mas percebi que tinha soado para fora de minha garganta.


– O que tem a Any? – perguntou Letícia me encarando.


– Nada. É que percebi que só ela não está na mesa. – sorri amarelo.


– Ela não é de ficar até muito tarde nessas festas. Já foi embora faz algum tempo. – tomou um gole de uma bebida.


– Posso? – perguntei apontando para a mesma.


– Você não pode beber garota! – sorriu maliciosa. – Mas como gosto muito de você, vou deixar. Mas só desta vez, ouviu?


– Primeiro, o que é?


– Ah sei lá. É boa! – sorriu e tomou mais um gole.


– Então eu quero! – tomei de sua mão e virei em minha boca.


            A queimação descendo na minha garganta era demais. Ao mesmo tempo que aquilo incomodava, me dava uma sensação boa. Foi então que após o quarto gole, Bia resolveu aparecer.


– Te encontrei. – suspirou. – Tem noção como te procurei em todos os lugares? – perguntou em pé na frente da mesa.


– Em todos os lugares, ou na boca de todos os carinhas? – a bebida já surtia efeito.


– O quê? – perguntou atônita.


– Dulce, o que é isso? – Letícia me reprimiu.


– Não acredito que tá dizendo isso. – Bia me encarava surpresa.


– Ela deve tá bêbada! – ouvi uma voz masculina vindo também da mesa.


– Não estou bêbada! – protestei.


– Como deixou que ela bebesse? – Bia agora encarava Letícia.


– Mas... Ela nem bebeu direito. Tomou só uns quatro goles disso. – mostrou o copo.


– Quer saber... Vamos embora agora. – Beatriz me puxou.


– Ei, me larga! – puxei meu braço e acabei desequilibrando. Lê me segurou por trás e senti sua respiração em meus cabelos.


– Eu levo vocês embora. – disse ela.


– Tá legal! – Beatriz me encarou e me puxou em direção a saída com Letícia nos seguindo.


            O meu andar era cambaleante. Algumas vezes pendia para frente e era amparada por Bia, e quando pendia para trás, era a vez de Lê me segurar. A forma como ela me segurava me parecia mais carinhosa. Mas deduzi que era o efeito da bebida em minha mente.


            Entramos no carro de Letícia e ela foi dirigindo enquanto eu ia deitada no colo de Bia no banco traseiro. O caminho não era estranho para ela. Sempre que dava ela me visitava, então menos de meia hora depois, o que eu pude deduzir, estávamos em frente ao meu prédio.


– Eu ajudo. – ouvi a voz de Lê abrindo a porta.


– É o mínimo que tem a fazer. – disse Bia irritada.


– Garota, presta atenção que só vou dizer uma vez. – pausa – Nunca mais fale assim comigo. Nunca mais me trate assim. Ouviu bem? – nunca vi a universitária tão furiosa.


            Não houve resposta dita. Bia apenas assentiu com a cabeça e me ajudou a levantar. Elas me posicionaram entre seus braços e me levaram até meu apartamento.


– Obrigada! Aqui está bom!


– Não Bia! Vou levá-la até lá dentro. Não saiu daqui enquanto ela não estiver deitada e dormindo. – ordenou Lê.


            Senti que entramos em casa e elas foram logo me levando para o banho.


– Que porra de água gelada é essa? – gritei.


– Quer falar baixo, garota? – Lê tapou minha boca.


– Me tira daqui! Essa água tá muito gelada! – implorei.


            Elas me deram “aquele banho” e depois me colocaram para dormir. A última coisa que me lembro de ter visto, eram os olhos de Lê ao lado de minha cama.



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Autor(a): Miaagron

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



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  • AnBeah_portinon Postado em 02/04/2018 - 18:17:54

    Chorei horrores aqui! DEUS! quase morri por falta de oxigênio pelo meu choro compulsivo, ainda mais porque assisti os últimos capítulos ouvindo only Hope e You re missing It. No epílogo cry. Quase morri kkk. Amei!

    • AnBeah_portinon Postado em 02/04/2018 - 18:18:55

      Quer dizer, li os capítulos kk

  • flavianaperroni Postado em 06/10/2014 - 18:53:57

    Meu Deus eu chorei como um bb..não não eu chorei PIOR que um bb,que susto você me deu cara,Jurei que a Annie tinha morrido mesmo...Mais trando meu choro convulssivo eu AMEI DE PAIXÃO a web..ela é PERFEITA demais..Parabpens

  • brunamachado Postado em 02/09/2013 - 02:59:52

    Muito boa a história,emocionante,chorei igual uma cabrita pq pensei que ela tinha morrido mesmo,mais foi um lindo final feliz.

  • lunaticas Postado em 27/07/2013 - 04:19:25

    Nossa gostei demais ;)

  • Vondyreis Postado em 25/07/2013 - 21:55:03

    Que bom q a Any ñ morreu,vc conseguiu me enganar direitinho não foi?parabéns. pela fic ela é otima,ate a próxima eu espero!!!!

  • Vondyreis Postado em 24/07/2013 - 21:34:01

    Como vc pode matar a minha Any?!!!?!!?brincadeirinha!!serio eu chorei muito...E sua web é muito boa

  • lunaticas Postado em 24/07/2013 - 00:24:35

    amandooooooooo a Fic ;)

  • lunaticas Postado em 19/07/2013 - 03:40:50

    Adorei!!! Posta mais ;)

  • lunaticas Postado em 18/07/2013 - 04:00:09

    Oi adorando sua Fic!!! Espero q haja um milagre :( Ansiosa para os próximos cap.

  • rebecabel19hotmail.com Postado em 16/07/2013 - 10:05:02

    Posta mais...espero que continuem juntas;...


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