Fanfics Brasil - Interrogatório Um amor pra recordar Portiñon

Fanfic: Um amor pra recordar Portiñon | Tema: RBD Anahi e Dulce Maria


Capítulo: Interrogatório

1191 visualizações Denunciar


– Que ódio! Que ódio! Que ódio! – esbravejei batendo a porta de casa. – Eu vou descobrir! Eu vou! Ai que ódio! – berrei indo para o quarto.


– Meu Deus, que furacão é esse? – perguntou Sueli com uma cara de assustada.


– Por favor, agora não Sueli. – pedi em um tom mais baixo.


– O que aconteceu? – indagou.


– Sueli. Agora não! – enfatizei cada palavra ao mesmo tempo em que discava o número de Bia no telefone.


– Eu hein, que bicho será que mordeu ela? – murmurou saindo da sala.


– Anahi. Foi ela quem me mordeu. Que ódio Anahi! – gritei.


– Anahi o que? Tem certeza que ligou para a pessoa certa? E por que está gritando?  – ouvi a voz de Bia vindo do aparelho.


– Que ódio dela Bia! – berrei enquanto fechava a porta do meu refúgio, agora não tão feliz.


– O que foi? O que aconteceu?


– Eu discuti com ela!


– Ela não quis te contar, foi?


– Eu não agüento mais isso! Vou ter que apelar para a Letícia.


– Amiga pensa bem, isso pode só piorar as coisas. Se realmente a Anahi está escondendo...


– É lógico que ela está escondendo alguma coisa. É obvio Bia. – interrompi-a.


– Continuando. Significa que provavelmente é algo muito sério. Ou... – parou de falar.


– Ou o que? Desembucha. – pedi não tão calma.


– Ela não confia em você. – respondeu de imediato.


– Mas como... – desfaleci na cama ao ouvir isso.


– Dulce, calma. É só uma hipótese. O mais obvio, e o que eu acho, é que é algo muito sério que não deve sair falando para todo o mundo. Entende?


– Mas... Ela pode confiar em mim. Eu só quero ajudá-la. – meus olhos começaram a ficar marejados.


– Eu sei disso meu amorzinho, mas ela não. Por que não diz? Talvez seja isso que esteja faltando.  – disse calma.


– Eu não posso. – choraminguei. – Eu não posso afastá-la.


– E quem garante que vai afastá-la?


– Bia, se alguma garota chegasse em você e dissesse que está apaixonada, o que você faria? – indaguei.


– Sinceramente?


– Claro.


– Iria conversar com ela e ver o porquê disso tudo. E vai saber, talvez ela até sinta o mesmo por você e seja isso que ela esteja escondendo. Com o mesmo medo de afastar você dela. – pausou e continuou. – Como eu disse: você não parece gay. Então ela deve ter medo. O mesmo medo que você!


– Eu não sei Bia. Estou perdida. Vem aqui em casa? Dorme aqui? Por favor. – supliquei.


– Tá bom. Vou falar com minha mãe e mais tarde eu vou pra ir.


– Não demora. Por favor. Eu preciso da minha amiga aqui.


– Oh que bonitinha. Só assim para dizer que me ama né. – riu.


– Eu não disse que te amo. Disse que preciso de você. – também ri.


– Ok! Toma Bia. – gargalhou. – Mas eu te amo mesmo assim. Daqui a pouco estou ai. Beijo.


– Te amo sua boba. Beijo.


            Algum tempo depois, Beatriz me aparece fazendo o maior escândalo. Abri a porta do meu quarto e ela estava entrando junto com minha mãe.


– Que barbaridade é essa? – perguntei.


– Oi filha. – minha mãe veio e me abraçou.


– Lindona, que saudade de você. – me abraçou forte.


– Menos Bia, menos. – sorri. – Então, que bagunça é essa? E por que a gritaria?


– Segredinho! – Bia sorriu maliciosamente.


– Como assim? Como minha melhor amiga pode ter segredo com minha mãe? Isso é totalmente injusto. Ainda mais nas minhas atuais condições.


– E qual é a sua atual condição? – indagou minha mãe. Me ferrei!


– Ah... que.. é... – balbuciei.


– Tudo culpa do teatro. A Anahi não para de pegar no pé dela. Eu tenho que ver essa garota e dizer umas verdades para ela. Tá acabando com minha amiga. – Beatriz me deu uma piscadela disfarçadamente.


– É. Eu não agüento mais. – sorri desconcertada.


– Vou lá tomar um banho. Depois a gente conversa mais Bia. – disse minha mãe e foi para o quarto.


– Desembucha. Qual é a do segredo?


– Qual é? Acabei de te livrar de uma e fica de desconfiança? Confia em mim.


– Eu tenho medo disso. – sorri e a puxei para meu quarto.


– Conta, o que você pretende fazer? – sentando em minha cama.


– A única esperança e arrancar isso da Letícia.


– Eu tenho dó dela viu. Coitada. Perder para a melhor amiga a garota que ela gosta.


– E eu tenho culpa? Eu gosto da Lê, mas não como gosto da Anahi. – sorri amarelo.


– Você faz uma cara de boba quando diz o nome dela, que dá até enjôo. – gargalhou.


– Cala a boca. – joguei meu travesseiro nela também rindo.


– É sério. Não faz as perguntas pra Lê não.


– Eu tenho que fazer.


– Você acha mesmo que ela vai perder o encontro dela contigo para falar da Anahi? Nem a boba da Cris ia fazer isso.


– Eu tenho que tentar. Mas não quero mais falar disso. – dei-lhe um sorriso maligno.


– Ai meu Deus, que sorriso é esse?


– Fala logo, o que deu no Ju para te chamar para sair? Achei que ele nunca fosse fazer isso.


– Ué, como assim, nunca fosse fazer isso?


– Bia, escuta amiga. Você tá lentinha viu. – suspirei. – Da mesma forma que você diz que a Letícia tem cuidado comigo e que tá na cara que está afim de mim, acontece o mesmo com o Ju em relação a você.


– É sério? – perguntou com os olhos arregalados.


– É sim. Super na cara.


– Eu nunca tinha reparado.


– Porque você é burra! – dei um tapa nos ombros dela.


– Ai! Burra é você que tem uma bonitinha igual a Lê e um gatão igual o Landon correndo atrás de você, e você nem aí. Liga só para àquela talzinha pianista de segredinhos.


– Não fala assim dela!


– Ui. “Não fala assim dela!” – me imitou e correu para a cozinha.


– Ei garota. Você tá muito abusada. – gritei a seguindo. – E põe abusada nisso. – olhei para ela que mexia na geladeira. – O que está fazendo?


– Estou com fome ué. – pegando um suco e depois um bolo de chocolate.


– Você ainda não me contou o que aconteceu com o Ju. – disse.


– Ah, não aconteceu nada. Só saímos mesmo. Parecíamos melhores amigos. – bebeu um pouco do suco.


– Sério? Ele não tentou nada? – levantei e coloquei um pouco de suco para mim.


– Não. Só conversamos.


– Nem parece amigo do Landon. – me sentei de novo. – Enquanto um é todo cavalheiro o outro é um cachorro.


– Se acha isso, por que ainda fica com ele?


– Quando eu digo que você é lenta, é porque é. – sorri. – É porque ela fica insistindo, aí eu não agüento e sedo, entendeu? Fora o fato de que Anahi nem olha para mim.


– Eu acho que você não deveria ficar com mais ele não. Pelo menos não gostando dela.


– Posso ser sincera? – perguntei.


– Claro. Deve.


– Eu penso nela quando estou com ele. Imagino que estou beijando-a.


– Ai meu Deus. Que coisa mais... mais... mais canalha amiga. – gargalhou.


– Ei, não se esqueça que eu ainda estou aqui. - ri


– Mas é verdade. Isso é canalhice. Acho que nem o Landon merece. Imagina o trauma dele quando souber que quando você o beija você pensa em uma mulher. Ou melhor... Na diretora do musical de vocês. – gargalhou mais alto.


– Shiu. Minha mãe pode escutar.


– Ela está tomando banho. Relaxa. – terminou com o bolo e pegou mais um pedaço.


– Eu acho que... acho que a amo. – disse cabisbaixa.


– Como?


– Acho que amo ela!


– Oh que bonitinha. Se eu não gostasse de homem, eu juro que pegava você. – bebeu mais suco.


– Credo. Saí fora que eu ia beijar você. – coloquei o dedo indicador no meu suco e depois passei no nariz dela.


– Éka. Agora nem se eu gostasse de mulher eu te pegaria. Que nojo. – passou a mão no nariz para limpar.


– O que vamos fazer? – perguntei me levantando.


– Assistir filme?


– Eu deveria imaginar. Beatriz Nogueira tem a criatividade limitada. – sorri enquanto lavava as louças.


– Idiota! – grunhiu.


– Filha, eu vou sair tudo bem? – perguntou minha mãe parada na porta da cozinha.


– Uau. Ficou melhor do que imaginei. – disse Bia.


– Obrigada. – minha mãe sorriu ruborizada.


            Ela estava simplesmente fantástica. Usava um vestido preto até os joelhos, com alças transversais nas costas e um coque com fios escapando. Minha mãe era maravilhosa.


– Mãe do céu. Você tá linda! – berrei.


– Assim vou acabar acreditando.


– Espera aí. Bia, o que você quis dizer com: “Ficou melhor do que imaginei”?


– Isso faz parte do nosso segredinho. – disse minha mãe nos dando um beijo e saindo. – Volto mais tarde. Se comportem.


– Juízo. – gritou Bia.


            Bia não quis abrir a boca por nada. Tentei subordiná-la até mesmo com uma caixa de chocolates e nem assim a menina quis falar sobre o tal segredinho com minha mãe.


            Era vinte para as oito e eu estava terminando de me arrumar para “sair” com a Letícia. Usava uma calça jeans escura bem colada, uma tomara que caia preta e saltos pretos. Como o tempo estava meio abafado, prendi os cabelos em um rabo-de-cavalo e passei uma leve maquiagem.


– Senhorita Dulce? – perguntou o porteiro do turno da noite quando atendi o interfone.


– Sim senhor. É ela.


– A Senhorita Letícia pediu para avisar que está te esperando aqui em baixo.


– Obrigada. Diga a ela que estou descendo.


            Desliguei o aparelho e peguei minha bolsa. O tempo que fiquei dentro do elevador, foi necessário para que eu começasse a pensar sobre como iria chegar ao assunto “Anahi”. Mal tinha terminado de pensar, e a porcaria da porta abriu informando que havia chegado lá em baixo.


            Fui andando para fora do meu prédio, e bem na frente Letícia me esperava encostada na porta do passageiro. Ela estava linda. Se eu não amasse Anahi, Letícia seria a mulher perfeita. Ela estava com um short social cinza, uma batinha amarela e saltos do mesmo tom.


– Isso tudo é para mim? – perguntei ironicamente.


– E o que mais você quiser. – sorriu e me abraçou.


– Que bom. – sorri sem-graça.


– Você está linda. – disse me encarando.


– Ah, o-obrigada. V-vamos? – gaguejei. Essa noite vai ser mais difícil do que eu imaginei.


            Ela me deu passagem para sentar no banco e deu a volta para ir do lado do motorista. No caminho conversamos pouco, e tudo banalidades.


– Chegamos. – disse após estacionar o carro em um barzinho.


– Bem legal aqui. – abri a porta e sai do carro.


            Era um local aconchegante. Havia lugares cobertos e ao ar livre. Como estava calor, nos sentamos em uma mesa perto do lado de fora. Ainda era “cedo”, então não estava muito cheio.


– O que vai querer? – perguntou ela quando nos sentamos. – Por favor, nada de álcool. – sorria.


– Sim. Nada de álcool. – repeti rindo. – Quero uma coca mesmo.


            Ela chamou o garçom e pediu para que ele trouxesse duas cocas.


– E então... – começou ela. – O que é tão importante que você quer falar, que chegou até a me convidar para sair. – sorriu.


– Meu Deus. Minha fama deve ser horrível. Não posso nem chamar uma amiga para passear, que significa que tenho segundas intenções. – fiz um pouco de drama.


– E tem segundas intenções? – perguntou se inclinando um pouco na mesa.


– Eu apenas queria sair com você, Letícia. Somos amigas, não somos? – desconversei.


– Somos. – se ajeitou de novo na cadeira.


– Então. Só queria conversar. Nada demais. – sorri amarelo.


– Tudo bem. Se você diz. – sorriu.


– Posso te dizer uma coisa, que eu nunca falei? – disse.


– Claro.


– Eu não sei por que, mas você me lembra muito a Fernanda.


– Fernanda, Fernanda diretora? – perguntou.


– É ué.


– Somos irmãs. – respondeu de imediato.


– Sério? Meu Deus. – meus olhos se arregalaram.


– Ih, qual o problema? – perguntou rindo.


– Nada. Vocês são muito parecidas. Mas, eu não fazia a mínima idéia de que vocês tinham algum parentesco.


– Somos amigas, mas nunca paramos para conversar sobre nós duas. – me fitando de novo. Realmente, vai ser difícil essa noite. Ela é bem atiradinha.


– Então por isso você trabalha lá na escola? – indaguei.


– Mais ou menos. – suspirou. – Minha paixão é lecionar. É meu sonho sabe. Desde pequena. E quando minha irmã começou a trabalhar assim, ai que eu realmente tive a certeza que queria fazer pedagogia. Ela aproveitou que precisava de uma estagiaria, e como eu já estou no final do terceiro ano, acabou que eu aceitei estagiar lá. Entende?


– Legal. É bom para você isso. – sorri.


– Por isso que eu não posso mais te deixar atrasar. Além de levar um xingo na escola, eu levo uns tabefes quando tem reunião de família. – riu.


– Oh, me desculpe. – pedi envergonhada.


– Não se preocupe. Fernanda sabe que eu gosto muito de você. Por isso ela não falava nada antes. Mas você passou dos limites né garota? Quase todos os dias chegando atrasada, aí nem os deuses do Olímpio conseguiriam te ajudar. Minha irmã é do mal. – gargalhou.


– Eu gosto dela. – soltei.


– Eu a amo muito. Ela é alguns anos mais velha do que eu, então sempre me espelhei nela sabe? Ela é uma mulher e tanto.


– Quantos anos mais velha?


– Nove anos. – disse rápida.


            Resolvi mudar de assunto e desconversei.


– Mudando completamente de assunto, eu adorei seus amigos da festa. – sorri.


– Eu gosto muito deles. Alguns cresceram comigo, outros são da minha turma de faculdade.


– E quais viram você pequenina? – perguntei sorrindo.


– Julia, Toni e Anahi.


– Eu não lembro direito da Julia. Me lembro só do Toni e a Any não conta. – a conversa estava começando a ir para o caminho que eu queria.


– A Julia era quem estava sendo assediada pelo Toni. Mas acho que você nem se lembra muito disso. – riu.


– Pior que nem me lembro. E olha que eu nem bebi muito.


– Imagina se bebesse então. – gargalhou.


– Boba. – ri. – Você é muito amiga da Anahi? – não perdi a oportunidade.


– Sim. Ela é minha melhor amiga desde criança. Eu sempre fingia que era professora e ela ficava imitando as pessoas não filmes e novelas. – ela sorriu e percebi seu desconforto. Mas tinha que insistir.


– Eu gosto dela. – disse de imediato.


– Ela é uma pessoa maravilhosa. Encanta todo o mundo. Quando a vi tocando a primeira vez, fiquei super emocionada. E olha que eu era pequena.


– Quando a vi tocando La no auditório, nem acreditei que era ela. Tipo, fiquei meio atordoada. Lembrava pouco dela, mas sabia que era sua amiga. – menti.


– Pois é. – sorriu amarelo.


– Eu queria te perguntar uma coisa, mas não sei se devo. – me ajeitando na cadeira.


– Fale, e eu vejo se respondo ou não.


– Ok. – suspirei. – Quando ela foi em casa me dar o primeiro ensaio, ela me fez prometer algo. E eu achei muito estranho.


– Ela te fez prometer que não criaria vínculo com ela? – perguntou.


– Foi! – respondi atônita. – Como sabe?


– Já passei por isso. – sorriu triste.


– Por quê? Por que ela faz isso com as pessoas?


– Olha Dulce, não quero ser rude com você, mas isso é um assunto que só diz respeito a ela, entende? Se ela não te disse, eu não posso dizer. Mas não pense que isso significa que ela não goste de você, mas é algo muito importante para ela. Na verdade, se ela te fez prometer, é porque gosta muito de você.


– Desculpe. Não quis me intrometer.


– Não é isso. Mas como eu disse: É um assunto que diz respeito a ela. Um dia ficará sabendo. – sua voz soava melancólica, e percebi que não conseguiria tirar mais do que isso dela. Então resolvi mudar de assunto e tentar aproveitar o passeio né.


– Claro. – sorri.


            Ficamos alguns segundos em silêncio. Eu olhava para as minhas mãos e sentia ela me olhando, me analisando.


– Mas então, não viemos para falar da Anahi, ou viemos? – perguntou sarcástica, mas ainda mantinha a voz triste.


– Não, claro que não. – menti de novo.


– Quer comer alguma coisa? – perguntou olhando para o cardápio.


– Não estou com muita fome. Mas se você quiser eu te acompanho.


– Não, também não estou com fome. – sorriu. – Você tá namorando o Landon?


– Não, não, não. – me assustei com a pergunta. – Estamos ficando.


– Achei que estivessem. Ele não larga do seu pé.


– Pois é. Mas não quero mais ficar. Só aconteceu porque ele é chato e fica insistindo.


– Insistir dá certo? – isso foi uma cantada?


– Como assim? – perguntei incrédula.


– Nada. Pensei alto. – sorriu maliciosa.


– A ta. Pensou alto. – disse encarando o nada.


– Os meninos da escola ficam babando você sabia? – comentou.


– Ficam? Eu nunca reparei.


– Eu sou uma ótima observadora. – me deu uma piscadela.


– Nem deve ser tanto assim. – senti minhas bochechas enrubescerem.


– Você é linda Dulce É normal eles ficarem te olhando. – se inclinou novamente na mesa.


– O-obrigada. Você também é muito bonita. Provavelmente tem muitos rapazes atrás de você. – me esquivei.


– Acho que não. Não gosto muito disso sabe. – sussurrou voltando a se acomodar na cadeira.


– O que quis dizer com: “Não gosto muito disso”? – perguntei já sabendo a resposta.


– Deixa para lá. Não é um assunto muito agradável. – me sorriu e bebeu um gole do refrigerante.


– Fale, por favor. – pedi.


– Tudo bem. – suspirou. – É que... eu não gosto de ser muito assediada por homens entende? – perguntou encarando o copo. – Digo... – suspirou de novo. – é que eu...


– Se não quiser falar sobre, eu entendo. – sorri.


– Eu confio em você. – me encarou. – É que eu costumo ficar com...


– Você é gay? – perguntei de imediato e me assustei comigo mesma.


– Como? – pasma.


– Você é gay? Digo... Você gosta de mulheres? – perguntei outra vez.


– Sou. – encarou o copo outra vez. – Olha, se não quiser mais falar comigo... – cortei-a.


– Ei, ei, ei. Calma. Nunca que eu faria isso. – peguei em sua mão, e acabei me arrependendo. Será que ela vai achar que eu estou dando esperanças?


– Você não liga para isso?


– Eu não me importo. Já disse que sou sua amiga. – sorri, mas retirei minha mão.


– Eu te amo! – disse me encarando.


– Hã? – arregalei os olhos.


– É ué, você não é minha amiga? – sorriu com o canto dos lábios.


– Ah claro. – sorri amarelo.


            O resto da noite passou muito mais tranqüila. Não fiz gestos que pudessem dar-lhe esperanças, mas não fui uma pessoa invencível. Conversamos banalidades e coisas sem sentido. Foi bom sair assim com ela, pude conhecê-la melhor. Por um lado eu fiquei super feliz por ela ter a confiança necessária em mim para se assumir. Não sei se fosse ao contrário eu teria essa coragem. O comentário que ela fez sobre o que a Anahi esconde ser algo muito importante, e que se ela pediu para que eu prometesse significa que ela gosta de mim, fez meu coração dar saltos de alegria e isso bastou para que a noite valesse à pena. Não que a companhia dela não foi, mas aumentou minha felicidade.


            Quando era mais ou menos dez e meia ela me levou para a casa. Nos despedimos só com um abraço e eu corri para meu quarto. Aproveitei que minha mãe estava no trabalho e liguei para a Bia.


– Beatriz Nogueira, você não sabe o que aconteceu. – sibilei.


– Qual é Dulce? Hoje que resolvi dormir cedo você me acordar. – com a voz sonolenta.


– Senta agora se não você vai cair dura. – fui para meu quarto.


– Estou deitada, é melhor. E diga rápido antes que eu desligue.


– Ai, eu tenho que te contar. E para de reclamar.


– Não pode deixar para amanhã cedo?


– Bia. Por favor. Me deixa falar – pedi.


– Anda logo. Fala! – bufou. – Que saco!


– Letícia assumiu para mim que é gay. – disse rápido.


– O quê? – gritou.


– Isso mesmo. Ela disse que é gay! Que gosta de mulheres.


– Me conta isso direito. Até acordei agora.


– Só porque você reclamou antes, os detalhes vou contar amanhã. – ri.


– Ah, mas você não vai fazer isso comigo. – choramingou.


– Vou sim. A gente se fala amanhã.


– Não. Espera por favor...


– Tchau Bia. Te amo. – desliguei caindo na cama.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Miaagron

Este autor(a) escreve mais 4 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

        O dia do musical estava chegando, por isso passávamos mais tempo ensaiando. Eu não achava ruim, até porque, ficava muito mais tempo ao lado de Anahi. Em um dos ensaios em minha casa, Bia foi e acabou conhecendo Anahi. – Amiga, vim te ver. – gritou ela entrando em casa. – Quem é? – pergunto Anah ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 11



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • AnBeah_portinon Postado em 02/04/2018 - 18:17:54

    Chorei horrores aqui! DEUS! quase morri por falta de oxigênio pelo meu choro compulsivo, ainda mais porque assisti os últimos capítulos ouvindo only Hope e You re missing It. No epílogo cry. Quase morri kkk. Amei!

    • AnBeah_portinon Postado em 02/04/2018 - 18:18:55

      Quer dizer, li os capítulos kk

  • flavianaperroni Postado em 06/10/2014 - 18:53:57

    Meu Deus eu chorei como um bb..não não eu chorei PIOR que um bb,que susto você me deu cara,Jurei que a Annie tinha morrido mesmo...Mais trando meu choro convulssivo eu AMEI DE PAIXÃO a web..ela é PERFEITA demais..Parabpens

  • brunamachado Postado em 02/09/2013 - 02:59:52

    Muito boa a história,emocionante,chorei igual uma cabrita pq pensei que ela tinha morrido mesmo,mais foi um lindo final feliz.

  • lunaticas Postado em 27/07/2013 - 04:19:25

    Nossa gostei demais ;)

  • Vondyreis Postado em 25/07/2013 - 21:55:03

    Que bom q a Any ñ morreu,vc conseguiu me enganar direitinho não foi?parabéns. pela fic ela é otima,ate a próxima eu espero!!!!

  • Vondyreis Postado em 24/07/2013 - 21:34:01

    Como vc pode matar a minha Any?!!!?!!?brincadeirinha!!serio eu chorei muito...E sua web é muito boa

  • lunaticas Postado em 24/07/2013 - 00:24:35

    amandooooooooo a Fic ;)

  • lunaticas Postado em 19/07/2013 - 03:40:50

    Adorei!!! Posta mais ;)

  • lunaticas Postado em 18/07/2013 - 04:00:09

    Oi adorando sua Fic!!! Espero q haja um milagre :( Ansiosa para os próximos cap.

  • rebecabel19hotmail.com Postado em 16/07/2013 - 10:05:02

    Posta mais...espero que continuem juntas;...


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais