Fanfic: Wallbanger | Tema: Vondy

Uma hora depois, eu estava quase colocando o ‘Mágico de Oz’ depois de ‘Willy Wonka’ quando ouvi uma batida na porta. Eu podia ouvir coxixos nocorredor quando me aproximei da porta, e então reprimi um sorriso.

– Não a deixe cair, idiota!

Uma voz sensual repreendeu.

– Oh, cale a boca. Não precisa ser tão mandona!

uma segunda voz retrucou.

Revirando os olhos, abri a porta para encontrar minhas duas melhores amigas, Maite e Anahi, segurando uma grande caixa.

– Sem brigas, meninas. Vocês duas estão bonitas.

Eu ri, erguendo uma sobrancelha para elas.

– Ha ha. Engraçado!

Anahi respondeu, cambaleando adentro.

– Que m.erda é essa? Eu não posso acreditar que vocês carregaram isso quatro lances de escadas!

Minhas meninas nunca faziam o trabalho manual quando poderia chegar alguém para fazê-lo por elas.

– Acredite em mim, nós esperamos do lado de fora do taxi esperando alguém passar, mas sem sorte. Assim, resolvemos fazer nós mesmas. Bem vida a sua nova casa!

Disse Maite. Elas então se ajeitaram e Maite caiu na poltrona junto à lareira.

– Pare de se mudar tanto de casa.. Estamos cansadas ​​de comprar coisas pra você.

Anahi riu, deitando no sofá e colocando os braços sobre seu rosto de forma dramática.

Eu cutuquei a caixa com o meu dedo do pé e perguntei

– Então, o que é isso? E eu nunca disse que tinham que me comprar nada. O espremedor de suco do ano passado não era necessário, de verdade!

– Não seja ingrata. Basta abrir a caixa

Maite instruiu, apontando para a caixa com o dedo do meio, que ela então o exibiu em minha direção. Suspirei e sentei no chão em frente a ela. A caixa era pesada, seja o que for que tinha naquele pacote.

– Oh, não. O que vocês fizeram?

Eu perguntei, pegando uma piscadinha de Anahi para Maite. Puxando a fita e abrindo a caixa, eu estava feliz da vida com o que encontrei.

– Gente, isso é demais!

– Nós sabemos o quanto você sente falta da sua ultima!

Anahi gargalhou, sorrindo para mim. Anos antes, eu havia recebido uma velha batedeira de uma querida tia-avó que faleceu. Tinha mais de 40 anos, mas ainda funcionava muito bem. Essas coisas foram construídas para durar, por Deus, e tinha durado até poucos meses atrás, quando finalmente teve seu fim grandioso. Saía fumaça e voavam pedaços vacilantes da batedeira e da comida, enquanto misturava a massa de um pão de abobrinha, e por mais que eu odiasse isso, eu joguei fora.  

Agora, enquanto eu olhava para a caixa, uma batedeira, brilhante, nova, e de aço inoxidável estava olhando para mim, visões de biscoitos e tortas começaram a dançar na minha cabeça.

– Vocês.. é lindo!

eu respirei, olhando com prazer meu novo bebê. Levantei-a suavemente para admirar e colocar as mãos sobre ele, passando meus dedos para sentir as linhas suaves, e sentir prazer com o metal frio contra a minha pele. Eu suspirei levemente e a abracei de verdade.

– Vocês duas querem ficar sozinhas?

perguntou Maite.

– Não, está tudo bem. Eu quero que vocês estejam aqui para testemunhar o nosso amor. Além disso, este é o único instrumento mecânico que provavelmente vai me trazer algum prazer num futuro próximo. Obrigada, meninas. É muito caro, mas eu realmente gostei de ter ganhado esse presente.

Duque veio, cheirou a batedeira, e prontamente saltou para a caixa vazia.

– Só promete que vai nos trazer guloseimas deliciosas, e tudo vai valer a pena, querida.

Anahi sentou-se, olhando para mim com expectativa.

–  O quê?

Eu perguntei cautelosamente.

– Dulce, posso por favor começar a arrumar pelas suas gavetas agora?

perguntou ela, gaguejando enquanto seguia seu caminho em direção ao quarto.

– Você pode começar a fazer o que minhas gavetas?

Eu respondi puxando meu cordão um pouco mais apertado em volta da minha cintura.

– A sua cozinha! Estou morrendo de vontade de começar a colocar tudo!

Exclamou ela, correndo no lugar agora.

– Oh, claro que sim, fique à vontade! Feliz Natal, doida.

Respondi com ironia e chamei Anahi assim enquanto ela corria triunfalmente para o outro quarto.

Anahi era uma organizadora profissional. Ela tinha nos levado à loucura quando estávamos morando todas juntos, com suas tendências de TOC e sua atenção insana aos detalhes. Um dia Maite sugeriu que ela se tornasse uma organizadora profissional, e após a formatura, ela fez exatamente isso. Ela agora trabalhava sobre a área da Baía para ajudar as famílias a arrumar sua merda de vida de algum jeito. A empresa de design para qual eu trabalhei, por vezes, teve sua consulta,e ela ainda apareceu em alguns programas de TV mostrando filmes da cidade. O trabalho lhe convinha à perfeição.

Então, eu apenas deixei Anahi fazer seu trabalho, sabendo que meu material seria tão perfeitamente organizado que eu ficaria surpresa. Maite e eu continuamos a arrumar  o resto das coisas na sala de estar, rindo sobre DVDs que tinhamos visto ao longo dos anos. Fizemos uma pausa à cada capa que víamos e a cada filme.

Mais tarde naquela noite, depois que minhas amigas me deixaram, me acomodei na sofá da sala de estar com o Duque para assistir reprises de Hell’s Kitchen e rindo das possíveis criações estranhas que eu poderia fazer com a minha nova batedeira.