Fanfic: A garota da web (Lésbica) | Tema: Rebelde; Portiñón

• Giovana

Arrumei minhas malas e fui ao escritório conversar com Renato e confirmar os detalhes da viagem.

- Bom Gi, temos um problema. – Já me senti desconfortável com isso – Só conseguimos vôo pra hoje a noite, você deve chegar amanhã. Será que tem problema pra você? Porque a próxima data é só daqui a dois dias e precisamos de você lá o quanto antes.

- Bom, eu já deixei tudo pronto pra viajar amanhã, então acho que ir umas horas antes não fará mal algum. Mas porque toda essa presa? Eu pude rever os detalhes do processo e não deve ser muito difícil, apenas deverá ser um pouco demorado.

- Na verdade Gi o caso se complicou e por isso precisamos dessa urgência, desculpa ser assim de ultima hora, mas é necessário.

- Tudo bem Renato, sem problemas. Vou hoje a noite então, mas gostaria de sair mais cedo pra arrumar tudo.

- Com certeza, não precisa nem voltar depois do almoço, pode ir direto pra casa. E Gi, - Ele pegou na minha mão e eu me senti desconfortável. – muito obrigada mesmo, você esta sendo uma ótima funcionária e amiga

  - De nada. – Tirei minha mão de baixo da dele. – Só faço o meu trabalho. Bom já vou indo, quero analisar mais o processo, até mais.

- Até.

A tarde fui pra casa e aprontei tudo, foi complicado mas consegui me soltar da minha mãe que me agarrou e não queria largar, todos me levaram ao aeroporto e por sorte o vôo não demorou mais que uma hora pra sair e logo desembarquei na Argentina. Meu desembarque foi bem tranqüilo, havia um senhor me esperando com uma plaquinha com meu nome escrito que se apresentou como Jorge meu motorista e me levou até o hotel. Eu estava bastante cansada por causa do vôo então nem desarrumei minhas malas, apenas tomei um banho e fui dormir sem jantar mesmo.

Acordei de manhã bem cedo e com saudades do meu blog e de escrever, e o pior era que sabia que durante a viagem iria ficar cada vez mai difícil postar algo, então com muito aperto no coração deixei uma mensagem para meus leitores me despedindo e explicando que por um tempo iria ficar difícil escrever, mas que sempre que possível eu estaria conversando com elas pelo chat. Fiquei mais tranqüila sabendo que minhas web’s estavam terminadas, eu estava pensando em escrever outras mas não dava pra continuar escrevendo agora. Abri meu facebook e encontrei meu irmão online, aproveitei e abri uma chamada de vídeo com ele, infelizmente meus pais estavam dormindo mas eu pude falar com meu irmão e dizer que cheguei muito bem, que já estava no hotel e contar os detalhes da viagem.

Trabalhei a manhã e a tarde inteira e mal pude conhecer a cidade, fui a delegacia, cartórios, escritórios e outros o dia inteiro pra cima e pra baixo, mal tive tempo pra pensar. Cheguei tarde em casa e pra relaxar resolvi curtir a hidromassagem do hotel, enchi a banheira com uma água bem quentinha, coloquei alguns sais pra fazer espuma, entrei e relaxei em meus pensamentos. Logo que entrei pude relaxar por completo, a água quente na minha pele, o clima com ar frio lá fora, o quarto de hotel, minha mente louca, ainda não sei o que foi, mas tudo, absolutamente tudo me levava a lembrar de Mari. Acho que o fato de um novo encontro nosso pelas ruas da vida ser extremamente era o que me dava mais vontade de reencontrá-la, por algum acaso ela entrou na minha vida e mexeu com tudo, ela não saia mais da minha mente, também não sei se foi seu rosto lindo, seu sorriso perfeito, seus beijos, seu sexo, mas eu estava inegavelmente apaixonada por ela.

A imagem dela era tão clara pra mim que eu podia senti-la me tocando, me beijando, me acariciando. Lentamente fui descendo minha mão direita pelo meu corpo enquanto ela me vinha a cabeça me agarrando dentro daquele carro apertado, minha outra mão repousou sobre meu seio e o massageei lentamente enquanto a outra chegava a minha perna. Cada vez mais ela me beijava chegando a me deixar sem ar, eu precisava dela, precisava tê-la e que ela me tivesse, sentia falta do seu corpo, dos seus beijos, do seu cheiro, da sua língua. Minha mão chegou ao ponto desejado e eu me acariciei lentamente e a cada beijo dela aumentava mais e mais meus movimentos ainda em meu clitóris. Comecei a imaginar o quão maravilhoso seria chupá-la, cheguei a apertar forte meu seio enquanto imaginava, e ela me chupando então, não resisti e penetrei dois dedos o mais profundo possível, eu conseguia senti-la sobre mim, conseguia sentir seu desejo mesmo estando longe e não tendo ideia de onde ela estava e chego a me atrever e dizer que podia sentir até o seu amor. Imaginei o quão seria bom ela ali comigo naquela hidro, me possuindo como sua, só sua, eu estava tão louca que comecei a gemer sozinha enquanto aumentava cada vez mais o ritmo dos meus dedos até não agüentar mais e gozar, não pude deixar de pensar o quão deveria ser maravilhoso sentir o gosto da Mari na minha boca, acho que eu realmente estava ficando louca ou realmente precisava de uma namorada.

Os dias se seguiram bem rápido, eu tive bastante trabalho mas consegui com muito esforço vencer o caso e conseguir prestígio na advocacia, eu falava com meus pais pelo menos uma vez a cada dois dias, estávamos sempre trocando e-mails, telefonemas ou mensagens, mas ainda assim a saudade não passava e só aumentava, não deixei de pensar em Mari nem um dia sequer, mesmo quando chegava cansada as noites ela dormia comigo em meus pensamentos foi aí que realmente percebi que estava louca, tudo bem não conseguir esquecê-la durante alguns dias, foi maravilhoso demais pra isso mas já faziam quase seis meses e eu ainda pensava nela, comecei até a pensar em ir a um psicólogo.

Finalmente o avião pousou e desembarquei novamente no Rio, estava morrendo de saudades da minha cidade e do meu país, da comida, dos hábitos, do clima, de absolutamente tudo. Meu irmão já estava me esperando no aeroporto, estranhei meus pais não estarem com ele mas ele disse que eles haviam ido ao médico então entendi. Fomos pra casa e durante o caminho fui contando ao meu irmão como foi a viagem, no inicío foi complicado me adaptar ao clima, as comidas de lá e sobre tudo ao español o tempo inteiro, mas agora que havia voltado o difícil seria me adaptar ao português novamente, já estava até com um sotaque.

Chegamos em casa e eu fui entrando na frente enquanto meu irmão pegava minhas malas no porta malas do carro, assim que entrei me deparei com uma festinha surpresa, não era bem uma festa mas sim uma social com meus pais, meu irmão e claro minhas melhores amigas, todos me receberam muito bem, com muitos beijos e abraços. Como eu não queria repetir as histórias da Argentina pra cada um deles, acabamos fazendo uma roda e eu fui contado os detalhes da viagem.

Continua…