Fanfic: A garota da web (Lésbica) | Tema: Rebelde; Portiñón

• Maria Eduarda

Juro que cheguei a chorar quando li a mensagem do meu amor dizendo que iria pra outro pais, e o pior era que além dela não ter data certa pra voltar ela não iria escrever durante o período que estava fora. Achei que ao menos ela fosse entrar no chat e bater um papo conosco, mas nem isso. Já haviam se passado 5 meses e 15 dias e nada dela aparecer, eu já estava ficando louca, pensei até em ir pra Argentina atrás dela mas não tinha ideia de onde ela poderia estar então não adiantaria de nada.

Era uma sexta-feira e eu queria me divertir, ainda mais depois de terminar pela quarta ou quinta vez com Bianca. Eu sabia que não gostava dela, mas quando a vontade bate, fazer o que né, e ela sempre estava por perto, toda vez que eu terminava ela falava, chorava, pedia e eu não conseguia deixá-la chorando e acabava me rendendo aos seus caprichos.

Liguei para o Diogo que havia me mandado um e-mail dizendo que estava de volta a cidade após trabalhar durante um período em outro estado e nós marcamos de nos encontrar num barzinho. Eu estava morrendo de saudades e louca PR falar com ele sobre essa bomba ambulante chamada Bianca que ele fez o favor de me apresentar. Arrumei minhas coisas, fechei a escola e fui pra casa, como sempre com o celular em mãos e aberto no site esperando por alguma mensagem ou post de Giovana, mas como sempre nada dela aparecer. Cheguei em casa e me arrumei rapidamente, logo já estava chegando na rua do barzinho. Foi só sair do carro e entrar na rua principal que Diogo numa das primeira mesas do bar.

- Ei! – Chamei o já bem perto, ele correu até mim me abraçou e me rodou no ar.

- Duda, você ta mais linda que nunca hein. – Ele se separou de mim, me olhou de cima a baixo e me fez dar um pequeno giro pra ele. – O que você fez?

- Nada querido, eu já nasci uma deusa. – Rimos juntos. – Você também está um gato.

- Obrigada linda! Vem, vamos nos sentar. – Ele me puxou até a mesa onde estava e pediu duas cervejas ao garçom que rapidamente nos serviu.

- Porque sentou aqui fora? – Tomei dois goles da minha cerveja. – Ta meio frio.

- Ah para com isso sua frienta, nem ta frio assim. E além do mais tem vários bares por aqui e daqui nós podemos admirar a paisagem. É sexta-feira devem lotar, é porque ainda esta cedo senão aqui já estaria o fervo.

- Pois  é, eu sei que sexta é dia de aproveitar. Imagino que no início da madrugada isso aqui deva lotar. – Lembrei me de Bianca – Agora que me lembrei de uma coisa, me diz uma coisa ‘amigo’. – Dei ênfase na palavra amigo e ele me olhou com suspeita. – De onde você tirou aquela louca que me apresentou? Por acaso achou ela no hospício? – Ele arregalou os olhos meio assustado.

- Como assim Duda? Porque essa pergunta? Não entendi!

- Aquela louca que você me arrumou quer acabar com a minha vida, ela me perturba o quanto e como pode e toda vez que eu tento terminar ela cria todo um caos, mas como sou fraca e não agüento ver mulher chorando eu sempre cedo a ela. – Ele me olhou completamente assustado e como se nada do que eu falasse fizesse o menor sentido. – Acredita que até me ameaçar ela ameaçou?

- Amiga, tô chocada! – Ele deve ter ficado uns 5 minutos de boca aberta. – Duda, isso ta muito estranho. Foi ela quem pediu pra que eu a apresentasse a você.

- O que? – Dessa vez eu que fiquei uns 5 minutos de boca aberta. – Como assim? Ela já me conhecia? Mas faz muito tempo que não vou a academia.

Ficamos uns segundos um olhando pro outro, os dois procurando respostas para as mesmas perguntas.

- Tem certeza que ela te pediu isso? – Minha terceira ou quarta cerveja chegou e eu tomei uns três goles de uma só vez. – Anda, me conta como foi!

- Claro que tenho certeza, ela me perturbava todos os dias querendo te encontrar, foi um dos motivos de eu ter marcado com você naquele outro bar.

- Diogo, me conta isso agora. – Eu praticamente ordenava, já estava ficando louca, aquela mulher realmente deveria ter saído do hospício. Será que eu já fui a algum hospício? Comecei a pensar nisso, vai que ela tinha me visto lá e cismou comigo. Não, nunca fui a nenhum. Num hospital então? Hum, acho que não. Diogo me olhava ainda procurando as palavras exatas e eu tratei de apressá-lo. – Vai Diogo, fala! Detalhe por detalhe hein!

- Ok, começou assim. – Ele ficou pensando em como começar e aquilo me deixava cada vez mais nervosa.

Continua…