Fanfic: A garota da web (Lésbica) | Tema: Rebelde; Portiñón

•   Maria Eduarda

Ele me contou cada passo, desde que conheceu Bianca até me apresentar a ela, nem eu nem ele conseguimos imaginar o porque de toda a cisma dela comigo, mas de alguma forma eu iria descobrir. Ele me disse que ela havia conseguido o emprego na academia e alguns dias depois eu teria feito uma visita a ele – Nem me lembrava mais disso mas quando ele falou me lembrei que eu realmente tinha ido lá, mas foi bem rápido fui apenas entregar uma coisas que ele havia esquecido na minha casa após uma festa, nada que demorasse muito. – e ela me viu pela primeira vez nesse dia. Disse que ela fez várias perguntas por mim, quem eu era, onde morava, o que era dele, se era gay, tudo mesmo, mas como ele não viu malícia nenhuma apenas um interesse em uma relação amorosa e como ele é todo romântico – ou romântica como ele mesmo diz – ele achou lindo, uma cena de amor a primeira vista e resolveu ceder a ela e me ligar pra marcar um encontro – parece que muita gente acaba cedendo a ela -, dali por diante eu já sabia de tudo e ele não tinha mais nada pra me contar, ela chegou a dizer que estava apaixonada, que pretendia se casar comigo e uma série de coisas mas nada demais ao ver dele e logo em seguida ele viajou e não a viu mais.

Resolvemos esquecer um pouco Bianca e ele começou a me contar tudo da viagem, me disse que fora incrível que conheceu muita gente, se divertiu muito e tudo mais. Continuamos batendo papo até que o lugar estava praticamente lotado, pra onde você olhava via gente e mais gente.

- Ah Duda, tenho que te contar uma coisa incrível. – Ele quase gritou, me deu um susto que me fez derrubar um pouco da cerveja em mim mesma.

- Que susto! Seu louco, até me sujei. – Peguei um guardanapo e comecei a me limpar.

- Desculpa amore, - Ele começou a rir de mim e olhei sério pra ele. – tenho que te contar algo incrível, ontem eu conheci um boy magia, muito lindo. Ai Duda, ele é perfeito, é alto, moreno e de olhos azuis, lindo demais.

- E conheceu aonde? Me conta tudo gato.

- Conheci em um restaurante, ele é o gerente de lá. Quase enfartei quando vi aquela perfeição toda na minha frente, trocamos nossos telefones e batemos um papinho rápido, eu to louco pra ligar pra ele mas vou esperar um pouco né, pra não parecer a louca.

- É, liga amanhã, se você gostou não tem problema nenhum. Qual é o nome dele? – Tínhamos praticamente que gritar pra conseguirmos nos ouvir, tinha muita gente a nossa volta e as pessoas falavam alto, gritavam e ainda tinha a música que estava em tom ambiente mas mesmo assim atrapalhava bastante.

- O nome dele é Douglas, tem 28 anos e tem uma irmã mais nova e é lindo demais. – Ele falou com uma cara de apaixonado e eu tive que rir da cena.

- Hum, Douglas igual ao meu primo né, que legal.

- Pois é Duda, pensei logo nele quando ele me falou. Aliás faz um tempo que não vejo seu primo, saudades dele.

- Nem me diga, eu também estou. Fazem vários meses que fui a Rio das Ostras estou morrendo de vontade de ir de novo mas o trabalho não me – Olhei do outro lado da rua e vi uma pessoa conhecida, eu ao menos eu achava que tinha visto. – não me permite.

- Ai amiga, você trabalha demais. – Continuei olhando e procurando, não sabia se era efeito da bebida ou não, mas parecia muito com ela. – Não sei porque tanto trabalho já que você é dona da escola.

- Ah amigo, eu fico com toda a parte burocrática né. – Ela estava com um vestido curto e todo brilhante prata, estava parada perto de um carro conversando com alguém, mas o carro a tampava um pouco, dava pra ver apenas suas costas. – Mesmo não tendo que dar aula tenho bastante coisa pra fazer, tenho que cuidar do meu patrimônio né.

Continuamos conversando e eu não conseguia parar de olhar pro outro lado, até que ela deu a volta no carro e eu a pude ver clara e nitidamente, sim era ela. Eu precisava falar com ela, fiquei chocada de encontrá-la assim, ainda mais depois de tantos meses, cheguei a ficar paralisada, mas eu não tinha muito tempo, ela deu a volta e abriu a porta do carro, foi aí que percebi que era o carro dela e que ela deveria estar indo embora, eu não podia deixá-la ir sem falar com ela, então corri o mais rápido que pude enquanto ela entrava e ligava o carro, eu tentava atravessar mas os carros não me permitiam. Não consegui nem sequer atravessar e ela ligou o carro, percebi que não teria como alcançá-la e então anotei mentalmente o número da sua placa e corri até meu carro.

Continua…