Fanfic: A garota da web (Lésbica) | Tema: Rebelde; Portiñón

       Maria Eduarda

Eu nem sequer sabia o que falar com ela, estava já há algumas horas esperando que as outras meninas que lêem as web’s fossem dormir, mas duas mais insistentes não iam embora de jeito nenhum. Foi quando me lembrei que havia deixado Diogo no barzinho, mandei uma mensagem pro seu celular pedindo desculpas e dizendo que eu já estava em casa, decidi que era melhor ligar pra ele no dia seguinte mesmo. Voltei ao computador e o chat estava parado, parecia que as meninas haviam ido embora e pelo visto Giovana também.

M.E. - Olá, alguém aí? – Mandei a mensagem na esperança dela aparecer não era possível que em tão pouco tempo que saí ela já tivesse ido embora.

Uma hora se passou e nada dela aparecer, comecei a me sentir péssima e uma idiota por não ter mandado uma mensagem enquanto ela estava online.

Gi - Oi. – Tive que ler umas cinco vezes a mensagem pra ter certeza de que era ela. – Me desculpa a demora, eu fui tomar um banho.

M.E. - Não tem problema, - Fiquei mais cinco minutos pensando no que iria dizer. – como foi na Argentina? Gostou de lá?

Gi - Claro! Foi realmente incrível, infelizmente eu fui a trabalho e não tive muito tempo para passeios mas foi tudo incrível, só o fato de estar em outro país, vivendo em outra cultura, outro idioma, outra culinária, outra língua. Quero voltar lá uma próxima vez mas como turismo mesmo, é um país muito bonito mas não pude conhecer nada.

M.E. - Poxa que bom que você gostou, fico feliz por você mas sentimos muito sua falta por aqui, sabia?

Gi - Ah  linda, obrigada. Também senti muita falta daqui, de escrever, do chat, de conhecer vocês, tudo.

M.E. - E não pense que esqueci do nosso encontro.

Gi - Hahaha eu também não esqueci, não se preocupe em breve marcamos algo. Bom, agora eu realmente preciso ir, estou morrendo de sono e o sol já está nascendo, depois combinamos algo.

M.E. - Tudo bem, beijos. Durma bem, boa noite.

Gi - Obrigada, boa noite pra você também.

Fui dormir em êxtase e pra variar sonhei com Giovana. Eu estava realmente feliz por ela ter voltado embora a insegurança de não saber como ela reagiria ao ver quem sou eu me consumisse um pouco. Ela não deveria nem mesmo saber o meu nome, ri sozinha me lembrando da história de Carla sobre meu nome, ri mais ainda ao me lembrar que ela me chamava de Mari, o nome já deve ter pegado mas não achei tão ruim.

Cheguei na escola depois do almoço e foi exatamente quando me sentei a minha mesa que me lembrei do Diogo, coitadinho eu havia o deixado largado no barzinho e saí feito louca sem dar nenhuma explicação, tudo bem que mandei uma mensagem mas ele deve estar querendo me internar pelo modo como saí de lá.

- Maria Eduarda, você enlouqueceu de vez? – Liguei pra ele pra contar a história. - O que te deu menina?

- Desculpa Di, foi muito importante, eu tive que ir na hora, foi tudo muito rápido.

- Tudo bem, mas afinal o que houve? Porque você saiu daquele jeito?

- Bom amigo, você lembra-se da garota que eu te falei?

- A garota da web?

- Sim essa mesma. – Ele falou sim e eu prossegui. – Então, eu te disse que em Rio das Ostras ela estava com umas amigas né, aliás uma o Douglas até tentou cantar, pois bem, ontem eu vi uma dessas amigas entrando em um carro na porta da boate a nossa frente. Eu não tive nem tempo pra pensar Di, peguei meu carro e saí correndo atrás dela, por sorte consegui alcançá-la no sinal fechado.

- Ah sim, agora está tudo explicado. Mas e como foi com a garota, ela te reconheceu.

- Reconheceu sim, aliás ela pareceu bem contente em me ver, falou algumas vezes o nome de Giovana como se ela quisesse muito me encontrar também, mas eu não queria que Giovana soubesse quem eu era porque queria fazer surpresa e seguir com meu plano inicial, então tive que contar toda a história a ela e pra minha sorte ela não só achou  tudo muito romântico como também prometeu me ajudar.

- Nossa que ótimo, arrumou uma aliada então.

- Sim, pelo visto sim. – Ouvi o que parecia ser uma gritaria do lado de fora da sala. – Di, acho que está havendo alguma coisa por aqui, vou ter que ver o que é, depois eu te ligo de novo. Beijos.

- Tudo bem Duda, boa sorte pra você. Até mais.

Não precisei nem mesmo sair da sala, foi só colocar o telefone no gancho que o problema entrou.

Continua...