Fanfic: A garota da web (Lésbica) | Tema: Rebelde; Portiñón

•    Maria Eduarda

Aqueles três dias pareceram três anos, nunca estive tão ansiosa por algo, quando o dia finalmente chegou não consegui pensar em nada, não conseguia fazer nada. Acabei me arrumando bem antes da hora e fui ao restaurante também mais cedo, enquanto a esperava e esperava a nossa mesa ficar pronta, eu realmente havia chagado cedo, resolvi ficar no bar do restaurante bebendo alguns drinks. Até que meu celular interrompeu meus pensamentos em Giovana.

- Alô? - O número era desconhecido mas de qualquer forma resolvi atender, sempre podem acontecer imprevistos.

- Com quem você está? - Eu não estava acreditando naquilo. - Responde Maria Eduarda, eu sei que você está aí!

- O que você quer?

- Quero saber com quem você está! - Eu sabia que Bianca era loca, mas aquilo já estava passando dos limites, com certeza mais tarde eu iria mudar o número do meu celular…e do telefone de casa também, por precaução. - Fala Duda, fala logo.

- Olha aqui, - Eu tentava manter a calma para não ser grosseira, mas ela precisava ouvir algo mais firme, quem sabe assim ela não entenderia de uma vez o que significa: acabou! - não é da sua conta com quem eu estou, com quem estive, ou estarei. Se você não entendeu bem, eu e você não temos mais nada! - Dei uma ênfase na ultima palavra. - Para de me ligar, para de me procurar, nunca mais se atreva a ir ao meu trabalho, nunca mais apareça na minha casa, eu não quero mais nada com você. Me esquece de uma vez por todas, vai ser melhor para nós duas! - Nem me dei ao trabalho de esperar pela sua resposta e desliguei a ligação. Desliguei também o celular para evitar futuros importunos.

Cada dia que passava Bianca me surpreendia mais, eu não sabia nem mesmo o que fazer e tampouco qual seria seu próximo passo mas eu cansei disso, não ia mais aceitar qualquer chateação da sua parte e se fosse necessário até me mudar, eu o faria.

- Senhora! - Quase tomei um susto quando a recepcionista veio até mim e tocou meu ombro.

- Sim.

- Sua mesa está pronta, pode me seguir, por favor? - Assenti com a cabeça e fui andando atrás dela, o restaurante era um dos meus preferidos e tinha um ambiente bem romântico, nossa mesa era uma mais afastada e com algumas velas e rosas sobre ela. Pois é, eu pensei em tudo.

Sentei-me a mesa e fiquei esperando, faltava bem pouco para a hora marcada mas cada segundo parecia uma eternidade. Minhas mãos tremem, todo meu corpo treme e minha cabeça está girando. Ainda não acredito que seis meses depois de tê-la conhecido pela internet finalmente a conhecerei pessoalmente… quer dizer, finalmente ela irá me conhecer, porque eu já a conheço, apesar dela não ter a mínima ideia de quem sou eu na realidade.

·          Giovana

Eu ainda não acreditava no que Carla havia feito, e se a garota fosse uma louca e se ela só tivesse falado sobre me conhecer para me fazer vê-la. A minha cabeça estava a mil, eu nem mesmo sabia o que pensar, mas como o encontro estava marcado teria que arriscar.

- Gi. - Meu irmão bateu a minha porta.

- Pode entrar Douglas, o que houve?

- Nada demais, só que… eu estou saindo com uma pessoa e queria pedir a minha linda irmã se ela poderia me emprestar o carro dela hoje? Por favor?

- Hum, bom eu também vou sair, mas como eu pretendo beber pode deixar que eu vou de táxi.

- Obrigada! Sua linda! - Ele me agarrou e me rodou no ar.

- Agora, posso saber com quem o senhor vai sair?

- Hum, posso fazer a mesma pergunta para a senhora!

- Pode sim, mas eu não tenho ideia.

- Como assim?

- Aí, é uma história muito longa. Um dia te conto, agora vai logo que eu tenho que me arrumar. - Fui o empurrando para fora do meu quarto.

- Tudo bem, tudo bem. Estou indo, mas depois quero saber de toda essa história. Boa noite Gi e um bom encontro pra nós dois.

- Boa noite seu chato. Bom encontro!

Após me vestir e chegar ao restaurante saí do táxi um pouco insegura, confesso que até com um pouco de medo do que poderia estar por vir, até porque eu não tinha a mínima ideia do que esperar e eu como uma advogada recém formada tinha que manter a postura. Criei coragem, abri um sorriso no peito e nos lábios e entrei no restaurante, mas logo ao chegar a recepção meu coração disparou e meu sorriso se desfez.

Ela estava numa mesa isolada, mas mesmo assim eu poderia vê-la. Não sabia o que fazer, a tensão havia tomado conta de mim, vê-la era tudo o que eu mais queria, mas não agora, não naquele instante onde eu estava de encontro marcado com outra. 

- Boa noite senhora! - A recepcionista me atendeu - Posso ajudá-la?

- Sim - Quase gaguejei - Tem uma pessoa me esperando, sou Giovana Palácios.

- Ok senhora, um minuto preciso averiguar no outro computador, pois este está com defeito. Desculpe o inconveniente. 

- Sem problemas, eu espero.

Ainda não sabia o que fazer, não poderia deixar minha ‘fã’ me esperando, mas também não podia deixar de falar com a mulher que me tirou o sono nos últimos meses, a Mari… a minha Mari. Então mais uma vez naquela noite criei coragem e fui até a mesa dela.

- Mari! - Ela me olhou, abriu um sorriso e se levantou.

Continua...