Fanfic: A garota da web (Lésbica) | Tema: Rebelde; Portiñón

• 
  

  Giovana

  
  

- Como assim? - Ela me olhou meio confusa, acho que realmente não estava entendendo.

- A garota que te ligou desesperada hoje pela manhã! - Ela fez uma cara de uma mistura de raiva com alivio. - Quem é ela? Porque pelo modo como ela falou parecia ser algo mais do que uma amiga.

-Não, Gi. Olha eu nem sei por onde começar! O que acontece é que essa garota, a Bianca, ela e eu saímos algumas vezes e nós terminamos, mas ela não aceitou muito bem o nosso termino e fica nesse jogo de me procurar e ficar telefonando. Eu já deixei bem claro pra ela que não quero mais nada com ela porque eu estou perdidamente apaixonada por outra mulher e também porque ela é louca né. - Típico da Mari, mandar uma ‘cantada’ e uma gracinha pra eu deixar pra lá, estava começando a aprender o jeito dela que era bem exclusivo. - Não se preocupa amor, eu quero você e só você.

Ela me roubou um selinho e quando eu estava me ajeitando e tirando o sinto para sair do carro, alguém bateu no vidro.

-Oi amor! - MÃE! O que será que a minha mãe fazia alí? Será que ela viu nosso beijo? E porque Mari desceu o vidro? Era pra termos arrancado com aquele carro em direção ao México. - Tudo bem? Você é amiga da Giovana, eu sou mãe dela! - Ela estendeu a mão pra Mari que a apertou com um sorriso no rosto.

-Olá senhora, nós somos amigas sim. Desculpe pela hora, nós saimos ontem pra dançar e acabou ficando tarde então achei melhor sua filha dormir na minha casa, perdão, mas achei que seria perigoso ela voltar sozinha e tarde da noite.

-Sem problemas querida! - Como? - Na verdade, muito obrigada pela atenção com a minha filha! - O que? - Você quer entrar e almoçar conosco, eu fiz uma macarronada digna de italianos, está esplendida. - Nossa, minha barriga até roncou. Não havíamos comido nada desde o jantar e a macarronada da minha mãe realmente dava de dez nos italianos.

-Bom, eu não sei. - Mari estava meio receosa, mas tenho certeza de que ela havia pensado igual a mim, tadinha também estava de jejum.

-Fica Mari, não tem problema nenhum e a macarronada da minha mãe não é de se jogar fora. - Ela abriu um sorriso como se eu tivesse dito tudo o que ela gostaria de escutar.

-Bom, tudo bem então.

Nosso almoço foi incrível, conversamos bastante, minha mãe a enchia de perguntas e ela respondia sempre com o que ela queria escutar, quando foi questionada sobre como nos conhecemos ela disse que conhecia uma das minhas amigas e ela nos apresentou em Rio das Ostras. Minha mãe havia adorado Mari, até a pediu que aparecesse mais vezes e me levasse mais pra sair, pois é desde que voltei da Argentina meus pais me perturbavam para sair de casa e ir conhecer gente e olha que nem havia tanto tempo assim. Depois que Mari foi embora eu pude tomar um bom banho e dormir tudo o que não havia dormido antes, até porque queria estar inteira pra aproveitar nossa noite já que eu havia me prometido tirar o domingo para analisar alguns processos e segunda, bom todos já conhecem a fama da segunda-feira né!

Acordei quase às 18h com meu celular tocando, ainda bem que ele tocou senão eu perderia a hora. Havia combinado ás 22h com Mari, mas ainda queria ver o meu blog antes, pelo menos teria mais tempo já que ela viria me buscar pois meu lindo irmão havia saído novamente com meu carro e ela estava com segundas intenções. Olhei no visor e era meu chefe, era só o que me faltava resolver alguma coisa de trabalho numa hora dessas, até pensei em não atender, mas poderia ser algo importante.

-Alô? - Atendi ainda sonolenta me levantando da cama.

-Oi Gi, eu te acordei? Desculpa.

-Acordou sim Renato, mas sem problemas. Ainda bem que me acordou, senão eu iria perder a hora.

-Ah! - Notei uma certa decepção na sua fala. - Você vai sair?

-Sim, pretendo. Porque?

-Não, por nada. Eu só pensei que bom, nós pudéssemos tomar uns drinks para falar sobre o seu novo caso, eu gostaria de saber detalhes e desde que você viajou que eu não te vejo.

-Ah sim, poxa eu estava mesmo pensando em parar amanhã para estudar melhor o caso. Podemos deixar esses drinks para amanhã? Vai ser ótimo ter um advogado mais experiente me auxiliando.

-Claro que sim. - Ele ainda parecia falar meio desanimado, mas deveria ser coisa da minha cabeça. - Bom, até amanhã então.

-Até Renato, boa noite. Beijos.

-Beijos.

Desliguei o celular e rapidamente abri meu notebook, passei quase 6 meses sem escrever ou falar com as meninas e desde que voltei o fiz poucas vezes. Resolvi começar uma segunda temporada de uma das minhas web’s, uma das mais famosas, eu senti que algumas meninas sentiam falta daquela web e pra relembra comecei essa segunda temporada. Mal comecei a escrever e me perdi em meus pensamentos, quando olhei para o relógio já estava quase na hora marcada, fechei tudo o mais rápido possível e corri para o banheiro.

Acho que tomei o banho mais rápido da minha vida. Ainda não sabia como me vestir para Mari, mas como iriamos a uma boate resolvi por um vestido vermelho que parava pouco antes do meu joelho e não necessitava sutiã, escolhi uma calcinha minúscula também vermelha e caprichei na maquiagem e no cabelo, fazendo um rabo de cavalo. Ouvi um carro parar a minha porta enquanto eu ainda decidia em ir de salto ou não, olhei pela janela e era o carro dela, peguei o celular para ligar pra ela antes que ela buzinasse – odeio quando fazem isso -, tentei discar o número dela calçando os sapatos e caí no chão. Terminei de por os sapatos, escolhi um salto baixo mesmo, e então completei a ligação.

-Oi amor! - Que voz linda, eu já me derretia toda só de ouvi-la.

-Oi amor, eu vi seu carro parando. Pode deixar que já estou descendo ta!? - Mais perguntei do que afirmei.

-Sem problemas amor, eu tô aqui tomando um café com a sogrinha! - O que? - Pode demorar o tempo que você quiser que eu espero. - Como era bom ser lésbica.

-Tudo bem, eu estou quase pronta, mas… Mari, você não chamou minha mãe de sogrinha na frente dela não é?

-Ué, não podia? - Acho que meu coração parou. - Claro que não sua boba, - Acho que voltou a bater. - não se preocupa eu sou lésbica também e sei como é complicado isso de contar para os pais. Aliás, eu que o diga. Mas fica tranquila, ela foi pegar um café pra nós duas.

-Bom, tudo bem então. Desculpa o susto.

-Sem problemas e amor.

-O que?

-Acho que a sogrinha gostou de mim hein! - Ela desligou rindo da minha cara e eu também não pude conter o riso, e era mesmo verdade, minha mãe havia gostado dela, mas havia gostado dela como minha amiga, será que também gostaria se soubesse que ela é… hum … minha … pretendente a namorada?

Assim que desci me deparei com Mari e minha mãe tomando café na sala, as duas bem a vontade. Ela se levantou e meus olhos a analisaram, ela estava mais linda que o normal, vestia uma calça colada vermelha, uma bota de salto e cano alto, uma blusa amarela clara em gola v e uma jaqueta jeans com a manga até o cotovelo por cima, perfeita. Nos cumprimentamos mais formalmente e saímos, como sempre ela abriu a porta do carro pra mim e se acomodou.

-Olha, eu posso acabar me acostumando com todos esses mimos. - Brinquei com ela e beijei sua boca com uma saudade tremenda.

-E eu posso acabar me acostumando com todos esses beijos. - Ela foi distribuindo beijinhos até chegar a minha orelha.

- E não querer parar de te beijar nunca mais.

-E eu vou adorar! - Saímos ainda nesse mel todo, ela segurava minha mão sempre que parávamos em algum sinal ou quando dava e ao longo do caminho continuamos o jogo das perguntas.

-Mas, você ficou me devendo uma resposta ontem! - Ela beijou minha mão olhando nos meus olhos e eu quase falei pra ela para desistirmos do passeio e irmos pra algum hotel.

-Eu disse que te diria dependendo da noite e a noite é uma criança, meu amor. - Ela sorriu sem graça e seguiu com o carro.

Chegamos na boate, ela era bem pequena e havia apenas uma entrada. Entramos na fila e compramos nossos ingressos, a boate era gay e assim que conseguimos entrar encontramos com um colega da Mari que eu ainda não conhecia, ele era uma figura, desses gay’s exibidos mesmo, nem preciso dizer que eu o amei de cara, ele estava esperando seu namorado, ou macho alfa como ele mesmo dizia, voltar com as cervejas que havia ido buscar. Estava um tumulto só no bar, então resolvi ir logo pegar umas bebidas para nós e deixei Mari a vontade com seu amigo Diogo. Foi um grande sacrifício conseguir comprar os tickets, parecia que as boates gostavam de tumulto mesmo, em vez de vender tudo no mesmo lugar, nos faziam pegar uma fila pra pegar os tickets e outra para trocá-los pelo pedido. Mal consegui chegar perto da parte onde pegava as bebidas, que aliás ficava do outro lado da barraca para compra-las… tudo pra nos ajudar,e um imbecil esbarrou em mim com 4 latinhas de cerveja na mão que por sorte estavam fechadas. Ajudei o anta a catar as latinhas antes que fossem pisoteadas.

- Giovana! - Ele disse meu nome e prestei atenção em seu rosto pela primeira vez.

Continua…

Molina...sim, sim, a música é muito linda mesmo, a letra é perfeita, eu ia postá-la junto com o capítulo, mas minha internet não deixou :( Depois eu posto aqui pra quem quiser ouvir. Portinon...viva a halls! haha. Fátima...é sempre assim, só entra o comentário quando não queremos rs`. Obrigada pelos comentários meninas, sempre dão animo para escrever.