Fanfic: A garota da web (Lésbica) | Tema: Rebelde; Portiñón

• Giovana

Pisquei umas mil vezes, mas o clone não desaparecia, eu não sabia o que fazer queria sair correndo e gritando, mas claro que eu não iria fazer isso. Ela estava com uma mala nas mãos e me olhava de uma forma confusa.

- Bom dia, meu nome é Cristina. A minha irmã Eduarda mora aqui, eu gostaria de falar com ela. - Quem? Eduarda, mas quem era essa afinal? O clone ainda por cima era louco, melhor eu chamar a Mari, aliás era incrível como ela era a cara da Mari, idênticas.

- Olha, não sei quem é você, mas aqui não mora nenhuma Eduarda, você deve ter se enganado.

- Não pode ser, foi esse o endereço que me deram. - Mas como eram iguais, eu mal conseguia fechar a boca.

- Olha, eu tô vendo que você está com mala e tudo, deve ter vindo de longe, entra e toma uma água. - Não era possível que a Mari tinha sido tão rápida em trocar de roupa pra fazer aquela brincadeira, levei a menina clonada até a cozinha e a servi água, depois que ela bebeu água perguntou pelo banheiro, a levei até lá e aproveitei para correr no quarto e acordar minha namorada.

- Amor, amor acorda vai. - A sacudi por alguns segundos e ela despertou. - Amor você tem que ver isso, acho que você foi clonada ou tem uma irmã gêmea e não te avisaram. - Ela levantou na hora. - Pois é, eu também me assustei.

- Amor deixa de ser boba, eu tenho uma irmã gêmea e me avisaram. Ela já chegou? Onde ela está? - Ela me deu um selinho e foi em direção ao banheiro. Pelo menos estava tudo explicado.

- Porque você não me disse que tinha uma irmã? E ainda por cima gêmea? Quase que eu mando ela ir embora. - Ela saiu do banheiro sorrindo e me beijou novamente.

- Boba. - Trocamos alguns selinhos leves. - Onde ela está? Não nos vemos a algum tempo e ela me ligou ontem, do nada e marcamos de nos ver hoje.

- Ah sim, ela foi ao banheiro. Eu vim te acordar, porque poderia ser a irmã má e querer me matar, ao algo assim. - Rimos juntas e ela colou o corpo no meu.

- Não se preocupa, eu te defendo. - Trocamos um beijo longo e delicioso e ignoramos a companhia da porta. - Vem, vamos antes que minha irmã ache que eu não moro aqui e vá embora. E também pra ver quem é o outro chato que está nos perturbando.

Fomos agarradas e ainda trocando beijos até a sala, onde descobrimos que não éramos a únicas trocando beijos.

- Cris! Bianca! O que é isso? - Cris estava deitada sobre o sofá com a outra garota em cima dela e trocando um beijo daqueles de novela. - Falem, não tô entendendo nada.

- Duda olha, eu abri a porta e ela começou a me beijar do nada, eu não ia deixá-la beijar sozinha não é.

- Duda, mas? O que é isso? - Ela se virou para Cris. - Quem é você?

- Sou, irmã gêmea dela. - Ela apontou pra Duda e a outra nos olhou confusa. Cristina era linda, claro que era, era a cara da Mari, tinha um jeitão meio desleixada, o cabelo era bem curto, parecido com o da Alice de Crepúsculo, ela usava um jeans rasgado e uma camisa gola v branca.

- Eu não estou entendendo nada, alguém pode me explicar o que está acontecendo aqui? - Afinal quem era aquela? E porque estava beijando Cristina se nem a conhecia, claro que não, não era ela que ela queria beijar e sim a minha namorada. Automaticamente me lembrei da noite da boate, era ela, era ela quem Mari havia saído arrastando para a parte de fora da boate.

- Não se preocupa não linda, eu te explico. Vem comigo. - E assim, sem mais nem menos minha mais nova nora saiu arrastando aquela mulher pra dentro da casa, nem ela mesma sabia pra onde levar a garota até encontrar o quarto de hospedes.

- Você pode me explicar o que aconteceu aqui? - Me virei pra Mari com a cara mais seria que pude, ela ainda parecia em transe sem saber o que fazer ou dizer.

- Bom, - ela se sentou no sofá ainda pensativa, se virou pra mim e jogou aquele sorriso cafajeste que eu amava. - na verdade nem eu entendi ainda. Vem, vou te contar, mas antes vamos tomar um café. - Fomos até a cozinha e eu comecei a preparar um café enquanto ela pegava algumas coisas na geladeira. - Então amor, lembra aquela garota que eu te contei, que me perseguia e tal. - Assenti com a cabeça pra que ela continuasse. - Bom, essa que estava na sala era Bianca, foi dela que eu te falei e pelo visto ela mais uma vez veio e importunar, mas parece que agarrou a pessoa errada. - Me encostei a pia e cruzei os braços, enquanto ela se sentava em uma cadeira de frente pra mim. - Por outro lado parece que a minha santa irmãzinha gostou dela.

- Eu te vi com ela na boate. - Ela ficou mais seria e me chamou, mas permaneci onde estava.

- Desculpa Gi, não achei que tivesse visto. Quando eu fui ao banheiro ela estava lá, acho que estava me seguindo, não sei se sim ou se não, mas a levei pra fora da boate antes que ela importunasse você. Amor, foi só isso eu juro. - Ela esticou a mão e dessa vez eu fui ao seu encontro e me sentei em seu colo. - Eu te amo Giovana, te amo demais.

- Eu também. - A língua dela invadiu minha boca como nunca ninguém jamais havia feito, sua boca estava quente, macia, gostosa. Não demorou muito tempo pro nosso beijo se intensificar e a boca dela vir parar nos meus seios já de fora, ela passava a língua devagar nos mamilos e os mordia em seguida me enlouquecendo cada vez mais, eu puxava o seu cabelo e sussurrava em seu ouvido. - Vai amor, chupa! - Como era gostoso, deu toque, sua língua, seus dedos, cada vez eu queria mais e mais, mas o barulho do quarto de hospedes me fez lembrar da nossa convidada, ou das nossas convidadas. - Amor espera, espera Mari, espera. - Puxei seus cabelos com força e a fiz tirar a boca dos meus seios, lhe dei mais um beijo e sai de cima dela para procurar minha blusa. - Temos convidadas amor, depois nós conversamos no quarto.

- Tudo bem, então vamos pro quarto agora. - Ela me puxou para si mesma. - Ainda não tomamos banho, lembra? - Trocamos outro beijo daqueles e corremos para o chuveiro. Tomei um dos banhos mais demorado e mais gostoso da minha vida. Quando finalmente conseguimos sair do quarto a irmã clone da Mari estava na sala assistindo televisão, achei melhor deixá-las conversar em paz e resolvi ir pra casa, Mari insistiu em me levar em casa, mas a convenci de que eu iria pegar um táxi mesmo.

Quando cheguei em casa ainda era cedo, meus pais estavam dormindo e Douglas estava no banho. Subi para o meu quarto e me preparei para o pior, arrumei uma mala com minhas roupas e objetos pessoais mais importantes. Eu realmente não esperava utilizá-la, mas pelo olhar que me lançou e o modo como minha mãe falou comigo na noite anterior, algo me dizia que não seria fácil para ela me aceitar e caso precisa-se eu iria para algum hotel e daria temo ao tempo. Desci e pus a mala no meu carro, quando voltei meu irmão estava na cozinha, sentado à mesa com a cabeça afogada nos braços e uma xícara de café a sua frente. Servi-me com café e sentei-me ao seu lado.

- Ei! - Toquei sua mão e ele me mirou com um sorriso triste. - Fica tranqüilo, vai dar tudo certo mano!

- Tomara Gi. - Ele apertou minha mão, a puxou para si e deu um leve beijo nela. - Ela pirou ontem, fez um escândalo enorme depois que você foi embora com a sua namorada. Papai tentou falar com ela, mas não adiantou nada. Papai até dormiu no meu quarto hoje, nem mesmo deixá-lo entrar no quarto ela deixou.

- Imagino, quando ela me olhou ontem, quando falou aquilo pra mim, não parecia minha mãe. Não parecia a pessoa boa, doce, alegre e tantas outras coisas que nos criou. Eu entendo que deve ter sido uma surpresa enorme pra ela, mas nada justifica Douglas, ela me magoou muito.

- Eu sei Gi, a mim também. Eu não esperava por isso, já esperava que ela não fosse reagir bem, mas não pensei que fosse ser assim e olha que você nem viu o escarcéu que ela fez depois que você saiu e quando soube de mim. - Ele deixou uma lágrima escapar e eu a limpei com o polegar.

- Calma irmão, vai dar tudo certo, eu te garanto! Olha, eu arrumei minhas malas, para dar um tempo pra mamãe e acho que vou pra algum hotel e caso você queira vir comigo, tudo bem ta! Até porque vou roubar meu carro de volta. - Ele sorriu pra mim, ainda tristonho e prosseguiu.

- Tudo bem mana, fica tranquila, nós pensamos igual. Eu já estava conversando com alguns amigos do trabalho e estávamos combinando de morar juntos, tipo uma república, ainda não escolhemos o lugar, mas já está quase tudo resolvido, até arrumamos alguns móveis já, então enquanto isso vou morar com um deles, o Mike, lembra dele? - Fiz que sim com a cabeça e ele prosseguiu. - Então, vou ficar um tempinho na casa dele enquanto resolvemos isso. Aliás, acho que vou fazer logo isso, enquanto posso me apossar do seu carro. Me empresta de novo? - Ele fez uma cara idêntica a do gatinho do Sherek e mesmo que eu não quisesse emprestar, não tinha como dizer não a ele.

- Claro que sim, seu lindo. Toma a chave, mas seja rápido hein! - Ele fez que sim com a cabeça, pegou a chave da minha mão e foi rumo a porta. - Douglas! - O chamei e ele se voltou pra mim, ainda na porta. - Porque você não me contou?

- Ah Gi, você sabe que é complicado né! Desculpa por não ter te contado, mas não foi por questão de confiança, eu confio em você maninha, só que... não é fácil. 

- Eu sei bem disso, não se preocupa. - Dei uma piscadela pra ele, que veio até mim e me abraçou forte.

Ficamos ainda algum temo abraçados e logo ele se foi. Mal ouvi o motor do carro ligar e minha mãe apareceu na cozinha.

Continua...

Tefe... muito legal da parte da sua mãe, quem me dera se meus pais pensassem assim! Todas queremos uma Maria Eduarda rsrs ... Julia... Obrigada pelo comentário, espero que continue gostando e acompanhando a web.