Fanfics Brasil - Prólogo Laços- Um pequeno acidente, grandes mudanças

Fanfic:  Laços- Um pequeno acidente, grandes mudanças | Tema: Não-humanos, pós-guerra, sangue, mutilação, suspense, desespero, drama, luta


Capítulo: Prólogo

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Ao abrir seus olhos surpresos, Dylan deparou-se com um ambiente totalmente desconhecido de onde estava antes, sua consciência recuperava-se aos poucos permitindo o jovem identificar o local, olhou bem: acentos suspenso no ar presos pela paredes de metal, janelas estavam espalhadas pelo local por onde a luz não se manifestava-se pelo lado de fora, as luzes que iluminavam o local vinham de dentro pelas lâmpadas dentro se vidros redondos era, uma porta de correr feita de metal estavam a cada lado do local, visto apenas esse objetos pode saber onde se encontrava: O metrô, pelas propagandas pode deduzir que estava na área de New York.


 


Mesmo sabendo sua localização, a confusão ainda permanecia em sua cabeça. Buscou em suas recordações o ultimo lugar conhecido que estava, o único vindo a sua mente era sua aconchegante cama, a TV em seu quarto, sua vista tornando-se embaçada e por fim suas pálpebras se tocando. Viu-se nas janelas reflexíveis das portas: Trajava camisa branca e shorts pretos, roupas que geralmente usava para dormir, seus cabelos negros lisos estavam levemente bagunçados. Guiou os olhos para mais acima encontrando o relógio digital marcava exatamente 23hs36min do dia 27/02/2030. Dylan cerrou os olhos para ver direito o horário do metrô e dia pensando que talvez sua vista sonolenta estivesse o enganando, mas não.


 


"Mais... o que?!" — pensou — "Hoje não era dia 02/03/2030”.


 


Continuou a fitar os números que piscavam no relógio em busca de entender a estranha situação que estava passando. Sua atenção tomou um novo rumo ao ouvir um grito feminino reverbera pelo vagão, guiou o olhar para ver da onde seus ouvidos haviam captado o som, os olhos confusos acharam uma mulher com semblante assustado, as mãos encontravam-se na boca, junto a ela outras duas pessoas olhavam para o mesmo local aterrorizadas e afastando-se aos poucos. Ao ver outras pessoas no vagão foi até elas em busca de respostas.


 


— Oi! — chamou a mulher, mas não ganhou sua atenção — Ei! — nada novamente, aproximava-se cada vez mais dela — Você sabe o qu- — tentou tocar o ombro da moça aterrorizada, porem sua mão a atravessou — Que? — indagou confuso — Não... isso... é...


 


Olhava para sua mão não acreditando com o que tinha acontecido, não acreditando onde estava e seus significados de estar lá, porem sabia muito bem o que estava acontecendo consigo. Abaixo de sua mão viu filetes de sangue surgirem no chão retirou-a da frente para ver o sangue sendo esguichado no chão. Acompanhou com os olhos a origem do sangue, a medida que se aproximava da origem a quantidade aumentava, até se depara com um homem esparramado no acento em cima dele um ser, aparentava ser humano, atacava-o ferozmente, com nenhum tipo de arma apenas mãos e dentes, mordia e rasgava sua pele. O ombro estava em carne viva, sufocava-se com o próprio sangue, o local onde se encontrava estava tomado e sendo tomado por um liquido vermelho que saia de suas feridas extremamente expostas, um pouco de sua própria pele estava caída no chão, o homem tentava reagir dando-lhe socos nas costas, mas não obtinha sucesso em seu objetivo, os socos foram se tornando mais lentos até serem finalizados.


 


Dylan apenas olhava a cena aterrorizado com tamanha brutalidade. O sistema de segurança do metrô fora tocado anunciando o alarme de perigo e a fechada dos vagões para serem selados, visto isso as pessoas que se encontravam no vagão do brutal assassinato correram para o próximo com medo de serem a próxima vitima. Dylan permanecia imóvel, sua cabeça já cogitava o que estava acontecendo, por isso não era necessário nenhuma ação vinda da sua parte, mesmo que quisesse não poderia fazer nada para impedir.


 


A ultima pessoa a atravessar para o próximo vagão era uma mulher chorando desespero, infelizmente foi pega pela estranha “criatura” de aparência humana, ele a pegou pelo ombro fazendo a mesma vira-se para si e a erguendo, deixando-a suspensa no ar. “Por favor... me solta... não...” implorava em meio as lagrimas para ser poupada.


 


— Não adianta... —  Dylan respondeu honestamente como se ela pudesse ouvi-lo com olhos melancólicos pelo o que iria acontecer. Seus olhos azuis escuros já haviam visto muitas situações como aquela, saberia muito bem como a “criatura” iria a responder.


 


A “criatura” com aparência humana a abaixou a sua altura e mordeu seu pescoço, a mulher ainda manifestou uma reação com os olhos arregalados e a boca aberta, algum grito? Não agora que suas cordas vocais danificadas. Seus olhos se fecharam subitamente. Ao termina de cravar seus dentes no pescoço do recém cadáver, a “criatura” com apenas um puxão arrancou um pedaço daquela região fazendo o sangue esguicha em uma chuva sobre si, a jogou no chão e avançou para o próximo vagão já lacrado. Todavia não parecia ser problema para si, cravou suas mãos com dedos extremamente pontudos e grandes, a pele estava escura, quase um marrom.  Com apenas uma mão começou a fazer força para deslocar a porta selada, a qual estava tendo resultados.


 


— Por favor, irmão, Pare! — implorou um homem comum a “criatura” — Tem um Excedunt na região!


 


O ser se virou para olhá-lo, essa ação possibilitou Dylan a ver melhor a aparência da “criatura” carnívora, definitivamente não era humano: sua pele era de um marrom escuro, a lateral de sua boca estava rasgando fazendo assim torna-se maior, os dentes extremamente pontudos e afiados. Os olhos arregalaram-se ao reconhecer o ser e a certeza veio ao ver a alma de cor negra que tomava o ser, olhou para o homem de aparência comum, o mesmo possuía a mesma alma. Já vira outras semelhantes durante suas sessões, como a que estava tendo agora.


 


— Eu não aguento mais! — respondeu com a voz grave — Estou com fome... MUITA FOME! Não me importo mais com o Excedunt! — seguiu até a porta de contado com o outro vagão, inseriu novamente no lugar da fechada e com apenas um movimento a abriu.


 


— Ex-cedunt. — disse Dylan curioso pela denominação nunca antes ouvida pela boca daquelas “criaturas” com tamanho medo, por isso decidiu segui-lo não gostava do que iria presciência, mas a curiosidade o inundou.


 


Não precisou se preocupar com o cadáver caído no seu caminho, sabia muito bem que tudo existente no ambiente não podia tocá-lo e nem ele poderias tocá-los. Não mostrava nenhuma reação pelo cheiro de morte que o lugar possuía, acostumou-se com o fato. Adentrou o próximo vagão vendo apenas o homem de antes encostado segurando-se a porta olhando para todos os cantos com um semblante explicito de medo na face, talvez poderia ser assustado até por um mosquito se pousar em si. Olhou mais para frente encontrado a criatura rumando até um jovem, aparentava ter os mesmos 16 anos de Dylan, encostado na porta lacradas do metrô com a talvez esperança de atravessá-la para um local seguro, encontrava-se no mesmo estado de lacrimas e implorações da mulher de antes, como anteriormente fora ignorado tendo seu coração perfurado a mão nú pela “criatura”.


 


Fechou os olhos lamentando o fim da vida do jovem, seus ouvidos ainda captavam o homem de antes implorando para voltar ao normal e novamente pronunciou na sua justificativa a denominação “Excedunt”.


 


— Como sempre... — disse a si mesmo — isso voltou a acontecer... — Por que tem que haver isso? — perguntava como se esperasse uma resposta — Por que... não há ninguém que possa matá-los....


 


Uma estranha sensação bateu no corpo de Dylan, fazendo o mesmo abrir os olhos. Nunca tinha se sentindo assim, o corpo ficara fora de si, sentia as pernas bambas, mas ainda rígidas para se manter em pé, tentava entender o que acontecia consigo. Procurou ver como as criaturas estavam para saber se era apenas ele que estava a sentir a estranha sensação. O resultado não fora diferente com elas: a criatura continha-se para não tremer, porem um sorriso demoníaco estava estampado na face, parecia que esperava por isso, porem não estava exatamente seguro. O que ainda matinha a aparência humana suava e tremia ainda mais dizendo:


 


— Isso é ruim! É ele... não! ELA!


 


Dylan ficou espantado por seres que carnívoros e invencíveis agirem daquele modo diante de uma presença nunca sentida antes pelo jovem. Agora notara a parada do metrô, as portas para adentrar ao transporte se abrindo, ambas as “criaturas” estavam com o olhar sob a porta, aguardando a adentra do ser que estavam a aterrorizando tanto. A curiosidade de Dylan subiu, porem a pressão da presença do estranho ser não permitiu seu movimento, aguardava sua entrada onde estava. Virá apenas a pessoa colando o pé, contido em uma bota preta, dentro do vagão.


 


 


 


 


 


 


 


A visão tornou-se negra e quando voltou a si, deparou-se com um ambiente escuro e desconhecido, algo macio e confortável estava abaixo de si. Levantou-se buscando evidencias de onde estava agora, a TV de 40 polegadas a sua frente, os livros sobre uma estante, cadeira encaixada na escrivaninha onde havia livros didáticos, permitiu o jovem reconhecer o lugar, estava em seu quarto como estava antes de se encontrar em algum metrô da cidade onde morava. Passou as mãos nos olhos para confirma que não estava mais em um “sonho”, olhou novamente para a TV  que antes encontrava-se ligada em algum programa da madrugada que não se recordava “Jessy deve ter desligado” pensou. Buscou as horas no relógio digital acima do criado mudo: 4hrs37min do dia 03/03/2030, se jogou na cama estressado por pensa que daqui a 3hrs ia ter que se levantar. Ficou jogado na cama com o braço na testa. Logo se lembrou da sua visão e do horário que marcava no metrô.


 


— Aquela — disse — foi uma visão do passado.



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Autor(a): alexacc

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