Fanfics Brasil - Capítulo 3 - O Forno Já Se Esquenta Digimon - Um Caos A Ser Controlado

Fanfic: Digimon - Um Caos A Ser Controlado | Tema: Digimon


Capítulo: Capítulo 3 - O Forno Já Se Esquenta

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A matriz do DigiMundo era o lugar onde todos os dados eram processados e transportados para formar o mundo que os Digimon conheciam. O lugar era apenas feito barramentos verdes de dados num chão  todo preto e um céu com um mistura de azul e roxo, que também nebuloso.


Esse era o domínio dos Cavaleiros Reais. Digimon poderosos na forma Extrema, detentores da paz e servos de Yggdrasil que observavam de longe as ocorrências do DigiMundo, mas também poderiam intervir em caso de emergências. Infelizmente, hoje seria um desses dias.


Dois dos Cavaleiros Reais haviam marcado uma reunião particular naquele momento. Um deles, Gallantmon, estava hesitante com as últimas ordens de seu mestre Yggdrasil. E cabia a seu colega, Omnimon, a persuadi-lo.


Olhando para seu colega, Gallantmon balançou a cabeça negativamente. Via nos olhos de Omnimon a determinação de seguir cegamente o que Yggdrasil lhe ordenava, mesmo que fosse uma coisa errada. Doía em seu núcleo ao imaginar o que estava prestes a acontecer ao Digimundo.


“Você acha que é possível nós, Cavaleiros Reais, executar o Projeto Arca?” Perguntou, testando a mente de Omnimon. Sempre acreditava seu melhor amigo na Corte pudesse aderir a sua visão de que Yggdrasil tinha ficado louco.


“Não é uma questão de conseguirmos ou não...” Omnimon respondeu. “Isso é algo que Yggdrasil deve determinar.” Parecia que ia demorar mais pelo visto. “Nós devemos somente cumprir nossa missão.”


Gallantmon não parecia tão certo dessa convicção. “E isso vai funcionar?”


“O que quer dizer?”


“Fazendo isso, não vamos repetir nossos erros?”


“Você está dizendo que Yggdrasil está errado?” Profundamente, Gallantmon pensou.


“O começo do Caos Digital...” Caos Digital era o período em que o DigiMundo entrou em um estado de descontrole total por conta da maciça população nos três nodos: Urd, Skuld e Verdandi. “O Programa X que meu Lorde Yggdrasil vai executar. Eu, Gallantmon, nunca iria-“ Por mais que quisesse terminar sua frase, Omnimon o interrompeu.


“Digimon Anticorpo X e seus afins!” Exclamou. “Eles são alienígenas! E tais alienígenas irão trazer somente a ruína.” Olhando mais uma vez para Gallantmon, viu que ainda não estava convencido de suas convicções. Não se importava com isso, até porque sabia que Gallantmon sempre preferiu maneiras pacíficas de resolver as situações, ao contrário dele.  Vendo que a conversa era inútil, Omnimon se virou e começou a sair.


“Diga-me, o que você sabe sobre humanos?” Gallantmon de repente falou, o que fez Omnimon parar e olhá-lo confuso.


“O quê?” De onde veio aquela pergunta, imaginou. “Todo Digimon sabe que foram os humanos que nos ajudaram incontáveis vezes a restaurar a paz em nosso mundo.”


“E se eu te dissesse que isso que você falou está prestes a se repetir?”


“Aonde quer chegar, Gallantmon?”


“Ontem, senti uma nova presença no DigiMundo.” Direcionou seu olhar para Omnimon. Apesar de Omnimon parecer ser sem emoção, conseguia ver a surpresa em seus olhos. Havia entendido o recado. “Exatamente, sempre que algo catastrófico está prestes a nosso mundo, humanos surgem para conserta-lo. E me chame de maluco se quiser, mas acredito que ele está aqui por causa do Programa X de Yggdrasil.”


Omnimon estava sem palavras.


“Não vê agora que Lorde Yggdrasil está errado?” Gallantmon continuou. “Que a execução desse programa é o que irá trazer ruína ao nosso mundo?”


“Não! As ordens de Yggdrasil são supremas! Um humano não irá atrapalhar seus planos.” Omnimon exclamou.


“Cuidado com o que diz, Omnimon.” Gallantmon olhou-o com severidade. “Acredito que uma vez te disse que já fui parceiro de um DigiEscolhido. Minha lealdade com meu parceiro humano vem acima de qualquer ordem vinda de Yggdrasil. Nós podemos ser amigos, mas acredite quando digo isso: se eu souber que você fez algum mal contra esse humano, seremos inimigos. Espero que eu tenha sido bem claro...”


Isso só fez Omnimon ficar furioso. “Ousaria trair nosso Lorde Yggdrasil por uma simples lealdade de tempos atrás? Seu domador pode nem estar vivo mais!”


“Então, em sua memória, farei o que ele havia me ensinado na época em que fiquei no mundo nele.”


Foi então que Omnimon estalou. “Saia desse domínio! Não pertence mais a essa Ordem!”


“Com maior prazer. Mas, lembre-se disso caro amigo, ainda não é tarde para mudar de ideia.” Com isso, Gallantmon criou um portal para o DigiMundo e o atravessou.


Omnimon, ainda furioso, não conseguia acreditar no que tinha transcorrido. Agora, não só teria problemas com os Digimon Anti-X. O humano e o próprio Gallantmon passaram a serem seus novos alvos. Não podia deixar seus sentimentos interferirem em sua missão...


OOO


Voltando à Floresta Chip, a turma já havia deixado a caverna para trás a horas e agora, estão seguindo BlackRenamon até a casa do suposto Digimon que os ajudaria a saber os detalhes do que estava acontecendo no DigiMundo. Para acelerar as coisas, BlackRenamon havia sugerido que corressem ao invés de ir andando, mas, na verdade, o que ela não queria era entrar uma batalha desnecessária com um selvagem já que Ivan era um alvo fácil andando. Por isso, ela teve que carregar Ivan de novo enquanto Dorumon corria logo atrás deles.


BlackRenamon podia aguentar esses tipos de viagens sem problema, mas o mesmo não podia ser dito para Dorumon. O jovem Digimon não tinha o todo treinamento que ela fez na floresta ao longo dos anos. Por isso, estava começando a irrita-la com suas perguntas.


“Já chegamos?”


“Pela décima segunda vez, ainda não.” Disse, tentando conter sua raiva. Ele podia ser um garoto, mas até criancice tem limites. Notando alguns pontos familiares ao seu redor, descobriu que estavam bem perto. “Falta um quilômetro até lá. Aguente aí!”


“Foxie, sinceramente, você não precisa ficar me carregando desse jeito. Faz me sentir como se fosse um peso morto.” Ivan disse. Na primeira vez, ele não tinha como reclamar por conta do medo de ser o jantar de um desses Digimon. Ainda tinha, mas o problema era que não se sentia confortável com ideia de BlackRenamon fazendo tudo por ele.


“Esqueceu que você é meu domador? Eu não seria uma boa parceira se não mantivesse meu domador em segurança, né? De uma maneira ou outra, você vai ter que se acostumar com isso. A não ser que você vire um Digimon...” Ela explicou.


“Eu virar Digimon?” Ivan perguntou confuso.


“Isso. Se lembra de ontem que o Digivice disse que você era um Guerreiro Lendário? Você viu uma silhueta indo em sua direção?”


“Sim, até queria saber o que aquilo quer dizer.”


“Aquilo era um Espírito Lendário. Existem doze elementos: Fogo, Gelo, Água, Terra, Trovão, Vento, Trevas, Luz, Metal, Madeira, Espaço e Tempo. Os Espirítos que pertencem aos dez primeiros elementos são conhecidos como os Espíritos da Natureza. Já os dois últimos são os Espíritos do Cosmo. Ao contrário dos primeiros, os Espíritos do Cosmo viviam em total harmonia, raramente intervinham em assuntos do DigiMundo e bem mais poderosos. Há até rumores que seus Espirítos ainda mantém controle de fenômenos que acontecem no espaço.” Explicou.


Parecia como as funções dos Pokémon de Sinnoh: Palkia e Dialga. As similaridades entre os dois mundos até assustava um pouco ao jovem humano.


De repente, BlackRenamon parou. “Chegamos.”


Ivan, que havia saído de seu transe, olhou para a casa a poucos metros à frente. Na verdade, era uma cabine modesta de madeira construída em uma clareira. Apesar de seu pequeno tamanho, era surpreendentemente bem construída, mantida e provavelmente poderia suportar anos de duras condições meteorológicas.


A porta da frente se abriu quando se aproximaram e Ivan viu uma mulher idosa com um longo cabelo grisalho puxado para cima em coque sem sentido, vestindo uma túnica, e segurando uma vassoura  de cabeça para baixo, saindo. De dentro da casa, Ivan podia sentir o cheiro de pão misturado com especiarias exóticas.


Assim que os avistou, a senhora apontou a vassoura como se estivesse se defendendo de arruaceiros. “Quem são vocês? E o que fazem na nossa terra?” No entanto, reconheceu um dos intrusos. “BlackRenamon? Há quanto tempo, minha jovem! É raro vê-la por essas bandas.”


“Também um prazer, Babamon. Jijimon está em casa?” Ela perguntou educadamente.


“Ah claro, só um instante.” Babamon se virou para a porta e gritou. “Jijimon? Venha aqui na porta! Você tem visitantes!”


“Pára de gritar, mulher! Não sou surdo!” Ivan ouviu uma voz dentro da casa. Também indicava outra pessoa velha pelo visto.


Segundos depois, um homem idoso de um tamanho de criança de 5 anos saiu da casa. Usava roupas marrons como uma toga e carregava uma bengala do que ele, que tinha uma grande pata de gato amarelo no final. O homem idoso (ou Digimon) parecia estar quase tão surpreso ao ver Ivan como ele mesmo estava, ou pelo menos, Ivan pensou que estava surpreso. Era impossível ver o rosto do homem com seu cabelo e barba branca.


“Olá pessoal.” Depois, o idoso direcionou seu olhar para BlackRenamon. “Ah BlackRenamon, que bom vê-la de novo. Até que fim,  encontrou alguns amigos!”


“Bom vê-lo de novo, Jijimon.” Se virando para Ivan e Dorumon, ela os apresentou. “Esses são Ivan e Dorumon. Estamos numa viagem de grande importância,”


Jijimon bateu a cabeça de sua bengala no chão. “Então, acho que vocês são o que estava procurando nesses últimos anos. Por favor, entrem.” Ele entrou junto com Babamon, seguido dos três visitantes. Para BlackRenamon e Ivan, os dois tiveram que se abaixar para entrar na casa.


Assim que entraram, Ivan olhou ao redor para ter a primeira inspeção da casa. Os pisos eram de madeira assim como as paredes. No canto da sala, ficava um gabinete alto no qual Babamon estava procurando alguma coisa. Próximo dele havia uma linha de balcões que seguiam a direção das paredes;  logo acima, havia armários que estavam no perfeito alcance de Ivan, mas, para Jijimon e Babamon, teriam de alcançar com uma pequena ajudinha. No final das bancadas, ficava um fogão a lenha, do lado de onde tinha um estoque triangular de pequenos troncos de madeira para suprir as chamas. Na frente de Ivan, ficava uma pequena mesa, duas cadeiras e uma toalha de mesa com um vaso de flores no centro. O lugar inteiro lembrou-o de uma casa de criança, só que mais detalhada.


Ao se sentar, Jijimon falou. “Me desculpem pela nossa falta de hospitalidade, mas não se incomodariam em se sentarem no chão, certo? Nós não estamos acostumados a receber visitas.”


“Claro que não, senhor.” Ivan resmungou um pouco tímido mas não deixando de ser educado.


Da cozinha, Babamon perguntou. “Vocês querem um pouco de chá?”


“Acreditem, o chá dela é ótimo. Me ajuda muito quando quero relaxar.” Jijimon disse. “Além disso, quando você vive com uma bruxa rabugenta, sua cabeça parece vira uma pipoca.”


“Eu ouvi essa, seu velho idiota!” Babamon gritou.


Isso só fez o velho gritar. “Faça logo esse chá, mulher! Eles estão com sede!”


Ivan não pôde evitar um sorriso que não passou despercebido por BlackRenamon. Os dois idosos poderiam estar discutindo, sim, mas o tom de afeição era inconfundível. Ele estava disposto a apostar que, à noite, quando eles compartilhavam a cama e paravam de gritar um com o outro, ainda se amavam.


“Então,” Jijimon começou, olhando para Ivan. “Assumo que você é um humano, certo?”


“Sim, senhor.” Ele respondeu.


“E você é do Mundo Humano, certo?”


Ele respondeu sim mais uma vez.


“Tenho certeza que você deve ter se perguntado se estava sonhando quando pôs os pés nesse mundo pela primeira vez. Deixe-me perguntar uma coisa, meu jovem: esse lugar parece ser falso para você?” Sem esperar por uma resposta, Jijimon continuou. “É claro que não! Você pode sentir o calor no ar, não pode? Sentir o cheiro das flores e ouvir o som dos pássaros? Está tudo aqui e é tudo real. Bem, isso é apenas algo para pensar.”


Ivan, que já pensava nisso desde que havia chegado nesse mundo, ficou calado e deixou o senhor continuar. “Então, você é um DigiEscolhido?”


“É o que ouvi antes.”


“Você tem o Digivice?”


Ivan acenou e tirou-o de seu bolso. Ele entregou a Jijimon que começou a inspecionar o objeto.


“Ah, isso é um Digivice com certeza!” Disse ao entrega-lo de volta a Ivan. Mas, sua voz parecia ser receosa naquele momento. “Você é realmente um Escolhido. Estava com medo disso. Sem ofensa.”


“Sem problema, senhor.”


“Mas, por que tem medo de ele ser o Escolhido?” BlackRenamon deixou seu silêncio.


Jijimon suspirou and ficou vários segundos tentando juntar seus pensamentos. Ele parecia estar tentando as palavras em ordem, talvez tentando filtrar o que era importante do que era lixo. Depois de um minuto, ele parecia estar satisfeito o suficiente e começou a falar novamente.


“Recentemente, comecei a ter esses pesadelos. Agora, se sonhos era tudo o que eu pensava ser então não estaria falando do que os caroços nos pés. Não sou um homem supersticioso, minha esposa está aqui para provar. Não tenho problemas em passar por baixo de uma escada e você não vai me ver jogar sal nos meus ombros, mas quando um senhor como eu começa a ter o mesmo pesadelo repetidamente, ele começa a ponderar se não é uma mensagem.”


“Do que esses pesadelos falam?” Ivan perguntou com um tom de preocupação.


“Morte, destruição e tudo de ruim que você possa pensar. Como eu disse, já estive nesse lugar por muito tempo e essa não é a primeira vez que sinto o mundo ser ameaçado, mas nunca tive sonhos assim. É como se tudo estivesse se acabando. O fim está por vir, mas não sei ao que. Suponho que a resposta mais óbvia seja ‘do mundo’, mas por algum motivo não parece ser certo.”


“Estranho, eu não senti nada nesses últimos anos.” BlackRenamon comentou.


Foi Babamon que respondeu dessa vez. “Ah, garanto que você notou sim. Não percebeu que a floresta está mais silenciosa do que de costume, mesmo à noite?”


Era verdade. Era comum ver muito Digimon perambulando perto de sua caverna e às vezes, até lutava com alguns para treinamentos de primeira mão. Sem respostas para sua pergunta, ela apenas assumiu que eles tivessem migrado para outro lugar. Mas, quase todos da floresta? Era impossível. Devia haver um motivo.


Como se estivesse lendo os pensamentos dela, Jijimon respondeu. “Sua resposta é Yggdrasil, minha jovem.”


BlackRenamon ficou imediatamente surpresa. “Yggdrasil? Mas por que ele faria isso?”


“Os três nodos do DigiMundo estavam superpopulosos na época e se continuasse assim, o Caos Digital iria se alastrar tanto que traria o colapso de nosso mundo por não conseguir processar dados apropriadamente. Ele ordenou a execução do Projeto Arca que selecionou apenas 2% da população daquela época para habitar esse mundo. Acho que você não se lembra muito porque você era uma recém BlackViximon perdida, e já estávamos aqui no Novo DigiMundo quando o Programa X foi também executado.” Jijimon explicou.


“Por que não me lembro de nada sobre disso?” BlackRenamon perguntou.


“Como ele disse querida, você era apenas uma criança naquele tempo. Nós cuidamos de você como se fosse nossa filha até você crescer como está agora.” Babamon respondeu. Ivan observou BlackRenamon por um momento. Para ele, havia algo suspeito nisso porque, com certeza, uma atrocidade como esse Projeto Arca não era fácil de esquecer até mesmo para uma criança. Quando tivesse a chance, perguntaria a ela mais afundo. Agora, tinha a questão desse Programa X... Foi então que se lembrou do incidente com Dorumon na noite passada.


“Mas o que é o Programa X? Meu amigo aqui,” Ivan disse apontando para Dorumon. “foi atacado por um Digimon alegando que tem algo chamado de Anticorpo X.”


Jijimon e Babamon se entreolharam por um momento como se estivessem perguntando um para o outro se deviam prosseguir. Suspirando, Jijimon falou. “Meu jovem, seu amigo é um Digimon especial. Estou vivo desde que o próprio DigiMundo começou e nunca vi alguém da espécie dele antes, mas se esse Digimon que o atacou disse que ele tem o Anti-X... Só Yggdrasil seria capaz de criar novas espécies. Acredito que esse Anti-X seja uma contramedida para o Programa X que é vírus que deleta todos os dados que encontra pela frente. Neste momento, os Cavaleiros Reais de Yggdrasil estão coordenando suas forças para o sucesso desse Projeto.” Jijimon disse honestamente.


“Então, quer dizer que sou o único da minha espécie no DigiMundo?” Dorumon perguntou perplexo.


“Receio que sim, meu jovem. Sei que isso não deve ser uma notícia que você gostaria de ouvir, mas é a verdade.”


Olhando para ele, Ivan viu que Dorumon estava triste. Apesar de não saber como era ser o único de uma espécie, sentia pena dele. Ninguém merecia ficar sozinho desse jeito, não importa de qual mundo fosse.


Ele apalpou sua mão na cabeça de Dorumon, o que fez o pequeno Digimon se espantar com o toque repentino. “Relaxe cara, você tem a nós agora.”


BlackRenamon sorriu e acenou sua cabeça denotando que também compartilhava a solidariedade de Ivan. Dorumon ficou sem palavras, mas sua feição ficou mais alegre. O que já era suficiente para eles.


“Ha, vocês me lembram de alguns dos Escolhidos que passaram por mim na época deles. Bom ver que os laços formados entre Digimon e humanos ainda continuam bem unidos.” Ele comentou rapidamente. “Bem, acredito que não estejam aqui só para ter uma conversa conosco, hein? Se quiserem saber o que os aguardam, seu caminho os levará para o sul. Foi lá no deserto que vi vocês lutando contra as trevas. E lá também, encontraram um grupo de Digimon que vivem dentro de cavernas nas montanhas.”


BlackRenamon acenou, aceitando a informação. “Então é para lá que iremos.”


“Ah, então acho que isso poderá ajudar na jornada de vocês. “ Babamon foi para a cozinha e logo retornou com uma mochila que entregou para Ivan. Era preta e do tipo que era usada por aventureiros. Quando a apalpou, sentiu que já havia algo dentro.  “Isso foi um presente que um Escolhido nos deu antes de ir para sua última batalha no DigiMundo. Ela tem ajudado meu marido quando precisava coletar materiais para nossa sobrevivência, mas ao ver que vocês não tem uma, senti que seria de melhor uso para vocês. Aproveitei e tomei a liberdade de colocar alguns suprimentos que podem ser úteis.” Ela explicou enquanto Ivan inspecionava os interiores da mochila. No bolso principal, havia um kit de primeiros socorros e uma toalha de tamanho médio. Nos secundários logo na frente do principal, tinha vegetais e frutas frescas prontas para refeições. Nos suportes laterais, tinha quatro cantis de água. Só a quantidade de alimento daria para uns quatro dias de provisões, até o dobro se racionassem.


Jijimon e Babamon riram com a cara surpresa do garoto. “Pode ficar com ela, meu jovem. Nós ainda temos meses de comida guardada em nosso armazém.” Jijimon disse.


Ainda que sem palavras, Ivan conseguiu agradecer. “Obrigado.”


“Agora, sugiro que vocês se apressem. Ao sul, logo nos limites da Floresta Chip, vocês encontrarão uma pirâmide perto de um canyon que dá entrada ao deserto. Inclusive lá, tem uma vila de Digimon que vive dentro de cavernas nas montanhas.” Ivan, BlackRenamon e Dorumon acenaram e se preparam para ir embora.


“Muito obrigada por tudo, Jijimon, Babamon.” BlackRenamon os cumprimentou enquanto se dirigia para a porta junto com Ivan e Dorumon.


“Por nada, querida. Lembre-se, use seus-” Jijimon não terminou, pois havia sido interrompido por BlackRenamon.


“Instintos para guia-la para um caminho melhor. Já aprendi essa lição, velho.” Mas isso só o fez rir como se estivesse dizendo o contrário.


Fora da cabana, eles se despediram mais uma vez. Agora indo para o sul, os três sabiam que não seria fácil enfrentar as forças de Yggdrasil. Mas, se de algum modo fossem vitoriosos, Yggdrasil teria de responder por seus crimes e pagar por seus pecados. Pelo menos, era isso que Ivan pensava para manter seu espírito confiante. Estava sim com medo do que poderia acontecer consigo, mas tinha que se manter firme até porque não estava fazendo só para salvar esse mundo. Ele queria também voltar para casa, se é que ainda existisse essa chance.



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Autor(a): nightingale93

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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.Dizer que Gallantmon estava enfurecido seria eufemismo. Apesar de ser um Digimon que vive sempre dentro de sua armadura, suas expressões faciais eram facilmente reconhecíveis por qualquer observador. Sua mente circulava nas memórias da "conversa" com Omnimon, um amigo que considerava ser seu melhor na Ordem. Discussões como aquela eram raras, mas ...


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