Fanfic: O Bilhete - Adaptada (Concluída) | Tema: Vondy

RRRRIIIIIIING

Dulce nunca foi tão feliz em sua vida ao ouvir a campainha no final da aula. Ela amontoou seus livros juntos e disse um breve, "- Te vejo depois!" por cima do ombro enquanto saia em disparada da sala. Ela não podia ter certeza, mas pensou ter escutado Ucker rir enquanto corria. Idiota.

Sua próxima aula era de Gramática, mas o professor pediu que eles se encontrassem na biblioteca para fazer a pesquisa para um próximo projeto. Em todo o caminho, Dul parecia dar atenção a cada pessoa que tinha um nome C, mesmo a Cinthia, uma das conselheiras de orientação da escola. Ela era inteligente o suficiente para eliminá-la imediatamente da lista de possibilidades. Finalmente chegando à biblioteca, Dulce desabou na cadeira ao lado de sua melhor amiga de sempre, Anahí Portilla.

- Oi, Dulcita. Como você está? – Por mais que estivesse preocupada, ela sabia que Anahí era sem dúvida a pessoa mais doce e compreensiva na face da terra. Elas eram amigas desde pequenas e se conheceram num parquinho em um verão, quando Dulce tinha viajado para a cidade durante as férias. Anahí sempre foi gentil e solidária e Dul sabia que tinha sorte de ter uma amiga assim. Ela tinha certeza de que daria bons conselhos a ela.

- Estou confusa. É assim que estou. – disse Dul suspirando.

- O que é confuso? - as sobrancelhas perfeitas de Anahí eram tão expressivas quanto o rosto inteiro da maioria das pessoas. Agora elas estavam dizendo: "Estou ouvindo atentamente e com grande interesse”.

- Ai, Annie... Achei isso no meu armário de manhã. - Dul empurrou o bilhete para a sua amiga.

- Uau, Dul! Você vai? - disse Anahí empolgada após cuidadosamente alisar as dobras do papel e ler a nota.

- Eu acho que tenho que ir.

- Então, o que é tão confuso?

- Eu não sei quem é C.

- Você não sabe? - As sobrancelhas Anahí disseram que "Dulce estava sendo modesta".

- Não, eu realmente não sei.

- Mas não é óbvio? - Agora elas estavam dizendo que "Dul era estúpida".

- Não, não é óbvio. Sabe quantas pessoas existem nesta escola cujo primeiro nome começa com C? Muitos! Veja, na minha aula de biologia há dois meninos e uma menina C.

- Apenas três no total?

- Sim. Carlos Henrique, Caio Diaz e Carla Marquez.

Os olhos de Anahí rolaram enquanto juntaram as sobrancelhas em ênfase.

- Dul você está se esquecendo de Christopher. Ele também está em sua aula de biologia.

- Christopher?

- Sim. Ele mesmo. Christopher Uckermann, seu parceiro de biologia. - A cabeça inteira de Anahí agora se juntou à “Dulce realmente estúpida” enquanto balançava lentamente para trás e para frente.

- Ucker! - Dul estava surpresa. A bibliotecária e o Sr. Gomez olharam para cima ao mesmo tempo as calando simultaneamente.

Reprimida, Dulce baixou a voz e começou a rabiscar vigorosamente em seu caderno tentando parecer ocupada.

- De jeito nenhum é o Ucker. Ele... ele... ele me trata como uma irmã irritante.

- Dul, ele sempre tem um sorriso em seu rosto quando você está por perto.

- Isso é porque ele pensa que eu sou uma imbecil e está geralmente rindo de mim.

- Não, ele não acha você uma imbecil. Na verdade, eu o ouvi dizer a Poncho que você era uma das pessoas mais inteligentes que ele conhecia. É óbvio para mim que ele gosta de você e sempre gostou.

Foi a vez dela de rolar os olhos.

- Não dessa forma, Annie. Além disso, eu não o chamo de Christopher e sim de Ucker.

- Por quê?

- Porque ele me chama de Parceira. Nós não estamos em uma base do primeiro nome.

- Você é tão boba, Dul. – Anahí disse bufando.

- Assim, pois, se ele escreveu um bilhete para mim, ele assinaria U e não C.

- Não necessariamente, Dul. Talvez ele sinta que é hora de vocês dois passarem para a base do primeiro nome. Afinal, você não vai sair por aí chamando sua namorada de “Parceira”.

- NAMORADA!? - Dulce não pode deixar de gritar.

Merda. Gomez estava se levantando.

- Senhorita Saviñón, eu acho que você e Senhorita Portilla precisam sentar em mesas separadas. Vocês deveriam estar trabalhando em sua pesquisa não discutindo as últimas fofocas da escola.

- Sim, senhor. Desculpe. - Dulce reuniu seus papéis e livros e se levantou para passar para outra mesa, dando as sobrancelhas de Anahí uma careta de desculpa.

Mas, apesar de Dul parecer ocupada quando se sentou sozinha na nova mesa, o seu cérebro estava girando. "Ucker? Christopher Uckermann?" Seria ele? Seu coração estava batendo tão forte, ela tinha medo dele estourar suas costelas. Ela colocou a cabeça para baixo sobre a mesa da biblioteca e respirou fundo para afastar sua tontura repentina.

“Não.”

Uckermann era arrogante demais para considerá-la como alguém que ele gostaria de sair depois da escola. Ele era apenas um tipo durante a aula e quando a via além delas. Isso era apenas quem ele era.

"Não.”

Ele não iria escrever-lhe um bilhete e depois colocá-lo em seu armário.

"Não."

Ele simplesmente não faria.

Pelo menos era o que seu cérebro estava dizendo. Seu corpo estava dizendo outra coisa. Seu coração estava batendo e ela tinha esse sentimento vertiginoso crescendo dentro do peito que a fez sentir que podia voar. "Ucker. O perfeito Christopher Uckermann."

A realidade tinha um jeito de mordê-la na bunda, no entanto. Nada incrível como isso iria acontecer com ela. Nada surpreendente. Nada maravilhoso.

"De jeito nenhum!"

Ela realmente pensou sobre isso, tentando ao máximo não ouvir suas emoções que estavam crescendo gradativamente. Honestamente, o fato é que ela não era o tipo de Ucker. Ele andava com líderes de torcida e saia com alunas universitárias. Dulce era apenas o seu mascote, uma protegida, um nada.

"Não."

Enquanto pensava sobre isso, seu coração se apertava e suas emoções se afloravam.

Ela não era seu tipo.

"Não."