Fanfic: Cara Metade (Laliter) | Tema: Laliter

Tudo bem que até agora já tinha brigado duas vezes e com pessoas diferentes o que é detalhe. Mas, não podia deixar se abalar, não podia!

Depois de tomar um banho, resolveu deitar por alguns minutos, mas, algo estava errado. É que aquele sorriso não saia de sua cabeça. Lembrava-se perfeitamente do que Elis falava sobre sorrisos. Até havia lhe recitado um versinho do qual jamais iria esquecer. Dizia assim : ‘’ Ame quem te ama e não quem sorri para ti, porque quem sorri para ti só te engana e quem te ama morre por ti’’. Acho que esse versinho cabia perfeitamente aquele situação, afinal, o menino do corredor, de sorriso encantador e olhos impenetráveis poderia ser o vilão da sua história. Pergunto-me: Será mesmo que a alma pode ser dominada por outra pessoa? Ou é tudo coisa que o coração inventa? Naquele momento o único que ela precisava era dormir e quem sabe acordar sem pensar naquele lindo rosto de traços marcantes.

Como podemos nos deixar abalar por sorrisos? Eles podem ser falsos não? Mas e se eles forem verdadeiros? E se eles forem nosso céu? Nossas estrelas? Será que devemos deixar passar ou arriscar tê-los, apenas para nós?

Quando acordou pela manhã percebeu que suas colegas de quarto ainda dormiam. Sem fazer barulho, fez sua higiene matinal. Colocou o uniforme e seguiu até o refeitório. Tinham poucas pessoas por lá, mas todas olharam para ela. Realmente não se encaixava com os grupos que estavam ali. Eram meninas altas, pareciam até modelos ou atletas do time de voleibol ou algo do tipo. Sentou-se em um banco mais isolado até que a moça da cantina chegou e Laly foi tomar café da manhã.

Seguiu rapidamente até a bancada e enquanto se aproximava da pequena fila de pessoas viu que ele  estava lá.

Tentou chamar menos atenção possível, mas não conseguiu passar despercebida, logo as piadinhas começaram.

Juan Pedro: Olhem se não a mais nova integrante da nossa linda Mandalay. – riu debochado enquanto dois outros amigos dele se juntavam na brincadeira. Ela os ignorou. – Você não sabe falar não? – franziu o cenho enquanto olhava para ela. – Ei! Estou falando contigo. – estalou os dedos chamando sua atenção.

Mariana: Não, você não está falando comigo, está me ofendendo, por isso não tenho o que lhe responder. Está claro? – indagou segura.

Juan Pedro: Nossa, ela sabe se defender gente! – exclamou.

Perdera a fome, resolveu apenas sair dali, mas era tarde demais, ela já agarrava ele, chamando-lhe de amor.

Bem se via que foram feitos um para o outro. Eugênia e o menino do corredor que ouviu se chamar Juan Pedro eram o tipo de casal perfeito ao qual Mariana não deveria se aproximar. Mais que vê-los ali abraçados causara uma dor horrível nela, isso sim.

Sentimentos me deixem em paz, sofrimento eu já te sinto, porque o amor é algo tão lindo, mas te amar não me faz bem?

Apesar da confusão de sentimentos que sentira, resolveu seguir adiante. Atravessou o jardim e foi até a sala de aula. Por sorte não tinha ninguém ali, pelo menos por alguns instantes. Como de costume sentou na primeira carteira perto da janela. Supôs que ali chamaria menos atenção, o que não iria acontecer. Depois de arrumar seus matérias, continuou a ler o livro ‘’ A Cabana ‘’, porém sua leitura foi interrompida minutos depois.

- Olá! Você é a aluna nova? – perguntou com um sorriso lindo no rosto.

Mariana: Sim sou eu e você quem é? – indagou amigável. Não queria mais desafetos naquele Colégio.

Gastón: Gastón Dalmau ao seu dispor. – sorriu cavalheiro, enquanto sentava ao seu lado. – Espero que esteja gostando da escola.

Mariana: É meu sonho! Porém, digamos que não fui muito bem recebida por aqui. – suspirou, tentando dispersar a frustração.

Gastón: E porque não? – franziu o cenho.

Mariana: Muitas inimizades sem motivo. Mal cheguei e já tem um mauricinho pegando no meu pé, fora que minha colega de quarto parece me odiar! – exclamou.

Gastón: Sabe o nome deles? Posso falar com eles se quiser... – interrompeu-o.

Mariana: Não será necessário, obrigada pelo apoio. Acho que nesta situação tenho que me virar sozinha. – pisquei.

Gáston era o típico Don Juan. Cavalheiro que só e além de lindo era super legal.

Os demais colegas entravam e com eles novamente as brincadeirinhas de mau gosto. Gás olhou para Mariana um tanto quanto desapontado e pediu: - São eles? – ela afirmou com a cabeça e olhou fixa para frente, ele já não estava ao seu lado, estava com eles.

Ouviu uma briga iniciando, ele estava defendendo-a.Não podia acreditar. Os ânimos só acalmaram quando o professor chegou na sala. O transcorrer das aulas foi tenso, quando se apresentou para turma a gozação foi ao ápice. Mas, como sempre seguiu em frente, porque ela não desistiria de seu sonho, não tão fácil.

``Se você não confia em si mesmo, se você não tem fé no seu sonho, não segue com ele, ninguém consegue vencer sem acreditar no que quer conquistar!``