Fanfics Brasil - Capítulo 2 EVANESCENCE - O início

Fanfic: EVANESCENCE - O início | Tema: Evanescence


Capítulo: Capítulo 2

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A tarde estava quente, passara o período do almoço e uma hora depois o camping estava dez vezes mais agitado. As garotas lideres de torcida ensaiavam preparando-se para a hora da competição.


Embora as aulas nas escolas de Little Rock terminassem na última semana de novembro, para os estudantes o término do ano escolar dava-se somente após o acampamento, especialmente aquele no qual seria definida a escola vencedora do campeonato de basquetebol daquele ano.


Little Rock é um povoado pequeno e por isso praticamente todos se conhecem. A igreja da cidade fora eleita como o centro de organização de muitas atividades para a população. Como a maior parte da cidade freqüentava os cultos de domingo era mais fácil anunciar e organizar o que quer que fosse ali.


O reverendo Pitter era um dos responsáveis por organizar o acampamento, para ele, era um importante momento de confraternização e unidade entre os jovens cristãos.


Falando no reverendo Pitter, lá vem ele atravessando o camping. Está saindo do bloco dos dormitórios acompanhado pelos diretores das duas escolas semifinalistas juntamente com alguns outros adultos vindo em direção ao ginásio.


O reverendo trás em suas mãos uma taça, uma taça grande e dourada. De perto é possível ver a imagem de uma bola de basquete desenhada no metal e algumas palavras grafadas: Troféu de Verão, Basquetebol, 1994.


Uma gritaria começa no camping quando os jovens percebem o troféu. Ouvem-se gritos de apoio aos dois times e rimas feitas pelas lideres de torcida. Os jovens seguem o reverendo até o ginásio.


O reverendo e seus acompanhantes sobem até o palco, lá encima colocam a taça dourada sobre o velho piano marrom que está coberto por um pano. Ali a taça ficará até o anúncio do colégio campeão.


No palco estão alguns homens montando o equipamento de som. Alguns sons irritantes de microfonia enchem o ginásio. Piiiiiiiiiiiiiiiii.... Piiiiiiiiiiiiiiiiiii... [Don`t be afraid to be weak, Don`t be too proud to be strong, Just look into your heart my friend,  That will be the return to yourself, The return to innocence…] O som começa a funcionar tocando um sucesso daquele ano, The return to innocence cantado por Enigma.


- Jovens, por favor, atenção – dizia o reverendo ao microfone. – O jogo final que definirá o colégio vencedor da competição de verão começará às quatro horas da tarde. Esperamos que todos vocês compareçam. Até lá.


Os jovens voltam a gritar, fazer rimas, festejar a possível vitória de um dos times aquela tarde.


 


***


Após o almoço Amy Lee decidiu retornar ao ginásio, quem sabe a “salvação” para aqueles dias de acampamento ainda estivesse lá.


Ela já ouvia a algazarra que acontecia na parte externa, então levantou-se do refeitório e foi ver o que acontecia. Quando saiu já não tinha nenhum tumulto, lá fora apenas uns poucos grupinhos. Dificilmente se encontrava algum jogador de basquete assim como as lideres de torcida.


Amy Lee não gostava das lideres de torcida, para ela eram apenas garotas superficiais. Seus belos rostos maquiados e roupas curtas escondiam o veneno que tinham por dentro. Com as lideres de torcida era impossível Amy se enturmar, pensava. Principalmente porque todas eram mais velhas e cursavam séries maiores.


Amy não se achava bonita, ao olhar-se no espelho via uma garota gorda, rosto branquelo, cabelo volumoso. Não gostava do seu jeito de ser, talvez por isso fosse tão tímida e retraída.


Ela seguiu em direção ao ginásio, foi quando uma música soou lá de dentro. Será que estava acontecendo alguma festa após o almoço? Pensou sarcasticamente.


Ao chegar deparou-se com aquele monte de gente. Agora sim, sabia onde estavam os garotos do basquete e as garotas superficiais, digo, lideres de torcida.


Amy passou os olhos por entre a concentração de jovens, queria visualizar mais a frente, ela estava na porta. Foi quando seus olhos finalmente encontraram o que buscava. Lá estava, como pela manhã. Ali pertinho estava o seu “salvador”, Mas o que era aquilo nele? Retrucou.


Amy se aproximou chegando mais perto do palco. O reverendo começou a falar sobre o jogo. Agora sim, já conseguira uma visão melhor, era um troféu. Acima do piano estava um troféu.


Desde que vira aquele piano marrom, apaixonara-se. Não via a hora em que colocaria seus dedinhos e pressionaria aquelas teclas antigas, fazendo ecoar um som profundo, um som que portava a melodia do coração.


Que pena, ela pensou, será que hoje consigo tocar esse instrumento ou pelo menos retirar este pano que o esconde. Um instrumento de som tão profundo não foi feito para ficar escondido, pensava assim enquanto retirava-se do local, voltando em direção ao dormitório.


Amy passou as próximas horas trancada em seu quarto, sozinha, todos os outros acampados tinham colegas de quarto, mas ela não. Todos os outros acampados tinham amigos, e amigos querem ficar perto dos amigos todo o tempo possível, mas ela, ela não tinha amigos naquela cidade; ou melhor, tinha um quase amigo, Josh, mas, ainda não podia considerá-lo amigo, mal o conhecera, três horas juntos não define alguém como amigo, pensava ela. Preferia considerá-lo por enquanto como um colega.


Amy não gostava de se apegar a ninguém, ela estava ferida, machucada por dentro, a fatalidade que acontecera anos atrás ainda estava presente em sua memória. Não queria se apegar a ninguém porque tinha medo de perder.


Uma lágrima quente rola em sua face, ela deitasse na cama e ali adormece, até ouvir ao longe uma nova gritaria, era o início da tão falada competição de basquete.


 


 


***


 


Ben após o almoço resolveu voltar ao quarto e dormir, Aquele fim de semana não estava sendo o que ele esperava. Não sabia dizer se o problema era o local, as pessoas ou ele mesmo. Estava passando por uma crise adolescente.


Essa fase é muito complicada, vivemos, mas, não a enxergamos. É a fase em que o caráter começa a ser definido, há uma explosão hormonal. Às vezes a pessoa está alegre, de repente triste, alguns dias acordamos melancólicos, outros enérgicos.


Ben e Amy Lee estavam passando por isso. Os sentimentos deles iam ao extremo da alegria, e de repente, ao extremo da tristeza. Sentiam-se incompreendidos, sentiam-se solitários, mesmo estando com vários amigos como no caso de Moody.


- Ben, Ben... Acorda... Dormindo novamente cara...


Ben acorda e virasse, era o companheiro de quarto Martin que acabara de chegar sabe-se lá de onde.


- Você tá legal cara? Tá passando mal? Pergunta Martin preocupado com o colega.


Ben não era de se isolar, dormir a tarde muito menos. Ele é um garoto ativo, têm muitos amigos, muitos gostam dele. As perguntas de Martin justificavam-se, o amigo só poderia está se sentindo mal.


- Não sei cara. De repente comecei a me sentir estranho, então resolvi vir deitar e acabei dormindo. Que horas são?


- São Três e quarenta. Responde Martin após olhar o relógio digital que usava no pulso.


Neste momento Zack entra no quarto:


- E ai pessoal, o jogo vai começar daqui a pouco. Vim tomar um banho rapidinho, mas já estou saindo... - Zack fala enquanto pega a toalha e entra no banheiro. Em alguns segundos ouve-se o barulho do chuveiro.


- Vamos Ben, levante-se, você não pode ficar assim... Viemos pra esse acampamento pra se divertir, é isso que faremos. Disse Martin tentando animar o amigo.


Ben ainda estava sentindo-se estranho. Mesmo assim levantou-se e ficou frente à janela do quarto olhando lá para fora. O dia estava passando, ele não aproveitara nada.


Zack sai do banheiro, ele havia vestido a mesmo uniforme que usara o dia todo. Joga a toalha molhada encima do beliche, senta-se e começa a calçar outro tênis. Enquanto isso, Martin entra para tomar banho.


- E ai Ben, voltou a ver a ruivinha? Pergunta Zack. Antes mesmo de ouvir a resposta seu relógio desperta... Zack calça o tênis mais rápido, olha para o Ben,


- Nossa, estou atrasado. Ben, na volta conversamos. Te vejo lá no ginásio. Zack sai apressadamente do quarto, se tivesse alguém no corredor certamente haveria de se esbarrar com o apressado.


Martin sai do banheiro, Ben entra, liga o chuveiro e começa a molhar-se. Enquanto a água morna molha-o, seus pensamentos estão distantes, ele está com vontade de voltar para casa. Não queria ficar mais ali. Então tomou uma decisão, Após o jogo ligaria para os pais e pediria para que o buscassem naquela noite.


São quatro e meia, de longe já se pode ouvir a música alta que vem do ginásio. Poucas pessoas estão andando lá embaixo, Martin na janela observa as gostosas, ou melhor, as lideres de torcida atrasadas correndo para o local do evento.


Ben sai do banheiro,


- E ai, está pronto? Pergunta Martin.


- Sim. Ele responde.


- Então vamos. Os dois saem em direção ao ginásio.



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Gritaria, assovios, música alta, arquibancadas cheia de jovens. Garotas lindas usam seus curtos uniformes vermelhos e dançam frente a uma das arquibancadas incentivando a bagunça. Do outro lado mais garotas de corpos perfeitos e uniformes azul dançam e gritam convocando o pessoal a torcer pela escola que representam.       ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 2



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  • escritosdanoite Postado em 18/09/2013 - 13:31:56

    Estou um pouquinho sem tempo, mas já escrevi outro capítulo que após revisado postarei. Aguarde. Obrigado por ler.

  • annyemilly Postado em 28/07/2013 - 15:03:11

    Amo evanescence... Continuaaaaaaaaa


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