Fanfic: EVANESCENCE - O início | Tema: Evanescence
O jogo terminou, os adolescentes descem euforicamente a arquibancada, é possível ver a alegria do Josh enquanto é cumprimentado pelos amigos e professores, foi um jogo e tanto.
Amy Lee o observa e tenta descer a arquibancada para aproximar-se, mas, seria forçado da minha parte? pensou ela. Outro agravante era o fato dele estar rodeado por muitos garotos e garotas, Amy é tímida demais, ir chegando assim seria algo que ela não conseguiria, era impossível aproximar-se de Josh naquele momento.
E lá se vai ele acompanhado, saindo do ginásio, o local começou a se esvaziar. No palco alguns adultos desmontam o equipamento de som e descendo a escadinha de acesso o reverendo. Por certo ele era o responsável por tudo ali, pensou, neste instante é surpreendida ao ser chamada pelo ancião;
- Ei, mocinha, você, aproxime-se.
Amy aproxima-se tímida, ele a cumprimenta:
- Seu rostinho é novo para mim, você deve ser a filha dos Lee, você deve ser Amy, Amy Lee.
- Sim, ela responde.
- Possivelmente você ainda não me conhece, sou o reverendo Peter. Que bom que você veio. Como está se sentindo? Está gostando do acampamento?
- Sim, responde ela, estou começando a me adaptar ao clima da nova cidade - ela sorri gentilmente. O senhor é o responsável pelo acampamento? Amy pergunta.
- Sou sim, ou melhor, o responsável pelo evento e não pelo local, o camping é alugado, pertence a outras pessoas, ele sorri.
- E aquele piano no palco, será que posso vê-lo? Ela pergunta ainda tímida.
- E você já sabe tocar piano?
- Sim, ou melhor, mais ou menos, estou aprendendo. Estudo piano clássico, ou pelo menos estudava enquanto morávamos em Ilinóis, agora que estamos aqui não sei como ficarão minhas aulas.
- Algumas escolas de Litlle Rock possuem aulas extracurriculares de música, entre elas piano clássico, seus pais certamente encontrarão um lugar para você continuar seu aprendizado. É muito bom conhecer uma jovenzinha tão interessada em música clássica. – Neste instante a conversa é interrompida, os adultos que estavam no palco acabaram de descer e chamam pelo reverendo, eles estão de saída.
- Amy, mais uma vez foi um prazer conhecer você e espero vê-la em breve, se quiser você pode tocar o piano, mas tenha cuidado.
Amy abre um sorriso de contente com a permissão do reverendo e cumprimenta-o com um aperto de mãos.
- Você sabe como abrir a porta do palco? Pergunta o reverendo.
- Sei sim, basta um bom empurrão. Ela sorri.
O reverendo sorri para a garota, vira-se e caminha de encontro àqueles que o buscam, juntos saem do ginásio e Amy caminha em direção a escadinha, e olha só que legal, a porta não fora travada, apenas encostada.
Amy empurra levemente a porta preta, ao fazer este movimento volta a lembrar-se do colega Josh, será que ele a considerava como colega também? Amy estava pensativa. Um sorrisinho de canto de rosto novamente é expresso na face da adolescente – Josh é um rapaz tão educado, tão atencioso, tão... tão... lindo. Neste instante ela está junto ao piano, retira o pano que o encobre, senta-se no banquinho envelhecido e dá um forte sopro sobre as teclas do instrumento, assim qualquer resquício de poeira seria removido dali.
Amy coloca os dedos sobre as teclas e levemente começa a pressionar uma a uma, conferindo se este velho piano estava afinado. Que maravilha, mais afinado impossível, embora velho aquele piano fora utilizado recentemente.
Amy posiciona seus dedos novamente, mas desta vez formando o acorde de ré (D)... O que será que Josh estará fazendo agora? Ela pensa. Seu coração começa a bater rapidamente e a garota sente uma pequena pressão no peito, era uma sensação estranha, era um aperto gostoso, uma sensação de bem estar, era algo que começou a acontecer depois que conhecera Josh.
A emoção da garota é transferida para os dedos e em batidas rápidas de acordes maiores ela faz a introdução de I`d do Anything For Love... Seguido pela voz quase gritada, causada pela emoção diferente...
…“And i would do anything for love, i`d run right into hell and back,
I would do anything for love, i`ll never lie to you and thats a fact…”
[... E eu faria tudo por amor, eu correria direto pro inferno e voltaria,
Eu faria tudo por amor, eu nunca mentirei pra você e isto é um fato...]
A garota prossegue tocando e cantando a canção, algumas vezes diminui a voz e a pressão sobre as teclas, mas quando chega ao refrão, ela não resiste, a sensação agradável força a tocar alto e praticamente gritar: [... E eu faria tudo por amor, eu correria direto pro inferno e voltaria, Eu faria tudo por amor, eu nunca mentirei pra você e isto é um fato...]. Que sensação agradável e diferente, mas o que será isto? Pensava Amy, será que estou apaixonada?
Um barulho alto e estrondoso ecoa, alguém acabara de tropeçar em algo metálico à entrada do palco, ela vira-se rapidamente interrompendo a melodia, um garoto loiro e branquelo de olhos azuis estava na porta, agora vermelho de vergonha, ele havia tropeçado em um balde, mas, afinal de contas o que aquele garoto branquelo estava fazendo ali?
Benjamim sem graça encontrar-se olhando para a garota sem reação, ele estava observando-a da escadaria já fazia algum tempo, ele ficara impressionado com a beleza, a técnica e a afinação da jovem, ele não sabia como reagir. Então para não ficar como um bobão Ben começa a cantar meio tremido o refrão da música.
Amy estava sem reação, não sabia o que fazer, ficará vermelha. Tímida ela voltou-se para o piano e acompanhou o rapaz fazendo-lhe a melodia, Ben agora mais tranqüilo aproximou-se e cantava juntamente com a garota. Ambos cantavam muito timidamente e ambos pensavam: “e agora, como vou reagir ao fim da música, já está terminando”.
***
...Ré, Sol, Lá, fim. Termina a canção.
- Você toca muito bem. Como nunca vi você por aqui? Perguntou Ben iniciando uma ainda tímida conversa com a novata.
- Mudei há apenas alguns dias e por vontade dos meus pais estou participando do acampamento. Respondeu a garota.
- Hum, legal. Mas, qual o seu nome mesmo? Perguntou.
- Amy Lee. E o seu?
- Ben... Benjamim Moddy, mas todos me chamam de Ben.
Após um rápido instante de silêncio, Benjamim prossegue.
- Então... Eu estava lá na porta ai ouvi você tocando Meat Loaf, achei muito interessante porque não conheço muitas pessoas que ouvem este estilo de música por aqui. Fiquei um pouco, ou melhor, muito curioso para saber quem estava tocando e vim até aqui, e... foi mal por atrapalhar você com o lance do balde – Ambos sorriem.
- Você me assustou – Amy sorri timidamente – Tenho vergonha de que me vejam tocando, ainda sou aprendiz.
- Você está de brincadeira! Aprendiz? Se você for aprendiz, então o que eu sou? Retruca Ben entusiasmado.
Amy Sorri, - Nossa você realmente achou legal? Acho que errei alguns acordes....
- Na real, se você errou algum acorde nem deu para perceber, sua voz deve ter disfarçado. – Ambos sorriem.
- E você estuda piano também? Pergunta Amy.
- Não, eu toco guitarra e violão. Curto fazer solos. Mas, e você, toca mais alguma do Meat? As músicas desse cara são muito legais! Pergunta Ben.
- Por enquanto somente esta. Mas, gosto muito do Meat, o jeito dele tocar, cantar, o arranjo das músicas e principalmente as letras. Retruca Amy.
- As letras desse cara são muito legais. Gosto muito da letra delas, tipo, essa coisa sinistra, mascarada, misturada ao forte som dos solos de guitarra, piano e a bateria. Prosseguiu Ben.
- É como se ele tentasse se expressar de forma que somente as pessoas certas o compreendam. O estilo, a forma de se vestir, tocar, cantar chamam minha atenção. Amy diz entusiasmada.
Ambos sorriem, estão conversando como se já se conhecessem de longa data, a pele outrora avermelhada de vergonha agora está começando a tomar a cor branca natural.
Eles conversam por algum tempo, certa empatia surge entre os dois. A menina tímida do piano agora está conversando mais livremente, o adolescente triste esquecera-se completamente do desejo de ir embora. Os monitores entram no ginásio, chamando os que ali estão para o jantar, todos estão saindo em direção ao refeitório, mas, Amy e Ben continuam no palco, conversando sem perceberem o movimento de “retirada”.
De repente um silêncio dentro do ambiente, agora a voz dos dois pode ser percebida, pois gera um alto eco.
- Ben, todos foram jantar e ficamos apenas nós dois.
- Caramba, foi tão legal conversar com você que nem percebi o tempo passar – Retruca Ben.
- É melhor irmos logo, antes que encerrem o horário da janta, não estou a fim de dormir com fome – eles sorriem.
Amy levantasse do velho banquinho e com a ajuda de Ben cobre o piano com o pano branco, caminham em direção à porta, Amy desce a escadinha primeiro, Ben escora a porta e desce atrás dela.
- Você já tem alguma companhia para o jantar? Pergunta Ben.
Não, responde Amy. Ele a convida para fazer-lhe companhia. Os dois seguem em direção ao refeitório, está ventando lá fora. No caminho e durante todo o horário de jantar conversam sobre música, conversam sobre rock. A noite está ficando cada vez mais escura, as horas estão passando, e os dois ali, sentados em uma mesa a beira da janela do refeitório, conversam, conversam e conversam mais um pouco.
Eles levantam-se, resolvem dar uma volta no pátio, mas, uma fina chuva acabara de começar. O tempo passa rápido, é hora de ir dormir, Moddy acompanha Amy até o bloco feminino.
- Vejo você amanhã! Ele diz ao se despedir.
Amy sorri, e sobe a escada indo para o seu dormitório.
Que dia diferente fora aquele, o primeiro dia do acampamento. Para uns começou com melancolia, para outros com energia. Enquanto os entristecidos começaram a sorrir, os enérgicos desejavam sumir. Amy e Ben, dois adolescentes em fase de crescimento, em processo de autodescobrimento. O dia começara diferente para os dois, mas terminou presenteando-os com o início de uma amizade.
A pianista e o guitarrista, uma garota tímida e um rapaz popular. O que aquele fim de ano estava reservando para os dois, o que aquele acampamento estava guardando para surpreender.
Prévia do próximo capítulo
“Toc, Toc, Toc... Toc, Toc, Toc...” O som de leves batidas na porta ecoa no quarto escuro. “Toc... Toc... Toc...”, as batidas persistem. A garota abre os olhos, está frio. Uma voz baixinha chama seu nome “Amy...”. Ela esfrega os olhos, levanta-se e confere as horas em um pequeno rel&o ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 2
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escritosdanoite Postado em 18/09/2013 - 13:31:56
Estou um pouquinho sem tempo, mas já escrevi outro capítulo que após revisado postarei. Aguarde. Obrigado por ler.
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annyemilly Postado em 28/07/2013 - 15:03:11
Amo evanescence... Continuaaaaaaaaa