Fanfics Brasil - Capítulo 5 EVANESCENCE - O início

Fanfic: EVANESCENCE - O início | Tema: Evanescence


Capítulo: Capítulo 5

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         “Toc, Toc, Toc... Toc, Toc, Toc...” O som de leves batidas na porta ecoa no quarto escuro. “Toc... Toc... Toc...”, as batidas persistem. A garota abre os olhos, está frio. Uma voz baixinha chama seu nome “Amy...”. Ela esfrega os olhos, levanta-se e confere as horas em um pequeno relógio de pulso cor prata que ganhara do pai.


         São seis horas da manhã, ou melhor, seis horas e alguns minutos. As batidas continuam “Toc... Toc... Toc... Amy...”, a voz que sussurra é conhecida pela garota, mas, ela ainda não consegue associar a quem pertence. Então a garota levanta-se, veste uma jaqueta, liga a luz e lentamente abre a porta.


         - Benjamim? A garota se surpreende.


         - Oi! Bom dia! Ele fala baixinho.


         - O que você está fazendo aqui uma hora dessas? Pior, o que você está fazendo no alojamento feminino? Se pegam você, estará encrencado! Diz ao rapaz enquanto puxa-o para dentro.


         Ben está com cara de contente por Amy ter aberto a porta, ele veste roupas de frio e traz consigo uma pasta e um violão nas mãos.


         - O acampamento termina hoje à noite, então pensei em aproveitar ao máximo. O que você acha de ir lá para o ginásio e ficarmos tocando músicas? Vai ser legal e não tem ninguém para atrapalhar, todos ainda estão dormindo. Diz ele.


         Amy fica olhando para o rapaz, ela não sabe em que pensar, é a primeira vez que acontece uma situação daquelas, um garoto a acordando seis horas da manhã de um dia frio.


         - Ben, você é meio louco. E se nos pegarem? Ela sorri.


         - Ninguém vai saber. Mas não podemos demorar, daqui a pouco outros começarão a se levantar. Diz Ben.


         Amy olha para o garoto:


         - Tudo bem. Você espera aqui, vou ao banheiro e já volto.


         Ben senta-se no beliche que fica ao lado do qual Amy estava usando, tira o violão de dentro da capa e começa a tocar baixinho uma música, enquanto faz isso olha para uma cômoda localizada abaixo da janela de madeira, ali, o pequeno relógio de pulso sobre um caderninho feminino.


         Na capa do caderno, o desenho de um ursinho cor caramelo abraçando um grande coração, o desenho possui alguns detalhes azuis, amarelo e rosa, eles formam um fundo colorido, o desenho das bordas lembra um pano costurado.


         Ben fica curioso para saber o que tem naquele caderno, então ele cuidadosamente coloca o violão no beliche e aproxima-se da cômoda. Neste momento Amy sai do banheiro e ele disfarça estar olhando algo lá fora.


         - Então vamos! Diz a garota. Amy apenas lavou o rosto e penteou os cabelos curtos, continuou com o moletom preto que usara para dormir e sobre ele a jaqueta.


         A garota aproxima-se da cômoda, pega o relógio e coloca no pulso, enquanto isto Ben coloca o violão novamente na capa, não conseguindo conter a curiosidade ele pergunta:


         - E esse caderno, de que é?


         Amy fingindo-se de séria responde: - Você é muito curioso Benjamim. O garoto fica sem graça.


Ela pega o caderno para levar consigo ao ginásio. Ben abre a porta lentamente, observa se há alguém no corredor e os dois saem como se estivem usando “sapatinhos de algodão”, descem as escadas e ufa! O perigo de serem apanhados no dormitório feminino passara.


Os dois seguem para o ginásio, ainda está escuro, mas já é possível ver ao longe o céu começando a clarear. Lá atrás nos blocos, algumas luzes e barulho das senhoras no refeitório preparando o café-da-manhã.


As luzes no pátio estão ligadas, o ginásio também está semi-iluminado. Os dois entram, apenas a lâmpada que ilumina o palco ficara ligada, era comum os administradores deixarem luzes acesas para clarear o terreno.


Eles seguem até o palco. Enquanto Amy retira o pano do piano, Moody trás para perto uma cadeira de plástico que estava por ali. Ele faz piada sobre o banquinho envelhecido do piano.


Decidem então tocar a música do dia anterior, Moody abre sua pasta preta e encontra a cifra da canção e então naquele momento começam a tocar juntos. Amy faz a introdução no piano e Ben entra com o violão, e vejam só, ela realmente errara um acorde no dia anterior.


Eles começam a divertir-se, algumas vezes se atrapalham, rindo da voz desafinada do Ben, fazem piada de tudo e as horas estão passando.


Lá fora o sol começa a ficar alto, seu brilho já entra pelas aberturas localizadas no alto das paredes do ginásio, os pássaros cantarolam, a bagunça da manhã anterior recomeça.


Os novos colegas ficam ali por um bom tempo, conversam e cantarolam. Alguns acampados começam a entrar no ginásio, alguns trazem nas mãos pão e café, era hora do lanche. Ben e Amy resolvem ir para o refeitório. O tempo todo conversando “pelos cotovelos”. Ben com o violão, Amy com o caderno.


Ao chegarem ao refeitório Amy começa a sorrir, chegara atrasada para o lanche como no dia anterior, os dois fazem piada sobre isto, pegam o lanche e sentam-se.


Ali na mesa Ben não tira o olho do caderninho, ele é muito curioso. Então mais uma vez não resiste e volta a perguntar o que tem naquele caderno. A garota o chama novamente de curioso, mas desta vez resolve mostra-lhe algumas páginas.


Desenhos. Vários desenhos diferentes. Amy Lee além de ter uma bela afinação vocal e ser pianista ainda sabe desenhar com maestria.


São desenhos de muitas coisas, paisagens, pessoas, roupas. Ela vai folheando as páginas e mostrando ao amigo, algumas não queria que Ben visse, então passava rapidamente, eram textos, poemas.


- O que são estes textos? Você também é escritora? Ele pergunta com um tom de zoação.


- São coisas muito pessoais Ben, prefiro não mostrar.


Ele torna a insistir, mas é interrompido pelos amigos Zack e Martin que aproximam-se da mesa.


- E ai Ben! O que aconteceu? Você é o último a acordar e hoje sumiu do quarto ainda escuro. Pergunta Martin.


Ben virasse para a garota - Amy, estes aqui são Martin e Zack; - volta a olhar para os companheiros - Seus dois idiotas, essa aqui é a Amy. Ela é nova na cidade.


Os rapazes cumprimentam a garota e vão sentando-se junto a eles. Amy fica calada e prossegue com o seu café-da-manhã enquanto os três conversam.


Eles entram no assunto jogo de basquetebol, estava demorando falarem sobre isto - Amy pensa expressando um pequeno sorriso recolhido. Conversa vai, conversa vem e mencionam um dos jogadores, Josh, neste instante a garota, começa a prestar mais atenção na conversa, seria este o Josh, Josh?


Os amigos comentam entre si que o rapaz após o jogo precisou voltar para a casa às pressas, pois um parente acabara de falecer, seria o avô ou a avó, ou a bisavó, alguém da família, não sabiam certamente quem. A garota continuou prestando atenção na conversa, mas não participava ativamente, às vezes esboçava alguns sorrisos, mas nada tão envolvente. O assunto Josh passara, ela apenas ficou pensativa se seria o Josh, Josh.


A conversa é interrompida pela saída de Martin, ele segue em direção a outra mesa cheia de garotas, entre elas a sua “amiguinha” que guardara lugar para eles no jogo da tarde anterior. Antes de sair o adolescente despede-se de Amy dizendo que se encontram por ai.


- Vocês vão para a piscina, parece que o dia será quente? Pergunta Zack.


- Não gosto muito de água, responde Amy.


- Acho que também não vou não, combinamos de ficar tocando música lá no ginásio agora à tarde. Amy tem um ótimo gosto musical - Ben fala para o amigo.


- Sério? legal! E o que você curte? Pergunta Zack.


- Vejamos, músicas clássicas como Beethoven, Mozart – Zack continua ouvindo a garota, mas aquele estilo musical não era bem o que ele esperava como resposta – Também gosto muito do tipo Bjork, estilo Tori Amos, e sem dúvida Michael Jackson – Agora sim, Amy estava falando a língua do Zack, Michael Jackson era um vício do rapaz.


A conversa estende-se por mais um tempo, e então Ben e Amy resolvem voltar para o ginásio.


- Você vem conosco? pergunta para Zack.


- Não, Não. Vou aproveitar o resto do dia na piscina, ainda não tive tempo de curtir lá por causa do jogo de ontem, mas, nos vemos por ai. Responde.


Então os dois se despedem do rapaz e voltam para o ginásio agora movimentado. Alguns garotos estão jogando uma partida de futebol e sentados nas arquibancadas casais de namorados aproveitam a manhã. Os dois não ligam para o movimento, seguem em direção ao palco, voltam para o piano, voltam para a música.


Como Ben não conhecia parte das músicas que Amy conhecia e vice-versa, a garota pega a pasta de cifras e começa a olhar quais músicas ele tinha. Entre as cifras a garota encontrou uma partitura impressa, na realidade estava incompleta, apenas uma folha.


A partitura é uma folha com várias linhas agrupadas de cinco em cinco, nestas linhas são marcados símbolos diversos de música, em sua maioria pontinhos pretos e tracinhos. Cada símbolo escrito nas linhas ou nos espaços entre elas dão ao músico a forma exata de se tocar aquela canção. Ou seja, o músico pode nunca ter ouvido a melodia, mas com a partitura em mãos toca perfeitamente, para isto é necessário ter aprendido aquela forma de leitura.


Ben não sabia disto, apenas guardava a partitura porque achou legal, e então Amy explicou-lhe qual era a finalidade.


O assunto sobre composição musical envolveu os dois por um tempo, foi então que a garota resolver mostrar um de seus poemas, na realidade uma música. Ela pega o caderninho e abre em um dos textos que Ben anteriormente ficara curioso para saber do que se tratava. O título daquele poema, ou nome daquela música “Eternity of remorso” [Eternidade de remorso].


A música era sombria, um tanto depressiva. Ben gostou da letra e quanto mais conversavam mais coisas em comum descobriam, ele também gostava de compor.


- Tive uma idéia muito legal – Diz Ben. O que você acha de montarmos uma banda? Tipo, você no piano e eu na guitarra, podemos colocar uma melodia legal para esta letra. O que você acha?


Amy começou a sorrir, Ben deve ter surtando, pensava a garota. Ele ficou sem graça, havia feito a proposta com tanto entusiasmo e ela respondeu com risadas. Embora tenha reagido assim, a garota gostou da idéia, embora preferisse ficar isolada criou uma empatia por Ben, e assim resolveram que na volta para a cidade se encontrariam mais vezes para ensaiar e conversar.


Após o almoço os dois andaram pelo camping, foram a locais que ela ainda não conhecia, chegaram perto dos coelhinhos e patos que vira na manhã do dia anterior quando triste observava a paisagem pela janela do quarto.


Cada momento juntos era inesquecível, trocaram endereço e telefone e conversavam sobre muitas coisas, mas como dizem, o que é bom dura pouco, e assim o dia passava muito rápido. Já estava na hora de arrumar as malas e preparar-se para retornar a cidade, os dois dias de acampamento foram perfeitos, mas era hora de despedir-se.


Cada um dirigiu-se para o seu alojamento, o movimento de fim de acampamento já era notável. Todos arrumando as malas, alguns queriam esticar um pouco mais a diversão, porém os monitores começavam a pedir que fossem preparar as malas.


A noite chegava, os pássaros voltaram a cantarolar, desta vez despedindo-se da tarde. O sol começava a descer para dentro das montanhas, a brisa fria da noite no campo começara a aproximar-se.


Amy com as malas prontas olhou mais uma vez a paisagem pela janela do quarto, lá embaixo no pátio os ônibus que levariam o pessoal e muita conversa nos grupinhos de adolescentes.


Estava na hora de descer, desta vez para finalizar aquele passeio. As luzes já haviam sido ligadas, já estava escuro. Os jovens guardavam suas malas no bagageiro dos ônibus e despediam-se dos novos e velhos amigos. Adultos também conversavam e despediam-se.


Amy guardou sua mala no ônibus e foi em direção à porta para entrar, neste momento ouviu um grito chamando por seu nome, “Amy Lee, Amy Lee... Espere”. Era Ben, a garota sentiu-se muito feliz por ele vir despedir-se.


– Toma – O garoto coloca nas mãos da menina a palheta vermelha. – Espero que se lembre de mim, viajarei com meus pais para passar o fim do ano na casa do meu tio, mas quando voltar procuro você para conversarmos sobre nossa banda.


Após dar o presente para Amy, Ben corre em direção ao seu ônibus, ele não queria perder o local que os amigos guardavam. A garota entra no veículo e minutos depois após o som de buzina, inicia-se a viajem de retorno, deixando para trás aqueles dias tão agitados para os jovens da cidade.


 



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  • escritosdanoite Postado em 18/09/2013 - 13:31:56

    Estou um pouquinho sem tempo, mas já escrevi outro capítulo que após revisado postarei. Aguarde. Obrigado por ler.

  • annyemilly Postado em 28/07/2013 - 15:03:11

    Amo evanescence... Continuaaaaaaaaa


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