Fanfics Brasil - Capítulo 32 Change My Mind

Fanfic: Change My Mind | Tema: One Direction


Capítulo: Capítulo 32

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Entrei no carro que estava estacionado em frente a calçada, antes de ligá-lo, liguei o som, estava tocando a música Away in silencie - Creed. Me afundei no banco antes de começar a dirigir, aquela música estava me deprimindo, mas eu não a tiraria. Respirei fundo e liguei o carro, tentei me concentrar ao máximo na estrada, mas a letra da música invadia meus ouvidos e impedia que parte de meu raciocínio funcionasse direito e, involuntáriamente, me deu uma extrema vontade de chorar, não tinha ninguém ali para me ver em um momento de fraqueza, apenas parei no encostamento de uma rua clara, mas não muito movimentada. Ali, me afundei novamente no banco, ali algumas lágrimas já escorriam sobre minhas bochechas, uma delas deslizou até minha boca, senti seu gosto meio salgado e logo em seguida limpei meu rosto.


"Don`t you walk away in silence


(Não se afaste em silêncio)


Please don`t walk away


(Por favor não se afaste)


Don`t you walk away in silence


(Não se afaste em silêncio)"


Cantei o último trecho da música e suspirei em seguida, limpei as últimas lágrimas que deixavam minhas bochechas gélidas.


-Você é forte Annie... É forte o sulficiente para isso! -Repetia para mim mesma enquanto religava o carro e dava-lhe partida novamente -Vou passar por isso e não vou me abalar! Não mesmo! -Negava com a cabeça, agora tocava uma música que eu desconhecia o nome, fui a ouvindo até o hospital, estacionei meu carro no subsolo e o tranquei.


-Mãe? Está acordada? -Abri a porta de seu quarto cuidadosamente para não fazer nenhum barulho, ela se mexeu um pouco, mas logo vi que já dormirá, sorri e fui até ela -Boa noite mãe... -Depositei um beijo em sua testa e me sentei na poltrona não muito confortável que tinha no quarto, me ajeitei melhor e encostei a cabeça no braço da poltrona média branca, fiquei ouvindo o aparelho que indicava os batimentos cardíacos apitando de 2 em 2 segundos, suspirei e fechei os olhos na esperança de dormir um pouco.


Nickelback - Never Gonna Be Alone


-Srta. Alicia... Srta... -Alguém chacoalhava meu ombro, abri meus olhos com certa preguiça, então vi Dr. Henrique


-Sim? Aconteceu algo? Cadê minha mãe? -Perguntei assustada observando todos os cantos do quarto, e suspirei aliviada quando a vi na cama tomando seus medicamentos


-Bom dia querida! -Sorriu para mim -Não a vi entrar


-Eu cheguei quando você estava dormindo... -Sorri para ela, que concordou com a cabeça e virou-se para a enfermeira novamente -Queria falar comigo? -Virei-me para o médico, que concordou com a cabeça


-Me acompanhe por favor... -Foi até a porta e saiu do quarto, virei-me para minha mãe que discutia com a enfermeira algumas fofocas do hospital, ri automáticamente ao ouvir seus comentários


-Eu já volto! -Disse, ela acentiu e me lançou um beijo em seguida deu um aceno com uma das mãos. Saí do quarto e me encostei na parede, ao lado da porta. -Aconteceu algo? -Agora estava preocupada novamente


-Os exames de sua mãe chegaram e... -Ele suspirou baixando o olhar para os papéis em sua mão, aquilo realmente não poderia se tratar de bons sinais


-E... -Perguntei apreensiva


-Ela não está nada bem... Seu câncer atingiu a maioria dos ossos cintura abaixo, certamente não voltará a andar mesmo que se cure.... O que acho que não será possível... -Baixou o tom de voz na última frase


-Como assim? -Não... Por favor diz que está zoando de mim! 


-Sua doença está em estado terminal... -Explicou melhor, me joguei contra a parede, minhas mãos agora cobriam meu rosto na esperança de abrir os olhos e descobrir que aquilo tudo não passará de um horrendo pesadelo!


-Quanto tempo? -Perguntei em voz baixa


-Talvez... Amanhã... -Sua voz saiu quase como um sussurro, respirei fundo e neguei com a cabeça. Aquilo não podia estar acontecendo! -Eu sinto muito... -Encostou a mão em meu ombro e eu acenti com a cabeça, olhei para o chão, a medida que o médico ia se afastando, eu apenas observava o piso branco, adentrei no quarto novamente, a enfermeira saiu em seguida, sentei-me ao seu lado na cama


-Olá querida... Achei que Edu viria...  -Seu sorriso era atencioso


-Eu pedi para mim vir no lugar dele... Precisava te ver mãe... -Sorri fraco e ela ergueu os dois braços com certa dificuldade, sorri e fui abraçá-la -Não vai embora não... -Pedia enterrando meu rosto em seu pescoço e cabelos, ouvi ela soltar um riso fraco


-Sabe que terei de ir, não é? -Eu soluçava em seu ombro


-Não quero que vá... -Ela me afastou de seu abraço e deu-me um beijo no topo da testa, olhou fundo nos meus olhos e sorriu de canto


-Eu te amo querida... -Concordei com a cabeça limpando uma de minhas lágrimas que insistiam em cair


-Também te amo mãe... -Sorri enquanto ela limpava meu rosto com as costas de sua mão, que por sinal estava bem gelada, assim que ela parou de limpar meu rosto, acomodei-me melhor ao seu lado e a abraçei, ela se ajeitou em meu abraço, sua cabeça estava encostada em meu ombro esquerdo, minha cabeça descançava sob a sua.


-"Never gonna be alone!


(Você nunca vai estar sozinha)


From this moment on,


(Deste momento em diante)


If you ever feel like letting go,


(Se você sentir que está desistindo)


I won`t let you fall...


(Não vou deixar você cair)


 


Never gonna be alone!


(Você nunca vai estar sozinha)


 


I`ll hold you `til the hurt is gone.


(Vou te segurar até a dor passar)"


Cantou baixo, sua voz saiu rouca, aquilo me fez derramar mais algumas lágrimas e a abraçar mais forte.


-Se lembra de quando cantávamos essa e muitas outras músicas lá em casa? -Perguntou e eu sorri ao me lembrar


-Aham... -Concordei e encostei a cabeça na cabeçeira da cama


-Está música em especial... Diz tudo o que eu quero dizer a você! -Virou o rosto para mim e sorriu, seu sorriso parecia mais fraco a cada instante


-Pode deixar que vou ouvi-la um milhão de vezes.... -Afirmei e nós duas rimos baixo


Scorpions- When You Came Into My Life


Passamos a tarde cantando trechos de música apropriados para o momento, a noite caía e eu decidi que iria passar a noite ali novamente, desta vez mamãe não questionou. Era por volta das 11 da noite, o quarto estava totalmente escuro, eu estava quase dormindo e achava que mamãe já estivésse dormindo, mas me enganei quando ouvi sua voz fraca me chamar, fui até ela e, como ela estava deitada, agachei ao lado da cama.


-O que houve? Quer que eu chame o médico? -Dizia apressadamente


-Não... -Sua voz saia como um sussurro -Ouça... -Respirou fundo, pude notar que o aparelho que contava seus batimentos, apitava agora mais rápido


-Fale mãe! -Minha voz falhou por um momento


Ela sorriu e olhou no fundo de meus olhos -Eu terminei o livro meu amor... -Deu uma pausa para pegar ar o sulficiente, lágrimas começaram a brotar no canto de meus olhos -Alicia... Eu quero lhe dizer que... Você não precisa ser forte o tempo todo, filha... As vezes as pessoas merecem seu momento de desabafo, um momento para chorar Aly... -Dizia cada frase pausadamente, seus batimentos estavam muito acelerados -E saiba meu amor... -Sorriu abertamente, eu a olhava com os olhos embaçados, meu rosto estava banhado de lágrimas e, pela primeira vez em anos, eu não me importava em limpa-las logo -Eu te amo muito! Amo você, seus irmãos... Seu pai... Todos! -Sorriu e houve uma grande pausa em sua respiração, uma enfermeira entrou correndo no quarto, acendendo a luz, em seguida mais duas enfermeiras e o médico entraram, eles faziam algo no canto oposto ao que eu estava


-Eu também amo você mãe! Muito mesmo! -Minha respiração vacilava enquanto pronunciava as palavras, houve um "pip" mais alto vindo do aparelho, mamãe sorriu e, como se estivésse prestes a dormir, fechou seus olhos, houve-se mais um "pip" e em seguida, o pertubador "piiiiiiiiii", me joguei sobre meus joelhos no chão, soluçando, chorando e negando com a cabeça. -Não... Não... Não! -Gritei a última palavra e levantei-me, coloquei minha mãe, que agora permanecia mais gélida e pálida do que antes, em meus braços e sentei-me na cama -Mãe... Mãe volta mãe... Por favor... Não me deixa aqui não... -Suplicava pala o corpo em meus braços, a abraçei mais forte e coloquei meu rosto em seus cabelos -Por favor mãe... Por favor... -Sussurrava em seu ouvido, meus lábios tremiam, eu soluçava e chorava muito.


-Srta. Alicia... -Dr. Henrique veio a meu encontro, colocou uma das mãos em meu ombro


-Me deixe aqui com minha mãe! Por favor... -Não desviei o olhar da face sem expressão dela, o ouvi suspirar e em seguida ele chamou as três enfermeiras para fora da sala.


 


 


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): the_end

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Aquilo não podia ser verdade, ela não podia me deixar aqui! Não podia! Passei cerca de uma hora ali no quarto chorando sozinha com o corpo gélido de minha mãe, agora ela estava deitada em seu leito, o lençól fino lhe cobria até os ombros, sua expressão era calma e serena, seus olhos permaneciam fechados como se e ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 28



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  • yasmim_ Postado em 13/11/2013 - 14:57:22

    Mais mais mais mais mais mais mais mais

  • yasmim_ Postado em 16/10/2013 - 15:35:01

    Posta mais um! Era o Louis no tel???

  • yasmim_ Postado em 10/10/2013 - 17:27:27

    MEU DEUS ELES SE BEIJARAM! bom tecnicamente Louis beijou ela mais dane-se!

  • yasmim_ Postado em 02/10/2013 - 20:33:52

    Serio esse capitulo me deixou deprimida tadinha!

  • yasmim_ Postado em 02/10/2013 - 15:46:51

    Cade mais um capitulo? To super curiosa!

  • yasmim_ Postado em 21/09/2013 - 11:35:56

    Quando ela e o Loius vão ficar juntos???? Ela precisa de alguém para apoia-la

  • yasmim_ Postado em 21/09/2013 - 11:34:58

    muito lindo ela dando o guarda chuva!

  • yasmim_ Postado em 21/09/2013 - 11:34:22

    Tadinha da Aly gente!

  • yasmim_ Postado em 11/09/2013 - 17:00:28

    demaisssssssssss

  • yasmim_ Postado em 10/09/2013 - 15:11:58

    Posta mais!


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