Fanfic: FÉLIX: A OUTRA FACE | Tema: Seriado
Félix acorda sobressaltado. O suor pinga da sua testa e seus olhos estão completamente esbugalhados.
_ Vaca!
O sonho que teve com Victória planejando a morte de Elena o deixa transtornado.
Levantando-se, Félix olha a hora. Quatro horas da madrugadas. Rangendo os dentes, ele volta a se deitar, tentando encontrar o sono agora perdido.
Às seis da manhã, mais uma vez, estou de pé, procurando algo para me apoiar e não cair no chão de tanto sono. Tomo um banho, trajo o mesmo do dia anterior, com exceção da blusa, escolhendo uma verde-limão claro de listras brancas.
Chego ao escritório e encontro Carol Pope, barrando a entrada da minha sala.
_ Esse é o seu álibi, então?!
Olho para as mãos dela. Ela segura algumas pastas.
Tentando ser gentil, solto-os da sua posse.
_ Fuçando nas minhas coisas?
_ Só quero entender por que tem tanta certeza da inocência de Antônio! – fala Carol, agora mais como uma súplica, enquanto entra na sala.
Sento, abro o meu copo de café e olho para ela.
_ Por que nunca me engano, Carol... Isso foi - apronto para os álibis – uma total falta de ética sua. Mas, pelo menos, já sabe que as minhas provas não são fajutas.
Carol senta-se, penteado a linda franja para o lado da testa e arriou um pouco.
_ Ok.
Ela cala-se e fica pensativa.
_ Mas se acha que isso é o fim, Félix, engana-se! – de repente, ela incide sobre mim, ameaçadora. – Também sei jogar. Vou condenar a porra do Antônio POR QUE EU SEI QUE ELE É CULPADO!
Carol vira-se e pude ver a sua bela bunda sobre aquela saia apertada. Ela sai da sala rebolando, o que me fez ficar mais ainda seduzido.
Abro as pastas e começo a me preparar para o julgamento. O dia será amanhã.
_ Bom dia, senhora... Bom dia, Jane...
Enquanto entra na prefeitura, Jane Borges é saudada pelos seus companheiros, tanto pelos mais distantes quanto pelos mais íntimos. Ela usa uma saia tweed e uma blusa alinhados cor rosa-seco. Seu cabelo preto e curto está elegantemente penteado para trás. As rugas de cansaço, marcam a sua face.
Jane sobe até o seu gabinete, uma sala bem iluminada, com várias janelas, mesa de mármore redonda, bandeiras da pátria, do estado e da cidade.
Ela sabe das responsabilidade que tem. Nunca se viu em Gramado uma prefeitura tão bem estruturada e organizada. Como nem tudo é perfeito, uma minoria ínfima não apoia o mandato de Jane.
_ Senhora, visitas. – a secretária dela entra e dá passagem aos visitantes.
_ Polícia Federal, Senhora. – diz um dos homens, mostrando a identificação. – Temos mandato de buscas e apreensão. À propósito, a senhora está presa.
Jane sabe do erro que cometeu. Agora, não há tempo para arrependimentos.
_ Ok. Tudo ótimo. – Sarah retira a palheta da boca da criança e sorri, mostrando os belos dentes alvos.
A criança, uma menina de nove anos, pula da maca e se despede da Médica junto com a mãe.
Nada era mais prazeroso para Sarah do que cuidar de crianças. Adora a pediatria e se orgulha do trabalho que faz.
_ DRA. SARAH. ATENÇÃO, DRA. SARAH, PORTÃO DE EMERGÊNCIA.
A voz no amplificador anunciou o chamado e Sarah imediatamente corre até lá. Sabia que não era nada bom.
_ Muito sangue. – diz um dos Médicos.
Chegando, Sarah ver um garoto de dez anos, com uma faca pequena de cozinha cravada no crânio. Estava inconsciente.
_ Ok. Vamos lá.
Aos seus comandos, a equipe fazia todos os procedimentos.
Hora de salvar uma vida.
Números e mais números, era tudo o que Gregório sempre via.
Sentado em uma cadeira de couro e olhando para tela de um computador, ele refazia algumas contas e colocava a papelada em dia.
Ser um contador exigia muita dedicação. Principalmente quando se é dono do próprio escritório.
No local, Gregório dividia a sociedade com seu amigo, Bruno, um rapaz de vinte e poucos anos, cabelos pretos curtos e físico malhado.
_ Greg? – falou Bruno, calmamente.
_ Sim. – respondeu, sem levantar a cabeça, focado nos cálculos que fazia.
_ É Sarah. – e nesse momento, Gregório prestou mais atenção. – Disse que acabou de perder um paciente. Um garoto com uma faca no crânio... Está arrasada.
Gregório respira fundo.
_ Vou pra lá agora.
_ E tudo o que consta nas fichas, é que o meu cliente não foi o culpado pela morte de Rejane Vasconcelos Figueiredo. A sua própria esposa.
Félix terminou a sua defesa e sentou-se na cadeira. No banco do réu, Antônio Figueiredo, com uma expressão assustada, escuta tudo atentamente.
Estão em uma sala espaçosa, onde diversas pessoas se acumularam para assistir a sessão. Um júri, composto de quatro pessoas, e uma juíza, que intermediava, faziam a composição do julgamento.
Há menos de uma hora, Carol Pope já havia feito a sua acusação, alegando fatos muitas vezes difusos. Félix sabe que as suas provas eram mais contundentes. Não pegara esse caso por acaso. Sabia da inocência do homem e iria fazer de tudo para livrá-lo de uma punição injusta.
Foi dado uma interrupção na sessão para a votação do júri.
Quando voltaram, causa ganha.
_ ... E o presente réu Antônio Figueiredo Couto é considerado inocente. – leu a juíza.
Carol Pope sai da sala, mais frustrada do que furiosa, e Félix imediatamente a acompanha.
_ Carol, Carol! – ele a chama, mas ela continua andando.
Perto de uma das portas dos banheiros, Félix consegue alcança-la.
_ Por favor, Carol... Isso acaba por aqui... Toda essa nossa briga e rivalidade... Acabou o julgamento, não existe mais motivo...
_ Eu sei, eu sei! – interrompeu ela, com um olhar baixo. – No dia que vi as suas provas, vi que estava meio certo. Realmente, aquele homem não era culpado... Mas... Mas eu precisa continuar! Já tinha pego o caso...
Félix a entedia, e vendo ela daquele jeito, meio inofensiva, mas sempre sensual, deu uma vontade de tentar algo, quem sabe.
Os lábios dele foram encostando no dela e, sem perceber, era retribuído. Se tocaram e começaram a se beijar.
Não durou muito. Carol recuou um pouco.
_ Félix... – falou ela, se desvencilhando, mas visivelmente tentada.
_ Carol... Eu sempre gostei de você, do seu jeito, da sua determinação... Quer... Quer namorar comigo?
O olhar dela foi de total afeição. Carol estava tentada e provavelmente diria sim.
_ Eu... Eu... – sem pensar, ela se desvencilha e sai, deixando Félix um pouco frustrado.
Carol vai aceitar. Ela é perfeita!
Autor(a): lucasf200
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